O Reencontro

Sessenta dias, em dois meses a mente de Adriana passava as noites caminhando sem rumo com uma alma errante, meses vivendo nebulosa, onde sua mente aturdida não era capaz de raciocinar com claridade, quem era e onde estava.

O coração era retorcido em piedade quando a sua alma retornou para seu corpo, ouvindo alguém a chamá-la.

"--GIOVanna! - gritava alguém tentando alcançá-la."

O pior da dor foi ver por último aquele olhar que tanto amava e irradiava sua alma, segundos depois a ver desesperado tentando alcançá-la."

"Sim era isso" a lâmpada da sabedoria e a solução em sua mente ofuscada, a fez acordar, depois que se viu caindo e descobriu.

Agora tudo fazia sentido, ela se recordou da sua vida passada, os sonhos que tanto a perseguiam não eram sonhos eram lembranças... Jonathan e Ivan, Arlete e Cátia, Luiza e Patricia e a Yoli a Esteyse, sua mãe a madrasta… o pai ainda seu pai e ela a moça e mulher Giovanna. O que tanto sonhava e ansiava era lembranças vagas de uma vida que já teve, em um tempo nem tão distante, ela havia morrido e concerteza Jonathan também."Será que logo que ela morreu? Aí está uma explicação pela dor que sentia na cabeça ao se lembrar, ela morreu na hora."

- Tenho que encontrá-lo! - disse ela, precisava saber, precisa intender.

Mateus se assustou como Adriana se despertou e tentou mantê-la calma.

- Preciso de um plano! Simplesmente isso! - a mulher esgotada cai rendida retribuindo, abraça o Mateus, estava destruída e não foi por ter ficado em coma, mas sim por sua alma ter feito a descoberta, vagando durante esses muitos dias e nem parado um pouco para descansar em busca de respostas.

-Nada desaparece, simplesmente tudo se transforma.- ela disse sorrindo.

- Amor, o que está dizendo? Não entendo! - ela olhou para o marido, sorriu para ele, pousou sua mão em seu rosto e fez um carinho com polegar em sua bochecha o puxou e lhe deu um casto beijo e deitou e disse.

- Eu tenho uma missão!

Mateus ainda não entendia nada, ela contou da experiência que teve, e sobre a possível gravidez que foi interrompida causado por um acidente, que Yoli havia avisado sobre ele, seria o assassino que sabotou os trapézios?

- E o engraçado que a Esteyse tentou me alertar, antes eu não compreendia, agora faz sentido.

- Amor é meio loucura o que está me dizendo! - ele segurava as mãos dela. Em pé ao lado da cama que ela estava sentada.

Depois do médico a examiná-la , constatou que ela estava bem e não obteve nenhuma sequela, e como se antes nem tivesse passado por uma cirurgia, e nem ficado em coma. Um milagre talvez?!

Ele só ainda não deu alta por precaução.

***

Suas filhas a visitaram e mesmo achando a meio maluquinha, gostou da história que ouvia da mãe.

- Então vocês não se importam que eu viaje sozinha para descobrir se essa história é real ? - Adriana sorria para as filhas que cada uma a abraçava e eram recebidas por beijos de mãe.

- Não mãe, falo por nós duas. - e a mais velha piscou.

Mateus estava ali calado, pensando se não era perigoso.

Ela tinha o dever de saber, ela teria que ir para Portugal buscar respostas para encontrar alguém ainda que sobrevivesse…"o assassino ainda viverá nesta vida! Ele está atrás do perdão." "Que dizer que ele não morreu?" Mesmo que Mateus não aprovasse ela iria. Era o destino dela.

Mateus não entendeu muito bem o que a esposa quis dizer ficou preocupado, mas confiou no bom senso e sua sensatez, depois que quase a perdeu resolveu deixá-la seguir o caminho que escolheu, afinal seria só uma viagem e não estava a perdendo.

- Não acho boa ideia, mas te apoio nunca tive motivos para desconfiar de ti meu amor.

Adriana jogou o corpo, puxando Mateus para um abraço. Ela ficou muito feliz.

Decidiram então que seria nas férias de final do ano, onde suas filhas poderiam ir para a casa dos avós da parte de Mateus, que ela confiava mais, e ela iria para Portugal mais tranquila.

***

Ela ligou para as amigas, Patrícia e Cátia, e as convidou para irem a Portugal. Patrícia ficou até empolgada em ir, Cátia não muito pois temia avião, porém elas tinham muitas apresentações durante o final de ano especial de natal e acabaram que não deu certo.

- Há fica pra próxima! - Cátia disse.

- Esteyse liberaria vocês se vocês pedissem…

- Sei não, ela anda estranha esses dias, como se estivesse preocupada. - Patrícia falou triste.

- Verdade, ela falou uma coisa estranha ontem, pra deixar você seguir seu caminho sozinha, ou com sua alma gêmea, mesmo que fosse doloroso o resultado.

Adriana sabia bem que o recado era para ela, ela não tinha contado para as meninas sobre sua aventura durante um coma, apesar de adorar muito elas, era uma história arrepiante e louca.

Depois das três se despedirem com a nova tecnologia de fixar três ligações em uma, Cátia foi a primeira a desligar, e antes de Patrícia desligar.

--Tem certeza que está tudo bem?

– Está sim. Beijos vou desligar preciso terminar as malas. - e Adriana suspirou.

Com ajuda de sites ela conseguiu descobrir possíveis nomes das pessoas que trabalhavam no circo ainda vivas, descartando seis e deixando somente um suspeito, o homem havia abandonado o circo.

Adriana despediu das filhas que a sogra já tinha ido buscá-las, e ajeitou suas malas. Amanhã seria uma nova aventura.

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Comments

LadySillver34

LadySillver34

e que Aventura!!!
uff

2022-09-18

1

LadySillver34

LadySillver34

corajosa em?
eu teria medo 😱
procurar, algo sem saber o que lhe aguarda

2022-09-18

1

LadySillver34

LadySillver34

Vixiii 😒

2022-09-18

1

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