Capítulo 5 - NOSSA APROXIMAÇÃO

18:00 HORAS DA TARDE…

— Rose, o que temos na despensa?

— Acredito que qualquer alimento e tempero que desejar. A despensa está cheia, é raro Sr. Joseph cozinhar. — Ela sorri para mim.

— Eu quero fazer um jantar pro meu pai hoje. — Falo toda animada.

— Que ótima ideia, Amber. Ele vai ficar feliz em comer algo caseiro. — Ela sorri enquanto passa um pano nos móveis.

Eu odeio TER que cozinhar, mas esse é um esforço válido. Eu nunca cozinhei muito e só sei fazer poucas receitas. Então vou preparar o prato que eu mais domino, lasanha. É um dos pratos preferidos dos Brasileiros e eu aprendi a fazer com minha mãe. Uma lasanha e um bom vinho. Vou para despensa procurar se todos os ingredientes estão aqui, talvez eu tenha que ir ao mercado comprar, aff.

Estou nas nuvens depois do sexo com o Ben. Ele é carinhoso e soube muito bem como me agradar. Estou completamente satisfeita e penso que esteja gostando dele também. É impossível não gostar do Benjamin. Eu gemia com cada estocada forte que ele dava em mim. Ver seu abdômen trincado contraindo com o vai e vem do nosso prazer me deixava mais louca ainda. Apesar de pensar no Joseph algumas vezes no meio da nossa transa, isso não atrapalhou, foi muito pelo contrário. Ele ainda me chamou para tomarmos um banho em sua casa, os pais dele estavam no trabalho. Eu recusei e disse que ficava para a próxima, já tinha em mente fazer um jantar pro meu pai e não poderia me atrasar.

São quase 19:00 horas. Eu enviei uma mensagem perguntando se ele está vindo para casa, Joseph respondeu que está chegando. Rose acabou de ir embora e ficou encantada com o cheiro da Lasanha. Penso que me sai bem. Termino de montar a mesa e coloco o vinho em um balde de gelo, corro para o quarto e troco de roupa, coloco um vestido bonito com uma parte da barriga de fora. É lindo e não é TÃO vulgar. Eu não quero parecer desesperada.

Quinze minutos depois ele finalmente chega em casa. Estou sentada no sofá assistindo TV quando ele me vê e vem até mim com o sorriso “sexy”.

— Que cheiro é esse?

— Eu fiz o jantar. — Falo ainda sentada no sofá.

— Você fez? — Ele aproxima e beija minha testa.

— Tem um tempinho para que eu tome um banho?

— Sim, está no forno aquecendo. — Sorrio para ele.

Ele pede 10 minutos, o tempo para tomar um banho. Eu estava bem, agora que ele chegou, fico apreensiva. Ele sobe para o quarto e eu fico na sala com o coração batendo a mil.

Sem demora ela retorna, usando uma calça jeans azul e uma camiseta branca. Noto que ele está usando um relógio. Parece que ele se arrumou para esse jantar. Quando sinto o cheiro do seu perfume quase me derreto.

— O que você fez? Ele pergunta puxando a cadeira para sentar a mesa.

— Lasanha. — Eu respondo.

Ele olha curioso para bandeja enquanto segura o talher nas mãos.

— Você nunca comeu?

— Nunca! Estou curioso, pelo cheiro parece ser bom. — Ele sorri.

Coloco um pedaço no prato dele e outro no meu prato. Sirvo nós dois com vinho.

— Vinho? Estamos celebrando o quê?

— O amor… de pai e filha. Depois de tantos anos. — Dou a ele um sorriso tímido.

Ele retribui o sorriso e começamos a comer.

— Isso é muito bom. Parabéns, Amber.

— Obrigada!

Comemos e conversamos. Alguns momentos em silêncio, mas outros bem descontraídos. Eu contei a ele como é o Brasil e os costumes por lá. Ele falou sobre o trabalho e pediu para que eu fizesse uma visita para ele se tivesse me sentindo muito sozinha aqui. Em alguns momentos eu falo sobre Helena, minha mãe. Ele parece desconfortável então decido mudar de assunto.

— Lembra do que conversamos ontem? Sobre você aprender a ser pai? — Eu pergunto enquanto coloco mais um pouco de vinho.

Ele afirma com a cabeça e sorri sutilmente.

— Então… eu tenho uma pergunta.

— Algum problema na faculdade? — Ele me olha curioso.

— Eu transei com um cara. — Falo e desvio os olhos para comida.

— O quê? — Ele engasga.

— Eu transei com um garoto, porém, pensava em outro — Olho para ele tímida.

Joseph limpa a boca com o guardanapo e dispara.

— Foi com o garoto da foto?

— Sim, mas essa não é a questão. — Fico vermelha.

— Você pensou no ex-namorado que deixou no Brasil? — Ele pergunta de novo, parece meio nervoso.

— Não! É um homem mais velho. — Falo e tomo um gole de vinho.

Ele, engasga novamente, eu seguro-me para não rir. Ele está visivelmente encomendado com o que eu disse.

