XII

...• Helena Wessex •...

Saio do escritório e ando pelo corredor com uma mão na têmpora, o que deu na minha cabeça de pensar que James poderia voltar a gostar de mim através de um livro? De romance, ainda por cima. Me sinto mais ingênua ao ponto de vê-lo com aquela mulher no escritório, eles pareciam tão íntimos... Dona de uma beleza exorbitante e um corpo que jamais terei, não entendo o que ele viu em mim, sendo que poderia ter qualquer mulher que quisesse... Senti algo estranho quando os vi juntos, nunca teria a mesma ousadia que ela tem, o mesmo carisma ou os olhos desafiadores.

— Querida...

Fiquei tão focada em meus pensamentos que acabei esbarrando na mesma mulher de antes.

— Me desculpe... ( Falo baixo)

— Não se preocupe. Creio que não me apresentei direito, Me chamo Genevieve! ( Ela estende a branca mão enquanto me dá um sorriso com seus lábios pintados de vermelho vinho)

Pego em sua mão e a cumprimento, sentindo algo estranho... Um sentimento ou uma impressão ruim sobre ela.

— Você é muito jovem... Decidiu por vontade própria se casar?

Começamos a andar enquanto fico em silêncio, ouvindo suas palavras.

— Claro... Eu, sempre estive de acordo com tal escolha.

— De fato. É claro que James ampliou os gostos, já que sempre se cansa do que usa demais.

O que ela quis dizer com

" Sempre se cansa do que usa demais"?

— Eu não entendi...

— Awn, me desculpe. ( Genevieve aperta uma bochecha minha e se senta no sofá da sala de visitas) — É claro que ainda tem muito o que aprender.

Me sento ao seu lado e apoio as duas mãos no joelho.

— Não sei muitas coisas sobre casamentos, apenas que une um homem à uma mulher.

Genevieve ri com uma risada desgostante e come uma uva, servida na mesa de centro.

— Não deveria ser eu que lhe conto isso, porém lhe direi apenas uma coisa... ( Ela fala entre uma mordida e outra) — O seu poder está no meio da suas pernas, meu anjo.

— O meu poder? ( Pergunto confusa, odeio que falem em códigos comigo.)

— Você saberá em breve. ( Ela fala e eu assinto com a cabeça, olhando para baixo) — James deve gostar muito de você para aceitar uma cerimônia tão recente.

— Não acredito no que diz... ( Não deveria estar contando meu íntimo para alguém que tampouco confio, mas não tenho mais Ana ou quem conversar aqui) — Ele nem ao menos olha para mim.

— Discordo... ( Genevieve se levanta e toma um último gole de sua bebida) — Seus olhos nunca ficaram tão perdidos em alguém, como ficam quando você está presente.

Caminha em direção da saída, enquanto seus saltos grandes fazem click no chão.

— Deve ser por isso que fico tão intrigada com você... Qual feitiço usou em James Windsor?

Logo se retira e eu fico sentada no sofá, confusa com suas palavras e com o que sinto em relação ao duque.

.........

Os dias se passam torturosamente até a chagada da cerimônia. Sinto que James tem me evitado até mais do que o costume, Genevieve está passando os dias na mansão, me sinto incomodada com a sua presença, mas tenho que agir cordialidade com ela, até porque tem algo entre Genevieve e James que quando deixa o clima tenso.

Saio do carro e entro na grande catedral, como me informaram. De longe avisto James em pé, ao lado do padre que realizará a cerimônia. Olho para a longa fileira de bancos de cada lado e vejo meu pai, Margot e as minhas irmãs, sentados perto do altar. Na fileira do outro lado há algumas pessoas que não faço ideia de quem sejam, um deles é Clint e Genevieve, que me olha com uma sobrancelha arqueada.

Respiro fundo e caminho lentamente pelo longo tapete vermelho que cobre o chão de madeira polida, onde meu grande vestido branco se arrasta por onde passo. Enquanto me aproximo, os olhares se mantém fixos em mim, incluindo o de James, que no qual, me deixa arrepiada e me estremeço um pouco.

A bela melodia que ecoava pelo piano cessa. O padre sorri e fita o livro em sua frente. Com o canto dos olhos, consigo ver James me olhando, um arrepio percorre a minha espinha como se fosse um raio me atingindo rapidamente.

