Depois de passarem por todos os procedimentos necessários no aeroporto, passando pela alfândega e apresentando os seus passaportes, eles puderam seguir para casa.
— Logo estaremos em casa — Said tenta acalmá-la, pois ela demonstrava estar nervosa com toda a agitação do aeroporto, e foi preciso ele pedi para que ela descobrisse o rosto na hora da apresentação do passaporte.
João, o motorista, esperava por eles para levar as malas. Said o apresenta a Zaya, que apenas o saúda com a cabeça, ela tinha voltado a cobrir o rosto, e Said percebeu que ela se sentia melhor assim.
— Aqui é tudo muito diferente, eu fiquei muito assustada. — Confessa Zaya já no carro.
— Eu percebi, mas você logo vai se acostumar. E você pode descobrir o seu rosto. — Ela olha para o motorista — Você está comigo e estou te autorizando a andar com o rosto descoberto.
Said mesmo retira o tecido que cobre o seu rosto, e ela estava séria, ele sorri para ela e ela retribui o sorriso.
— Assim está melhor — Ele faz um carinho em seu rosto, fazendo ela enrubescer, por não estarem sozinhos.
— Eu nunca viajei, estou me sentindo muito cansada, nunca imaginei ser tão longe e cansativo — Ela confessa se sentindo esgotada — Quando chegarmos em casa eu quero ligar para minha mãe, eu já estou com saudade. — Said fica a olhando — Isso é, se você não se importar.
— Claro que eu não irei me importar. Você pode ligar para a sua mãe sempre que sentir vontade.
— Obrigada. — Agradece sorrindo para ele.
Said sabe que não será fácil para ela a adaptação, principalmente por ela não ter uma vida normal no Líbano, como de outras jovens. Até as suas primas, filhas de suas tias, que eram mais novas do que ela, eram mais livres, elas podiam sair para fazer compras ou apenas para fazerem refeição fora. Quanto a Zaya não a deixavam fazer nada, viveu até os dezoito anos a espera dele, e por ter sido criada daquela forma acreditava ser o certo. Ao olhar para ela, que olhava a cidade pela janela do carro, se sentiu um pouco triste por ela ter vivido para ser a esposa de Said Fakhry, foi criada para isso, e não era isso que ele queria, por mais que ela fosse bonita, não estava preparado para deixar a vida que tinha antes por causa de uma esposa.
Quando chegam na mansão onde Said morava com os pais, Zaya fica encantada com o lugar, era em uma área nobre, e o lugar era muito luxuoso. A mansão tinha várias suítes, uma delas foi preparada para eles, ela não conheceu toda a casa, mas alguns funcionários os receberam e Said os apresentou a ela. Ela quis cobrir o rosto.
— Deixe assim, não quero que cubra mais o seu rosto, não há necessidade.
— Tudo bem, se é assim que deseja — Said se aborrece toda vez que ela se mostra sem vontade própria, mas prefere deixar pra lá.
Ele apresenta alguns funcionários para ela, o mordomo Francisco e a cozinheira Dolores.
Ele a leva até a suíte que seria deles, Zaya morava em uma bela casa, mas nem chegava aos pés da mansão que iria morar. As coisas dela, que haviam sido enviadas antes, como roupas, calçados e joias, já estavam guardadas em seus devidos lugares.
— Minha mãe quem cuidou da decoração, se quiser mudar alguma coisa, esteja a vontade.
Zaya olha todo o ambiente, era praticamente uma casa, tinha uma imensa sala com TV, tinha um espaço reservado para refeições, com uma mesa redonda e quatro cadeiras, tinha um banheiro com dois lavatórios, armários, banheira e um box, era muito lindo e moderno, muito diferente do seu antigo banheiro. No quarto tinha uma enorme cama, duas poltronas e uma porta que dava para o closet, que podia se dizer que era do tamanho do seu seu antigo quarto. A suíte contava com uma varanda composta por uma pequena mesa de dois lugares e duas poltronas confortáveis.
— Então gostou? — Said pergunta, depois dela ter visto todo o ambiente.
— Sim, é tudo muito lindo.
