Então Miguel mal se arrumou e foi para a prisão.
O cheiro de álcool ainda exalava de seu corpo.
Então, ele chegou na prisão e exigiu visitar Daniele. Todos já o conheciam e já estavam de saco cheio dele.
A guarda, já não aguentando a insistência dele foi buscar Daniele.
— Garota, vamos logo! O advogadozinho está aí. — a guarda diz, para Daniele.
— Eu já disse que não vou ver ele. — Daniele responde, irritada.
— Ah, mas você vai sim! — a guarda pega no braço de Daniele e sai a puxando — Olha, esse garoto já está deixando todo mundo daqui irritado. Você vai vê-lo e vai por um ponto final nisso tudo! Ninguém mais quer ver ele por aqui.
Sem ter uma saída, Daniele foi para visita com Miguel.
Chegando lá, ela percebeu o estado dele. Ele estava com os cabelos bagunçados, com olheiras. A camisa estava com alguns botões abotoados na casa errada, estava muito diferente do rapaz que costumava se arrumar todo para visitá-la.
— Eu já te disse que não quero mais receber suas visitas, Miguel. — Dani diz, se sentando na cadeira da frente — Todos da prisão já estão irritados com a sua insistência. Olha, procure uma garota da sua classe e me esquece.
— Você é a única garota que eu quero, Dani. Você não vai mais receber minhas visitas, pois eu vim aqui hoje te tirar daqui.
— Mais promessas…
— Não é uma promessa. — Miguel diz, a interrompendo, pega alguns papéis e coloca na frente de Dani — Esses são os papéis do nosso casamento e nesse aqui você me dá a permissão de ser o seu responsável legal. Após isso, você estará livre. Eles só não te soltaram ainda, porque o estado não tem onde te colocar. Os abrigos de menores abandonados estão cheios.
Daniele olha para aqueles papéis assombrada. Então ele veio realmente tirá-la dali? Mas e as mentiras? Ela deveria aceitar e passar por cima das mentiras que ele lhe disse?
Ela coloca a mão nos papéis para ler, mas antes que faça isso, Miguel puxa os papéis e diz:
— Eu realmente tenho uma condição para te tirar daqui, mas tenho uma condição.
Daniele não responde e apenas fica olhando para ele, com a testa enrugada.
Miguel respira fundo, se prepara e diz:
— Eu não posso aceitar essa criança. Você vai ter que abortar.
Daniele arregala os olhos, não acreditando no que estava ouvindo.
— Dani, eu… — Miguel continua — Eu não posso conviver com essa criança sabendo que ela foi fruto de… meu Deus, eu posso esquecer que você se deitou com outro, porque estava desesperada, mas essa criança vai me lembrar sempre disso.
— Miguel, você não pode estar falando sério. — Daniele diz, desacreditada.
— Dani, eu te amo, mas o meu amor não é forte o suficiente para aceitar essa criança. Todas as vezes que eu olhar para ela eu vou ficar lembrando que não pude te proteger… eu vou me sentir um merda. Olha, eu vou encontrar uma clínica muito boa para fazer tudo e no futuro vamos ter um filho nosso, se quiser. Eu faço tudo o que quiser, menos ser pai dessa coisa.
Daniele de supetão se levanta e dá um tapa no rosto de Miguel.
Ele coloca a mão no rosto surpreso com o que aconteceu.
— Você tem idéia da barbaridade que está dizendo? — Daniele diz revoltada — Você está me propondo isso mesmo? Miguel, eu estou grávida de seis meses e você quer que eu faça um aborto? — ela balança a cabeça em negativa, olhando para o lado — Olha, essa criança é um inocente e você acha mesmo que eu trocaria a vida dela para sair da prisão? Está muito enganado, Miguel.
Dani se levanta, toma os papéis da mão de Miguel e rasga todos. Após diz:
— Enfia naquele lugar esses papéis! Não volte aqui nunca mais, Miguel. Eu não gosto de você, na verdade eu te odeio! Prefiro ficar com o meu filho na prisão do que ficar livre ao lado de um covarde como você!
Após Daniele sai da sala, deixando Miguel sem reação.
Ele coloca a mão no rosto, não acreditando em como tudo estava destruído. Ele estava apaixonado por Daniele de uma forma a qual nunca pensou que estaria por alguém na vida. Mas parecia que o relacionamento dos dois era algo inalcançável.
Miguel juntou os papéis rasgados, desolado. Ele queria muito ficar com Dani, mas a ideia de ter que ser um pai para aquela criança era inconcebível.
Para ele, aquele bebê era como um castigo para ela, um castigo para os dois. Um castigo que eles não mereciam.
Ele foi para casa, pensando que talvez era melhor nunca mais a procurar. Que o amor deles era impossível. Se perguntou se um dia ele conseguiria a esquecer e conseguir se apaixonar por outra pessoa que não fizesse o seu coração sofrer tanto.
Dani foi para a cela, decidida que nunca mais iria olhar na face de Miguel. Falar de abörto era uma coisa sensível para ela, pois sabia que o seu próprio pai quis que sua mãe a abortasse quando estava a gerando.
Geralmente ela tentava não se apegar ao bebê, mas essa foi a primeira vez que ela acariciou a sua barriga e teve pena da criança. Ele podia não ser seu filho biológico, mas estava sendo gerado em seu ventre e era filho do seu amado irmão. Aquele bebê, na verdade, era muito especial para ela.
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Atualizado até capítulo 90
Comments
Maria Pinheiro
Ele é outro imaturo só tem 21 anos é um menino até me surpreendeu ele querer ficar com ela mesmo as fofocas dizendo que ela estava se prostituindo geralmente garotos muito novinhos assim não conseguem segurar essa onda .
2024-11-18
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Patricia Mariana
amor, esse escroto não sabe o que é amor...preferiu deixar a moça sofrendo.na prisão que libertar e cuidar dos 2...nojento inútil
2024-12-04
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claudia da silva
ENTÃO SOME DA VIDA DELA.
2024-12-03
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