Prisioneira Do Destino - Grávida Por um Cruel Acordo

Prisioneira Do Destino - Grávida Por um Cruel Acordo

Capítulo 1

— Foi ela! Policiais, peguem essa marginal! 

Foi o que Daniele ouviu, ao entrar em sua casa, ao chegar do colégio. Ela nem teve tempo de absorver o que estava acontecendo e já ouviu gritos e o dedo de sua madrasta apontando em sua direção.

— Espere, mãe! Você não tem provas, não pode sair acusando a garota assim. — disse Victor, o irmão de Daniele, se colocando na frente, protegendo-a.

— Peguem a mochila dela e irão ver! — Leila grita.

O policial se aproxima e Daniele assustada, tenta se esconder atrás do irmão.

— Dê-me a mochila, garota! Se não tem culpa, não tem porque se esconder. — disse o policial, com uma voz de estresse.

Dani retira a mochila de suas costas e entrega ao policial, na verdade ela não sabia o que estava acontecendo. Acabou de chegar da escola e foi recebida com gritos.

 Na sala estava Leila, sua madrasta, descontrolada. O seu pai, Henrique, tentando acalmar a mulher. Victor, o seu sensato irmão, tentando mediar tudo e Bela a noiva de Victor, assistindo a toda confusão, sem se meter.

O policial, rudemente, puxa a mochila da mão de Daniele, abre o zíper e começa a derrubar tudo no chão.

De repente se ouve um barulho, como um tilintar de um pequeno objeto de metal, todos olham na direção do som e lá estava um anel de diamantes, girando no chão até se estabilizar, deixando Daniele sem reação.

— Eu disse! Eu disse que foi ela quem roubou o meu anel de diamantes! Henrique, você trouxe uma delinquente para dentro de nossa casa! — gritou Leila.

— Dani, porque estava com o anel da mamãe? — perguntou Victor e Daniele apenas acenou em negativo, ela não fazia ideia de como aquele anel foi parar ali — Por favor, Dani, diga a eles, deve ter havido algum mal entendido.

Victor era o maior defensor de Daniele, ele não podia acreditar que a irmã era capaz de cometer um crime assim.

— Policiais, levem essa ladra! — gritou Henrique e Daniele ouviu aquilo de seu próprio pai, como se tivesse recebido uma facada no peito.

— Não pai! Eu não fiz nada, eu juro! — ela grita chorando, tentando se defender.

— A partir de hoje, eu não sou mais o seu pai. Não tenho uma filha delinquente. — ele diz com hostilidade, e o policial pega sua algema e vai na direção de Daniele.

— Não! Algemas não! — grita Victor, se pondo entre Daniele e o policial — Ela é só uma adolescente indefesa, não precisa algemar!

O policial se aproxima, empurra Victor com brutalidade, o tirando do caminho, pega no braço de Daniele, a empurra contra a parede e a algema na frente de todos.

A garota chora, implorando que alguém acreditasse na sua inocência, pois ela nunca na vida tinha visto aquele anel.

— Ei! Não trate a minha irmã assim! — diz Victor, partindo para cima do policial, porém ele é impedido por sua noiva, Bela Nogueira, segurando em seu braço.

— Amor, não faça isso. Não arranje confusão para si.

— Ela tem razão, garoto! — diz o policial — Desacato a autoridade também dá cadeia.

Após, ele vai puxando Daniele pelo braço, a levando para fora de casa.

— Victor, me ajude! Eu sou inocente, eu juro que não fiz nada! — ela grita, tentando se agarrar ao último fio de esperança de não ser levada.

— Para onde você vai, todo mundo é inocente. — disse o policial com deboche, puxando a garota com brutalidade.

Ele a joga dentro da viatura e este foi o primeiro dia, que a vida de Daniele se tornou um completo inferno.

Daniele, com apenas dezesseis anos vai para a prisão e após passar por toda burocracia de registros e triagens, ela é jogada no Centro De Correção Para Menores Infratores.

Você pode pensar que é uma coisa leve, já que só tinha jovens no local, mas não pense assim, muitos jovens dali cometeram crimes de deixar qualquer adulto de cabelo em pé.

A sua chegada na prisão, foi conturbada. Enquanto ela era encaminhada para a sua sela, com as mãos e os pés algemados, sendo guiada por uma guarda, ouvia as garotas de dentro das celas gritando:

— "Carne nova!"

— "Olha essa cara de songa-monga? Já não gostei dessa garota!"

— "Vou arrancar esse seu rosto bonito com as minhas unhas, se você olhar para mim novamente, garota!"

Dani estava chorando e assustada, ouvindo gritos de zombaria e ameaça.

Então finalmente ela chega em sua cela, onde a guarda, tira suas algemas, lhe dá um kit para higienes pessoais, a empurra para dentro da cela, tranca e vai embora.

Tinham mais duas garotas na cela e Daniele fica parada, em seu lugar, hesitando em se aproximar.

Uma das garotas se levanta de sua cama, começa a rodear Daniele e a falar.

— Boa pele, olhos verdes, cabelo comprido e brilhoso. Você é uma patricinha, não é? Já não gostei de você.

(Daniele Silva)

— Me… me… desculpe… — ela não sabia o que dizer, só conseguia tremer de medo.

— Te desculpar pelo quê? Você tem algum problema na cabeça? "Mimmimi desculpe." — ela diz zombando de Daniele.

— Deixa a garota em paz, Xaiane. — diz a outra detenta, que dividia a cela.

— Cala a boca, Cirleia! Ninguém manda em mim, não! Me criei sozinha nas ruas. Não fui com a cara da garota, não posso dizer isso?

— Xaiane, volte para a sua cama. — a outra garota se levanta e cruza os braços, com uma expressão séria. Parecia que ela tinha alguma posição importante ali, pois Xaiane rosna de raiva, mas acaba voltando para a sua cama.

Daniele olha a única cama que sobrou e imagina que seria a dela, e por isto, vai em direção a esta, para se acomodar.

Xaiane, a garota hostil, se levanta de imediato e coloca o pé na cama que Daniele iria sentar.

— Essa cama aqui também é minha.

— Mas, mas… onde vou dormir? — pergunta Daniele.

— Se vira, patricinha! Para ter uma cama, você tem que pagar.

Daniele, instintivamente olha para a outra detenta, esperando que ela a defenda novamente. A detenta nem corresponde o olhar de Daniele, mas já responde, a pergunta que não foi proferida:

— Ela está certa, novata. Regra nossa aqui. Para dormir na cama, você tem que pagar.

— Pagar? Pagar como? — ela pergunta confusa.

— Você tem que dar alguma coisa que a dona da cama quer.

— Pois é! — disse Xaiane — Mas de você, eu não quero nada!

Não tendo o que fazer, Daniele se sentou no chão frio e úmido da cela. Ela abraçou os joelhos e começou a chorar baixinho, tentando ainda entender, como pode ser tão injustiçada.

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Comments

Maria Pinheiro

Maria Pinheiro

Começando a ler para entender o que houve.

2024-11-18

0

Jaciara Barbosa

Jaciara Barbosa

uma família dessa quem precisa de inimigo

2024-11-03

1

Maria Alves

Maria Alves

Que família cruel 😂😂😂😂😂😂

2024-10-28

1

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