De manhã, era um dia como qualquer outro Eric, espanava os vasos de cerâmica da região de Ki, junto a Eva, que tinha olhos brilhantes para um dos vasos.
E Eric, notando isto olhava de lado em silêncio fingindo não estar a observando, quando de repente Maia, chega caminhando zangada a ter todo o cabelo desordenado, a capa que usava estava rasgada a ter vários arranhões pelo corpo.
— Maia, que te passou?_ perguntou Eva, logo soltando o espanador indo direto atender a amiga.
— Os corvos, foi isso que passou_ disse Maia, a bater na saia_ eles me atacaram e rasgaram a minha bolsa.
Eric, que as mirava conversar, franze as sobrancelhas, ele sabia muito bem que para um corvo atacar algo a pessoa tinha que ter feito. Nisso ele ouve algo se ranger, igual as duas empregadas todos se viram para a enorme e pesada porta que se abre.
"Bam"_ A porta bate nas extremidades na parede e passos saindo do quarto os fazem ir para trás a ver uma moça pisar para fora daquele quarto, a mulher de pijama quase transparente os encara com o rosto sério.
— Que barulheira é está, aqui na frente do meu quarto?_ a mulher pergunta as encarando.
Eric, que estava mais perto, não acreditava no que via, a moça de ontem a noite era na verdade a patroa dele, uma senhorita nada a ver com o que ele tinha escutado dos rumores.
Todos estavam em silêncio mirando a mulher de roupa branca quando Marta, aparece apressada.
— A Senhorita, acordou minha senhorita_ fala a senhora respirando fundo.
— Marta, traga-os todos para o meu quarto preciso falar com eles, com todos.
— Sim, minha senhorita_ responde a senhora.
A moça olhar para todos e se virou entrando no quarto, um minuto depois todos estavam lá dentro parecendo suspeitos de um crime.
A Bell, a jovem dama sentou-se na poltrona, a cruzar as pernas esticando a mão a pegar um cálice de ouro dela, e com uma expressão de que sabia de tudo mirou as duas mulheres que se agacharam no piso.
— Alguém me explica então, como um corvo conseguiu pegar isto?_ perguntou a senhorita mirando aos três.
— Eu, eu acredito que deixei a janela aberta senhorita_ fala Eva, com voz tremida.
Marta, que estava na diagonal perto de Bell, suspira a fechar os olhos sentindo pena. Após as palavras da moça, a senhorita torce a boca abrindo um sorriso.
— Deixou aberta, como a quebrando?_
— Como?_ perguntou Eva, a mirar a patroa que a encarava.
Bell, que tinha um sorriso olha para Eric, que a encarava.
— Senhor Eric, pero que notei o senhor tem um bom olho, poderia dizer-me se ela quebrou alguma janela?
Eric, suspira e abre e fala:
— Não senhorita, nenhuma janela foi quebrada recentemente.
— Ou! Então como os corvos entraram?
— Por elas é que não foi_ nota a mirada de Eva.
— Como que não, se as deixas aberta com toda a certeza alguém entraria_ reclama Eva.
— A jovem trabalha aqui a dois meses e ainda não conhece essa mansão, pergunto-me se caminha com os olhos fechados, não concorda Eric?
Eric, encolhe os ombros a sentir a mirada da senhorita que dizia com o olhar para ele continuar.
— Todas as janelas do corredor onde estão os objetos com ouro, são janelas apenas para a entrada de sol. Elas não têm trinco, por isso não se abrem.
— Como?_ perguntou Eva, se volteando para a mulher de branco.
— Então Eva, eu me pergunto por onde os corvos entraram?_mira a Maia, que estremece_ talvez tenha sido pela bolsa da Maia, não?
— Eu não sei do que está falando senhora_ fala Maia, a mirar o chão.
— Não sabe, então deixa eu esclarecer, vocês duas _ aponta-lhes o dedo_ as duas irmãs tem-me roubado mais de 20 moedas de ouro ao dia, isso não é muita ganância, não?
— Senhora, não sabemos do que está falando_ disse Maia, ainda com a cabeça baixa.
— Ainda não sabem, vejamos então, entrei em contato com um amigo meu ontem a noite, justo logo após ter sido informada do sumiço de algumas peças _ pega uma folha de papel que estavam no criado mudo_ ele conseguiu encontrar o homem para quem vocês estavam vendendo as minhas coisas, por sorte agora ele está na cadeia e eu recuperei as minhas coisas.
— Na cadeia?_ pergunta Maia, finalmente levantando a cabeça a encarar a patroa.
— Sim, ele roubou-me, e quase tive um prejuízo, sorte a minha que fui rápida e recuperei tudo a tempo.
— E o que aconteceu com ele?_ perguntou Marta.
— Com ele, fala do ladrão vendedor_ coloca a mão na bochecha pensando, e com um sorriso os encara_ ele perdeu um braço mais esta vivo, porém, não sei por quanto tempo, afinal ele está numa vela horrível e cheia de ratos, será que ele vivera bastante?
Maia, range os dentes a ter olhos furiosos fazia a senhora.
— Ora sua vaca, egoísta e assassina, como pode fazer isto com ele?_ perguntou Maia, irritada_ é por isso que não gosto de nobres, todos vocês são muito egoístas e se acham superiores dos outros seres humanos.
— Maia! _ fala Eva, segurando o braço da irmã.
— Me solta Eva, eu vou falar tudo e depois a denunciarei para o tribunal por assassinato, duvido que ela gostará de ter o nome manchado na sociedade_ fala Maia.
Bell, que as mirava piscando mostrava indiferença com aquelas palavras sem se importar.
— Sou para eu saber, o salário pago aqui é pouco?
— Pouco, há! Nem se compara ao da capital a madame…
— É muito senhorita_ interrompe Eric_ é a primeira vez que eu vejo um contrato de trabalho tão bom quanto este.
— Ah! Bom, esta louco Eric, na capital eles...
— Pagam bem menos que aqui, para se dizer a verdade não é nem o terço da metade, principalmente para as mulheres o salário é ainda mais menor e o de uma criança é o pior ainda, se te pagarem dez de bronze é muito_ ele conta_ os dias de folga principalmente_ na maioria é só um dia ao mês, já aqui é um dia a cada semana, incluso temos o uniforme novo que nos foi dado mais um alojamento bem-arrumado e comida.
Eric, tinha explicado toda a situação de como funcionavam as coisas na capital em relação aos empregos, Maia, nessa hora faz uma expressão de choque ao ter olhos arregalados, e lá longe os mirando estava Bell, em silêncio.
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