Esperança?

A discoteca ficava no centro e não estava muito lotado porque ainda era quarta-feira, então estava tranquilo com poucos casais e poucos desacompanhados esperando a vez de achar alguém.

Adriana dançou como nunca havia dançado em sua vida acompanhada de Ivan e outra hora sozinha, sendo admirada por Ivan, que por sua vez admirava para guardar na lembrança ela dançando.

Quando tocou uma música mais calma, ele não conteve e puxou Adriana para dançar coladinhos, Adriana repousou a cabeça no peito dele, e com os braços em no ombro do rapaz e os braços de Ivan na cintura dela, com as mãos pousadas nas costas.

Ele era mais alto, mas não se importou de se curvar para poder chegar mais perto do pescoço de Adriana, sentir e inalar o seu perfume mais de perto, sentir o doce da colônia, a fragrância misturado com o aroma de sua pele, causando uma sensação eufórica. Fechou os olhos e quando pensou em beijar o pescoço dela, ela se afastou e olhou em seus olhos e ela no intuito do momento um desejo lhe despertou, pegou ele pela nuca e o puxou para si.

Sempre sonhou em achar um homem onde compartilhasse as mesmas coisas, os mesmos micos que ela, o mesmo desejo o mesmo sentimento, e hoje um desconhecido, mas ao mesmo tempo tão familiar. Ivan mesmo sem querer acabou provando que era ele, depois de ter cantados juntos no restaurante sem se importar com os olhares de julgamento, e depois de ter visto através de seu olhar que ele tem um sentimento e o mesmo desejo que o dela, quando ela sentiu o hálito dele milímetros de sua pele, quando ele inalou sua fragrância, um arrepio um ardor em sua pele, ela não resistiu e desejou muito o beijo. Poderia ser pecado, não só poderia ser pecado, é pecado, mas ela teria que provar aqueles lábios nem que fosse por uma única vez. O ápice da paixão minisuosa e silenciosa que invadiu ambos os corações, arrebatando qualquer sentimento de remorso ou consciência.

O beijo foi tão sentimental e ao mesmo tempo tão quente que Adriana sentiu a ereção de Ivan em sua calça, estava tão evidente o desejo dele por ela. Aquilo era perigoso. Um patamar que se ela chegasse experimentar ela sabia que seria como provar uma droga, nunca mais abandonaria. Pelo impacto do bom beijo, a conexão e a ligação, contudo ela tinha que parar antes que isso se tornasse mais perigoso.

Ela se afastou dele e saiu correndo, Ivan correu atrás e a alcançou novamente, pegou-a pelo braço a fazendo parar, porém ela não se virou para ouvi-lo, ela teve medo se olhasse não resistiria.

-Me diz que eu não fui o único que sentiu!- ele a abraçou pelas costas.

-Eu não sei explicar mas é um sentimento…- ele a virou, mas ela mantinha a cabeça abaixada para não encará-lo.

- Eu também senti, mas não, não posso não é justo eu tenho duas filhas e um casamento... de.. - ele abraçou e ela se permitiu a chorar - Por que você não me achou antes ? Por que quando eu gritava para o universo que queria amar, queria sentir amada… - ele a beijou na cabeça repousou seu queixo na cabeça dela, passando a mão por suas costas em forma de carinho para acalmá-la.

-Se não tivesse que passar pelo que passou, você não me encontraria, você não estaria naquele ônibus para atravessar Minas Gerais e chegar aqui em São Paulo. Porque você mesma disse que foi assim que aconteceu!- Ivan chorava em silêncio para não assustar mas a sua garota, apesar de tudo ele achava que era sua.

Adriana o abraçou mais forte .

-Você poderia pedir o divórcio!- Adriana se soltou do seu abraço e se afastou um pouco. Ivan a segurou pelo ombro olhando dentro dos seus olhos, onde se via pelo reflexo deles, captando sua essência onde ele queria que ela lesse seus pensamentos - Eu posso cuidar de você das suas filhas e poderemos fazer os nossos! Eu também te procurei por toda a minha vida e não posso te deixar ir assim... me dar uma certeza que…- Adriana usou dois dedos, indicador e do meio, que repousou na boca dele para silencia-lo.

-Não peça isso, eu não posso!- ela saiu de seus braços e virou de costas e ele foi para abraçar de novo e ela não permitiu.

- EU… não posso. Você não entende é não...não é por ele é pela minhas filhas é por mim mesma. Acredite, quando eu casei foi diante do altar. Eu fiz uma promessa a Deus e eu tenho que cumprir até minha morte essa foi a minha decisão. Dezesseis anos atrás e tenho que ser até quando Deus permitir.

-Mas Adriana você não pode trair seu coração. Você sente o mesmo que eu, não minta para mim .

-Sim eu posso sentir e hoje, -ela se virou para encará-lo. - foi o melhor dia da minha vida e agradeço por isso a Deus também, porque nem que seja por um instante eu pude amar e vou levar esse amor comigo até o dia que fechar os meus olhos no meu último sopro de minha vida.

-Se você não quiser me levar na rodoviária eu entenderei, mas preciso pegar minhas malas e minha bolsa. Poderia me entregar?- pediu ela caminhando até o carro dele.

Assim ele fez. Porém ele a levou a rodoviária.

Adriana e Ivan se despediram agora na entrada da rodoviária, somente por trocas de mensagens silenciosas descritas pelo olhar. Ele queria ficar com ela até o ônibus partir, mas ela não permitiu.

-Por favor! Vá! - ela pedia triste e assim com um último beijo, mas não de boca, um beijo que ele deu em sua testa o último beijo que seria provavelmente até o destino os unir novamente.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

...Oii, amadinhas leitoras, e eu de novo, quero aqui deixar um recado, essa história não vou atualizar todos os dias , como atualizava as outras e nem sei se quando atualizar conseguirei postar dois capítulos como em alguns outras histórias que eu fazia....

...Ela está sendo um desafio por tratar sobre espiritismo, então tem que ser bem elaborada, ainda mais que alguns pontos nossa personagem volta nos anos 1958 ....

...Então peço a paciência e colaboração, ela não vai ser uma história longa...

...Dês de já muito obrigada e grata de coração ❤️...

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