Com uma lâmina na mão Bell e Eric, caminhavam pelos corredores vazios do Palácio das rosas, no meio do caminho ela mirou para o céu quando viu fumaça lá longe, um sinal de que o lugar estava a ser atacado.
— Parece que está a acontecer uma guerra_ falou Eric, parando para olhar o céu cinza.
— Eu diria que está mais para uma invasão_ fala Bell, voltando a caminhar contudo com mais pressa.
Uns minutos depois no Palácio real, na sala do trono o príncipe desesperado gritava para prepararem as armas, quando de repente.
"Bam"
O estrondo da porta da entrada se abrindo o assustou na hora, enquanto o rapaz caia do trono tremendo as pernas, os guardas iam à frente protegendo tanto ele quanto aos nobres apoiadores que se encontravam no local.
Uma mulher de calça e botas escuras, com uma camiseta de manga comprida cor clara, de espartilho da mesma cor da bota, o cabelo solto se mexia com o movimento dos passos da senhora que entrou no lugar acompanhada de um homem, alguns nobres que o miravam na hora reconheceram o loiro acompanhado da mulher.
" William, aquele não é o grão-duque" começaram a murmurar os nobres a mirar ao casal, a mulher parou bem a uns vinte paços de distância de onde estavam os guardas que apontavam as espadas para ela.
— Onde ela está?_ perguntou a mulher.
— Como ousa falar assim com o rei_ disse um nobre zangado com a grosseria da mulher.
— Este homem não é um rei e nem se fosse eu me curvaria diante dele, agora me responda onde está a minha filha?_ perguntou a mulher sem se importar com os homens que tinha a sua volta.
— Se está procurando as servas que me trabalhavam aqui, todas elas estão bem na masmorra senhora_ falou o segundo príncipe.
A mulher, cobre o sorriso irônico com a boca a bater a bota no chão.
— Segundo príncipe é melhor tomar cuidado com as suas palavras_ advertiu William.
— Há! Pelo visto o senhor é o grão-duque, ouvi muito do senhor e adivinha se matar está mulher agora eu lhe perdoo e te convido para o meu casamento_ falou o segundo príncipe sorrindo.
William, abaixou a cabeça a mirar sua esposa que balançava a cabeça dela, quando a mulher retira do cinto um objeto de metal, Serena, balançava o objeto na mão a mirar para o rosto do príncipe.
— Olha meu jovem espero que não tenha tocado em nem um fio de cabelo da minha filha_ disse a mulher.
— Como é?_ perguntou o príncipe a mirar o casal.
— O que a minha esposa quer dizer é que esperamos que o rapaz não tenha tocado em nenhum fio de cabelo da nossa filha_ corrige William.
— Uou! Filha?
O príncipe mirou aos dois, lhes apontando o dedo, nisso começou a reparar nas semelhanças do rosto da mulher que lhe lembravam o de Bell, com isso veio-lhe mais uma lembrança, a de um retrato acompanhado de uma história escutada da sua mãe vinda de uma conversa entre amigas.
O rapaz vai para trás a ser encarado pelos olhos frios da mulher, ele engole seco.
— A senhora por acaso, ugh!_ o príncipe aponta o dedo para a mulher_ Serena Lavande, a filha do duque Lavande, a famosa dama-corvo que devia estar morta mais não está e que por acaso seria a esposa do Grão-duque?
— Olha alguém me conhece_ fala Serena, lhe apontando o objeto metálico, girando a parte de cima fazendo "click"_ o jovem sabe o que é isto não é mesmo?
O príncipe balançou a cabeça negando, enquanto mirava para o objeto metálico que a mulher tinha em mãos.
— Ótimo, agora me responda, onde está a nossa filha?_ perguntou Serena.
William, surpreso abre um sorriso de alegria ao notar ser incluído na frase da sua esposa.
— A sua filha? haha! Ela será minha esposa, só para você saber ela é perfeita para ser minha companheira e ela será um incrível...
"Bang"
Um enorme estrondo seguido de uma fumaça que saiu do objeto metálico que Serena, tinha na suas mãos, assustou a todos os presentes os quais miraram para trás assustados, quando começaram a ouvir o grito do príncipe, o qual estava caído no chão cobrindo o braço direito que derramava sangue. Ele gritava e os nobres iam à seu apoio.
Serena, girava o cilindro de sua pistola feita mão sem se importar com os gritos do homem que havia sequestrado a sua preciosa filha.
— MÃEEE?
O casal ouviu uma voz familiar e olhando para trás eles veem a jovem na entrada, ela usava um vestido simples e rasgado em baixo.
Bell, tinha seguido os barulhos, quando ouviu o som de um tiro da arma criada pela mãe dela, correndo apressada ficou surpresa em ver os pais no salão do trono. Colocando a mão na boca ela engoliu saliva e correu até a mãe a abraçando, quando notou o toque áspero da pele do seu pai que lhe tocava o cabelo.
— Ainda bem que o você está bem querida_ disse Serena, apertando a filha sentindo a fragrância, confirmando não ser um sonho.
— A senhora chegou bem a tempo mãe_ Bell, se afasta a mirar a mãe nos olhos, nisso ela olha para o lado_ os dois chegaram bem a tempo.
— Só porque não te criei, não significa que iria te abandonar assim_ disse William.
— Eu sei pai_ disse Bell, abrindo um sorriso.
Serena, passava as mãos nas bochechas da filha quando nota o jovem rapaz atrás de Bell, ela acena com a cabeça e o rapaz de máscara parecia meio desconfortável nesta situação em que se encontrava, no meio do encontro em família, os três voltam a realidade se volteando a encarar o grupo de nobres que ainda estavam ali presentes, junto ao príncipe de joelhos o qual os mirava com os olhos aguados e vermelhos.
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