Amizade — Certo, já temos duas interrogações douradas, falta somente uma.
Lucas — Ainda não entendi o motivo dessas interrogações serem pistas.
Amizade — Elas não são pistas, são mais que isso. Vamos para o último lugar.
Lucas — Para onde temos que ir agora? O tempo está prestes a acabar.
Amizade — Não se preocupe com o tempo, vamos até à fonte da vila.
Lucas — Aquela que tem uma estátua estranha de árvore, com uma garota.
Amizade — Não é estranha, existe a história por trás dela, e eu vou contar-lhe.
"Por que você é um personagem? Quer apenas esconder-se do que fez?"
Amizade — A história conta que existia uma menina que sobreviveu à guerra das marionetes e teve que vagar pelas ruas cheias de corpos, todos, dessas marionetes, isso por vários dias. Com fome e sede ela ficou, até não aguentar mais e muito fraca, gritou para a vida dar-lhe uma oportunidade de viver, em vez de morrer. Ao cortar os seus pulsos e deixar o sangue escorrer no seu braço, uma luz cai sobre ela a espalhar-se pelos corpos desfeitos das marionetes caídas, e deles saírem raízes a crescer em uma grande árvore branca e luminosa, para a menina salvar-se.
"O nome dessa menina, foi o mesmo do fruto da árvore que floresceu, que se chama 'Amizades'."
Lucas — É estranho contar isso, enquanto nós estamos na fonte a procurar.
Amizade — Não tem problema. Parece que o tempo acabou, não tem mais crianças ao redor a procurar.
Lucas — Ainda devem estar a tentar dar a resposta, precisamos encontrar logo.
Amizade — Achei! Vamos logo para o espetáculo, depressa!
Lucas — Espera amizade! Como ela consegue não molhar ou sujar esse vestido de princesa.
Amizade — Chegamos a tempo... Eu já sei a resposta.
Lucas — Pera aí, se já sabe a resposta, então, porque não me contou?
"Você estava bem e era tratado como um filho, até aos três anos, quando ela nasceu."
— Muito bem! Crianças. Alguém mais tem a sua resposta?
Amizade — Eu, eu aqui! Eu tenho a resposta.
— Ah! Pensei que tinha desistido, vamos lá. Princesa pequena, responda esse pergunta. O que é o amor?!
Amizade — O amor são três interrogações cravadas em outro preto... Aceitei!?
— Nossa... O objetivo de os reunir e colocar várias interrogações espalhadas pela vila, era para que todos vocês tivessem a liberdade de expressar a sua própria resposta. E sem dúvidas a sua resposta, amizade, foi a mais diferente e boa dessa noite. Você ganhou!
"Onde está o papai da amizade?"
Pássaro — Que bom que ela ganhou o prêmio, bem a tempo da sua apresentação.
Lucas — Sim. Pássaro, a surpresa para a amizade era só a apresentação?
Pássaro — Na verdade, não. Na primeira fileira estão os jurados da escola da ilha, eles resolveram dar mais uma chance para ela.
Lucas — Isso é maravilhoso! Finalmente ela vai realizar o sonho de viajar pelo mundo, dessa vez, a fazer o que ela mais ama. Será que ela vai reconhecer eles?
Pássaro — Com certeza, sobre a viagem, isso será daqui a alguns meses, para acontecer.
"A amizade canta a música que ela criou, para a sua vida."
Pássaro — O aniversário foi ótimo, pena que terminou.
Amizade — Então quer dizer que eu vou ir para a escola da ilha?
Lucas — Não só isso, mas também cantar em vários lugares.
Pássaro — Tudo leva um tempo, por enquanto vamos ficar aqui na vila.
Amizade — Vamos? Você vai comigo também?
Lucas — Nessa caso, a pessoa que escolher.
Pássaro — E eu sou a pessoa adequada para ir e cuidar de você.
"A estação traz um novo ciclo de sonhos ainda não realizados."
Amizade — Eu não preciso de cuidados! E você não pode tomar essa decisão por mim!
Pássaro — Eu conheço você, será melhor para poder ir, se for junto a pessoa mais próxima.
Amizade — Você não é mais uma pessoa próxima! Eu vou com o lucas, já decidi!
Pássaro — Não vou discutir com você.
Lucas — Se vamos viajar pelo mundo, temos que aproveitar o nosso momento aqui na vila. Afinal, a nossa viagem vai durar bastante tempo.
Amizade — E vamos aproveitar cada dia aqui na vila, e após isso, o mundo.
"Mas nada acabou, ainda tem muita coisa para acontecer, lucas..."
...{Lembrança}...
(— Eu não entendo... Por que todos estão a tratar ela como se fosse uma coitada! Todos só falam dela, estou a cansar disso, ela não merece tudo isso! ... O que foi isso?... não, não deve ser nada.
— Pássaro! Ah! Você esta aí. Preciso que você me ajude a pegar algumas frutas.
— Para quem, amizade?
— Sim, não vejo algum problema nisso.
— Ela é o problema! Por que todos da vila só dão valor a ela? Porquê?...
"O pássaro, por um momento, teve os seus olhos sobre cores pretas... Isso nunca mais aconteceu."
— Pássaro, precisa entender que ela necessita de todo o cuidado agora.
— Ela não está mais doente faz meses! Todos fazem isso por interesse!
— Se todos prestam carinho e preocupação, é por gratidão! E não, ela não melhorou...
— Mas, pensei que tinha melhorado. Por que não me falou?
— Não queria que ninguém soubesse, nem mesmo ela sabe disso. E não quero que a conte. Os médicos não sabem o que é exatamente essa doença, mas ela infelizmente não terá muito tempo de vida... Estamos a fazer o possível para reverter isso...)
"Até que ponto um erro pode levar a vida de um inocente?"
(— Pássaro! Volta aqui! Por que você me trata como se eu tivesse feito algum mal?
— Por que será? Você tirou a mamãe de mim, tirou o meu sonho também!
— O quê? O meu sonho não é acabar com o seu! Eu não te fiz nenhum mal! Não tenho culpa de terem-lhe abandonado, e nem da mamãe amar-me mais que você!
— Se ela te amasse mesmo, teria dito a você sobre a sua doença!
— O que você disse?...
— Você vai morrer logo, e que saber, eu não me importo nenhum pouco!...)
"O que você fez, é fácil dizer... O difícil é você dizer o que ela fez..."
(— Mamãe, mamãe! Por favor... [Choro]
— O que aconteceu, minha filhota? Por que está a chorar?
— Por que você não me contou que eu vou morrer?
— Quem falou isso a você?... Responda-me!
— Não importa! Eu iria morrer a qualquer momento sem saber... Como você pôde, mamãe? Eu tenho o direito de saber o que vai acontecer comigo!
— Acalme-se e controle-se, filhota. Agir dessa forma não vai mudar nada...
"Naquele dia, ela tinha feito um poema para o pássaro, ia ser um presente."
— É claro que não vai, nada vai mudar o que logo irá acontecer...
— Eu não podia contar-lhe o que estava a acontecer, tenta entender-me.
— Por que você não podia contar?
— Justamente para não receber essa reação vinda de você, que pode complicar ainda mais.
— Isso não importa! É problema meu reagir dessa forma, sou eu quem vou morrer!...
— Não fale assim, estou a fazer tudo o que posso, não me culpe por isso!
— Chega! Vai ser melhor eu morrer mesmo!...)
[E então, ela foge para o campo...]
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Atualizado até capítulo 48
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