— Fico feliz. Acho melhor tomarmos um banho para o jantar.
— Sim, eu vou fazer isso.
Quando ela entra no banheiro, Said vai até o closet por curiosidade, do lado onde as coisas de sua esposa estão arrumadas só tinha vestidos iguais ao que ela estava vestida, exatamente como ele pensou. Sua mãe Layla, vesti roupas normais como calças, saias, camisas e outros tipos de vestidos. Mas Zaya só tinha roupas que a cobriam toda. Decide deixar as coisas como estão, afinal ele nem queria se casar, porquê ficar preocupado com a esposa agora? Ele vai até outro banheiro e toma um banho. Quando ele volta para a suíte Zaya estava no closet, vestida com uma roupa tipo uma camisola.
— Você vai dormir? — Said pergunta sem entender.
— Eu vou me arrumar ainda.
— Porquê colocou camisola? — Pergunta curioso.
— Isso não é camisola — Zaya responde segurando um vestido em frente ao corpo — É uma combinação, usamos por baixo do vestido.
Said não consegue acreditar, o vestido já era todo tapado, mas ele prefere não comentar nada.
— Vou deixar você se arrumar.
Mais de meia hora depois ela sai do quarto, vestida com um vestido verde turquesa e um hijab em um tom de verde mais escuro, e usando maquiagem.
— Estou pronta
— Vamos jantar — Ela pensou que ele fosse elogiá-la, pois sempre ouvia o seu pai elogiar a esposa, dando sempre um beijo em sua testa. Ao pensar nos pais o seu coração se apertou de saudade de sua mãe. — Meus pais virão apenas mês que vem, espero que fique bem sem eles.
Zaya dá um sorriso triste e segue o marido para poderem jantar.
O jantar foi preparado com os pratos que ela estava acostumada, mas ela conversaria com Dolores sobre comidas típicas da região, queria experimentar algumas, ela tinha pesquisado e já sabia as que queria experimentar.
Quando acabam de jantar, Said avisa que irá para o escritório e Zaya decide subir para o quarto. Queria ligar para a mãe mas já era muito tarde no Líbano. ligaria logo assim que acordasse.
Ela troca de roupa e resolve colocar uma de suas camisolas que a mãe comprou, era amarela e longa e com mangas compridas.
Quando Said entrou no quarto ela ainda estava acordada.
— Oi... pensei que já estivesse dormindo — Ele se senta ao seu lado na cama e percebe que ela está incomoda com alguma coisa.
— Posso dormir com você hoje? A cama é bastante grande, não irei te incomodar.— Said pergunta, querendo não impor a sua vontade.
— Você já dormiu com muitas mulheres? — Ela pergunta sentando-se na cama
— O que? — Ele não esperava essa pergunta, ela está linda o olhando, com aqueles olhos cor de mel com os cabelos caindo sobre o seu rosto, ele adora vê-la de cabelos soltos. Ele afasta os seus cabelos do rosto antes de responder.
— Não sou mais virgem se é o que quer saber.
— Eu sei que você tinha as suas necessidades, mas não estava conseguindo dormir, pensando que talvez você tenha outra mulher aqui no Brasil, já que não queria se casar comigo.
— Zaya, eu não tenho ninguém aqui no Brasil. Você agora é a minha esposa e estou tentando me acostumar a isso.
— Será que você conseguirá gostar de mim algum dia?
— Não vamos falar sobre isso agora, vamos deixar as coisas acontecerem. Vou trocar de roupa para poder dormir, amanhã eu irei para a empresa. Vai ficar bem sozinha?
— Tudo bem, sei que é um homem ocupado. Eu vou ficar bem, não se preocupe.
— Vem cá — Ele a abraça e beija a suas testa — Agora descanse, eu já venho ficar com você, e não se preocupe eu não vou te incomodar.
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Atualizado até capítulo 62
Comments
Gloria Katia Baffa
Ela vai sofrercom costume diferente no Brasil
2025-01-26
1
Fatima Gonçalves
ELA VAI SOFRER MUITO
2025-02-19
0
Josenira Ferreira
nossa.
que chata essa menina.
2025-01-21
1