Impertinência

O aeroporto estava tão cheio quanto o horário de pico em um metro das cinco horas da manhã era normal em muitos lugares. Mas sendo 13:20 da tarde, Adriana nunca imaginou que estaria tão cheio ela sentiu um súbito sentimento de orgulho por estar entre eles.

Ivan pegou suas bagagens e levou para despachar enquanto a Adriana ia até um banco para se sentar, enviar mensagem às filhas e ao marido. Seu celular vibrou e ela soltou de emoção quando suas filhas chamavam por mensagem de vídeo, de longe Ivan a observava e ouvia ela conversando animada e se aproximou só quando ela desligou.

- Vejo que já aprendeu, comprar passagens online, não vi ir até as moças ali, para comprar as passagens? -ele apontou. Ele estava nervoso, não queria que ela tivesse se dado ao trabalho de comprar sozinha.

- E, já havia comprado! - ela sorriu tirando a bolsa do banco para ele se sentar.

- Eu ainda não acredito que aceitei que você pagasse para mim!

- Não fique, assim. Você verá que você sairá prejudicado quando ver como é que eu como - Ivan a olhou meio de lado, ele havia ficado por conta de pagar a comida.

- Se você diz! - neste exato momento eles escutaram a chamada de embarque para o voo rapidamente, antes dele se sentar, ela se levantou.

Ivan que estava em pé se dirigiu ao portão de check-up junto com ela. Inspecionados, eles atravessaram o estreito corredor até o avião.

Adriana se emociona, com a sensação é a primeira vez que iria voar estava com medo, mas também muito empolgada e alegre " Pena que não ter tido a oportunidade de ter viajado com as filhas e o marido mas quem sabe depois!" ela ficou mais empolgada com a ideia.

Subindo as escadas de acesso ao avião ela olhava ao redor. Respirou fundo e entrou primeiro.

- Sejam bem-vindos ao embarque! Verifique seus números no cartão de embarque a bordo do avião! - disse a comissária de bordo, verificando o cartão de embarque.

Ivan se acomodou em seu assento ao lado da janela e Adriana logo ao seu lado, mas foi impedida por uma comissária de bordo que lhe advertiu que seu assento seria a da beirada.

Ela verificou uma última vez seu celular com a reprovação do olhar da mesma comissária, que todos os dispositivos eletrônicos tivessem que ser desligados. Adriana suspirou, desligou o celular e o guardou em seu bolso.

- Você quer trocar de lugar ? - viu que ela não tinha gostado de ficar do lado do corredor.

- Não obrigada! Não quero ter que ver pela janela! - assim disse sendo separados somente pelo banco do meio, dando um meio sorriso, apertando os dedos das mãos.

"Senhoras e senhores este é o voo... com destino a Lisboa Portugal permaneçam sentados, peço a sua atenção para a demonstração de nosso equipamento de emergência em caso de despressurização máscaras individuais cairão automaticamente nos painéis acima dos seus lugares. Afivelem os cintos e façam uma boa viagem!"

Uma comissária a bordo passava e entregava um panfleto e foi sentar em seu lugar e afivelou também o cinto.

O avião começou a andar se dirigindo à pista de pouso e Adriana sentiu um frio em sua barriga ela segurou o cinto entre seu corpo e suas mãos com tanta força como se ela dependesse disse, com medo de ser arremessada.

Ivan viu sua agonia, ele estendeu sua mão esquerda e sorriu. E ela aceitou, e segurou entrelaçando os dedos, e a presença do contato Adriana relaxou.

Ele já estava acostumado a viajar direto, ia em busca de novas tecnologias para mecânicos e cursos fora e tanto no país indo aos Estados Unidos, Europa e o Sul do Brasil.

- Tudo bem, a sensação vai passar estou aqui! Lembre-se! - Adriana agradeceu com um sorriso e em pensamento rezava a Deus para tudo dar certo.

Logo depois que o avião decolou um grupo de homens barulhentos faziam uma algazarra a fazendo esquecer que o avião estava começando a subir.

- Vi, que os barulhos deles te acalmaram mas que eu. - Ivan, riu ao notar a cara de Adriana com a algazarra.

Eles teriam uma longa viagem à frente, seria exatamente oito horas de viagem, quando chegarem lá seria de madrugada, por conta do fuso horário.

"Será que tinha táxi naquele horário para os levarem ao hotel que ela alugou através de um site no computador?" Tinha esperança que sim, afinal são muitos, o mundo todo fazia aquele percurso muitas horas, muitas vezes por dia. Pessoas diferentes mas o movimento nunca parava.

Ivan chamou a comissária para pedir uma água e Adriana também quis. As brincadeiras do grupo continuavam. Adriana olhou para trás e um homem sorriu para ela e a comissária passou para entregar a água, Ivan teve que tirar sua mão da dela, e a aeromoça impedindo de Adriana ver a piscadela que o homem deu a ela.

Repousou a cabeça para trás para ver se conseguia dormir, enquanto Ivan olhava pela janela, intercalando bebendo água.

Como o barulho dos homens estava muito impertinente ela não conseguiu dormir e a ansiedade também não deixava, ela abriu os olhos meio de lado ficou observando Ivan depois de soltar as mãos dele, e ficou curiosa para ver o que ele tanto olhava na janela, assim que virou a cabeça um pouco de lado e tentou espiar a janela, Ivan percebeu sua intenção.

- Não quer mesmo sentar aqui?! - ele virou o rosto em sua direção, fazendo Adriana desviar tão rápido quando foi pega no flagrante, ela balançou a cabeça em negativa, olhando agora para as comissárias conversando lá na frente quando escutou...

- Psiu - imaginando ser sua imaginação, ignorou. Mas escutou novamente - psiu - e agora olhou pelo simples fato da curiosidade, para saber quem fazia isso e para quem. Quando percebeu ser um dos homens do grupo da farra, ela desviou no mesmo instante quando o mesmo piscou.

- O que foi ? - Ivan, perguntou vendo sua reação, desafivelou o cinto e se levantou para olhar para trás. Adriana ficou toda vermelha de raiva e vergonha por ter olhado. Ele percebeu que um homem cutucava o outro mostrando a Ivan com a cabeça.

- Ivan deixa para lá, não vale a pena! - ela segurou nos braços dele.

Ivan sorriu para ela e voltou se sentar.

***

Adriana bebeu tanto café, não gostava mas queria estar atenta e acordada e ficou com vontade de ir ao banheiro, mas temia passar pelo grupo e se virou para Ivan.

- Vem comigo no banheiro! Quer dizer … - mudou o rumo da conversa quando viu a cara de espanto que ele fizera - Me acompanha, não é para entrar, eu não... só não quero…

- Entendi! - novamente desfivelou o cinto, levantou-se e Adriana o seguiu ela segurou em suas mãos, não tinham nada, mas aqueles homens ali não precisavam saber. Eles a olharam com decepção acreditando de fato que a bela mulher fosse comprometida com homem.

Ela entrou no banheiro e Ivan fez a retaguarda olhando, agora o grupo a sua frente que ria e ele acreditava que eram deles.

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Comments

LadySillver34

LadySillver34

bom pra eles se tocarem esses manes

2022-10-03

1

LadySillver34

LadySillver34

eu amo café, se não bebe café no dejejum, o dia nao começa, fica aquela sensação que está faltando algo. dar até dor de cabeça 🤭

2022-10-03

1

LadySillver34

LadySillver34

nossa, são abusados em? vendo que estava bem acompanhada, o cara fica frertando, credo, falta de respeito

2022-10-03

1

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