— Com grande honra... ( O homem mais velho começa a dizer as palavras)

— Pode pular para o final? ( James impaciente pergunta, como se quisesse encerrar essa cerimônia logo)

Eu sabia que ele não queria se casar comigo, claramente fez isso porque se sentiu na obrigação de me ajudar, ou seria por questões familiares? Já que meu pai e o seu tem relações entre negócios.

— Claro... ( O padre responde meio surpreso pela pressa do meu noivo, tenho certeza que a punição divina recairá sobre ele, que claramente não é um homem religioso e não se importa com isso) — Pelo poder que Deus me concedeu de unir duas almas que se amam. Eu os declaro, marido e esposa...

James olha para mim e coloca um anel de ouro puro no meu anelar esquerdo, faço o mesmo com ele. O padre nos olha com um sorriso no rosto e o meu - agora - marido, me dá um beijo na testa. Eu pensava que ao menos era um beijo curto nos lábios, me sinto uma criança e não uma esposa.

— Parabéns James, essa foi uma linda cerimônia. ( Um homem o abraça e me cumprimenta com a cabeça)

Já sabemos quem é a estrela do noivado, James, a todo momento é felicitado pela belíssima cerimônia, até o meu pai com Margot não se contem nos elogios, certamente sei que isso não passa de um insumo interesse próprio de ambos, apenas gostaria de saber o que ele disse a ela quando fui embora, porque não me lançou um olhar desafiador até certo momento, nem ao menos olhou para mim. Um por um dos convidados se retiram, o carro chega para me buscar, os maridos nunca saem com as esposas, eu não entendo essa tradição grotesca de nos manter separados, mas creio que a ideia original seja de James, que desde onde sei, me evita o máximo possível.

.........

— Você estava deslumbrante. ( Uma das domésticas diz, me ajudando a tirar o grande e pesado vestido branco)

— Obrigada, Leonice. ( Sorrio e fico despida)

A mesma já deve estar acostumada a lidar com situações assim, e eu não muito pelo contrário, até James já me viu nua, uma doméstica não seria problema algum, mesmo assim a vergonha não me deixa em momento nenhum.

Leonice volta com dois tecidos na mão, pequenos e brancos.

— Aqui está, acho que será do agrado do senhor Windsor. ( Me entrega as minúsculas peças)

— P-pra que isso serve? ( Pergunto surpresa pelo tamanho micro)

Leonice força um meio sorriso, pega alguns lençóis brancos e anda até a porta.

— Apenas vista isso, e espere o senhor Windsor em seus aposentos. ( Ela fala e sai, me deixando sozinha)

Olho pensativa, isso claramente é uma peça íntima, mas do menor tamanho que existe... Visto relutantemente e me olho no espelho, meus pequenos seios ficaram apertados e quase para fora. Coloco um robe branco e saio do quarto, isso é constrangedor, mas deve fazer parte do casamento, e se isso fará com que meu marido pare de me evitar, eu o farei...

Entro no escuro quarto iluminado apenas pela luz da lareira, que esquenta o ambiente. Tiro o robe e o coloco em um um canto qualquer, enquanto olho ao redor e fico encantada com a beleza e os tons neutros que constituem o quarto.

A porta se abre e olho para trás, James segura a maçaneta e me olha sem nem estar um pouco surpreso, apenas desliza os olhos pelo meu corpo, o que me faz ficar vermelha de vergonha.

— O que faz aqui? ( Pergunta ele, apertando a maçaneta com a mão e suspirando pesadamente)

— E-eu... Me disseram para o esperar aqui.

— Porra... ( Ele suspira e da um soco na porta, o que me faz tomar um susto) — Você devia ir para o seu quarto, agora!

— M-mas... ( Tento dizer algo, mas as palavras prendem na minha garganta, já estou farta dele me evitar dessa forma) — Sou a sua esposa agora, por que está me afastando?

— Você não entende... ( Ele fala e vai até uma mesa perto da janela, pegando um copo e colocando whisky dentro)

— Realmente, eu não te entendo. ( Digo brava) — Você que quis se casar comigo, você me trouxe para a sua casa e tocou no meu corpo. Qual é o problema, James?

Ele fica em silêncio e toma em um gole só, o líquido de tom alaranjado.

— Você está tendo algo com a Genevieve? ( Pergunto indo direto ao assunto que queria desde o início, tinha medo de o acusar de algo e o deixar mais bravo Comigo, mas a este ponto, eu nem me importo mais.) — Eu entendo se estiver, ela é muito bonita e...

James se vira bruscamente e anda até mim, em passos largos e pesados. Eu me encolho um pouco e o olho assustada.

