Visita

A mulher arregala os olhos de medo, enquanto Magnus a encara com os seus olhos frios e inexpressivos.

— E-eu...

Nesse momento uma mulher aparece na porta, e Magnus olha para ela.

— Elisabete?! — Ele pergunta.

— Sim, sou eu...

— Preciso falar com você. Ou melhor, preciso que venha comigo.

— Desculpe... mas, quem é você?!

— Sou uma pessoa que não tem toda a paciência do mundo! Ou vem agora comigo, ou eu vou entrar nessa casa e lhe levar a força para o morro de onde você saiu. — Responde frio, totalmente seco e encarando a mulher, que está pálida.

— Eu... — A mulher gagueja.

Nesse momento um homem aparece, e pela semelhança com Elisabete, Magnus julga ser o seu filho. O homem olha para Graziela dos pés a cabeça, mordendo os lábios e nesse momento ele recebe um soco no rosto de Magnus, que vai para cima dele com tudo.

— Para, por favor! Não bata nele... vamos para onde o senhor quiser!

— Magnus, por favor... — Graziela tenta fazer ele se acalmar, mas acaba sendo atingida por ele, que lhe acerta uma cotovelada.

Ao sentir que atigiu alguém e percebendo a quem, ele rapidamente larga o homem e se abaixa até Graziela, tocando cuidadosamente o rosto dela.

— Você está bem? Não era para você ter se envolvido! Eu não queria ter acertado você.

— Está tudo bem! — Ela sorri, e ele limpa o fio de sangue que escorre. — Não tem problema algum. Só não bata mais nele, por favor! — Ela segura a mão de Magnus, olhando nos olhos dele.

Magnus acena em afirmação com a cabeça, e os vapores levam Elisabete e o filho para dentro do carro. Magnus leva Graziela para casa, e assim que chegam, Safira estranha um pouco o corte dos lábios de Graziela.

— O que aconteceu?! — Safira vai até eles.

— Está tudo bem, não foi nada demais. — Graziela tenta tranquiliza-lá.

— Os seus lábios estão cortados, filha! O que aconteceu? — Edrick olha para Graziela.

— Foi um pequeno acidente, mas está tudo bem! Já passou.

Graziela dá um sorriso gentil, e olha para eles, que ainda não acreditam muito nessa história.

— Fui eu que bati o meu cotovelo nela... — Magnus confessa. — foi sem querer. Eu estava batendo em um filho da puta, e ela tentou separar.

— O que ele fez?! — Safira arqueia a sobrancelha.

— Ele olhou pra mim, e mordeu os lábios.

— Hum... não tiro a sua razão, filho! — Edrick responde.

— Vem, minha querida... Vamos colocar um gelo para não inchar.

Safira coloca as mãos nas costas de Graziela e a conduz até a cozinha, enquanto Magnus e Edrick as acompanham com os olhos, até que saem do campo de visão.

— O seu irmão está aqui em casa. — Edrick olha para o filho.

— Hum. Eu quero ele longe da Dalila.

— A sua mãe já avisou para ele, e eu espero de verdade que o seu irmão não arrume confusões.

— Na primeira gracinha dele pra cima da Dalila, eu desovo o corpo dele no quintal da casa dele lá em Ipanema.

— Eu já conversei com o seu irmão. Eu sei que o Patrick não vai fazer nada, pode ficar tranquilo.

— Assim espero. Eu vou levar duas pessoas para o Baruc lá no Chapadão, e por favor, leve a Dalila para lá. Eu não confio em deixa-lá aqui sabendo que o idiota do Patrick está aqui.

— Tudo bem, pode deixar.

Magnus sai e casa, e vai direito para o Chapadão. Assim que ele entra, vai diretamente para a boca, onde em questão de poucos minutos Baruc aparece.

Uou! Você pegou pesado com ele. — Baruc ri.

— Ele me irritou. — Magnus dá de ombros.

— O que ele aprontou?!

— Olhou pra minha mulher.

— Sua mulher? Desde quando tu casou?

— Ainda não casei. — Ele apaga o cigarro. — Vou me casar dentro de alguns dias. A minha mulher vai ficar na sua casa, o meu pai ficou de trazer ela pra fazer companhia pra sua esposa. Eu vou ficar por aqui, por algumas horas, já que temos assuntos para resolver.

— Abriram-se as portas do santuário. Santa Lilith, que fez o Draco se casar, Santa Rebeca, que laçou o Baruc, e agora temos a.... — Ragnar brinca.

— Dalila.

— Santa Dalila! Botaram os mais cachorrões na coleira.

— Tá rindo do que?! — Baruc olha para o melhor amigo. — A Laiza também lhe botou numa coleira.

