Capítulo 11

Gemi arqueando o corpo quando os lábios de Amanda deslizaram pelos grandes lábios de minha boceta. Sim, eu conseguia usar esse termo sem nenhum problema depois de ter ouvido pela boca dela de maneira tão sexy e excitante, quando me empurrou encima da cama vindo para cima de mim e enfiou um dedo em minha entrada. Manhosa, com o olhar atrevido e fixo ao meu, murmurou:

— Sua boceta está tão molhadinha... — Gemi, sentindo o lento vai e vem de seu dedo. Ela o retirou e levou aos lábios me proporcionando a cena mais erótica que vi na vida, logo depois enfiou o rosto entre minhas pernas e deslizou sua língua quente e úmida por meu clitóris, lentamente, degustando e estudando minhas reações naquele momento.

Minhas mãos seguravam a barra de meu vestido com força, meus olhos não conseguiam focar nela e se fechavam enquanto eu jogava a cabeça para trás arqueando o corpo entregue a aquelas sensações. Quanto mais Amanda me lambia, dava leves sugadas e até mesmo introduzia seus dedos em mim, mais meu corpo pedia e buscava a boca dela.

Em minutos eu já não conseguia conter os gemidos, meus quadris rebolavam como se tivessem vida própria, no ritmo do vai e vem de seus dedos que me fodiam em perfeita sincronia com a língua que me enlouquecia circulando meu ponto sensível e pulsante, até o prazer me dominar por inteira, se expandindo por cada parte de meu corpo. Mesmo deitada eu podia sentir minhas pernas bambas, o coração descompassado e a respiração irregular.

Amanda trilhou beijos por minha barriga subindo encima de meu corpo e me puxou fazendo sentar na cama, ficando sobre minhas pernas. Ainda ofegante ajudei a me livrar de meu vestido e logo depois retirou meu sutiã. Seus olhos pareciam brilhar enquanto passeavam por minha pele, seus dedos deslizaram desde meu ombro descendo para meus seios onde contornou a auréola com a ponta do indicador, logo depois prendeu o mamilo e mordi o lábio, gemendo baixinho.

— Você é linda por inteira — disse ela antes que nossos lábios se unissem em um beijo. 

Minhas mãos buscaram contato, eu desejava sentir a pele dela em meus dedos. Deslizei por suas costas apertando, puxando-a para mais perto, sentindo a excitação entre minhas pernas novamente me dominar. Eu queria ser dela, queria a boca, o corpo inteiro junto ao meu e Amanda pareceu ouvir meus pensamentos, afastou o suficiente para que eu pudesse retirar o blusão que usava e me deparei com seus pequenos e lindos seios.

Mesmo um pouco tímida — não por vergonha, mas devido a uma certa insegurança — levei a mão até um deles e meus dedos se fecharam em volta dando em um leve aperto. A sensação era tão gostosa que decidi fazer o mesmo com o outro. Como uma criança que está descobrindo algo novo eu sorri meio boba e logo depois mordi o lábio, sentindo uma certa necessidade de prová-los.

— Me chupa... — murmurou Amanda levando as mãos para cima das minhas, me fazendo apertar seus seios com mais força. — Me lambe, Louise. Faça tudo o que deseja fazer...

Deslizei a palma da mão deixando o mamilo esquerdo visível, ela arqueou o corpo quase deixando o seio na mesma atura de minha boca e não mais pensei, apenas fiz. Meus lábios se moldaram a auréola e deslizaram até o bico durinho que chupei devagar arrancando-lhe um gemido gostoso de ouvir. Ela entrelaçou os dedos em meus cabelos da nuca e quando brinquei com a língua em seu mamilo senti puxar meus fios com certa força, notando o quadril dela se movendo devagar demonstrando o quanto estava excitada e desejando o mesmo que eu, que também sentia em meu ponto sensível pulsar de tesão. Amanda gemeu um pouco alto e rapidamente afastei a boca do seio dela, mesmo que minha vontade fosse lamber e sugá-lo cada vez mais.

— Você não pode geme... — meu sussurro foi interrompido por um beijo. 

Amanda parecia faminta, enlouquecida de desejo me fazendo deitar e então levantou ficando de pé, encima da cama. Ela retirou o short junto a calcinha, nesse meio tempo minha mente começou a questionar se eu conseguiria, se eu saberia o que fazer e como fazer. Como dar conta daquela mulher? Um frio na barriga e o medo decidiram me torturar.

Ela voltou a sentar sobre minhas pernas e me puxou novamente para sentar, me beijou e correspondi esquecendo tudo, voltando a mergulhar naquele mar de desejo que me consumia. Senti a mão dela segurar a minha e levar para entre suas pernas. Quando meus dedos tocaram sua intimidade nós duas gememos nos lábios uma da outra, sentir sua textura e quentura me fez queimar por inteira. Ela desceu um pouco mais meus dedos até chegar a entrada onde devagar introduzi um dedo, novamente gemendo ao sentir toda a excitação daquela mulher por mim. Para mim. Acrescentei mais um dedo e ela me fez movê-los levantamente, gemendo abafado em meus lábios até deixar que eu conduzisse sozinha, no meu ritmo, sendo acompanhada pelos movimentos de seus quadriz que pediam mais. Uma de suas mãos agarrou os cabelos em minha nuca novamente enquanto a outra acariciava o próprio clitóris, sem nunca parar de sugar, morder e beijar meus lábios.