— E esse homem mais velho, ele sabe que você pensa nele? — Ele fala e mal me olha nos olhos.

— Acredito que não.

— Vou pegar água, você quer? — levanta sem esperar minha resposta.

— Não, eu tô bem.

Olho brevemente pro meu pai e percebo que ele toma 2 copos com água seguidos. Talvez a Lasanha tenha ficado um pouco salgada  para seu paladar. Ele retorna e enche seu copo com vinho. Já tomamos a metade da garrafa.

— Eu queria te fazer uma pergunta. — Falo para Joseph.

— Pode falar.

— Você prefere uma mulher da sua idade ou mais jovem? — Meu coração dispara esperando sua resposta.

— Acho que… — Ele pausa. — A idade… é obsoleto. Se a pessoa é mais jovem e atende suas expectativas ou é mais velha e deixa a desejar em alguns pontos… isso é relativo.

— Entendi.

Depois disso entramos em um longo silêncio. Terminamos o jantar e ficamos alguns minutos na sala antes de irmos para seus respectivos quartos.

— Posso deitar no seu colo novamente? — Pergunto chegando mais perto dele.

— Claro! — Ele se ajeita e me chama com as mãos.

Me sento um pouco mais inclinada e ele coloca seu branco por cima da minha barriga. Seus dedos roçando levemente minha pele. Noto que algumas vezes ele faz um carinho sutil na minha barriga. Isso faz com que eu comece a arrepiar. Espero que ele não perceba.

— Amber? — Ele me chama.

Assusto com sua voz rouca perto do meu ouvido.

Você precisa ter cuidado com os homens. — Ele diz.

O quê? É sério que ele está preocupado comigo?

— Como assim, pai? — Pergunto me fazendo de desentendida.

— A maioria dos homens só quer sexo. E você é linda, chama a atenção de qualquer cara, espero que tome cuidado com isso. — desliza as mãos no meu cabelo.

O que ele diz faz com que meu coração acelere. “Chama a atenção de qualquer cara”. Eu chamo a atenção dele também?

— Eu sei como os homens são. — Falo enquanto brinco com seu relógio de pulso.

— Eu sei que a maior parte do dia estou ausente, mas se quiser me contar qualquer coisa, se algum garoto te maltratar, eu estou aqui por você. — Ele deixa um beijo na minha cabeça.

Suas palavras me pegam de surpresa. Eu não sei o que dizer. Meu coração aperta e sinto uma lágrima descer sobre o meu rosto. Ele nota e segura meu rosto com as mãos fazendo com que eu olhe nos seus olhos.

— Você está chorando? — Ele pergunta enquanto limpa lágrima.

Eu viro meu corpo para ficar frente a frente com ele. Nossos rostos estão bem próximos. Eu sinto sua respiração nos meus lábios. Ele me olha nos olhos e eu também.

— Acho q-que é emoção. — Eu Sussurro.

Ele segura meu rosto com às duas mãos fazendo carinho com o polegar. Brevemente seus olhos descem até meus lábios. Eu não resisto e faço o mesmo.

— Posso te abraçar? — Pergunto.

Ele apenas acena a cabeça em confirmação. Para abraçá-lo eu sento em seu colo. Ele é surpreendido, mas logo envolve os braços na minha cintura. Eu o abraço forte. Ele joga uma mecha do meu cabelo para trás e dá um leve beijo no meu pescoço. Estou sentindo seu corpo completamente colado ao meu, nossas respirações estão sincronizadas.

— Está ficando tarde, vamos dormir? — Ele fala cortando o clima.

— Vamos! — Falo desanimada saindo do seu colo.

Ele se levanta logo em seguida e desliga a TV. Eu subo as escadas e ele vem logo atrás. Ele tem uma visão privilegiada da minha bunda. Queria muito olhar para trás, mas nesse momento estou sem coragem. Entro para o meu quarto em silêncio e ele faz o mesmo. Deito na cama e começa a imaginar as possibilidades.

“Vou até o seu quarto, estamos só nós dois sozinhos nessa casa. Eu abro a porta do seu quarto e lá está ele, deitado apenas de cueca. Ele pergunta o que eu estou fazendo ali, eu não respondo. Começo a tirar as minhas roupas e subo na sua cama. Joseph olha-me confuso, mas com desejo. Eu sento em cima dele e começo a beijar a sua boca. Ele entrega-se e põe as mãos na parte detrás da minha coxa deslizando até a minha bunda.”

Que ódio! Provavelmente se eu fizesse isso ele iria me rejeitar. Eu voltaria para o Brasil e adeus pai, faculdade e Benjamin.

Começo a sentir tesão com esses pensamentos tórridos. Coloco as minhas mãos na calcinha e deslizo levente. Começo a gemer mais alto para que ele escute. Eu não sei se pode escutar do outro lado da parede, mas faço o meu melhor, sem parecer desesperada. Em seguida ouço o seu chuveiro. Eu aproveito o momento, tiro uma foto e mando para o Ben, na verdade, queria enviar para ele.

Estou perdendo a cabeça por um homem impossível!…

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