Casamento?!

Após resolver algumas coisas na boca, Magnus acaba saindo para fazer cobraças, voltando algumas horas depois para a boca, onde permanece fazendo uma contagem de tudo o que recebe. Nesse momento, Gaara entra na sua sala, se jogando no sofá, e Hell entra com a mulher que estava na boca mais cedo.

— Já fez a contagem, chefia?! — Hell pergunta.

— Já sim.

— Foi mais cedo hoje. Achei que só fosse á tarde. — Gaara franze a testa.

— É hoje. — Magnus responde de cabeça baixa, contando o dinheiro.

— HOJE?! — Gaara abre a boca num O.

Hell e Viviana olham confusos um para o outro, aguardando uma resposta sobre o assunto que os dois estavam falando, e notando a curiosidade dos dois, Gaara diz:

— Teremos casamento no complexo da Penha.

— Casamento?! — Hell para alguns minutos, até que coloca a mão na boca, e ri. — NÃOOOOO! O poderoso chefão vai se casar?! É isso?!

— Isso aí! O inesperado aconteceu, e vamos ter uma primeira dama. Eu não sei se a mina vai casar na base da ameaça, se dívida de jogo, mas, se for por amor, me passem o contato da mãe de santo, porque essa foi das boas. — Gaara brinca.

— Eu não sei de onde eu tirei tanta paciência, e ainda não costurei essa sua língua. — Magnus resmunga.

— Nunca costurou minha língua, porque gosta de como eu trabalho, meu amor!

— É! Molhando os dedos para contar meu dinheiro, porque se não fosse tão eficiente, nem estaria mais vivo.

— Deixa de mentira! Tô vivo, porque nós temos um caso. Todo mundo sabe que somos amantes, totoso! — Ele passa o braço em volta do pescoço de Magnus, que somente olha para ele.

— É sério que você vai se casar?! — Viviana pergunta.

— Sim, ele vai. — Vendo que o amigo ignorou a moça, Gaara responde.

— Por que?! Nunca o vi com mulher alguma, além das suas submissas.

— Porque, eu vou me casar e pronto. Quem não gostar, é somente morder a testa.

— Precisa ser grosso?

— Sou grande também. Mas, se eu não me meto na sua vida, você não tem motivos para se meter na minha. Cada um no seu quadrado.

— Vamos acalmar os ânimos?! — Hell ergue as mãos. — O senhor tem que respirar fundo, patrão! E tu — aponta para Viviana — para de se meter no que não é da tua conta, porque ele não se meteu hoje de manhã. Mas, chefe, porque o senhor não participou do ato de hoje? Seria como uma despedida de solteiro.

— Olha pra minha cara, e veja se eu tenho cara de homem que faz despedida de solteiro.

Ele se levanta e sai. Hell da risada do humor do patrão, e Gaara nega com a cabeça, dando risada enquanto Viviana se joga no sofá.

— Por que ele sempre me tratou assim?

— Assim como, minha fia? — Gaara acende um baseado.

— Grosso, todo frio. — Ela suspira.

— Mas, ele é grosso e frio com todo mundo! A única pessoa que ele demonstra algum tipo de afeto, é somente com a tia Safira, ué.

— Gaara, os boatos são verdadeiros? Ele matou mesmo a mãe?

Viviana e Hell olham para Gaara, que dá um trago e dá de ombros, soltando a fumaça.

— Olha bem pra cara do Magnus. Conhecem ele, sabe como ele é. Acha que é um boato?

— Eu acredito que seja verdade, mesmo sem saber o motivo dele ter feito isso. — Hell afirma.

— Então! Tá aí a resposta. Só não me pergunte o motivo, porque isso aí já é um assunto dele.

— Ouvi boatos que foi para defender a dona Safira, que ele matou a mãe e os irmãos. Ele tem um coração de pedra.

— Para matar a mãe biológica? Não dúvida nada!

— É melhor tu falar a maldita boca e não falar o que não sabe, sacou? — Gaara aponta o dedo pra Viviana. — Ao invés de tu julgar o coração dos outros, o caráter de alguém, tu olhe para si mesma. Tu não tem posição para julgar ninguém nesse caralhø não, mina. Vai cuidar da tua vida, arrumar um emprego e cuidar das tuas cria. Vai catar uma por uma que cê larga na mão de qualquer um, vai tomar vergonha na cara, criar responsabilidade. Se fechasse as pernas e abrisse a mente, tu seria uma pessoa mais agradável de se conviver.

— Tu tá me chamando de que, Gaara? De Putå? Porque, diz que não sou agradável de se conviver, mas já comeu, assim com o Magnus.

— Nossa, que lindo! Se tu for fazer o que lhe sugeri, adiciona isso no teu currículo! Comi tu sim, mas nem por isso sai esparrando pra geral saber, porque pelo menos eu lhe respeitei como mulher, e não sai contando pros vapores o que eu fiz, ou deixei de fazer. O Magnus ficou contigo também, mas se tu não espalhasse pra todo mundo, achando que seria a primeira dama, ninguém saberia também. Tu gosta é de moleque, que pisa em tu, e conta pra Deus e o mundo o que tu faz ou deixa de fazer. Tu é solteira, dá pra quantos cara tu quiser num dia e por vez, mas tu tem uma falta de conteúdo incrível! Tu não é desagradável de se conviver, porque tu vive ficando com Deus e o mundo não, porque o livre arbítrio é todo teu. Mas, é desagradável, porque tu não pensa em nada, só fala merdå. Vê se cresce!

Gaara sai da boca, deixando Hell e Viviana sozinhos. Gaara e Magnus são amigos desde quando Edrick, pai de Magnus tomou o morro. Gaara tem os pais de Magnus como pais mesmo, além de serem os seus padrinhos. Os dois são como irmãos, sempre se defendendo, um cuidando do outro, e apesar de terem personalidades opostas, os dois se cuidam e se defendem.

Em casa...

Magnus toma uma banho e desce para a sala, onde a sua mãe junto com a sua irmã estão colocando a mesa.

— Que bom que já chegou, meu filho! — Ela sorri, ao receber um beijo na testa dele.

— Vim um pouco mais cedo hoje.

— Ansiedade para conhecer a sua esposa?!

— Claro que não, mãe. — Ele abre a geladeira.

— Aham, sei! — Ela ri.

— Uma interesseira vai conseguir se casar contigo? Que milagre! — Maíra debocha.

— Não, não é nenhuma interesseira, porque não é nenhuma das tuas amigas. — Magnus responde num tom sério de costas para a pia.

— Podem ir parando os dois, porque é hoje que a Dalila chega, e eu não quero esse clima.

Minutos depois, o vapor fecha com Dalila, e os olhos da moça se cruzam diretamente com os de Magnus.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***