O Olhar

Adriana, esperou todas descerem, e depois de esticar os braços, olhou para fora através dos vidros fechados da janela e viu um homem moreno, seus olhares se cruzaram e Adriana sentiu seu sangue gelar e tão rápido esquentar, a sensação de vê-lo, foi como se o reconhecesse e ela dependesse dele, olhou mais fundo e penetrante. Seu coração disparou tão rápido, que sua frequência cardíaca parecia bater num ritmo cem vez por segundo. Ela sentia que ele poderia conseguia ler toda sua história, através do olhar, um nervoso surgiu junto com o frio na barriga.

Ivan por sua vez, foi como se o coração parasse de bombear o sangue pelo seu corpo, tão rápido que tentava puxar o ar até que ela quebra a conexão, desvia seu rosto corado do dele, o fazendo voltar ao normal.

Foi apenas três segundos, mas para Ivan e Adriana pareceu ser uma vida, pareceu que o tempo havia parado por horas e só os dois existiam.

Adriana balançou a cabeça com esses pensamentos, e antes que o moço a pensava que ela era tola ela desviou a cabeça do rumo da janela e deitou a cabeça no colo o que ela sentiu foi surreal, ela nunca havia experimentado essa sensação, nem lembrava o significado de vazio, que vazia morada em seu peito, pois havia sumido durante esses três segundos, mas do que qualquer sonho que teve com o moço misterioso, ela sentiu se feliz e viva, porque sentiu cada veia pulsar.

Ivan sentiu o mesmo, e como conhecia umas das meninas que desciam do ônibus indo em sua direção, para conversar com ele, ele lhe perguntou:

-Natalia, quem era aquela moça que estava naquela janela? - assim que ela chegou perto dele o agarrou pelo pescoço.

Ela tinha uma queda por ele, mesmo que ele dizia que não tinha chances, que era só quando ela passasse por lá, porque ele dizia não pertencer a ninguém, ele não era mulherengo, mas não respeitava tantos os sentimentos das mulheres, quando ele escolhia uma era só para tirar a tensão do vazio em seu peito, porém que nem as mulheres que ele se relacionava conseguia tirar. Então ele resolveu que não seria dormindo com todas as mulheres que sumiria o vazio, fazendo assim ele buscar sexo só quando realmente rolasse uma química forte, e aliás que era muito difícil. Mais com Adriana aqueles olhos cor de mel por um momento... pequeno momento ele se sentiu preenchido e feliz.

-Por quê?- Ivan retirou os braços de Natalia e foi até o ônibus, sem responder a ela, que o olhava se afastar.

Porém foi barrado por Henrique, o motorista.

-Ela não é uma delas!

-Mas só quero conversar!

-Deixe o Henrique, é ela quem sabe se deve ou não conversar! - disse Esteyse.

Assim Henrique saiu da entrada e deu passagem para Ivan entrar.

E ele ao pisar na escada se perguntou se era boa ideia afinal estava sujo, não teria trocado de roupa e acabara de sair da oficina. "O que há comigo? Nunca me preocupei com aparência." Tomou coragem e adentrou.

Adriana escutou as passadas de caminhar os pés firmes no assoalho andar forte, e sem tirar a cabeça do colo, ela sabia de quem eram os passos, seu coração alertava pulando no peito como se estivesse montada num boi, com uma adrenalina que ela achou que iria infartar. Levantou a cabeça, virou para o corredor e foi pega novamente pelo olhar hipnotizante do homem de olhos castanhos escuro e corpo atlético, ela nem havia reparado que ele estava sujo de óleo.

Ivan se aproximou e perguntou:

-Você quer almoçar comigo? - Adriana não sabia o que responder, parece que ela havia esquecido de como falar e seu medo de gaguejar impediu que respondesse. Mas por fim vendo Ivan retornar a perguntar pela segunda vez respondeu:

-Não sei se devo!- Ivan sentou na poltrona ao lado onde Patrícia se sentava mais cedo.

-Por que? Não vai dizer que tem medo de estranhos? Apesar que eu sinto que não somos tão estranhos - um momento de silêncio quebrado por Ivan novamente - Não vai me dizer que também não está com fome?- Adriana não respondeu a outra pergunta, estava tão nervosa, e Ivan fez outra pergunta e Adriana sentia medo do sentimento que estava se aflorando e apossando de sua alma tão rápido "Amor a primeira vista?"

Não seria justo ao Mateus que a ama tanto, mas também não seria justo para ela também se não aceitasse esse almoço, afinal era só um almoço! Ela estava com fome, não comeu nada de manhã na casa dos pais e agora já eram quase uma e meia, olhando a hora no celular e detectou nada de notícias também, também não veria mais esse rapaz o que custava.

-Está bem, eu aceito- disse isso se levantando com as pernas bambas pelo nervosismo.

Ele sorriu como uma criança que acabou de ganhar um doce, ele queria lhe tocar sentir sua pele macia desde o minuto que entrou no ônibus, mas se controlou, o que ela poderia pensar, já não foi fácil convencer lá em almoçar.

No restaurante do posto Ivan não se controlou e com desculpa de guiá-la pela fila do service self, ele tocou em seus ombros nus, ela usava uma blusinha verde de duas alcinhas finas em cada lado no tecido de seda.

Os dois sentiram uma energia como corrente elétrica atingisse suas peles, e o coração disparar novamente. Adriana se assustou com o toque e se afastou dele.

Ivan viu a reação dela e decidiu não tocá-la de novo. Contudo mal sabe ele que sua reação foi devido o que sentiu e que aquilo realmente não pudesse realmente acontecer de novo, ela era casada.

Depois de se servirem, Adriana com coisas mais leves: como arroz, uma carne assada e bastante salada e uma tira de abacaxi, ficou tentada em pegar várias coisas deliciosas, mas era muito pesado para uma refeição para viagem.

Ivan por sua vez pegou carnes de quase todos tipos, uma pequena porção de lasanha, e uma salada de alface com manga e abacaxi.

Depois de comerem e riem de coisas que Ivan contava como se fossem velhos amigos.

Nem parecia o mesmo Ivan de cedo, mal humorado, algo nele havia se transformado.

Adriana não viu a hora passar. Esteyse chamava as garotas e Juliano ia até o amigo, queria comentar que realmente uma mulher fez mudar seu humor, mas deixou melhor ele ficar sozinho com a companhia da mulher, deixando para comentar depois, se afastou e voltou para a oficina depois de se despedir da Cátia.

Era hora do adeus Ivan não estava gostando da sensação da despedida, Adriana foi pagar sua conta, mas Ivan a impediu, ela agradeceu e antes que ele saísse da fila do caixa, ela se retirou e andou rápido para o ônibus, antes que cometesse uma loucura impensável. Chegou imagina sendo beijava por aquele homem lindo. Ivan sentiu o vazio novamente e sentiu que ela já tinha ido, não sentindo mas sua fragrância por perto, se retirou passou pela catraca " às vezes é o melhor" pensou contigo.

Adriana já subindo no ônibus a angústia que antes sentia voltou com força total, mas não olhou para trás, seguiu olhando somente para frente, até sua poltrona.

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Comments

LadySillver34

LadySillver34

ah! Cátia é do outro

2022-08-01

3

LadySillver34

LadySillver34

deu contato 💣

2022-08-01

1

LadySillver34

LadySillver34

e assim que começa

2022-08-01

1

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