Meus dedos iam cada vez mais rápido, sentindo ela cada vez mais excitada. Amanda jogou a cabeça para trás gemendo sem reservas e eu não conseguia pensar em mais nada além do quanto era bom ouvi-la gemer, senti-la se contrair em volta de meus dedos. Bocanhei seu seio sem perder o ritmo de meus dedos até que ela alcançou o ápice entre lamúrias, me prendendo entre suas pernas, puxando meus cabelos e se contraindo, aos poucos relaxando até finalmente sorrir me encarando, ofegando, suada e linda.

Quando retirei os dedos de dentro dela suas mãos seguraram a minha e os levou até minha boca, então provei de seu gosto sem quebrar aquela troca de olhares, logo em seguida me beijou de forma apaixonada, segurando meu rosto entre as mãos, me fazendo deitar na cama.

— Você é maravilhosa, Louise — murmurou, descendo beijos por meu queixo e indo até meu pescoço me fazendo suspirar fechando os olhos. — Eu quero te fazer gozar a noite inteira. — Tudo que consegui fazer foi sorrir, sentindo seus lábios descendo para meu seio e novamente ascendendo meu corpo.

...***...

Quando os primeiros raios de sol atravessaram as cortinas da janela eu estava tão acordada que parecia ter tomado energético a noite inteira. Amanda dormia ao meu lado, fazia mais ou menos duas horas quando exausta foi vencida pelo sono, mas eu permaneci em alerta, observando o quanto ela é linda.

Puxei o edredom revelando todo o corpo tatuado e inclinei-me dando um suave beijo em seu braço, subindo até o ombro e descendo para as costas. Já me sentia tão intima de cada parte dela. Durante toda aquela noite me perdi e me encontrei no corpo de Amanda, em cada curva, cada linha desenhada em sua pele. Eu tinha seu cheiro em mim, assim como o meu estava impregnado nela, e a nossa mistura fazia parte dos lençóis.

Amanda sorriu quando cheguei na altura de sua cintura e virou-se ficando de bruços, então desci beijando aquele bumbum maravilhoso, logo em seguida mordi arrancando-lhe uma risada.

— Bom dia para você também — falou com o rosto enfiado no travesseiro, então deitei ao lado e ela virou para me olhar. — Você não dormiu?

— Não consegui. — Meu despertador começou a tocar e me inclinei para pegar o celular. — Nós precisamos sair antes das sete. Por sorte nesse horário ninguém além das empregadas estão acordadas. Vamos sair de fininho. — Levantei da cama e puxei meu roupão que estava jogado encima da poltrona. — Vamos tomar café juntas? — Ela sentou na cama e puxou o roupão de minhas mãos antes que pudesse vesti-lo, me deixando sem jeito.

— O que está tentando esconder? Eu já vi esse corpo de todos os ângulos e posso afirmar que é lindo, o mundo merecia vê-lo, mas no momento apenas eu posso apreciá-lo, então não tente me privar dessa maravilha.

— Assim você me deixa ainda mais constrangida. — Sorri me sentindo uma boba e ela levantou vindo me abraçar pela cintura.

— Vamos tomar banho?

Seguimos para o banheiro e vivenciei mais uma coisa que jamais imaginei antes. Sempre achei que ao atravessar aquela porta era algo extremamente privativo meu, que deveria ser respeitado a qualquer custo. Josh por diversas vezes tentou me convencer a mudar isso, mas para mim aquele era o meu momento e não tinha espaço para ele, mas com Amanda eu me senti tão a vontade.

Enquanto ela me ensaboava nós conversávamos sobre onde iamos tomar café, sobre meu horário do trabalho e o que ela faria durante toda aquela sexta-feira. Depois nos secamos e nos vestimos rapidamente, antes que meus pais acordassem, assim como também as visitas, minha tia e Ellie, minha prima.

Por sorte meu quarto era o primeiro do corredor enquanto os outros ficavam mais distantes, separados pelo único quarto de hóspedes que restava vazio. Na frente do meu ficava o de Ellie que chegou apenas quando o dia já estava amanhecendo, por isso eu ainda não conseguia me sentir com medo de ter sido ouvida, mesmo assim era um risco.

— Adoro seu perfume — disse Amanda ao se acomodar no banco do passageiro e inclinou para cheirar meu pescoço. — Lembra a primeira vez que conversamos? — Confirmei enquanto ela se afastava colocando o cinto. — Assim que sentei ao seu lado senti teu cheiro que me causou uma imensa vontade de afastar teus cabelos e cheirar seu pescoço. — Ela sorriu fitando o horizonte como se visualizasse a cena. — Quando acendi o cigarro os cheiros se misturaram e foi como um afrodisíaco, principalmente porque eu tinha bebido um pouco antes de ir para a festa e o álcool me deixa mais... sensível.

— Então você está me dizendo que quase fui agarrada naquela noite? — Sorri. 

