Passado

Ali naquele momento Jonathan sabia que já não seria o mesmo homem sem ela, e notou que ela também o reconheceu através de suas almas lhe deu esperança que o sentimento era recíproco.

Giovanna o pegou pela mão e juntos foram dar uma volta no circo, ambos contando um pouco de si neste tempo longe um do outro. Até Giovanna sair correndo, rindo.

– Você não me pega! - gritou ela rindo.

A felicidade dos dois era vidente.

Jonathan percebeu que ela queria brincar como nos velhos tempos e ele correu atrás dela a perseguindo para longe dos trailers. No acampamento do circo.

Giovanna pegou uma pequena trilha e logo encontrou um lindo campo de flores. Ela diminuiu a velocidade da corrida passando as mãos nas flores com os braços abertos, fazendo os insetos dali sair voando.

– Hahaha! - gargalha ela feliz.

Jonathan a alcançou e assim que Giovanna o vê tenta correr novamente, mas é surpreendida com as mãos dele fortes a fazendo cócegas, pela cintura a desequilibrando e ambos caem.

O sentimento que emanava, com o toque soltava uma energia até através dos poros de suas peles.

A gargalhada de Giovanna diminuía conforme os olhos de Jonathan a penetrava a alma, até que ficou somente um sorriso tímido e acanhado, Jonathan a achava tão linda, e reluzente passou a mão no rosto dela para sentir a suavidade de sua pele ruborizada, a boca de Giovanna o chamando para um beijo.

Jonathan aproximou seu rosto devagar sem tirar os olhos nela, Giovanna nem piscava esperando ser beijada pela primeira vez. Sentia um pouco de medo, imaginando se Jonathan não gostasse, pois seria o primeiro beijo. Mas não conseguiu desviar. Assim que sentiu os lábios lentamente sobre os seus, a textura quente e macia achou que seu coração iria explodir de felicidades.

Ficaram uns cinco segundos com os lábios assim sem mexer, sentindo a emoção, até que Giovanna abriu um pouco seus lábios e Jonathan no intuito, empurrou sua língua para a boca dela, docemente, Giovanna o abraçou forte e Jonathan segurou firme na cintura dela, enquanto os dois movimentavam suas bocas em uma dança coladinha, ambos conhecendo o território com as línguas. A emoção do nervoso foi sendo substituída por desejos.

Jonathan sorriu, pois seu primeiro beijo e com a menina que amava tinha sido maravilhoso, só parou porque seu corpo começou a se comportar diferente, e ele não queria assustar Giovanna.

Giovanna sentou e juntos ajudaram a se levantar.

– Então é assim um beijo ? - perguntou ela envergonhada e emocionada, pegando o fedoro de Jonathan no chão.

Jonathan ficou tímido, pois também não sabia a resposta.

Giovanna entregou seu chapéu e ficou esperando a resposta. Jonathan pegou e colocou na cabeça, e puxou Giovanna para um abraço.

– Eu não sei, mas - ele a olhou nos olhos e de novo a fez carinho com as costas dos dedos em seu rosto. – , eu amei.

***

O tempo passou e Giovanna estava contente se recordando da primeira vez deles juntos em seu lugar preferido no circo, depois que Jonathan foi aceito para ir embora com eles, no" circo".

Ela está outra vez em seus lábios esse sorriso perto que só o pensamento do Jonathan já lhe provocaria. Seria verdade isso que muitas mulheres comentavam sobre o amor verdadeiro, se sentir amada por alguém que pensa em você como uma mulher que não vive sem ti e precisa?

Sim e agora ela sabia, pois doía a alma só de imaginar ficar longe dele.

Os beijos que se davam não eram suaves não podia sê-lo, estava precisando sentir e como as suas mãos percorrem o corpo dela, separando os seus lábios para olhá-lo diretamente dentro dos seus olhos, os narizes se roçaram na ponta, seus corações batiam freneticamente, um olhar de aprovação era tudo que ele precisava "quero fazer amor com você" pedia através do seu olhar. Suas peles ardiam em se tocarem uma nas outras.

"Eu quero!" Respondeu ela também com o olhar brilhante de satisfação o incentivando com as mãos.

– Agora e aqui? - perguntou baixinho, mas novamente tinha que ter certeza.

Giovanna o levou ao um canto e pediu:

– Espere aqui! - ela disse saindo correndo balançando a saia de seu vestido toda alegre.

Chegou no seu trailer e abriu a porta com cuidado, percebeu que não tinha ninguém.

Pegou um lençol da sua cama, foi até a sala e pegou cinco almofadas que enrolou no lençol. E antes de sair olhou para os lados e saiu correndo novamente, porém quase trombou com a cigana que sorriu para ela e disse:

– Aproveites o momento!

Giovanna também sorriu e foi até Jonathan que a esperava brincando com um filhote de zebra.

Giovanna jogou as almofadas nos fenos e logo o lençol, viu Jonathan de costas e o abraçou dando um beijo em seu pescoço.

Jonathan se virou e Giovanna o puxou para juntos deitarem na cama improvisada.

