Novo caminho

O casamento não é um mar de rosas perfumado com pétalas coloridas, mas Mateus seu esposo, era um ótimo pai e um ótimo marido quando se casaram não cansaram de fazer amor. Todos os lugares eram bons para esses momentos de intenso ardor. Ele a desejava e ela se manifestava, o mundo parecia que girava só para poder contemplar esse ardor de casal recém casados em plena luxúria. Adriana acreditava que o amava, contudo era um amor diferente, mas como tudo tinha um porém Adriana não se satisfazia, o vazio que sempre sentia a perseguia.

E a rotina também chega ao seu pequeno paraíso e o intenso ardor vira somente sexo sem amor, ela pedia aos céus para amá-lo como deveria ser, porém esse amor, não veio.

O ônibus voltou a andar e Adriana saiu de seus pensamentos limpando suas lágrimas. "Quando temos um ser que depende de nós temos que nos sacrificar por eles." Porém ela tinha mais do que um ser. Adriana refletia mais uma vez.

***

Na rodoviária de BH, Adriana desceu do ônibus, correndo, batendo o pé esperando desesperada para o motorista pegar as malas, morrendo de medo de perder o outro ônibus.

Adriana pegava suas malas agora no chão e ia até o guichê comprar a outra passagem, com o horário em cima ela viu a possibilidade de dar tempo, tentou comprar pelo site, mas ficou com medo de comprar e sua mãe dar outra crise e acabasse, desperdiçando o seu dinheiro.

Para sua surpresa, levando um susto a bilheteria estava fechada, mesmo em cima do horário . Rodando em volta da rodoviária em busca de encontrar outro guichê de passagem que ia direto para São Paulo, ela caminhava esperançosa, mas descobriu que o ônibus que ia direto sairia só às duas da tarde ficando desolada, a fazendo ir até um moço que estava com um colete de guarda e perguntou:

-Por que o guichê ZBtruns está fechado?

-Um dos sócios morreu nesta madrugada! Mas as duas eles retornarão! - informou o homem sério com os braços para trás.

-E por acaso teria um outro ônibus que sai direto para São Paulo agora cedo?

-Olha esse horário de manhã já partiram dois, mas tem os do meio dia que pararam em Campinas.

Adriana se retirou agradecendo com o semblante triste. "E agora é esperar os das duas, mas se for mais caro?" O dinheiro que ela trazia era a conta das passagens e comer uma refeição durante a noite. Ela até tinha trazido muito dinheiro, mas a metade ficou com a mãe para ajudar nas despesas de armazém e remédios, depois que a mãe jogou tanto verde em cobranças. Ela não havia pensado nesta possibilidade de ter que mudar a rota, tantos anos vindo de ônibus e a primeira vez que isso acontecia.

-Moça!-ela olhou para trás e percebeu ser o guarda a chamando.

-Sim!- e esperou ele se aproximar.

-Olha não deveria te falar isso, mas tem um ônibus de turismo ali naquele posto. Vê? - ele aponta.

- Que vem toda semana e sua rota sempre é para São Paulo. A mulher que organiza e super gente boa, quem sabe eles não te dão uma carona!- ele não sabia porquê estava mostrando a Adriana outra opção, mas sua intuição o disse para dizer, era como se fosse alguém sussurrando em seu ouvido . "Fale, fale a ela, a indique!"

-Não custa perguntar!- Adriana consente e agradece muito, estava meio na dúvida, mas também tinha algo que lhe dizia para ir até lá, era seu destino.

***"

-Vamos garotas! O horário de café já acabou.-dizia uma senhora aproximadamente seus cinquenta e quatro anos, cabelos pintados de vinho, rugas bem tratadas, pele branca, olhos pretos, alta, medida de mais ou menos 1,80 chamada Esteyse.

Adriana se aproximou da mulher. Tímida e com cautela a mulher nem havia sentido sua presença.

