Capítulo 11
O tempo que Jacob levou para responder, pareceu levar uma vida inteira. O que me deixou nervosa e ansiosa. Mas a verdade é que só haviam se passado alguns segundos.
- Uma das clínicas que você colocou na sua pesquisa, fica aqui perto e foi a que mais me interessou, o tratamento! - ele disse e eu caminhei me aproximando mais da sua mesa.
- E o que isso quer dizer? - perguntei voltando a ficar esperançosa.
- Quer dizer que liguei para eles e amanhã será minha primeira consulta! - disse ele sério.
- Ah Deus! - falei indo correndo até ele e fiz uma loucura, o abracei e Jacob pareceu ficar desconfortável. Mas eu não me importei.
O abracei porque estava feliz por ele, porque Jacob iria lutar pela sua vida, iria lutar para viver. Ninguém merecia passar por tudo que ele estava passando, principalmente tudo de uma vez. E eu estava aliviada que Jacob iria ao menos tentar.
- O que eles disseram a você? - perguntei me afastando, Jacob ainda estava sentado e quando olhei em seu rosto, seus olhos estavam levemente arregalados. - Me desculpe... - falei baixinho e ficando vermelha de vergonha, o calor subiu para minhas bochechas.
- Tudo bem... - ele falou e sacudiu um pouco a cabeça - eles disseram que querem conversar comigo, ver meus exames e depois conversaremos sobre a melhor forma de começar o tratamento!
- Ah, isso é ótimo! Na verdade é incrível Jacob! - falei ainda perto dele, Jacob virou um pouco sua cadeira para o lado.
- Queria que fosse a primeira a saber! - ele disse e olhou para os papéis em cima da mesa.
- Obrigada... por tentar! Quer que eu vá com você? - perguntei.
- Eu não sei, na verdade - ele disse confuso e voltou a me olhar nos olhos.
- Não será nenhum incomodo para mim e posso fazer hora extra no sábado se achar que preci...
- Não diga bobagens! - ele me interrompeu - eu ficaria feliz se você quisesse ir comigo e não precisa de jeito nenhum pagar essas horas!
- Perfeito! - falei sorrindo e ficamos nos olhando alguns segundos. Jacob ficou de pé e pegou minha mão, o que me deixou muito, muito nervosa.
- Obrigado Camila, por querer me ajudar, por não me deixar desistir, sem lutar!
- É o mínimo que eu poderia fazer! - falei ofegante com a proximidade e principalmente com o toque da sua mão na minha.
- Pode ser o mínimo para você, mas para mim é muito! - ele disse com a voz suave. Com sua mão livre, ele colocou uma mecha do meu cabelo, atrás da orelha.
Mais uma vez ficamos nos olhando sem dizer nada, por vários segundos.
- Que... que... que horas é a consulta amanhã? - perguntei gaguejando e me odiei por isso.
- É às nove horas - ele falou sem tirar os olhos dos meus, como se estivesse hipnotizado, ou talvez, era eu quem estava hipnotiza - pego você na sua casa, às oito e trinta, pode ser?
- Sim, pode! - falei suspirando.
Umedeci meus lábios, os sentindo ressecados e vi quando o olhar dele pousou na minha boca, me fazendo arfar de leve, conforme seus olhos reencontraram os meus.
- Vou deixá-la em casa! - ele disse me soltando e se virando para pegar o seu blazer, que estava pendurado nas costas da sua cadeira.
- Não... não precisa! - falei sentindo o ar entrar e sair rápido demais do meu peito.
- Precisa sim, tomei seu tempo, amanhã irá me acompanhar e acho que esse é o mínimo que eu poderia fazer por você! - ele disse pegando sua pasta de couro preto e indo em direção a porta.
Eu ainda estava parada no mesmo lugar, atrás da sua mesa e ao lado da sua cadeira. Como se estivesse paralisada. O que tinha acabado de acontecer? Ou eu estava louca e não havia acontecido nada?
Que Deus me ajudasse, porque eu não queria saber as respostas.
No caminho para casa, Jacob falou sobre o processo que a empresa iria enfrentar. Falou que seu advogado tinha dado boas esperanças, visto que tínhamos como provar que não estávamos plagiando ninguém. Eu apenas sorria e concordava, porque estava muito perdida em meus pensamentos, para responder algo inteligente, se abrisse a boca, iria dizer alguma besteira, com toda a certeza.
Quando chegamos em frente ao meu prédio, eu agradeci e me despedi rapidamente, depois praticamente pulei do carro. Jacob me olhou com as sobrancelhas franzidas, claramente sem entender nada. E a verdade era que nem eu estava entendendo nada.
**
A noite não havia me ajudado em nada. Visto que sonhei com o Jacob. Com os braços dele ao redor da minha cintura, da sua boca na minha e depois dela descendo pelo meu corpo e chegando na minha...
Eu não iria pensar nisso. Terminei meu banho e coloquei um vestido midi verde musgo, ele era justinho ao corpo e de mangas longas. Peguei um casaco preto, visto que estava começando a esfriar, porque estávamos no meio do outono e coloquei meu sapato nude de sempre.
Fiquei na janela esperando e quando vi o carro dele dobrar a esquina, desci e o encontrei.
- Bom dia! - falei quando entrei.
- Bom dia, como passou a noite? - ele perguntou e só consegui pensar no meu sonho, quase erótico, ou talvez, muito erótico.
- Bem e você? - ao menos consegui responder, sem gaguejar.
- Bem, embora um pouco nervoso e ansioso! - admitiu ele, o que me fez ficar com o coração apertado e esquecer aquele maldito sonho.
- É normal, está prestes a começar uma nova etapa, que não será nada fácil! - falei tocando sua mão. Jacob me olhou brevemente, porque estava com os olhos na pista.
- Obrigado por vir comigo! - ele falou baixo.
- Acho que se você não me deixasse vir, eu entraria no seu porta malas e depois daria um jeito de entrar nos dutos de ar e ouvir sua consulta! - falei sorrindo e ouvi quando ele soltou uma gargalhada, o som que saiu da sua garganta me deixou sem ar, quando o olhei com os dentes à mostra e com a sua covinha marcando a bochecha esquerda, eu fiquei encantada.
- Você é engraçada! - ele falou ainda sorrindo e me tirando dos meus devaneios.
Ao entrarmos na clínica, sentamos numa sala de espera. Tudo ali era branco, o que me assustou um pouco. Até mesmo as cadeiras, que eram revestidas de um couro branco, deixando tudo meio... mórbido, sem graça, sem cor, sem vida. Eles não eram bons com marketing.
Jacob não parava de sacudir suas pernas, ele estava claramente nervoso.
- Se acalme! - falei baixo e toquei seu joelho, ele me olhou nos olhos no mesmo instante.
- Desculpe... - ele disse igualmente baixo.
- Não se desculpe, está tudo bem. Só respire! - falei e respirei junto com ele, não para ajudar, mas porque eu também precisava.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Isabel Esteves Lima
Camila sonhando com Jacob.🔥🔥
2025-03-05
0
Vivi
Camila gosta dele mais antes de tudo ela pensa no bem estar do Jacob adoro 💞
2024-05-31
5
Kariny Kelly
nossa uma situação complicada
2023-12-04
4