— Eu tentei deixar essa merda de lado, tentei mesmo... ( Ele fala e pega o meu pulso, me levando até a cama) — Mas se é isso que você quer, coelhinha...

James começa a tirar a blusa e logo o cinto da calça.

— O-o que você vai fazer...

James abaixa a calça, revelando algo que suponho ser o que os homens possuem. Sempre soube que eles eram diferentes de nós mulheres, mas isso é relativamente a definição de diferença.

James me puxa pelas pernas até a beirada da cama, esfregando essa coisa na minha coxa esquerda.

— J-James... ( Tento sair)

Logo ele abaixa com força o fino pano que cobre os meus seios, os deixando a mostra, fazendo o mesmo com a calcinha, a tirando e revelando minha intimidade.

— Você mesma disse coelhinha... Você é minha esposa. ( Ele dá ênfase no

" minha")

James aproxima seu membro da minha entrada e me penetra lentamente, sinto a extensão da minha intimidade se abrir enquanto ele coloca essa coisa dentro de mim. Solto um gemido de dor e fecho os olhos com força, James continua a penetrar até chegar no final de sua extensão. Sinto uma dor insuportável e tento sair, mas James segura as minhas duas mãos acima da cabeça e afasta mais as minhas pernas uma da outra, dando mais liberdade para ele se posicionar entre elas.

— Você não queria que eu te f*desse? ( James se aproxima do meu ouvido, o que me faz arrepiar)

Ele começa a se mexer dentro de mim, saindo e entrando. A dor some a cada estocada e é substituída por outra coisa, a mesma sensação que tive quando James me tocava com os dedos, só que um milhão de vezes melhor. Não consigo controlar os gemidos que só aumentam, James parece gostar disso, pois acelera e enterra seu membro dentro de mim.

— Porra, você é tão apertadinha... ( Fala ofegante)

Meus olhos se perdem no corpo do homem que está entre as minhas pernas, descendo de seu peito nú, até barriga, com alguns pelos indo de encontro a sua intimidade. James leva a sua mão até o meu seio esquerdo e o aperta, sinto dor pela força que ele o faz.

— Você não faz ideia de como eu queria isso... ( James fala entre os meus gemidos, enquanto passa a língua pelo meu pescoço)

— J-James... ( Minhas costas se arqueiam pela mistura de sentimentos e prazer que se acumula no meu corpo, fecho os olhos com força e cravo as unhas nas costas dele)

James respira pesadamente e arfa algumas vezes, sinto o suor escorrendo pelas suas costas e se misturando com o meu. O que antes estava frio, se aquece ao extremo pela intensidade do que estamos fazendo, não me importo com o que as domésticas ou Genevieve estão escutando, até quero que ela em si, escute. Para saber que quem está nesse quarto com James Windsor, sou eu.

Sinto meu corpo tremer, minha intimidade se contrair e solto um alto gemido pela sensação que retoma e fica por alguns longos e deliciosos segundos. James continua a me penetrar e para em seguida, seu peito sobe e desce rapidamente pelo tanto de ar que puxa, olho para baixo quando sinto um jato quente atingir as minhas coxas.

James mantém seu olhar em mim, gostaria de saber o que ele está pensando nesse exato momento, nem sei o que pensar e nem ao menos o que dizer a ele... Tudo isso foi tão rápido e tão repentino que só quero fazer de novo, e de novo. Me assusto ao olhar para baixo e ver uma quantidade de sangue pelos lençóis e entre as minhas coxas.

— Não precisa se preocupar, é normal que isso aconteça na primeira vez.

James anda até o toalete, aquela coisa entre as suas pernas balança a cada passo, isso coube mesmo dentro de mim? Ele se afasta e meu olhar o segue, de suas costas até a sua bunda redondinha... Ah, por que estou pensando nisso?

Balanço negativamente a cabeça e sinto meu rosto quente, muito quente. Me deito na cama e me enrolo nos lençóis, então essa será a minha vida como Helena Mountbatten-Windsor? Por que se for, já estou começando a gostar...

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Comments

Ione Barbosa

Ione Barbosa

estou amando

2023-05-29

1

Mary Almeida

Mary Almeida

A primeira história de época que estou lendo é Amando cada detalhe, a escritora estar sendo muito perspicaz nos mínimos detalhes, parabéns

2023-03-30

1

Cicera Santos

Cicera Santos

Autora diga que o proximo capítulo nao vai demorar

2023-03-17

5

Ver todos

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