Capítulo 20

❌❌ Esse capítulo aborda temas sensível.❌❌

Aproveite a leitura.

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...William Ferrari...

Estou terminando minha corrida quando meu celular começa a tocar, atendo pelo fone de ouvido mas ainda sim contínuo correndo.

Ouço a doce voz de Raquel, ela me parece contente.

Mas quando estou conversando com ela, ouço um barulho, parece passos de alguém correndo.

– Raquel? – Chamo, mas não obtenho resposta.

– Alô? – Ainda não tenho retorno.

Desligo preocupado com ela, talvez ter passado mal e desmaiado.

Volto pra casa, tomo uma ducha rápida pra tirar o suor do corpo, visto minha camisa branca de botão e minha calça jeans e meu tênis branco.

Saio de casa com os cabelos úmidos ainda, nem perfume eu passei. Tento não infligir nenhuma lei enquanto vôo para a casa da Raquel.

Em quinze minutos eu chego na casa dela, buzino como sempre mas ela não sai, então eu vejo se o portão está trancado, mas não está aberto.

Entro pelo portãozinho, e abro a porta que também está destrancado.

E o que eu vejo parte meu coração, Raquel está caída com o braço estirado, uma lâmina ao lado dela e sangue escorre do seu braço, seu pulso tem dois cortes.

– Raquel! – Grito desesperado. Olho em volta a procura de algo pra amarrar em seu pulso afim de conter o sangramento, não vejo nada, então tiro minha camisa e rasgo ela em pedaços e amarro em seu pulso.

Ela ainda tem batimentos por mais fraca que estejam, isso significa que ela ainda está viva.

Tento desperta-la mas é em vão. Pego ela no colo e ponho ela no carro, correndo para o primeiro hospital que eu vejo.

Paro o carro de qualquer jeito no estacionamento, saio do carro e entro pela recepção.

– Uma maca, por favor. – Grito, e uma enfermeira vem correndo em minha direção com uma maca.

Deposito Raquel ali, e de qualquer jeito pego minha carteira, mostro meu CRM, que mostra que sou médico.

Um médico vem em meu auxílio.

– O que temos aqui? – Pergunta enquanto corremos com a maca.

– Tentativa de suicídio. Dois cortes no pulso esquerdo.– Digo, entramos pela porta onde ela vai ser atendida.

– Coitada, parece nova. – O médico lamenta, enquanto examina a Raquel.

Analiso seu rosto, parece ter chorado.

O que levou você a fazer isso baixinha?

Está acontecendo alguma coisa?

Ela sobrecarregou e teve esse surto?

O que ela está passando?

Tantas perguntas rondam minha mente, mas agora precisamos estabeliza-la.

– Ela precisará de transfusão de sangue. – O médico fala e eu concordo, apesar de eu ter corrido pra socorre-la ela ainda sim perdeu muito sangue.

– Ela é O+. – Falo para o médico, que me olha sem entender.

– Eu sou o médico e amigo dela– Explico.

Depois de estabeliza-la o médico sai pra fazer o pedido de sangue e eu fico a admirando, seu rosto branco está mais branco ainda e suas olheiras ficam mais profundas.

– Doutor temos um problema. – O médico retorna falando.

– Qual? – Pergunto olhando em sua direção.

– Não tem o tipo sanguíneo dela no nosso banco de sangue. – Ele lamenta.

– Eu posso fazer a doação, tenho compatibilidade sanguínea com ela. – Digo, ele acena.

Pergunto onde posso ir pra fazer a doação, e ele me indica o local, o bacana que aqui nesse hospital já tem hemocentro.

Apresento meus documentos, preencho a ficha, e dou o nome da Senhorita Raquel, Não é difícil decorar seu nome já que é só Raquel Silva.

– Já doou antes? – A enfermeira pergunta.

– Sou doador de sangue, já doei antes. – Respondo.

Então ela acha uma veia em meu braço e eu fico lá por 15 minutos com meu braço estirado e apertando uma bolinha.

Depois sou liberado, Raquel só receberá o sangue depois de algumas horas.

....

O médico que atendeu Raquel se chama João Paulo, ele é bem eficiente, e um cara bacana.

Aproveitei que ele estava com Raquel e fui até o meu carro, pegando um Scrub verde que tenho no carro.

Passo no banheiro troco de roupa e dou uma ajeitada em meu cabelo.

Já passou três horas desde que eu trouxe Raquel mas ela ainda não acordou, ainda não fez a transfusão.

Pelo menos está estável, a enfermeira chega com a bolsa de sangue, dizendo que vai começar a transfusão agora.

Vejo a moça conectando o sangue no acesso que está em seu braço direito.

E só espero que ela acorde logo.

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Seja um doador de sangue.

Seu sangue pode salvar vidas.

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