“Você é um perigo para minha racionalidade
Do seu lado sou movido pela irracionalidade
Pelo ardor, clamor que meu corpo sente de se juntar ao seu"
Como imaginado não foi um sacrifício dormirem um ao lado do outro, mas um desafio. Não é segredo o anseio pecaminoso, a atração que sentem um pelo outro desde o dia que seus caminhos se cruzaram na boate há mais de uma semana e como tudo tornou-se maior com o passar dos dias, e as provocações desinibida, maliciosas.
Um ano sem fazerem nada, no ritmo que o desejo cresce e tão possível quanto ficar minutos sem respirar, e continuar vivo. E questão de tempo, de coragem ou imprudência para se entregarem ao que sentem, se renderem a paixão, mesmo sendo tolice sem planos para um futuro junto, pela situação que os une.
A incerteza e a pouca racionalidade e a única barreira que ainda os prende, no entanto, ninguém afirma com certeza até quando.
O relógio não para, para a validade do contrato. Mas parece passar lento quando se busca libertação para não sofrer por algo que e errado ter.
Matthew não é um homem de fé desde que perdeu os pais, porém pela primeira vez em muitos anos antes de dormir pediu a Deus que segura-se suas vontades para poupa-lo de mais problemas.
— Bom dia! — Milena sussurrou encarando o teto quando percebeu que o homem ao seu lado acordou e a encarava meio deitado de lado.
Uma percepção cruzou a mente de Matthew ao que a nevoa do sono se dissipou quase por completo; nunca levou uma mulher para a cama e não transou com ela.
A mesma realidade assolou Milena, mas com um diferencial; nunca ao menos acordou com os homens que foi para cama, depois do seu falecido noivo.
— Bom dia! — Matthew usou o mesmo tom, a voz um tanto mais rouca por ter acordado recentemente. — Acordou faz muito tempo?
A resposta não agradaria a ele, por isso Milena não condenou-se por mentir para seu marido, quando no código da máfia italiana é estreitamente errado. O casamento não pode ser construído e mantido a base de mentiras, a sinceridade entre um casal e o que faz mais forte para suportar os obstáculos de um mundo difícil.
Deveria ser para Matthew que Milena contaria seus segredos, suas dúvidas e hipóteses a cerca da máfia, e ele a aconselharia da melhor forma, ou estaria preparado para da uma solução.
— Não... Tive dificuldades para dormir. No entanto, não se preocupe não é raro que aconteça.
A mafiosa não admitiria que parte da noite passou repensando seu plano e a outra admirando Matthew dormindo.
— Faremos companhia um para outro então nessas noites.
Sem perceber o Lanblac afirmou que na volta para sua casa ambos permaneceriam dividindo o mesmo quarto, e sem querer Milena gostou disso.
— Teremos muitas então. — Sorriu virando a cabeça para encarar seus olhos.
Sorrindo Matthew assentiu, levantando da cama ficando de costas para Milena, caminhando pelo piso frio procurando pelo seu celular. Precisava do aparelho tanto para ver a hora, como a agenda da sua manhã.
Mas a caçada foi inútil, frustrado aproximou-se do lado oposto que dormiu pegando o relógio da mesinha de cabeceira vendo que felizmente tinha tempo para a primeira reunião do dia.
— O que procurava? — Milena pergunta de cabeça baixa, olhando para seus pés tocando o tapete felpudo, ajeitando automaticamente a alça da sua camisola azul de seda que cedeu.
A ação inocente chamou a atenção do Ceo que esqueceu-se momentaneamente que deveria responder que era seu celular, concentrando demais na parte do seio de Milena que ficou descoberta.
— Meu celular.
— Na bancada do banheiro, em cima da tolha.
Suas palavras despertaram Matthew para a realidade e então ele notou que ela o encarava reciprocamente com a mesma intensidade. No entanto, sua atenção esta toda voltada para seu peito desnudo, para sua tatuagem com cartas de baralhos cobrindo seu braço
— Obrigado! — Matthew disse após buscar seu celular como desculpa para fugir da sua visão avaliativa.
Milena fez um gesto de agradecimentos com as mãos, enquanto vestia o robe da mesma cor peça em seu corpo, o cobrindo parcialmente do olhar cobiçoso de Matthew. Que recusou-se até onde pode não olhar para sua bunda e pernas quando encaminhava-se para o banheiro.
Faltava vinte minutos para as oito quando o casal deixou o quarto, sobe o olhar de todos os empregados que não disfarçavam a surpresa pela saída tão cedo deles do quarto, em plena lua de mel. Motivado pela necessidade de manter as aparências e evitar mais falatório, Matthew e Milena encenaram um café da manhã repleto de amor e carícias que daria inveja em qualquer casal apaixonado.
Foi com um selar de lábios no meio da sala de estar e toques sutis e carinhosos, perguntas sobre Eric como se gosta-se do garoto — mais do que verdadeiramente gosta — que saiu para ir a cede do seu banco, com a justificativa de resolver as pendências o máximo que conseguir para poder então ambos curtirem como devem a viagem.
Entretanto, ao pisar no andar da sua sala, em um prédio no centro comercial de Paris Matthew arrependeu-se amargamente de não ter mudado de secretária antes de viajar como pretendia. Pois Rebecca, por pouco não esperou que deixa-se o elevador para vim a seu encontro eufórica, balançando os quadris mais que o preciso tentando chamar sua atenção. Mais empenhada agora que soube que casou, não importando-se com isso, desde que o ganha-se e obteve-se seus objetivos.
—Bom dia Senhor Lanblac, estava sentido sua falta, na verdade todos estávamos. — Parou o obrigando a fazer o mesmo, na metade do caminho para a segurança do seu escritório. — Nada aqui é igual sem sua presença.
A voz melodramática e mais suave que o comum irritaram seus ouvidos e iniciaram um latejar em sua cabeça. Mesmo irritado, com sono e cansado, Matthew sentiu a obrigação de ser educado.
Tirando os ósculo escuros, guardando no bolso interno do blazer Matthew contou até onde pode aliviando sua irritação e aumentando sua calma.
— Bom dia senhorita Mehim, fico agraciado em saber que sentiram minha falta. — Sorrir o mais educado que consegue. — Agora se me de licença, preciso me preparar para minha reunião, por isso mande Melinda para minha sala assim que ela voltar do seu rotineiro café. Um bom trabalho.
Não esperou sua resposta para sair.
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Atualizado até capítulo 102
Comments
Joalinda Guedes
ah coitadinho.
2024-02-02
1