Amizade — Será que ele vem mesmo, lucas?
Lucas — Tenho certeza, ele ainda importar-se com você.
(E de repente)
Pássaro — O que aconteceu, que resolveram parar do nada?
Amizade — Eu sabia! Você está a nos vigiar, esse tempo todo!
Pássaro — Claro! Se acontecesse alguma coisa com você, vão culpar-me.
Amizade — Do quê? Eu escolhi sair de casa, eu responsabilizo-me comigo mesma!
Lucas — Pessoal! Temos problemas maiores para resolver.
"A amizade levou algumas violetas na cesta com amoras."
Amizade — É verdade, vem uma tempestade.
Pássaro — Deixa que eu te levo, segura a cesta direito.
Amizade — Não! Eu sei o caminho, posso muito bem, ir a correr até lá.
Lucas — Ainda não posso correr, por longas distâncias, você pode levar-me.
Pássaro — Eu não vou levar você, nem sei o que você está a fazer com ela.
Amizade — Então vai embora! Porque você não está a ser útil aqui! Você nem ao menos respeita o meu amigo, saiba, que ele não me deixou!
"O horizonte não revelará aquilo que o meio já havia mostrado."
Pássaro — Tudo bem, deixa que eu te levo a voar, só segura bem a cesta com amoras, não as deixem cair.
Lucas — Estou a segurar firme, não vou deixar cair. Vamos...
Amizade — Toma cuidado, Lucas!
Pássaro — Ele está comigo, não precisa preocupar-se.
Lucas — Tudo bem, amizade. Nos encontramos no final do campo. Até lá.
Amizade — Até... (De repente, lágrimas) Algo irá acontecer, preciso correr.
"E de repente um raio. Os dois caem, e a amizade consegue agarrar lucas, antes de chegar ao solo."
Amizade — Lucas, lucas! Você está bem, se machucou?
Lucas — Não... O pássaro protegeu-me. Ele deve estar ferido.
Amizade — Pássaro! Deixa eu ajudar-te a levantar, se machucou?
Pássaro — Sim, a minha asa esquerda, ela... queimou. Não posso voar.
Lucas — E agora? Vamos pegar essa tempestade. Nossa! Que vento forte.
Pássaro — Parece que o vento está a levar a tempestade para longe.
Amizade — Então, não vamos nos molhar tanto.
"Pelo reflexo do pássaro, a sua asa apenas queimou. Com o tempo, ele irá voar."
Lucas — Ah!... A cesta com amoras quebrou.
Pássaro — Não quebrou por completo. Ainda dá para consertar.
Amizade — Eu vou consertar, e vocês tratem de descansar. Ai!...
Lucas — Amizade, se machucou por tentar-me salvar.
Amizade — Não é nada. Se estivesse caído, iria se dividir em pedaços.
Pássaro — E seria muito pior, se estivesse sido atingido por um raio.
Amizade — Ótimo, começou a chover.
"Falta pouco para eles chegarem no seu destino. Ainda existe mistério?"
Pássaro — Mas já acabou? Pensei que a chuva iria durar mais tempo.
Amizade — Não gosto de chuva.
Lucas — Pelo menos a cesta serviu muito bem, como cobertura para a chuva.
Pássaro — Enfim, hora de irmos todos juntos, para a casa.
Lucas — Você ainda está com a asa machucada, como vai voar?
Pássaro — Vamos todos juntos a pé. Será melhor para todos nós.
Amizade — Que seja. Lucas, segura a minha mão, vamos correr a cantarolar.
"A manhã trouxe um imprevisto bom, e, ao mesmo tempo, perigoso."
Pássaro — Hei! Será que vocês podem ir mais devagar?
Amizade — Olha! Lucas! Uma fazenda!
Lucas — Está cheia de morangos e tomates suculentos!
Pássaro — O quê? Desde quando esse velho ranzinza voltou?
Lucas — Mas, quem é ele?
Pássaro — Ele é quem fornece as frutas e verduras para a vila.
Amizade — Ele odeia crianças roubadoras de frutas.
"O velho fazendeiro odeia tanto crianças, que nunca teve filhos."
Pássaro — Fale por você, amizade.
Amizade — Ah! Pássaro! Fala isso, mas quando eu voltava com as frutas, você queria comer também.
Pássaro — Claro! Você encrencar, não significa, que a encrenca seja boa...
Amizade — E suculenta, eu sei, eu sei. Chega de conversa, vamos logo pegar algumas.
Lucas — Vou pegar uns tomates, e vocês pegam os morangos. Vamos comer e levar algumas, na cesta, para fazer companhia as amoras.
"Em meio a colheita suculenta, eis que ele aparece e pega-os de surpresa."
— Hei! Crianças ladras. Venham todos aqui, vou ensinar-lhes uma lição!
Pássaro — Depressa, lucas e amizade! Vamos nos esconder nos arbustos!
— Vocês acreditam mesmo que eu não sei onde se esconderam!? Eu sou velho, mas não cego! Vou avisar uma última vez, na próxima eu vou atacar!
Amizade — O que nós vamos fazer, para esse velho parar de gritar?
Lucas — Nos precisamos fugir, ou saber-se lá, o que ele irá fazer conosco.
Pássaro — Não temos escolha. Se ele vai atacar, vamos atacar primeiro!
"O pássaro gosta muito de tomates com morangos. O seu paladar é diferente..."
— Vocês não vão sair!?
Pássaro — Não, não vamos sair! Velho que come as frutas novas, e vende as velhas pelo dobro do preço!
— O que vocês entendem de plantação!? Bando de delinquentes! Vocês...
Amizade — Já chega! Será que você não percebe que não vamos sair?
Lucas — Pessoal... Atacar!
— O que estão... Parem, parem!... Vocês estão a estragar os meus tomates! Parem!...
"O velho fazendeiro foge para o celeiro..."
Lucas — Conseguimos! Ele correu de medo!
Amizade — Eu acredito que não, talvez ele tenha nos ameaçados de verdade.
Pássaro — Vencemos a batalha, mas não a guerra.
Lucas — Então, o que estamos a esperar? Vamos pegar mais tomates e lutar!
Pássaro — É melhor, não sabemos o que ele deve ter preparado naquele celeiro.
Amizade — Parece que ele passou tempo suficiente para planejar algo, contra nós! Crianças inocentes roubadoras de verduras e frutas.
"... E volta com uma arma atiradora de cenouras."
— Há! Há! Há! Eu disse que iria ensinar-los uma lição! Agora não tem mais volta.
Amizade — Pode vir, que vamos arrancar a sua dentadura com esses tomates.
Pássaro — O que foi isso, amizade?
Amizade — Estou a tentar ser intimidadora.
Pássaro — Por favor, não seja...
Lucas — Foco pessoal! Precisamos nos esquivar das cenouras e atacar.
— Há! Há! Há! Que a guerra comece!
"O fazendeiro tem a vantagem, com as suas munições de cenouras."
Lucas — Pássaro! Tem tomates? As minhas acabaram.
Pássaro — Não tenho mais, e você amizade?
Amizade — Não, não tenho mais.
Pássaro — O jeito é usar os morangos, como reserva.
Amizade — Nem pensar! Se insistir, eu vou comer todas!
Pássaro — Agora complicou. Tenho que pensar em uma estratégia.
Lucas — Eu tenho uma ideia! Vamos fazer isso...
"A guerra acabou. A vitória é do velho fazendeiro."
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Atualizado até capítulo 48
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