Ele foi tirando cada peça de roupa dele, os deixando cair no chão, ali ninguém os veria, além dos bichos presos. Logo depois, carinhosamente e intercalando beijos por onde sua mão passava, ele retirou o vestido dela.

--Você é tão linda! - não deixou de acariciar a sua boca e cada canto do seu corpo, a pressionou contra as almofadas forradas no chão e pode notar como se encaixavam perfeitamente -- Você é espetacular! - é paixão corria ardente se perdendo completamente quando seus corpos se uniram em uma só carne e uma só alma, com uma só sincronia."

O coração sorria com o êxtase, um sentimento puro de felicidades entre gemidos de satisfação.

Assim que acabaram de fazer amor, Jonathan sabia que o certo a fazer era pedir ela em casamento.

Ela estava deitada no ombro dele com os olhos fechados, mas não estava dormindo, pois estava feliz demais.

– Nós poderíamos a casar…

Giovanna abriu os olhos e mirou na face, olhando nos olhos do amado e respondeu, com um beijo:

– Já sou sua, mas se acha importante poderemos pedir que Yoli nós case. -

Jonathan mexeu no cabelo dela pegando uma mecha, cheirou e colocou para trás e fez um carinho em seu rosto.

– O melhor para você. - a beijou de novo, nunca se cansará disso.

***

O casamento deles foi exatamente dois dias depois dele estar no circo, antes do circo partir da cidade. Para que os pais de Jonathan pudessem assistir.

Sua mãe queria que fosse uma cerimônia na igreja, para ser abençoado pelo padre, mas a nora e o filho não quiseram, pelo filho ela estava ali.

Não era o que os pais dele queriam para o futuro do filho, mas o filho dês que conheceu a menina Giovanna, já não era mais o mesmo que se tornou maduro antes do tempo. E apaixonado. O amor era evidente

Naquele dia o circo não ia abrir ao público por conta da celebração circense que todos faziam questão de comemorar felizes para o casamento, menos um que invejava o casal por ser apaixonado por ela, Santiago.

Dentro da tenda do grande espaço as mulheres tinham enfeitado as primeiras fileiras com flores silvestres colhidas no campo, alegres e coloridas, além de bandeirolas e lustre de madeira improvisado com velas de cera de abelhas no meio do palanque.

A festa ia ter direito a maçã do amor e pipoca para alegria da criançada que não podiam comer sempre que quisessem por seus pais alegaram que eram do público, mas dia de festa era diferente, além das crianças poderem comer, poderiam comer à vontade. Além de atrações dos acrobatas e malabares, os músicos iriam tocar a capella.

Enquanto Jonathan já esperava sua amada, Giovanna fazia os toques finais com suas amigas, Luiza e Arlete a ajudando, ajeitando o vestido de renda que um dia pertenceu a sua mãe, e colocando pequenas flores do campo entre as gomas das tranças em seu lindo cabelo.

Seu pai havia trazido um chá e ficou ali a admirando.

– Você está linda minha filha! - disse emocionado. E ela o abraçou. E depois a deixou na entrada do palco.

– Está magnífico! - disse ela assim que entrou na grande tenda.

Ela viu como Jonathan sorriu ao vê-la, indo até ela. E tinha certeza que seria muito feliz.

Ele segurou sua mão.

– Você está maravilhosa! - o coração dela sorriu de satisfação.

Vendo Yoli os esperando, os dois se aproximaram com a música que tocou.

Assim que os músicos pararam Yoli iniciou:

– Aqui és presente duas almas que se amam! - ela puxou as mãos dos dois que estavam unidas. – Um casal completa o outro, mas os que une és o amor. E sobre o poder divino.

Luiza se aproximou com uma coroa de flores feita pelas crianças e entregou a Yoli.

Yoli pegou e entregou a Jonathan e outro a Giovanna.

– Digas comigo! Pela benção do divino me entrego a você de corpo e alma.

Assim os dois repetiram e Jonathan colocou a coroa em Giovanna e ainda disse:

— Cuides de meu coração, pois ele jás é seu! - Giovanna segurou as lágrimas e colocou a coroa de flores nele.

– Agora vocês são um só, não deixem que atribulações atrapalhem suas almas a deixando perdidas. -Jonathan e muitos ali não entenderam nada, mas assim que ela simbolizou que já poderia beijar agora a esposa, ele não pensou duas vezes.

Os amigos do circo logo gritaram e assobiaram de satisfação e a música começou para iniciarem a festa.

Giovanna puxou Jonathan para dançar no grande círculo da quadrilha. E ela nunca se cansava de ver como Jonathan a olhava, um olhar com puro amor, brilho que chegava a incendiar sua alma.

Depois de dançarem muito, e até brincarem com as crianças, Jonathan puxou Giovanna para a levar a tenda do casal que a tia Luiza tinha montado, sempre com aquele sorriso alegre e agradecido.

Momentos felizes por todos os cantos que o circo seguia e percorria com as temporadas das apresentações do casal apaixonado, até que em Lisboa…

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