Sem entender

Magnus abraça Graziela, enquanto Edrick retoma a sua compostura. Safira ajuda Marilda a despertarem Talilane, mas a moça está dopada.

— Como isso foi acontecer, meu Deus! Olha, se isso for mesmo verdade, peço desculpas desde já a todos vocês, e principalmente a senhorita Dalila. — Zé Marcos se desculpa.

— Tudo bem, Zé Marcos. O senhor não precisa pedir desculpas. Todos nós ainda estamos sem entender tudo o que aconteceu aqui, mas eu sei que em breve teremos uma explicação para isso que ocorreu. — Graziela sorri.

— Eu estou envergonhada pelo comportamento da minha sobrinha. Esse não foi o ensinamento que nós demos a ela.... — Marilda seca as lágrimas.

— Tudo bem... não se preocupe com isso.

— Não tem como garantir que isso não foi obra do meu querido irmão?! Todos sabemos do envolvimento dele com a Talilane. Ah, qual é? Todo mundo sabe que a Dalila acabou vendo os dois juntos e saiu correndo. Vamos fingir até quando que nada aconteceu? Quem é que garante que o meu querido irmão não mandou que os seus capangas colocassem a Talilane para dormi?

—Cala a boca, moleque! Se eu tivesse feito alguma coisa, eu teria admitido o que eu fiz. Para de querer jogar a culpa pra cima de mim, porque você poderia muito bem ter pedido ao seu capacho para que fizesse tudo isso, somente para poder chamar atenção e jogar a culpa em mim. Eu estava ocupado com a minha noiva. Se ela disse que não fui eu, então obviamente não fui eu! Ah, e outra coisa! — Magnus dá um soco em Patrick. — Dá próxima vez que citar algo tão íntimo para deixar a Dalila sem graça, eu juro que acabo com a sua raça!

Patrick se levanta e tenta ir para cima de Magnus, mas é segurado por Edrick. Graziela abraça Magnus e o faz entrar no quarto.

— Ei? Tá tudo bem. — Ela fica na ponta do pé e o beija. — Eu estou aqui, tá? Não ligue para as provocações do seu irmão, porque é exatamente isso o que ele quer!

Magnus aos poucos vai se acalmando, até que ele agarra a cintura de Graziela, que passa as pernas em volta da cintura dele, a tomando num beijo calmo, carinhoso e ele caminha com ela no colo até a cama. Graziela sorri durante o beijo, e vai sorrindo conforme vai sentindo os beijos do homem pelo o seu pescoço.

— Eu sou completamente apaixonado pelo seu cheiro, sabia?

— Hum... que ótimo saber disso! Eu amo as suas carícias. Você me deixa em êxtase.

Eles dois voltam a se beijar, até que Patrick invade o quarto pela sacada e todos entram no quarto logo atrás dele, tentando intervir para impedir o pior. Patrick puxa Magnus de cima de Graziela, e tomado pelo ódio com a atitude do irmão, Magnus se solta e vai para de Patrick o jogando no chão e dando soco no seu rosto duas vezes. Edrick juntamente com dois seguranças conseguem tirar Magnus de cima Patrick, que é segurado por Zé Marcos.

— VOCÊ FICOU MALUCO? QUEM É QUE LHE DEU AUTORIZAÇÃO PARA ENTRAR DESSE JEITO NO MEU QUARTO?

— ACHOU MESMO QUE IRIA ME BATER E FICAR POR ISSO MESMO?!

— ENTROU AQUI SÓ PARA APANHAR NOVAMENTE, SEU IDIOTA!

Patrick vai pra cima de Magnus, que também consegue se soltar. Os dois começam a trocar socos novamente, mas tudo acaba quando Patrick acaba acertando um soco em Graziela. Magnus corre até a moça, pegando-a nos braços e colocando na cama.

— Dalila? Ei? — Ele acaricia o rosto da moça.

— Ela logo vai acordar, filho. Eu vou buscar um pouco de gelo.

Safira sai, e voltando com um pouco de gelo, ela entrega a compressa para o rapaz, que começa a colocar a boca da moça.

— Filho, perdoe-me pelo o que aconteceu. Eu não sei o que deu no seu irmão, e nem o motivo para ele estar agindo assim. Eu espero que tudo esteja bem entre a Dalila e você. Que nada das provocações do Patrick prejudique a relação de vocês. Eu vou ter uma conversa muito séria com o seu irmão.

— A senhora não tem culpa de nada, mãe. O maior culpado nessa história toda é o Patrick. Ele faz de tudo para me tirar do sério. Ele adora me provocar, faz de tudo para poder chamar atenção, e para lhe ser muito sincero, eu nunca fiz nada com ele dá maneira que eu quero, porque eu tenho muito amor e respeito tanto pela senhora, quanto pelo meu pai.

— Eu entendo, meu filho. — Ela dá um beijo na testa de Magnus e o deixa sozinho.

Depois de alguns instantes, Graziela começa a despertar lentamente, soltando apenas um grunhido de dor. Ela olha para Magnus e dá um sorriso fraco.

— Nossa... O que aconteceu?

— O Patrick lhe acertou com um soco, meu anjo. Me perdoe! Se eu soubesse que lhe acertaria, eu jamais teria me esquivado. — Ele acaricia o rosto dela.

— Está tudo bem! O importante é que tudo se resolveu. Eu só peço para que não brigue tanto com o seu irmão. Eu sei que o Patrick é insuportável e até eu quero enfiar um vaso na cabeça dele, mas temos que pensar na sua mãe. Eu sei que ela não gosta desse clima chato entre vocês. — Ela dá um selinho nele. — Hum...?

— Tudo bem... eu prometo que eu vou me esforçar.

— Ótimo! Agora vem... vamos dormi um pouco?

— Ok... vamos.

Ele sorri e se deita ao lado dela. Ele passa o braço em volta da cintura dela, a puxando para mais perto dele, até que ele deposita um beijo na curvinha do pescoço dela, e eles adormecem.

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