Haras — Existem quatro grupos de algas, e vocês precisam gravar essa informação.
Amizade — Certo, pode nos dizer mais.
Haras — A primeira é venenosa, a segunda está morta, se pegar a terceira, a quarta de enrola. Por isso darei esse frasco com o antídoto, pouco envelhecido.
Lucas — Tem certeza que vai funcionar esse antídoto?
Haras — Esse é o único frasco que tenho. Vou dar um pouco de oxigênio para vocês, ao conseguir, darei o restante do oxigênio. Boa sorte crianças. Há! Tome esta adaga.
"Os dois chegam até os grupos de algas."
(— Chegamos. Precisamos encontrar as pérolas em um desses grupos.)
Lucas — Talvez esteja no grupo de algas venenosas. Temos o antídoto para saber.
(— Mas é muito perigoso, e também o antídoto pode não funcionar.)
Lucas — Então eu vou cortar essas algas mortas e procurar... (...) ... Não há nada.
(— O quarto grupo de algas é muito grande, em comparação com as outras.)
Lucas — Só nos resta o terceiro grupo de algas. Mas lembre-se do que ele disse sobre essa terceira, que se pegarmos, a quarta nos enrola.
"O tempo passa rápido, e o amanhecer está a chegar."
(— Deve ser porque a quarta é selvagem, o que a difere das outras, além de estar próxima ao terceiro grupo.)
Lucas — Então a terceira pode ter as pérolas. Precisamos tentar pegá-las.
(— Deixa comigo, eu consigo pegá-las. Dê-me a adaga.)
Lucas — É muito perigoso, deixa que eu vou...
(— Não precisa preocupar-se comigo, não temos tempo para perder, a decidir quem vai ou não!... Já estou a ir, é difícil cortar... Achei!...) [Grita]
Lucas — Amizade! Não!!!
"As algas agarram a amizade, lucas agarra-a por trás e a puxa, e no susto dela..."
[Lucas] Minha cabeça... O que aconteceu?... Uma explosão rosa, foi isso!... Não consigo mais nadar, os meus braços foram arrancados na explosão, deve ter sido quando eu tentei puxá-la para fora das algas, a olhar bem... Todas as algas morreram... O brilho da lua sumiu, mas... há um brilho intenso aqui dentro do lago, na silenciosa profundeza. O brilho parece estar ao meu redor, como se eu estivesse no meio dele, espera, algo está a segurar-me por trás... A sensação é familiar... É a amizade!
"Os dois não tem condições de subirem para a superfície, e estão a afundar, mais e mais."
[Lucas] Ela segura-me com força, mas parece estar desmaiada. Será que... foi ela quem causou toda essa explosão? Não vem ao caso no momento, o importante é subimos para a superfície, a tempo de oxigênio dela acabar. Não há ninguém que saiba onde estamos agora, e alguém que possa arriscar mergulhar nas profundezas para salvar-nos. Estou a fazer força, o máximo que posso para subirmos, mas não consigo, onde estão os meus braços? Não acho mais as minhas forças. É lento e silencioso, mas estamos a afundar sem parar...
"O fim sempre chega, lenta ou rápida, de surpresa ou esperada, subsistirá."
[Lucas] Acredito... que o oxigênio dela acabou, não consigo saber se ela se feriu. O brilho está a acabar... devemos estar próximos do fundo, e eu consigo ver ao longe um outro brilho, que cresce a cada instante, já sei o que é... A árvore que eu sonhei... devia ter contado-lhe o porque eu fiz isso... Perdoe-me amizade, se morremos aqui, quero ter o seu perdão. Eu só queria saber dessa árvore, pelo fato dela poder contar-me da minha vida que vivi, antes de tudo... eu sei que tive uma vida, e queria muito saber quem eu sou, de verdade.
"Alguém entrou rapidamente no lago, logo os dois são puxados para a superfície."
[Lucas] O que está a acontecer?... Por um instante adormeci, não estou mais na água, alguém está a segurar-me pela minha roupa, e a amizade também. Lembro-me desse som de asas a bater! Só pode ser o pássaro! Como ele descobriu exatamente onde estávamos? Talvez ele esteja a nos acompanhar na nossa viagem, ou foi a explosão que emitiu um sinal. O que importa é que estamos salvos das águas profundas, desse lago... Acredito que nunca mais verei aquela árvore, e muito menos o senhor das profundezas.
"A amizade ainda está inconsciente, e lucas está sem os seus braços."
Pássaro — Amizade! Acorda, acorda!
Lucas — Pássaro, como você...
Pássaro — O que vocês faziam lá em baixo?
Lucas — A culpa foi minha de estamos lá...
Pássaro — Só podia ser você mesmo! Por isso perdeu os seus braços, pare de incentivá-la a viver as suas aventuras, ainda mais a arriscar a vida dela!
Lucas — Ela que decidiu ir atrás de mim, talvez por que ela se preocupa comigo!
"Um fruto branco está a boiar no lago, perto de onde eles estão."
Pássaro — Você não merece que ela preocupe-se a se ponto!
Lucas — E você mereceu? Eu não a machuquei... Eu vou protegê-la...
Pássaro — Não sabe o que fala, nem ao menos tem os seus braços. Saiba, que eu morreria para proteger ela!
Lucas — E eu viveria para amar e cuidar dela, até o último segundo! Do que adianta morrer por alguém, se não foi capaz de viver e cuidar dessa pessoa?
Pássaro — Cala essa boca!... Você... você não sabe de nada... O que é isso!?
"Junto ao fruto as margens, está os dois braços de lucas inteiros."
Pássaro — Para que serve essa fruta estranha?
Lucas — Serve para você dar a ela, assim ela vai melhorar! Escute-me!
Pássaro — Eu não te perguntei nada!... Ele deve estar certo... tem cheiro de morango, vou dar a ela, espero que dê tudo certo.
Lucas — E vai dar certo, essa é uma "Amizades", da árvore no fundo do lago...
Pássaro — Eu não quero saber!
Lucas — Por favor, pássaro! Ajude-me com os meus braços! Depressa!
"As amizades costumam ter o aroma de quem elas querem que as apreciem."
Pássaro — Você procurou isso! Agora tente erguer-se sozinho!
Lucas — Não pedi a sua ajuda porque quero, e sim, porque preciso de você! Consegue entender o que significa, precisar de você!?
Pássaro — Se você não calar a sua boca, eu não vou ajudar-te! Ela está a acordar... amizade, eu vou protegê-la como for, até o fim...
Lucas — Obrigado por ajudar-me... espera, o que você está a fazer?
Pássaro — Eu posso consertar o seu braço, se nós fizermos um acordo...
"A dor da separação, não pode comparar-se com a dor da perda da tão querida e amada."
Lucas — Que acordo é esse?
Pássaro — Você tem que deixar ela viver o seu próprio sonho, e ir embora. Esse é o acordo.
Lucas — É óbvio que eu não vou aceitar!
Pássaro — Se você não aceitar, eu mesmo vou-te matar!
Lucas — Então você não morreria por ela, você... mataria por ela...
Pássaro — Isso mesmo. Você quer ser a primeira pessoa? Diga-me!
Lucas — Não... Eu aceito o seu acordo, e vou embora para sempre...
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Atualizado até capítulo 48
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