Kath
Quando o meu celular vibra na mesa, não dou atenção, estou conversando com o senhor Jones, fechando um contrato milionário, com a rede frigorífica que o homem comanda.
Após o término da reunião, fico relaxada na cadeira da grande sala, com paredes de vidro, destinada a reuniões importantes. Pego meu celular e curiosa leio as mensagens do número desconhecido.
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" Bom dia, senhora Dempsey. Se não se importar e se tiver um tempo, gostaria de leva-la para almoçar, quero te mostrar um lugar depois.
V. M."
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— V. M.?— murmurei em voz baixa.
Porque esse mistério?
É uma surpresa para mim, já que depois de assirnarmos o contrato, ele não me ligou e nem apareceu por aqui, e isso já tem duas semanas.
Eu gostei dessa atitude dele, assim pude refletir sobre a minha vida, e me acostumar com idéia de me casar por conveniência.
Penso no pedido dele. Acho que depois de fechar um contrato dessa magnitude, posso folgar o restante do dia.
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Eu:"Me envia o endereço"
Vincenzo: "Vou te buscar"
Eu:"Não precisa"
Vincenzo:"Já estou saindo"
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A rapidez com que ele me responde, me surpreende. Poderia protestar ele vir me buscar, mas a verdade é que precisamos tornar esse noivado o mais verdadeiro possível, principalmente aqui na empresa.
Olho para o anel de diamante no meu dedo, uma jóia de valor alto, nem arrisco calcular o quanto. Meus funcionários mais chegados observaram o anel, mas ninguém se arrisca a perguntar, odeio misturar vida pessoal ao meu trabalho. Se bem, que não namorei, não fiquei, resumindo não tive relacionamento algum, após ficar viúva, então não é novidade não terem muito o que falarem sobre minha vida pessoal, as pessoas acham que sou discreta, mas a verdade é que eu não tenho nada a esconder, a não ser meus "brinquedinhos" sexuais.
Me levanto, antes que Vincenzo chegue, retoco a minha maquiagem e arrumo a minha bolsa.
Assim que chego na mesa da Emma, ela me diz:
— O senhor Moretti, lhe espera na recepção.
— Já estou descendo.— coloco os contratos de serviços dos Jones, em sua mesa.— Organiza pra mim, e precisa de emissão de notas fiscais. Não volto mais hoje. Tenha um boa tarde, Emma.
— Boa tarde, senhora.
A caminho do elevador, olho para sala vazia, que fica a esquerda do meu escritório. Embora minha vontade, fosse deixar Vincenzo no térreo, com os auxiliares, separei uma sala no topo do prédio para ele.
No elevador, ajeito a minha saia midi justa, azul escuro, cintura alta, com uma camisa social branca, com detalhes em renda e manga cumprida de babado. Nos pés, um clássico scarpin na cor da saia.
A porta do elevador se abre, e meus olhos vão direto para o meu noivo.
Sentado no sofá da recepção, ele tem uma postura máscula, está com um terno cinza, mais despojado, camisa branca sem o uso de gravata, com os dois primeiros botões abertos, e um óculos de sol "Prada" pendurado.
Eu fico admirada com a presença e sesualidade que ele carrega naturalmente.
A recepcionista está babando do seu lugar, e algumas assistentes estão de conversinhas pelos cantos. Ele observa todo o lugar, sem se importar com os sorrisinhos das moças. É impressionante como ele observa tudo ao seu redor, discretamente ele olha, e nada passa despercebido das suas vistas.
Caminho até ele, e logo os olhos observadores param em mim, ele se levanta e estende a mão.
— Senhora Dempsey.
Eu tento não demonstrar o impacto que é vê-lo tão perto, o homem dá pelo menos umas três de mim.
Alcanço sua mão, ele gentilmente leva até os lábios e beija, ignoro a sensação do meu corpo, ao sentir os lábios e a barba roçarem minha pele.
— Boa tarde, senhor Moretti.
