Viagem

Magnus e Graziela voltam para o morro, após uma viagem inteira de muito silêncio. Assim que chegam no morro, Magnus a deixa em casa e vai para boca. Assim que chega, ele vê Gaara e Hell sentados na cadeira.

— Como foi lá, chefe? — Hell pergunta.

— Deu tudo certo. Conseguimos descobrir uma sequência de coisas. Descobrirmos que o irmão da Thalia, o homem que levei para o Chapado era um drogado e estuprador de merdä. Ele abusou sexualmente de uma moça que infelizmente já sofria abusos dentro de casa pelo próprio padrasto. A mãe nunca acreditou na menina, mas demos um jeito nisso. O comédia do padrasto pagou muito caro pelo o que fez, e o irmão da Thalia foi pro saco juntamente com a mãe dela. Tudo foi gravado e mandando como resposta para a rata fugitiva, que mandou mensagem ameaçando a mulher do Baruc. Tudo deu certo no final, e descobrimos somente algumas linhas que podem levar o Baruc até a Eva e a Thalia, que estão juntas com o Panda nessa. — Ele se senta. — Hell, você poderia verificar para mim o novo armamento que acabou de chegar?

— Já é, patrão. Tô indo lá. É pra fazer mais pedidos?

— No momento, não será necessário. Faça somente a contagem mesmo.

— Beleza.

Hell sai da sala deixando os dois a sós e Magnus olha para Gaara.

— Eu preciso que me faça um favor, mas isso tem que ser no total sigilo.

— Pode dizer, patrão.

— Eu preciso que investigue tudo o que puder sobre Agust Huisman. Eu quero saber tudo sobre esse filho da puta desde a hora que ele acorda, até quantas vezes ele vai ao banheiro. Entendeu?

— Esse homem não é o mesmo que está dando uma baita dor de cabeça?

— Ele mesmo, Gaara. O filho da putä está envolvido num grande esquema de tráfico de pessoas, onde elas são sequestradas e assassinada para diversão de um bando de doentes, que leiloam o sofrimento das vítimas, e a escolhida havia sido a mulher do Baruc.

— Mas, a primeira dama do Chapadão não está grávida?!

— Sim, está. Mas, eles tem "categorias", e gostam de assistir sofrimento de gestantes e bebes/fetos inocentes.

— Esse povo é maluco! — Ele para e pensa um pouco. — A Thalia está envolvida com esse homem?!

— Sim, está! A Thalia usaria isso para poder tirar a Rebeca do seu caminho, e ainda por cima, a Eva mandava fotos da Rebeca para esse homem e ela foi divulgada para a plateia que assistiria o show deles.

— Esses caras merecem o pior fim possível! Na moral...

— Eles vão pagar muito caro! Pode ter certeza.

Magnus passa algum tempinho a mais na boca, até que quando ele chega em casa, ele dá de cara com algumas malas no andar de baixo da casa e olha para a mãe.

— Ué... de quem são essas malas?!

— Minhas.

— A senhora vai viajar?!

— Nós vamos, meu amor!

— Nós? — Ele cruza os braços. — Para onde?

— Meu Deus! Filho, depois de amanhã é o casamento da sua prima, se esqueceu?! O casamento dela será lá em Angra, e nós vamos para lá. Agora, vai lá pegar as suas malas, porque já está tudo pronto. O Antenor já está descendo com as malas da Dalila.

— Aquele cara que veio com ela?!

— Sim, sim.

Magnus trinca o maxilar e sobe as escadas. Ele caminha em passos rápidos até o quarto de Graziela, e assim que ele chega, ele a vê fechando a mala.

— Pode deixa, eu mesmo levo as malas lá para baixo. — Magnus para em frente à porta.

— Não precisa, senhor. Eu mesmo levo. — Antenor responde, e Magnus o encara.

Magnus não diz mais nada e o rapaz entende o recado. Ele sai do quarto deixando Graziela e Magnus no quarto.

— Já terminou?

— Já sim... só vou levar uma mala.

— Menos mal, porque a minha mãe está lá embaixo com quatro e eu lhe garanto que nenhuma delas é do meu pai.

Graziela dá risada e Magnus desce com a mala dela. Assim que chegam no andar de baixo, Magnus dá de cara com o irmão, que olha de cima abaixo para Graziela, que não olha diretamente para ele, mudando a direção do seu olhar para Safira.

— Dalila, querida! Vejo que o Magnus lhe ajudou. — Safira sorri.

— Sim, sim. Ele quis me ajudar. — Dalila pisca para Safira.

— Hum... que milagre é esse? O meu irmão ajudando alguém? E novidade. — Patrick diz dando risada. — Me chamo Patrick.

— O Magnus é um verdadeiro cavalheiro. — Graziela diz. — Sou a Dalila.

— Bem novidade... ele só é cavalheiro com a minha mãe. Com o restante das pessoas, ele é um verdadeiro cavalo.

— Que bom, não é? Ser cavalheiro com nós duas já é o bastante. Está ótimo assim.

Graziela responde, fazendo com que Magnus segurasse a risada. Discretamente Magnus leva a mão até as costas de Graziela.

— Bom, eu preciso ir no meu quarto. Vamos comigo? — Ele olha para Graziela, que confirma com a cabeça. — Caso eu demore muito, vocês podem ir na frente. Iremos logo atrás de vocês. Com licença.

Ele sobe as escadas com Graziela e Patrick os acompanha com os olhos, até que eles fogem do campo de visão do rapaz, que desviam o olhar para a mãe.

— Essa é a filha do tal miliciano?

— Sim, ela mesmo.

— Ela é bem bonita. — Ele coloca as mãos no bolso.

— Sim, ela é! Mas, ela é a mulher do seu irmão, então por favor, colabore.

— Eu não fiz nada! Eu, hein...

— Não fez, mas eu lhe conheço bem, meu filho. Não se esqueça que quem lhe colocou nesse mundo fui eu.

Ele pisca para o filho, e assim que Edrick chega, eles acabam indo na frente, enquanto Magnus termina de se arrumar.

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