Sem perder tempo liguei o carro e saimos antes que fossemos vistas.

— Não, nem mesmo se eu estivesse muito bêbada. Antes tinha visto você com o Josh e...— Ela se calou e mesmo que eu tenha incentivado a continuar preferiu mudar o rumo da conversa.

Saimos de Westbrook quase às sete e por mais que tenha insistido para irmos tomar café juntas, ela afirmou que o melhor seria não nos arriscar em público então apenas fui deixa-la na porta do condomínio e nem pude ganhar um beijo.

Só me restou tomar café sozinha, pois não ia me arriscar encontrar Milena, ela me conhecia bem demais e perceberia logo que alguma coisa tinha acontecido, mas eu não estava preparada para falar sobre o que fiz, apesar de que parte de mim precisava dizer o quanto foi incrível.

A manhã seguiu rotineira. Era sexta, eu e as crianças fizemos uma pequena bagunça com tintas e telas. Até meus cabelos foram atingidos, mas nada que água não desse jeito.

Amanda visitava meus pensamentos a cada minuto, mas eu estava sendo forte, evitando enviar mensagem, principalmente depois de ter recebido uma de Josh confirmando nosso encontro naquela noite.

Durante a tarde tive reunião na escola e quase no fim do dia eu sentia como se um caminhão tivesse batido contra de minha cabeça que latejava, afinal não dormi nada, mesmo assim aceitei ir encontrar Milena que me mandou mensagem dizendo que precisava desabafar. Cheguei no apartamento dela quase no início da noite e já achei estranho a partir daí, pois naquele horário ela ainda costumava estar trabalhando. Já me perguntava o que Jason aprontou daquela vez, mas quando abriu a porta fui recebida com um sorriso imenso. Entrei já avistando um vinho aberto sobre o balcão e duas taças.

— Venha, vamos comemorar! — Franzi o cenho observando ela ir pegar o vinho e as taças. — A noite passada foi muito especial e mesmo que isso mereça o vinho mais caro do mundo, vamos com esse mesmo.

Abri a boca espantada. Como ela sabia? Quem contou? Amanda contou para o Jason que contou para Milena?

— Como você ficou sabendo? — perguntei pegando a taça de sua mão e colocando minha bolsa sobre o sofá.

— Como eu sei de quê? — Nós ficamos nos encarando, ambas se questionando apenas com o olhar até que ela quebrasse o silêncio. — O que você aprontou que não está me dizendo?

— O quê? — Pisquei várias vezes ainda mais confusa. — O que aconteceu na noite anterior?

— Eu tive a segunda melhor transa de minha vida com o Jason. E quanto a você?— Me encarou de maneira inquisitiva e tomei a garrafa da mão dela, enchi minha taça até o meio, logo depois dei um grande gole.

— Tive a primeira melhor transa de minha vida, com a Amanda. — Os olhos de Milena quase saltaram e ela me puxou para o sofá me bombardeando de perguntas, com uma curiosidade exagerada, mas tudo o que eu tinha a dizer era que foi maravilhoso, incrível e me sentia outra mulher.

— Estou impressionada! O que essa Amanda tem? — Ela ria. — Você realmente parece outra, ou melhor você parece a mulher que sempre foi, mas que preferiu deixar em segundo plano. Você sempre foi assim, Louise, sempre gostou de se aventurar, sempre foi a primeira a concordar nas poucas vezes que decidiamos viajar por aí, acontece que também sempre foi acomodada, então se ninguém tentasse te tirar de sua zona de conforto estava ótimo. Mas veja como é ainda melhor quando tem quem abale nossas estruturas e nos faça conhecer melhor todos os nossos lados, hã? Estou feliz que tenha experimentado algo novo e que tenha gostado tanto, mas a pergunta que não quer calar é...

— Não, não me venha com mais nenhuma pergunta, apenas me conte sobre você e Jason.

— E o Josh? — Bufei voltando a tomar o vinho. — Você quer mesmo terminar com ele? Tem certeza que isso não é só fase? Coisa de momento? Uma aventura qualquer?

— O que está insinuando? Que estou passando por uma fase e pode ser apenas o desejo de trair meu noivo? — Ela levantou as mãos em sinal de rendição. — Não quero mais esse noivado, seja com Amanda ou sem Amanda eu não quero mais essa relação.

— Ok, então dê logo um ponto final e vá viver sua vida sem medo. — Milena deu duas batidinhas em minha perna e sorri confirmando. — Agora vamos falar sobre aquele homem que é a minha completa perdição. Amiga eu fui pega novamente. Você não imagina o quanto foi incrível e mil vezes melhor que a primeira vez. Aquele homem... Oh meu Deus... — Ela se abanou e ambas rimos. Ao menos na cama Jason foi incrível, restava saber se permaneceria fora dela.

Passei menos de meia hora conversando com minha amiga até Josh me ligar e afirmar que passaria para me buscar. Logo comecei a sentir o efeito do nervosismo sobre mim e mesmo que Milena tenha tentado me passar confiança, eu sabia que estava prestes a ter um conversas difícil e era quase impossível me manter calma.

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