— Somos noivos, deveríamos nos chamar pelo primeiro nome.
Ele solta a minha mão e mostra um sorriso sutil, quando vê o anel de noivado, no meu dedo.
— Claro, Vincenzo.
Quando vejo as mulheres de boca aberta a nos olhar, um orgulho toma conta de mim, sei que não amo esse homem, mas ter um noivo de uma beleza tão máscula, não é para qualquer uma, tenho que confessar. Não vai ser difícil meus funcionários juntar meu "noivado" a essa nova figura que está na minha frente. Logo seremos fofoca nas revistas.
— Vamos Kitty?— ele me oferece o braço.
Com orgulho, eu aceito, me sentindo uma formiga, olhando para um humano. Não vai existir salto, que me aproxime do rosto desse homem, não alcanço nem o ombro.
— É Kath!— corrijo.
— O que eu disse... Kitty.
— Não. K-a-t-h, Kath!— protestei.
— Para nos dois, vai ser Kitty.— ele diz colocando seus óculos escuros.
Reviro os olhos desaprovando, mas ele não se importa.
Ele abre a porta do carro esportivo de luxo, um Ferrari. É claro que ele escolheria uma marca italiana.
Entro no carro, ele fecha a porta, contorna e se senta no banco do motorista.
— Não tem seguranças hoje?— pergunto.
— Não saio sem seguranças, Kitty. Eles só são discretos.— responde dando uma arrancada no carro.
Não contenho minha curiosidade, e fico olhando os carros de trás. Devem estar bem disfarçados, porque não consigo identificar nenhum.
— Onde vamos almoçar?— pergunto voltando minha atenção para o interior do carro luxuoso.
— "Piora".
— Sim, um ótimo lugar, tem gastronomia coreana, italiana e americana. As janelas dos fundos, são de parede a parede e dá vista para um jardim exuberante, é um lugar bem intimista, de decoração simples.
Ele me observa de soslaio, sem afetar a sua visão das ruas.
— O que quer me mostrar depois?— perguntei curiosa.
— Na hora certa, você vai ver.— respondeu seco.
Odeio essa postura dele, de poucas palavras, e fria. Resolvo me calar, com esse homem, não adianta puxar assunto.
Chegamos no restaurante localizado em West Village, apesar de ser um homem frio, ele faz todos os cavalheirismo, como abrir a porta do carro, e estender a mão para me ajudar a sair. Já recebi esse tratamento inúmeras vezes, mas sendo desse homem, parece que é a primeira vez.
A caminho da recepção, ele coloca a mão esquerda nas minhas costas suavemente, como se demonstrasse aproximação e cuidado. Meus cabelos eriçaram na nuca, com o toque sutil, sorte que meu cabelo solto cobre. Estou começando a me incomodar com as reações corporais.
Porque ele me causa tantas coisas!?
— Boa tarde!— O garçom nos atende educado, em seu uniforme preto de gravata borboleta.
— Mesa para dois, por favor.— Vincenzo pede.
Quando vamos acompanhar o garçom, Vincenzo segura a minha mão, num gesto calmo e gentil. Não sei porque, meu corpo reaje novamente, se esquentando inteiro, ao sentir a mão grande e quente, outra vez. Ele entrelaça os dedos aos meus, e meu coração dispara no peito, até o garçom nos mostrar uma mesa, por sorte nos fundos, onde vou ter o jardim para apreciar, e não precisar encarar a beleza do meu noivo de frente.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Jucileide Gonçalves
🌹🌹🌹🌹🌹🌹🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻
2024-07-08
2
💐🥀🌹 FLOR 🌺🥀🌼
🌹🌹🌹🌹🌹😍😍😍😍🥰🥰🥰🥰🌺🌺🌺💜💜💜❤️❤️🎁🎁👏👏
2024-05-07
3
Leidiane Lopes
🎶Quero saber
O que sinto por você
De onde vem tanto querer
Nem eu mesma sei porque
Explicar essa paixão
2024-01-29
14