...William Ferrari ...
Depois de atender mais alguns pacientes, tenho o horário livre e passo pra ver a senhorita Raquel, sei que é errado, ela é minha paciente e não posso me envolver com ela.
Mas é inevitável essa mulher me cativa e me prende nela, quero e preciso me manter afastado dela, mas me vejo fazendo e pensando coisas impulsivamente.
Quando eu chego em seu quarto, ela está em pé, um pouco pálida e com falta de ar, dou uma bronca nela e faço ela terminar sua refeição.
Ela me chama de mandão, logo após eu pontuar que ela revira os olhos com frequência.
Pergunto novamente como ela está, e novamente me responde que está bem, embora seu rosto pálido e cansado digam o contrário.
Voltamos ao silêncio e meu celular apita com uma mensagem, pego achando que possa ser algum paciente, mas pra minha infelicidade não é, e sim a chata da Julia.
Julia: Gatinho, o que você está fazendo agora? Estou com saudades.
Oh mulher chata do caralho, a gente nem se envolveu, e ela está pegajosa e grudenta.
William: Estou em plantão. E para de me mandar mensagem mulher, achei que tivesse entendido que eu não estou a fim de ficar com você.
Respondo e travo o celular. Mas a alegria ela dura poucos segundos pois o celular começa a tocar.
Olho para a senhorita Raquel.
– Desculpa, preciso atender. Com licença. – Falo para ela que balança a cabeça em entendimento.
Saio do quarto, odeio ser estúpidos com as mulheres, mas ela está pedindo.
– Julia é a última vez que peço, não me ligue mais. Não me mande mensagem. Me esquece porra! Não é como se eu tivesse te fodid0, pra você estar nessa fissura toda. Não quero ser grosso e nem um chato com você. Mas por favor me esqueça. – Atendo puto e já falo parte do que está entalado em minha garganta.
– Nossa Wil...
– Para de me chamar de Wil, não te dei essa intimidade. Para de me ligar! – Falo nervoso e desligo o celular.
....
De manhã eu passo a última vez no quarto de Raquel, vejo que ela está melhor que ontem, então vou embora deixando-a ciente que outro médico estaria responsável por ela.
Vou para minha casa e para o meu espanto quem está esperando na porta de casa é o meu irmão.
– Chris! Cara, quanto tempo. – Falo depois de estacionar o carro. – Vem, vamos entrar.
Puxo-o para dentro e faço ele sentar no meu sofá.
– Me conta as novidades irmão, como está indo a carreira de advogado? – Pergunto enquanto pego duas cervejas para nós.
– Cara, nem te conto. Tá puxado, não tá sabendo né? – Pergunta tomando um gole da sua gelada.
– Sabendo do que? – Pergunto com o cenho franzido.
– Você está falando com o mais novo promotor de justiça do Estado.
– Cara, não acredito! Parabéns irmão. Sei que estava lutando por isso, você merece cara! – Abraço ele. – Ei e aí quando vamos marcar de sair.
– Em breve irmão, só preciso terminar de resolver algumas coisas e garanto que teremos uma das nossas melhores noites.
– Tô contando com isso. Tem falado com os nossos pais? – Pergunto, ele para de beber a cerveja e olha pra mim, depois mata o líquido de uma vez.
– Não, e nem quero. Quero é distância deles, só tenho você de família, Wil.
– Mas o que aconteceu? Lembro de você ser chegado em nossa família, de repente tu some.
– Não há nada para se preocupar, ok? Tranquilo. – Ele levanta o pulso vendo o horário. – Preciso ir, mas prometo manter contato. – Chris se despede com um abraço e vai embora.
....
Na manhã seguinte chego no hospital para dar alta pra Senhorita Raquel, e pra minha surpresa ela não está aqui.
Pergunto dela para a enfermeira, então fico sabendo que ela saiu ontem de manhã do hospital, menina teimosa.
Só que ela esquece que não pode se ver livre de mim. Ela é minha paciente e mês que vem, ela tem consulta.
Saio pra visitar os outros pacientes, e o dia passa em um borrão, olho em meu relógio e vejo que é hora de tirar um tempo para o almoço.
Saio para o restaurante que tem aqui próximo, e sou muito bem recebido,.o lugar é gostoso.
A garçonete me entrega o menu e peço um ravioli recheado com salmão.
Meu pai me liga e digo que estou almoçando no restaurante perto do hospital. Em minutos meu pai chega, pede o mesmo prato que eu. Então olha pra mim.
– Precisamos conversar.
– Diga!
– Quanto você ganha como médico?
– Você não está fazendo essa pergunta pra mim, né pai?
– Só responda.
– Não vou responder isso, é antiético.
– Ok, mas garanto que como meu sucessor ganharia muito mais, você poderia ser um bilionário.
– Pai, eu garanto que o que eu ganho dá pra mim, pra uma família de 6 pessoas e até deixar herança para minha próxima geração. Posso não ser bilionário, mas o que eu ganho, modéstia a parte é muito dinheiro. – Respondo a contragosto, meus pais só sabem pensar em dinheiro e ser bem visto pela alta sociedade.
– Filho, por favor você precisa reconsiderar sua carreira, você é inteligente, pode ganhar muito mais sendo CEO.
– Obrigado, mas eu passo, vou e quero continuar sendo cardiologista. E vamos mudar de assunto, antes que eu perca a fome. – Respondo e meu pai pega o talher a contragosto. E começa a comer.
Lembro quando disse que iria fazer medicina, ouvi sermão a noite toda. Mas não iria deixar eles decidirem meu futuro, sempre foi o meu sonho ajudar as pessoas, e hoje sou feliz assim.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Aparecida Fabrin
os filhos parecem que são crianças, AFF, querem mandar na vida dos filhos. o outro não que nem saber mais dos pais, provavelmente aprontaram com ele, e agora o coitado do Wil, querem controlar a vida do pobre coitado , mas tenho certeza que logo vai dar um basta tambem.
2025-02-19
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Rosilene Oliveira
nossa que pais chato sai do pé, caramba 😕🤣
2025-02-01
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Vanusa Crispim Da Silva
tenta gente assim, pobre de bondade coração azedo
2025-01-19
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