Já chegando na mansão se notava que a dona do lugar tinha dinheiro, era um enorme espaço equivalente a dois campo de futebol e tudo cercado por um enorme muro de tijolos. No enorme portão preto que se abre rangendo Eric, desce da carruagem, pois o choffer ficou com medo de seguir adiante por conta dos corvos que estavam em cima do portão.
Com isso sobrou para Eric, caminhar até a entrada segurando com força a bengala que levava em punho para caso algo passasse. Caminhou mantendo o ritmo enquanto ouvia os corvos gritarem.
Quando chegou na entrada na enorme porta de madeira, ele deixa a mala no chão para bater, porém de repente o objeto pesado se move lhe dando as boas-vindas, estando na entrada uma senhora de uns 60 anos, de cabelo branco amarrado, a usar o uniforme de servente, ela se curva em sinal de cumprimento.
- É uma honra receber, o senhor aqui_ ela fala calmamente.
- Eu que agradeço por terem me aceitado.
A senhora acena com a cabeça e se virando começa a caminhar, Eric, então a segue, eles começam andando pelos corredores da mansão.
- Como pode ver a mansão da senhora tem várias obra caras, por isso, eu peço que quando for limpa-las tome muito cuidado_ falava a senhora com cuidado_ me chamo Jenna, e sou a encarregada da senhora Bell.
- Bell?_ disse a notar o nome diferente.
- Sim, Bell _ fala olhando para trás_ Bell Rosalin de M.
- M.?_ perguntou achando estranho a mulher não falar o sobrenome completo da patroa.
- A senhora não usa muito o sobrenome na frente de estranhos, ela terá que confiar no senhor primeiro antes de dizer o nome completo dela_ ela explica.
- Entendo.
A mulher acenou com a cabeça e seguiu caminhando em frente, mostrando os quartos e mais quartos vazios até chegar no fim do corredor do terceiro andar de frente a uma enorme porta que continha decorações de ouro nela.
- Aqui é onde está o quarto da senhora_ disse olhando a porta_ sempre que vier entregar algo primeiro bata na porta e mesmo sem responder deixe tudo na mesinha e siga com o seu trabalho, ninguém pode entrar até o surgimento dela, entendido.
- Sim, entendido, huh?_ olhou para o lado a ver o enorme quadro de uma mulher pintado, com os cabelos lisos castanhos, olhos azuis, um belo rosto e sorriso nunca vistos, ele sabia quem era aquela mulher de vestido claro.
- Passou algo?_ perguntou a mulher.
- Não é nada, só estou surpreso de que aqui tenha um quadro da famosa dama corvo, só vi quadros dela no Palácio da rainha e na mansão do duque William.
- Hmm! Vejo que conhece a senhora Serena_ fala a senhora abrindo um breve sorriso.
- Hm! Sei um pouco sobre ela.
Eric, olha para a mulher que sorria a mira-lo, entretanto durou pouco a mulher tossiu e voltou a ter uma expressão séria a mirar ao rapaz. Terminando, ela lhe mostrou a cozinha e lá o homem foi apresentado às outras duas serventes que trabalhavam ali.
Maia, a jovem ruiva, de sardas estava lá a dois meses e por último Eva, que trabalhava lá a três meses, a mulher de cabelo castanho ruivo, tinha o rosto sorridente ao ver Eric, o que era compreensível, o rapaz de 25, tinha o corpo bem definido, com um belo rosto retirando o único que estragava era a máscara que escondia uma cicatriz.
Eric, foi apresentado ao pequeno quarto que ficaria, o espaço continha apenas um guarda-roupa, cama com lençol branco a estar em cima dela o uniforme que ele usaria, e para completar tinha uma escrivaninha mais uma porta por onde ia o banheiro.
Ele deixou a mala no chão e já no dia seguinte após o descanso Eric, começou a trabalhar. Primeiro deixou o carrinho com o café da manhã na porta da senhora, ele bateu na porta e como não fez nenhum barulho ele saiu deixando o carrinho ali. Mais tarde, viu os papéis no escritório da senhora os organizando do modo que achava mais fácil entende-los, separou as cartas da senhora a notar que a maioria tinha um selo de uma família aristocrática.
E isso ele achou estranho, afinal a senhora nem saia para fora do quarto, no horário de almoço ele entregou o carrinho que acabou ficando lá na entrada, sozinho esperando alguém pegá-lo. Na janta era a vez de Eva, de entregar o carrinho.
No seu segundo dia de trabalho, organizou os livros do escritório, levou o café para a senhora o deixando na entrada e sem ter mais nada que fazer, começou a espanar os vários quadros da mansão, com isso começou a entender lentamente o motivo de ninguém conseguir suportar trabalhar ali.
A mansão era sileciosa, só se ouvia o canto dos corvos do lado de fora, era um lugar afastado da capital o qual deixava difícil ir ao centro, se sentia um frio no lugar e a senhora não recebia visitas e muito menos saia do próprio quarto. E isso deixava dúvidas se tinha alguém mesmo naquele quarto por trás daquela porta.
Sem se preocupar ou ter medo de algo Eric, continuava com o seu trabalho, a semana passou-se e depois duas e por último três, ele já sabia, por onde ficava cada canto da mansão, mais a direção de tudo e conseguiu memorizar todos os rostos dos quadros postos na casa. Graças a seu bom olho, ele começou a notar coisas estranhas no lugar.
Primeiro com os cálices da prateleira, depois com os cálices que ficavam espalhados na casa, parecia que a quantidade deles tinha diminuído, como se alguém os tivesse removido ou mexido em algo. Mesmo assim sem se importar, ele ia embora para fazer os seus deveres, acreditando ter sido a governanta que os moveu de lugar ou simplesmente ele estava exagerando ao pensar demais. Porém, na quarta semana, notou que as coisas não eram bem assim.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Comments
Imaculada Abreu
será que tem fantasma?
2023-11-22
0