— Eu não me arrependo. Sou pau mandado da minha mina. — Ragnar responde convencido.

— Se caso se arrependa, toma um tiro de fuzil bem na testa, porque aquela é do jeito que o manicômio gosta. — Baruc ri, e Ragnar mostra o dedo. — Brincadeiras a parte, vamos ao que interessa... Elisabete, onde está a sua filha?!

— E-eu não sei do que vocês estão falando! Eu não sei nada da Thalia. Ela sumiu no mundo sem deixar rastros, e tudo o que eu sei dela, foi que ela se envolveu no plano para poder sequestrar a sua esposa grávida, mas deu tudo errado.

— Hum... Só isso mesmo que a senhora sabe?!Não está mentindo para acobertar a sua filha? Não sabe de mais nada? Me diz...

— Não é nada. Eu disse que não sei de nada.

Nesse momento, o homem o filho dela começa a gritar de dor e estragos são ouvidos. Assim que olham, Magnus ergue o dedão do pé do irmão de Thalia.

— Magnus, já começou?! — Baruc cruza os braços.

— Eu estou com um pouco de pressa, sabe? Eu não tenho tanta paciência.

— Ah, continua aí. — Baruc dá de ombros. — Quem sabe ele não nos diz algo de bom. Voltando ao assunto, Elisabete... onde está a sua filha?!

— Eu juro que eu não sei! Por favor! Não machuquem o meu filho.

Nesse momento, Magnus perde completamente a paciência, começando a dar vários socos no rosto do rapaz, enquanto Baruc encara a mulher com ódio, segurando firmemente o rosto dela.

— É melhor começar a falar tudo o que sabe da sua filha, ou o seu filhinho, estupradør de merdä vai pagar caro! Sabe o que acontece com estupradores aqui, não é mesmo?!

— O meu filho não estuprou aquela moça por que quis! Ele estavabm bêbado, e a família da moça também não acreditou nela, porque ela não é nenhuma santa.

— OI? ELE FEZ O QUÊ?! OLHA COMO AS COISAS SÃO. EU JOGUEI VERDE, E CONSEGUI COLHER O MADURO! TU ACABOU DE ENTREGAR A CABEÇA DO SEU FILHO NA MINHA MÃO! NADA VAI FAZER SEU FILHO ESCAPAR DO QUE LHE ESPERA. — Baruc se exalta.

— E-eu não d-disse por m-mal! Por favor, tenha misericórdia!

— MISERICÓRDIA?! TEU FILHO É UM ESTUPRADOR DE MERDÅ E TU QUER MISERICÓRDIA?! QUEM É A MENINA QUE ESSE DESGRAÇADO VIOLENTOU?

— É a filha da Silvana e o Edicarlos do beco 23.

— Ragnar, me traga os pais da menina e a menina. Qual delas foram?

— A de 12.

— 12 ANOS, MERDÅ! — Baruc grita.

Atenção: Os diálogos abaixo poderão possuir conteúdos que despertarão gatilhos em algumas pessoas. Caso seja. sensível, pode pular para o próximo capítulo. Farei um resumo de todas as novidades nos diálogos no cap seguinte, para que não percam nadinha!

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Magnus tira toda a roupa do homem, e juntamente com Baruc começam a bater no homem com um pedaço de madeira, que grita alto assim que um prego enferrujado perfura a sua pele.

— Por favor, não batam mais nele! Eu digo tudo o que eu sei! — A mulher implora, se jogando aos pés de Magnus.

— Pode começar a desembuchar então, que eu não tenho todo tempo do mundo.

— Tudo o que eu sei, é que a minha filha começou a se envolver com um homem, um Holandês que ela conheceu em um baile por aqui no Rio, e esse Holandês está envolvido com coisas da pesada.

— Que tipo de coisas?

— Tráfico de pessoas. Principalmente de mulheres grávidas e bebês. A Thalia vendeu fotos da sua mulher para esse homem, que postou fotos dela nesse site. A Eva foi quem tirava as fotos sem que a dona Rebeca notasse.

— Qual foram as fotos? — Magnus continua com as perguntas, após Baruc perder o controle e começar a esmurrar a parede.

— Fotos dela no banho, fotos dela normalmente dela, as vezes distraída, sorrindo...

— O que queriam com ela?

— Q-queriam fazer uma live onde eles iriam leiloar cada membro da Rebeca. Iriam esquartejar ela viva, porque esses homens gostam de ver o sofrimento. No caso da Rebeca, amam ver o feto ou bebe em formação também sem vida. Eles queriam ver a Rebeca morta, e ela seria levada para esse lugar, porém o patrão apareceu no momento que antecedeu a levada.

— Huisman! — Magnus rosna.

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