Capítulo 11 - ÁPICE DO DESEJO

— Eu te amo!

Digo essas palavras, e diria outras mil vezes porque, nesse momento, o que sinto por ele é amor. O meu coração bate forte no meu peito. Ele me olha quando prefiro os meus sentimentos. Por um segundo penso que ele ia desistir, ia deixar-me ali e sair em arrependimento, mas o que Joseph faz a seguir tira a minha sanidade.

Ele aproxima o seu rosto bem próximo do meu e geme:

— Você é a minha perdição, você me deixa louco e mesmo sabendo disso, eu te quero mais e mais.

— Me faça sua, Joseph. Eu te quero tanto, tanto. — Imploro.

— Adoro a forma como os seus lábios pronunciam o meu nome.

— Posso confessar uma coisa? — Falo e ele enfia suas mãos dentro do meu biquíni.

— É claro que pode. — Ele diz me tocando.

— Eu… amo te chamar de pai, isso me excita… muito.

Essas palavras quase não saem da minha boca com os seus dedos me fazendo carícias.

— Me chamar de pai te excita?

— M-muito!

Ele enfia os seus dois dedos em mim, me fazendo gemer. Ele deixa um beijo na minha boca e provoca:

— Então me chame de pai.

Eu não penso duas vezes e faço o que ele pede.

— Pai… pai… pai...

Repito essas palavras várias vezes, o meu corpo reage mais ainda e Joseph parece enlouquecer junto comigo. Ele tira seus dedos de dentro de mim e os limpa em sua língua. Logo depois, desamarra a lateral do meu biquíni e tira lentamente jogando no chão. Eu estou completamente nua, a mercê desse homem. Ele segura minhas duas pernas e me faz abri-las, posicionando então, seu rosto no meio delas. Eu agarro os seus cabelos em choque.

— Joseph! — Eu gemo.

Nesse mesmo momento ele começa a me devorar. Agarro a lateral do sofá com força e começo a gemer. Eu não quero me segurar.

Ele desliza a sua língua sem nenhum pudor. O meu corpo entra em êxtase quando ele começa a me chupar. Eu estou no ápice do arrebatamento, no ápice do desejo, quando ele então, enfia dois dedos em mim, deslizando a sua lingua. A sua barba roçando a minha pele, a sua boca perfeitamente encaixada, chupava cada canto, eu me contorcia desesperadamente em sua boca e gemia, eu só sabia gemer.

— Joseph, eu…

Eu não termino a frase. O meu corpo treme me impedindo de dizer. É como um choque, uma descarga elétrica de prazer. Foi o orgasmo mais avassalador que eu pude experimentar.

Ele limpa com os dedos a lateral de sua boca e beija a minha barriga. Eu ainda estou sem forças, sem forças até para falar, nesse momento eu só quero respirar.

— Caralho! Você tem um gosto delicioso! — Ele diz roçando os lábios no meu ouvido.

Ele deita ao meu lado e quando faz isso, seu pau duro me chama atenção. Ele ainda está de calça e eu quero tirar ele de lá, eu quero libertá-lo, eu preciso senti-lo na minha boca.

Abro a sua calça e puxo o zíper para baixo, mas ele segura a minha mão.

— Pare, Amber!

— Parar? — Olho frustrada para ele.

Ele segura a minha mão me impedindo de continuar.

— Eu preciso de você! Eu preciso dele! — Falo e olho para o seu pau que ainda está muito duro. Ele leva a minha mão até os seus lábios e beija:

— Não me faça arrepender.

Nessa hora eu percebo, o que ele fez, foi apenas para me satisfazer. Ele não ia transar comigo desde o começo, ele só me daria prazer.

Mas… não é isso que eu quero. Eu quero senti-lo dentro de mim. Eu quero ouvi-lo dizer que me ama, que eu sou dele, que ele me quer mais que qualquer coisa! Quero tudo dele, mas o que ele está me dando?

Isso é pedir demais?

Olho para Joseph, ele está com os olhos fechados. Começo a deslizar as minhas mãos sobre o seu peitoral, o seu abdômen, quero sentir seu corpo estremecer ao meu toque.

— Você não terá mais que isso de mim! — Ele diz, fazendo assim, meu mundo cair.

Olho para ele que ainda está com os olhos fechados.

— Você não me quer? — Falo manhosa com a voz trêmula.

Ele abre os olhos, segura o meu rosto e diz:

— Eu te quero! Mas não podemos transar e no outro dia fingir que nada aconteceu. Nós não podemos ser um casal, Amber. Eu sou o seu pai, e além de tudo, não quero te magoar de forma alguma.

Ele diz essas palavras com tanto carinho, mas não é isso que eu queria escutar.

Os meus olhos enchem de água e posso sentir uma lágrima descer sobre o meu rosto.

— Você está chorando?

Ele limpa uma lágrima com o dedo.

Eu não estou sabendo lidar com isso. Levanto e ainda completamente nua, subo as escadas lentamente devido ao meu pé. Ele não me segue e também não me impede de sair de lá. Quando chego na porta do meu quarto, ouço ele gritar, seguido de um barulho de vidros quebrando.

— Porra!

Eu ignoro e entro para meu quarto trancando a porta. Deito na cama e afundo o meu rosto no travesseiro. O meu choro sai naturalmente. No meu quarto só se pode ouvir meu soluço. Eu estou destruída por dentro. Ouvi-lo dizer que dele, não terei nada além do que aconteceu, feriu-me profundamente, ele não imagina o quanto.

…

Acordo com o som de uma mensagem.

É o Benjamin dizendo que está chegando. Eu esqueci completamente disso, que ele viria me ver hoje. Eu não estou nem um pouco a fim de vê-lo, não agora, e não depois do que acabou de acontecer entre o meu pai e eu. Mando uma mensagem dizendo que estou indisposta e com dor de cabeça, mas ele insiste em ver-me.

Levanto para tomar um banho e percebo que já é noite. Eu dormi nua e chorando. Eu estou horrível, o meu rosto está pálido, os meus olhos vermelhos.

Tomo um banho demorado e faço de tudo para ficar apresentável. Deixo os meus cabelos úmidos e soltos, coloco um vestido preto, tomara que caia e justo. Amo roupas que valorizam as minhas curvas. Olho no espelho, já não estou hedionda, mas meus olhos continuam vermelhos. Pego a minha rasteirinha e saio com ela nas mãos.

Passo pela porta do quarto de Joseph que está fechada, lá dentro está silencioso, desço as escadas e novamente, aqui também está silencioso, as luzes apagadas e nem sinal dele.

Abro a porta da rua e os meus olhos cruzam com os do Ben. Ele, perfeito como sempre. Calça jeans preta e camiseta preta sentado no capô do seu belo carro que também é preto. Ao ver-me mancar ele corre na minha direção e me ajuda a andar até seu carro.

Ele senta-me no capô e fica de pé bem no meio das minhas pernas. Ele me olha como se tivesse realmente, morrendo de saudades.

— Nossa, você tá linda. — Ele sorri.

As suas palavras também me fazem sorrir, porém, não muito. Ele logo arrebata-me num beijo poderoso, tirando de mim toda a angústia que sentia. Benjamin é lindo e educado, tem a minha idade e tá na cara que ele gosta de mim. E admito que ele me faz bem, sem contar que tira de mim o mais sincero sorriso.

Talvez eu precise dar uma oportunidade para nós, esquecer o que sinto pelo meu pai, isso só está me fazendo mal. E se Joseph, não quer me dar o seu amor, eu também não quero nada além do convívio paternal.

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