...William Ferrari...
Julia por algum milagre saiu do meu pé, graças aos céus. Meu irmão cumpriu sua palavra e não desapareceu mais, sempre me procurava pra conversar e vim aqui em casa beber, ainda não conseguimos tirar um tempo pra sair. Mas pelo menos tenho parte do meu irmão de volta.
Contudo em compensação não estou falando com meus pais, minha mãe segue intrometida e bisbilhoteira e meu pai sempre que me vê, fala da empresa.
Dei um basta nisso, voltaria frequentar a casa deles somente quando eles parassem com essa mania de botar o dedo deles em minha vida.
– Bom dia Fátima! – Cumprimento minha ajudante de casa.
– Bom dia Senhor! Um café?
– Por favor! Como está o seu Roberto? – Pergunto pelo seu esposo, me dou muito bem com eles.
– Ele está bem, obrigada por perguntar. Depois que ele conseguiu fazer a cirurgia, ele está bem melhor.
– Fico muito feliz por isso, fala pra ele que amanhã passo pra conferir o novo coração.
– Obrigada viu doutor, sem o seu diagnóstico precoce e a sua ajuda.. Talvez meu marido nem estaria mais aqui entre nós. O SUS é muito bom, mas infelizmente ele é demorado.
– Infelizmente, mas deu tudo certo afinal, e não precisa me agradecer Fátima, é o meu dever ajudar, além do mais você me ajuda muito. – Falo e tomo minha bebida quente, Fátima volta para seus afazeres enquanto eu pego meu celular vendo uma mensagem do meu irmão, respondo ele, termino de tomar meu café e vou tomar meu banho pra ir para o posto de saúde.
Assim que saio do banheiro minha mãe me liga novamente, e mais uma vez ignoro seu telefonema.
Termino de ajeitar minha gravata, pego meu jaleco, e saio pra mais um dia me despedindo de Dona Fátima.
...
Minha primeira paciente é a senhorita Raquel, minha oportunidade pra indaga-la porque saiu antes do previsto.
Será que ela nunca se acostumará com minha presença? Seu rosto sempre fica vermelho, assim que me vê.
De todos os meus pacientes com certeza Raquel é o que mais me desafia e contradiz.
Quando conto que irei até a casa dela, parece que eu disse um absurdo, mas fiz ela saber que isso não estava em discussão.
Adorava deixar ela de bochechas vermelhas, ela se sentia atraída por mim e eu amava provocar essa reação nela.
Quando eu a libero ela praticamente sai correndo do meu consultório e acho isso engraçado.
Volto meu olhar para o computador da chamo o próximo paciente.
.....
Chego em minha casa e dou de cara com minha mãe. Paro o carro em minha garagem e vou até ela.
– O que faz aqui mãe? – Pergunto sem paciência enfiando minhas mãos em meu bolso da calça.
– Filho, eu sinto sua falta. Tenho saudades de você. – Dona Judite fala erguendo seus óculos escuros em cima da cabeça.
– Mãe, já conversamos. Não voltarei a frequentar a sua casa, enquanto não aprender a respeitar meu espaço. Sou um homem e não aquele pirralho de anos atrás.
– Filho eu só quero o seu melhor...
– Melhor como mãe? Melhor igual vocês quiseram para o Chris? Porque algo me diz que se cavar encontra muita sujeira embaixo. – Digo fitando seus olhos, ela bufa e vira o rosto.
– Esquece seu irmão, estou falando de você.
– Esquecer o meu irmão? Impossível!
– Ok William. Tudo bem, não quer me procurar mais? Faça como bem entender. Quer fingir que sua mãe não existe Ok. – Minha mãe fala derramando lágrimas. Provavelmente sejam falsas, mas odeio ver mulheres chorando.
– Ok mãe, tudo bem você venceu. – Falo, abro a porta de casa e puxo ela pra dentro. – Quer tomar alguma coisa? – Pergunto afrouxando minha gravata.
– Uma água com gás. – Vou até a geladeira e pego uma garrafinha, um copo e dou em sua mão. – Filho, vim comunicar que a festa de homenagem a indústria Paul'cars. – Paul'cars é a industria que o meu pai fundou a anos atrás. A qual ele é doido pra eu assumir a empresa. – Será no próximo mês e por favor conto com sua presença.
– Não sei se vou mãe, tenho que ver a escala do hospital. Mas eu dou uma resposta pra senhora o quanto antes.
– Ah não William, você não pode deixar de ir. Só temos você de filho...– Isso me irrita, como assim o Chris é o que pra eles?
– Isso é mentira mãe, o Chris é tão filho de vocês quanto eu. E essa conversa já está me dando dor de cabeça, só irei ao evento se estiver livre e disposto. Acho melhor a senhora ir, preciso tomar banho e descansar. –! Respondo, minha mãe deixa o copo em cima da mesinha de centro, e se levanta pegando sua bolsa.
– Como bem entender. Meu filho! – Minha mãe sai da minha casa pisando duro, e entra em seu carro Mustang branco. Pisando fundo no acelerador saindo do condomínio.
Fala sério, toda vez que toco no nome do meu irmão, meus pais ficam furiosos. O que será que perdi enquanto estive na Itália?
Entro em casa, tomo um banho, coloco uma roupa fresquinha e esquento uma comida que Fátima deixou preparado para mim.
Só quero assitir minhas séries e relaxar.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Célia Stein rosa
também to achando mas, vamos ve o desenrolar dos fatos, espero que não fique de bla bla bla
2025-02-11
0
Vanusa Crispim Da Silva
talvez sejam uns vigaristas , promotor honesto que compre a lei fica difícil
2025-01-19
0
Cy
Ninguém merece uma família dessa.
2024-10-09
1