Daniele sobe o elevador com Reinaldo, ele se mostra gentil com ela, lhe fazendo perguntas simples, sobre sua idade e o que gosta de fazer nas horas vagas.
Daniele conta a ele que gosta de escrever poemas e ele lhe diz que gostaria de lê-los em alguma hora, se ela não se incomodasse. Ela lhe responde que não tinha o menor problema com isso e a conversa continua até eles chegarem ao apartamento.
— Seja bem-vinda e sinta-se a vontade. — diz Reinaldo, abrindo a porta para que ela entrasse.
Dani entra e olha ao redor. Era um apartamento bom, bem localizado no bairro de botafogo, não era luxuoso como a mansão de seu pai e nem precário como sua cela na prisão e para o primeiro lar ao qual ela pisou, após sair da prisão, era como um palácio.
— Você quer uma água? — ele pergunta, gentilmente.
Dani acena em positivo e Reinaldo a guia até a cozinha. Chegando lá, havia uma mulher sentada em uma mesa, folheando um livro de receitas.
Ela olha assustada, parecendo que não sabia de Daniele.
Ela olha para Reinaldo, após olha Daniele, que corresponde o seu olhar com curiosidade. A mulher passa o olhar pelo corpo de Dani e para em sua barriga, a olhando com a boca aberta e os olhos arregalados.
— Ah, é… — Reinaldo diz, um pouco sem jeito — Preciso apresentar vocês duas. Daniele, essa é a minha esposa, Sônia. Querida, essa é a Daniele e ela será nossa hóspede por um tempo.
— Ela está grávida… — é a única coisa que Sônia diz.
— É… sim. — Dani diz, olhando para o seu ventre.
Sônia olha para Reinaldo, cheia perguntas no olhar.
Reinaldo caminha e fica atrás da esposa, então ele massageia as suas costas e diz para Dani:
— Não leve a mal a minha esposa, ela não tem estado bem há um bom tempo. Nosso sonho era ter um filho, mas… — ele faz uma pausa, respira fundo e dá um sorriso — Não vamos te importunar com isso. Sente-se e sinta-se a vontade.
Reinaldo puxa uma cadeira para Dani e após, lhe serve um copo de água. Em seguida, sai, dizendo que irá arrumar o quarto de hóspedes para Daniele.
Sônia continua olhando para o ventre de Daniele, fixamente e após alguns momentos, diz:
— Quanto tempo tem de gravidez?
Daniele sorri e responde:
— Sete meses já. Nem parece, não é? Na prisão me diziam que eu tive pouca barriga.
— Prisão? — Sônia olha para o lado, perdida.
Daniele acaba se explicando:
— Olha, eu não fiz nada… me acusaram injustamente e fui absolvida.
Sônia continua com o olhar perdido por alguns segundos e de repente pede:
— Me dê o seu bebê?
— Não. — Daniele olha para ela assustada e surpresa.
— Eu vou cuidar bem dele, eu juro. Você é jovem e não deve ter onde cair morta. Eu vou dar um bom futuro para ele.
— Não, eu não posso. — Dani balança a cabeça em negativa — Esse bebê já tem uma mãe.
— Você vem pedir abrigo na minha casa e quer dar o meu filho para outra! — grita Sônia, se levantando e batendo as mãos na mesa.
Daniele fica muito assustada no momento e Reinaldo aparece correndo na cozinha.
— Sônia, se acalme! — ele abraça a esposa, a acalmando. — Vamos descansar um pouco, ok?
Ele sai da cozinha, levando Sônia, deixando Dani ainda assustada.
Assim que eles se afastam, Dani pega o seu celular novo, coloca o chip, liga e configura.
Rapidamente ela disca o número de Bela, os quais sabia de cabeça.
Estava muito próximo a data do parto, pois logo ela faria oito meses e ela tinha que entregar o sobrinho a mãe.
A chamada toca, toca e toca, mas logo cai em caixa postal.
Ela olha a tela do celular, desanimada e então resolve voltar a ligar.
— Dani, — diz Reinaldo, voltando para a cozinha — não fique assustada com Sônia. Ela só não tem se sentido bem. Eu lhe dei alguns remédios e ela está dormindo.
Reinaldo coloca um avental e após diz:
— Você deve estar com fome, não?
Nesse momento Dani percebe que sim. Ela não tinha comido nada, desde que saiu da prisão.
Só pela sua expressão, Reinaldo percebe e continua a dizer.
— Eu vou fazer um espaguete para nós. Modéstia parte, o meu é o melhor que vai provar na vida.
Daniele dá um sorriso, simpático e começa a olhar o seu celular.
Ela pesquisa sobre casas para alugar próximo dali e percebe que o que o taxista disse era verdade. As residências por aquela região eram muito caras. Tudo bem que ela tinha uma boa quantia agora em conta, mas ela ainda estava decidindo como gastar e não queria que tudo acabasse rápido.
A sua pesquisa foi interrompida por um prato de espaguete sendo colocado em sua frente, o qual exalava um cheiro delicioso.
Ela olha para cima e vê Reinaldo sorrindo para ela.
— Obrigada. — ela responde sorrindo e Reinaldo faz um carinho em sua face e aperta a sua bochecha.
— Você é uma gracinha, garota. — ele diz e se senta em uma cadeira de frente para Daniele e em seguida pergunta — O que estava procurando?
— Estava procurando um lugar para ficar. Não quero ser um peso para vocês.
Reinaldo dá uma garfada no macarrão e sem olhar para ela, diz:
— Você não precisa se preocupar com isso. Pode morar aqui e eu irei cuidar do seu filho. A Sônia… — ele olha para o nada, pensativo, e após olha para Dani, dando um sorriso — A Sônia pode ir morar com alguns parentes. Não precisa ter medo dela.
Daniele junta as sobrancelhas, tentando entender os significados das palavras dele. Por que ele disse que iria mandar a esposa para morar com parentes e mantê-la dentro do apartamento deles?
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Jucileide Gonçalves
Tá muito estranho toda essa ajuda.
2025-03-31
0
Fatima Gonçalves
TAMBÉM ACHO ELA TEM QUE IR EMBORA
2025-03-16
0
Taty
é hora de sair correndo
2025-02-25
0