-Olá! Esse ônibus passa em São Paulo? E quuuee…

-Meu bem, não precisa ficar nervosa!-disse Esteyse se virando a ela..

-E que os ônibus que vão direto para lá que costumo ir não funcionou às nove e vou ter que esperar os das duas…

Esteyse, por algum motivo ficou comovida com a mulher e percebendo a intenção da mesma disse a ela.

-Sim ele passa por lá sim, você gostaria de pegar uma carona com a gente, será bem vinda! Sou Madame Esteyse,- ela estendeu a mão. - sou a coreógrafa de dança dessas meninas que estão entrando no ônibus, somos da Bahia e estamos indo para Curitiba, para uma apresentação.

-Ah era o que ia pedir! Eu posso! Muito obrigada! Quanto tenho que pagar? - Adriana pegou a bolsa e a virando

de frente para abri-la.

-Não se preocupe com isso, estaremos te dando uma carona! Só deixa te informar, que paramos para almoçar na cidade de Santo Antônio do Amparo- dito isto Adriana parou e pensou que às vezes não seria má idéia atrasar um pouquinho a sua viagem. Afinal ela estava de férias, mas não acabou descansando, por ter que cuidar de sua mãe e também fazendo todos os afazeres de casa, onde sua mãe era bastante exigente.

-Onde posso colocar minhas malas?-ela perguntou, já que ela carregava uma preta média sustentada por rodas, uma mochila azul de figuras abstratas e sua bolsa marrom com duas alças de couro tingidas de preto com fivelinhas.

- Henrique!- o motorista se levanta do banco.

- Sim madame!

- Abre o compartimento de malas, teremos mais uma passageira. Prazer meu nome é Esteyse!- e lhe estendeu a mão novamente.

-O meu é Adriana- Adriana depois de cumprimentar lá, entrou no ônibus e procurou por bancos vazios.

-Garotas está é Adriana! Ela vai ficar com a gente até São Paulo. Adriana você pode sentar em um dos bancos número trinta para trás, nestes aí não tem ninguém.- Adriana se sentiu envergonhada porque todas, todas as meninas a olhavam, e aliás ela pensava porque dançarinas só de mulheres? Fora o motorista todas eram mulheres.

Andando pelo corredor com cautela ela escolheu a poltrona 32, colocou sua bolsa de mão no banco do lado encostado e sua mochila em cima no porta-malas.

Enquanto estava sentada, mais duas garotas estavam entrando, e uma se sentou do outro lado do corredor, no mesmo alinhamento no banco do dela.

-Olá, meu nome é Patrícia! Escutei Esteyse falar o seu. Você vai para lá a passeio ou é onde mora?

- Patrícia larga de ser enxerida! Oi, meu nome é Cátia, não liga para ela não, ela é curiosa, mas não é por maldade.- falou uma moça que estava na poltrona a frente do dela.

-Não, tudo bem! Eu moro na verdade em Monte Real no Paraná, vou para São Paulo pegar o ônibus para ir para casa.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Oii, amadinhas leitoras, quero aqui deixar um recado, essa história não vou atualizar todos os dias , como atualizava as outras e nem sei quando atualizar conseguirei postar dois capítulos como em alguns casos que eu fazia.

Ela está sendo um desafio por tratar sobre espiritismo, então tem que ser bem elaborada, ainda mais que alguns pontos nossa personagem volta nos anos 1958 .

Então peço a paciência e colaboração, caso a ansiedade não ajuda, mas gostou muito do tema, peço que favorite e quando estiver nos finais eu aviso.

...dês de já muito obrigada e grata de coração ❤️...

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Comments

LadySillver34

LadySillver34

aí MDS! queria maratonas tudo de vez,
mas imfel7smente o dever me chama😒

2022-07-26

3

LadySillver34

LadySillver34

vc atenciosamente como sempre

2022-07-26

1

LadySillver34

LadySillver34

imagine gata! sem neura viu?
gosto de viagem no tempo 🥰

2022-07-26

1

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