capítulo 13. Despedida do Morto

Gina almoçou na cidade e depois, foi para o salão, passou por um tratamento completo e saiu de lá, totalmente diferente de quando entrou Depilou todo o corpo, fez as sobrancelhas, que estavam sem formato de tao grossa e com a afinação, deixou seu rosto mais leve e limpo. Fez preenchimento nos labios, por dentro, mas não muito, só deixando eles mais cheios, já que tinham um bom formato.

Seu cabelo, que estava sem corte, agora era chanel, bem liso e castanho e emoldurava bem, seu rosto fino. Tomou banho em uma hidromassagem e finalmente fez as unhas e maquiagem. Reservou todo o andar só para ela e ficou bem à vontade. Charlie levou sua roupa e acessórios e ela saiu de lá, pronta.

Charlie ligou para casa, avisando Jordan, que passariam por lá para pegá-lo e foi o que fizeram, deixando ele aborrecido. Gina usava uma capa de musseline, verde musgo, com capuz e ele não podia vê-la. Estava preocupado com o comportamento dela, não podia deixar que estragasse seus contatos.

Entraram após entregarem o convite e Jordan não entendia como a filha do homenageado precisava de convite. Um chapeleiro os aguardava e recolheu seus casacos. Ele estava tao preocupado, que não reparou nela, só olhava para o final do corredor, que levava ao salão.

Estendeu o braço, que ela segurou e seguiram sendo anunciados de maneira formal, mas seguindo a prática da monarquia inglesa. Tudo ali lembrava a monarquia. Desceram as escadas e um casal os veio cumprimentar

— Olá, querida, como você está? — perguntou a mulher de meia idade.

— Pelas circunstâncias, até que bem, lembra-se do meu marido?

— Claro que sim, como vai?

— Bem, senhora, obrigada pelo convite.

— Sejam bem vindos, meu irmão gostaria de vê-los assim, tão bem. Você está bonita, Giovanna. — doss a tia irmã de seu pai.

Só então, Jordan olhou para ela, para saber se ele estava ironizando sua esposa e ficou estarrecido com a figura que viu, não parecia em nada com sua verdadeira Gina.

— Obrigada, Tia, o casamento me fez bem, meu marido me trata muito bem. — Olhou para ele sorrindo e ele notou seus lábios, que pareciam mais carnudos. — Algum problema, querido.

— Não, apenas apreciando sua beleza.

— Fiquem à vontade queridos, reservei o lugar de vocês lá na frente, começaremos em meia hora.

— Obrigada, tia.

O salão estava arrumado como um auditório, embora as cadeiras fossem pomposas, cheias de arabescos e com assento almofadado. Jordan não parava de olhar para Gina e ela olhava à sua volta e quando se deu conta que ele não lhe tirava os olhos, lhe perguntou:

— Está incomodado com alguma coisa?

— Você está muito diferente.

— Só fiz a sobrancelha e preenchi os lábios, dá prá parar de ficar me olhando. Dimitri está vindo para cá.

Ele se recompôs rapidamente, precisava falar com aquele homem.

— Boa tarde ao casal!

— Boa tarde, Dimitri, se me der licença, vou cumprimentar tia Gertie, ela não pode andar até aqui, com licença.

Era a oportunidade que Jordan queria e ficou ali, para  conversar com aquele homem e tentar arrancar-lhe alguma coisa. Dimitri pensava o mesmo e foi direto ao assunto:

— O que você fez com os negócios do Don?

— Que interessante, queria perguntar o mesmo a você.

— Não brinque comigo, rapaz, você não me conhece.

— Nem você a mim. Mas vou lhe dizer uma coisa, eu não tive nada a ver com o sumiço do patrimônio mafioso do Don. Também estava atrás e ele sumiu, nem Gina sabe ou fez algo, ou eu teria sabido.

— Precisaria estar grudado nela o tempo todo.

— E estou,  quando não posso, tenho vigilantes a seguindo, não foi ela e nem eu.

Uma mulher jovem, bonita, elegante e oferecida, se aproximou cumprimentando Dimitri.

— Me apresente, irmão.

Jordan foi com os olhos direto em seu decote, se pudesse iria com as mãos também, pois aqueles melões eram do jeito que gostava. Precisou levantar os olhos, pois ela se referiu a ele.

— Jordan Maxim, um seu criado. — disse ele, estendendo a mão para pegar a dela e beijar.

Ela soltou uma risada sensual, mas a voz de Gina atrás dele, se fez ouvir.

— Como vai, Maxine? Vejo que finalmente colocou os implantes. — se aproximou Gina, se pondo ao lado de Jordan e segurando seu braço.

— Sim e me sinto ótima. Mas também vejo que você permanece com esses peitinhos.

— Pois é, Jordan parece gostar, cabe inteirinho na boca.

Jordan não acreditou naquela fala, sempre deixou claro que não gostava de seios pequenos, já os de Maxim, pareciam perfeitos para ele. Mas, não podia perder a pose e nem envergonhar sua esposa que era seu verdadeiro troféu, naquela festa maluca.

— Posso conversar com você, Gina,  no escritório? Max, entretenha nosso convidado por um instante.

— Com certeza, vamos nos divertir muito. — respondeu Maxine, provocando Gina.

Seguiram os dois para o escritório e lá permaneceram por apenas cinco minutos e Gina saiu de lá, tranquilamente, para se unir novamente ao marido e sua acompanhante. Não gostou do que viu, queria que Jordan mantivesse a compostura, estando ela próxima.

— Vocês parecem realmente estar se divertindo.

— Gina! Já voltou? Que conversa rápida, onde está o meu irmão?

— Se estrebuchando de raiva no escritório, porque não respondi o que ele queria, então deixei-o lá sozinho para se acalmar.

Gina avistou seu outro tio se aproximando, mas anunciaram o início da cerimônia e ele esperou ela se aproximar, para a cumprimentar no caminho para seus lugares. Estendeu a mão e perguntou:

— Como está, querida sobrinha?

Ela estendeu a mão para cumprimentá-lo e de repente teve um desequilíbrio e segurou-o com as duas mãos. Ele pareceu sentir um choque quando ajudou-a a se aprumar, mas não ligou e caminhou ao seu lado, até o seu lugar, com Jordan seguindo atrás dos dois. Dimitri já estava lá, sentado em seu lugar, na primeira fileira, também.

As luzes se apagaram e o foco foi todo para o pequeno palco com a foto e o altar feito em homenagem ao Don. Seguiu-se o cerimonial, com cada um fazendo um discurso e Dimitri foi o primeiro, depois a irmã do Dom, que cumprimentou Gina na chegada. Em seguida foram os tios e primos e a cerimônia terminou sem Gina ter tido oportunidade de falar.

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