A sensação

Já de banho tomado, Adriana começou a chorar, era hora definitiva de despedida.

     -Vocês são muitos legais! Obrigada mesmo! -  Adriana falou chorando, saindo do banheiro vestida, mas quando as duas a abraçaram ficando as duas em volta dela com os braços, Adriana desabou a chorar.

   Elas iam lhe acompanhar, mas ela não permitiu .

- Tome nosso número. - Patrícia entregou uma anotação de números a ela.

Adriana olhou o papel com carinho e guardou na carteira e colocou na bolsa, assim que estivesse no ônibus iria adicionar o número em seu celular.

  -Então como você disse lá embaixo. Até logo! -disse Catia.- e assim Adriana abriu a porta passou com a malas e fechou atrás de si, ficou as duas se olhando com olhares tristes e Adriana no corredor se afastava cada vez mais.

...----------------...

Ao descer as escadas e já dando visão ao homem lá embaixo, Adriana sentiu sua alma congelar, ela ainda não havia dito Oi para Ivan e ele ainda também não teve coragem de dizer.

Ivan levantou-se da poltrona apoiando as mãos no antebraço e a olhou, capturando os olhos dela novamente, que olhava fixo agora sem desviar. Ela finalmente desceu o último degrau da escada, nada disseram.

Ele retira a mochila do ombro dela que estragava a produção de uma mulher linda.

-Está linda!- Ivan disse quebrando o gelo e todo orgulhoso.

Ela usava um vestido que ressalta o seu quadril que marcava o seu peito e cintura, mas nada vulgar, mas sexy.

A cor azul do vestido ressalta também seus olhos, castanho cor de mel no contraste e briga de cores. Seus cabelos presos, em um lindo coque com alguns fios soltos, sobre o pescoço, agora notava que seus cabelos eram cachos molhados e alinhados e a maquiagem leve que se destacava só o lápis entre seus olhos e o batom rosa dosé em seus pequenos grossos lábios.

Ele pegou na mão dela, segurando firme os seus dedos e ela agradeceu ao elogio e se ela não tivesse a mala de rodas para se apoiar na sua outra mão, ela juraria que iria cair.

Adriana viajou em sua mente e se lembrou da mulher correndo e por alguns segundos sentiu a alegria daquela personagem pois sentiu que o olhar de Ivan reproduzia amor como o homem do sonho.

Era impossível tirar os olhos desse corpo maravilhoso seus cabelos negros, caiu como cascata noturnas sobre seus ombros e esse seu olhar ardente, fortes e profundos, como dois potes de mel que chamavam atenção e ele está encantado e enfeitiçado em poder lhe dar toda atenção requerida.

"Essa mulata tem uma fachada incrível mas refle algo mais, algo misterioso, tentador, oculto, mas o que seria? Sensualidade, doçura, paixão, tristeza... e amor? " Ele adoraria desvendar.

Adriana se afastou dele para poder conseguir se controlar, porque o corpo é a alma parecia pedir para se jogar… porém ela não acreditou que poderia ser assim.

Ao saírem da pousada Adriana retira suas mãos da mão de Ivan e avança para sua mochila no ombro dele, ele se assusta e enruga a testa quase unindo suas sobrancelhas, franzindo, estranhando o fato.

- Bem, eu não sei o que você queria, mas acaba por aqui ok. Eu tenho que ir embora- disse ela, rude e um tanto áspera se afastando .

Ele fica imóvel somente por segundos e não desistiria fácil e anda rápido a alcançando, pega no seu ombro que a mesma se vira para encara-lo e colocar um ponto final. Quando ela está prestes a falar ele aproxima-se para dar um beijo, Adriana recusa virando o rosto.

— Estou indo, embora. Me deixa ir! — era para sua voz sair rude novamente. Porém saiu triste e melancólica.

-Mas embora para onde a esta hora? Sua casa? Eu te levo!- Adriana parou um instante, olhou em seu rosto, fechou os olhos e foi firme.

- Não! Não é para minha casa, não agora, eu tenho que ir para rodoviária para voltar para minha cidade eu não sei se o senhor percebeu, mas eu tenho uma aliança … eh …está no dedo errado, está. — Nervosa ela não encarava o rosto dele e olhava para sua mão, mexeu com os dedos a aliança. —Mas é porque ela ficou larga, tive que colocar no dedo do meio, eu sinto muito!- ela se virou antes que cometesse uma loucura seu coração doía ao dizer essas palavras. Na verdade ela queria era pular no pescoço dele e lhe roubar um beijo e provar aquele boca.

O baque foi grande, Ivan não sabia o que dizer a decepção ficou presente em seu semblante. "Não é possível!" Ele nunca havia sentido um sentimento assim tão forte tão puro por alguém e ela ainda tem que ser…" Não isso não pode estar certo? Ela está brincando comigo, mas por quê?" Ela se afastou e ele percebendo que ela tinha se afastado a seguiu gritando.

- ESPERE! Eu te levo na rodoviária!- ela hesitou por um momento, parou e puxou o ar e aceitou a carona, um silêncio constrangedor surgiu dentro do carro até que foi quebrado por ele, uma pergunta surgindo outra pergunta da resposta dela. Ela contou tudo como havia contado para as meninas.

- Que horas esse ônibus sai? - perguntou ele, tendo um fio de esperança.

- Duas e quinze da manhã! - Adriana fechou a boca numa linha firme.

Ivan olhou o relógio de seu pulso e ainda era nove e pouca, ele não sabia qual o motivo mas não poderia deixá-la partir, ainda ainda não, mesmo que seu sonho fosse por água abaixo ele não poderia deixar la ir assim, ele sabia que o arrependimento viria depois, então ele teve a ideia de chamar para jantar, em um bom restaurante que ele conhecia pois frequentava as vezes.

— Bem, como o seu horário de ônibus vai sair às duas horas da manhã, que tal te levar para jantar e quem sabe uma dança?—- ele perguntou a Adriana olhando meio de pontapé de canto.

***

No restaurante os dois conversaram à vontade esquecendo dos seus problemas. Ivan esqueceu o que havia descoberto de Adriana e Adriana se esqueceu que era casada e é como se naquele momento ela tivesse renascido e não fosse mais aquela velha Adriana, fosse outra como havia sonhado.

Ela cantava e ele ria e cantava com ela, parecia dois adolescentes bobos alegres e apaixonados sem nenhuma vergonha. Todos olhavam em volta e pensavam que aqueles dois casais pareciam bobos, mas ao mesmo tempo, muitos os invejavam, imaginavam que casal eram muito apaixonados.

Ivan pagou ao restaurante, e segurou a mão de Adriana a direcionando ao carro. Pareciam um casal recém casados pelo brilho no olhar de ambos. Novata o amor.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***