Quando tinha doze anos Milena perdeu seu primeiro amigo, um garoto de sorriso espontâneo e língua afiada que amava testa a paciência do seu irmão, três anos mais velho que si. Ele não morreu, mas foi obrigada a afasta-se dele porque ele era alguém “comum”, filho de pais advogados sem ligação alguma com seu mundo perigoso.
Foi necessário, há algumas semanas seu pai recebia ameaças frequentes de um inimigo e qualquer ponto vulnerável deveria ser retirados de suas vidas. Mudaram na de escola, a protegeram de terem amigos que poderiam ser usados como reféns ou a deixassem mais sugestiva a ataques, controlaram suas amizades, foi a primeira vez que Milena tocou-se que sua vida seria bem diferente por fazer parte da máfia. Demorou a entender que seria comum mudanças como a que fez e na época de forma tola sentiu-me melhor por seu irmão ter sido obrigado a fazer o mesmo, ou algo pior, enquanto ela perdeu o amigo ele se viu obrigado a terminar com a namorada e ela sabia que ele gostava dela, muito mais do que deveria para algo improvável de futuro, ela não parecia alguém que abdicaria da sua vida para embarcar em um mundo perigoso, e seu irmão nunca sairia do seu. Talvez tivesse sido melhor, evitou menos sofrimento para Dante.
De um jeito estranho Milena sentia-se na mesma situação que seu pai nessa época, tendo que obrigar a alguém a abdicar de uma vida. A diferença e que as ações de seu pai era pro bem dos seus filhos porque os amava, todavia Milena o fazia porque desejava vingança contra alguém. Ressentia-se por Mattew, o tiraria coisas que ele não recuperaria. Poderia engana-se quanto quisesse dizendo que ele tiraria proveito da situação, quando foi ela que a montou para que ele não tivesse escolhas. Ela sabia a verdade e ele também.
Estão ambos iludindo achando que o infinito tem fim.
A vida de Milena não mudaria por ganhar mais inimigos, mas ela sabe que ele nunca aprenderia a conviver com eles. Ela demandou anos, mesmo crescendo com eles privada da sua “liberdade” de poder sair só sem dizer nada a alguém, de ter que esta preparada para um ataque no meio de uma festa, de não poder criar laços com ninguém fora da famiglia por eles se tornarem seus pontos fracos, se for sincera nunca se acostumaria com sua vida, mas aprendeu a ama-la, porém Mattew sempre a odiaria. Verá o casamento como a pena de um crime e contara os dias, as horas e os segundos para acabar logo. No entanto, tarde demais Matthew notará que não existe a liberdade, a máfia imprimira em sua pele sua marca, um alvo que atrai inimigos.
Entretanto, nunca acabaria. Mattew conheceria um mundo cruel, homens e mulheres desprezíveis, uma ganancia destruidora que não se importa em derramar sangue. Contudo, aprenderia a valorização da honra e o quanto e importante ter caráter, sem ambos a perspectiva de vida torna-se mais curta.
Menor que a paciência de Eric que não importa-se em bater na porta, para adentrar o quarto de sua mãe. Demorou, mais do que Milena aguardou para ele o fazer e tentar convence-la a desistir de tudo, antes de tentar fazer que o casamento não aconteça do seu jeito.
— Mãe!
A voz impaciente a faz sorrir e balançar a cabeça de um lado para o outro, e desviar a atenção do jardim decorado para olha-lo com curiosidade e repreensão. O ensinou inúmeras vezes que não pode entrar em lugar nenhum se antes anunciar sua presença, mesmo sendo no seu quarto.
— Aconteceu alguma coisa, Eric Savoia, para entrar no quarto sem bater antes?! — Há seriedade em seu tom, mas não é o suficiente para abrandar a postura raivosa do seu filho.
Um suspiro audível deixa os lábios da criança, e as mãos inquietas levantam-se e abaixam-se rápido provocando um baque alto quando tocam na lateral do seu corpo. Milena tinha que admite, seu filho herdou o gênio indomável de sua família e era engraçado vê-lo em alguém tão pequeno.
— A senhora vai casar, com aquele id... — Seu olhar sério o detém, e o faz mudar suas palavras. — Homem... Chato!
— Nunca deu chance para ele para saber que e chato. — Encurta a distância entre os dois, tomando seu rosto delicado nas mãos. — Eric...
— Mãe por que está fazendo isso? — Tem notas chorosas em sua voz.
Milena sente um aperto no peito, e uma culpa pesada recair sobre suas costas. O fazia por culpa dela, pela sua ingenuidade em acreditar em quem não deveria e entrega-se de forma cega a um sentimento traiçoeiro.
Por não ser forte o bastante e buscar outra alternativa a não ser essa para sua vingança. Porque a morte ao inimigo sem antes faze-lo sofrer não teria a satisfação que deseja.
— Por você, por mim! Por nós! — Segura as lágrimas que insistem em sair. — Você confia na mamma?
A resposta não tardou a vim.
— Sempre mamma!
— Então não faça nada que atrapalhe a cerimônia, o que mamma faz e para fazer um inimigo sofrer um pouquinho. — Escolhe com cautela as palavras, mas de um jeito que Eric compreenda a importância do que faz. — Daqui uns anos entenderá, mas por agora me prometa que vai se comportar Eric.
O garoto estudou o rosto da mãe e seus olhos emotivos para prometer, mesmo contra sua vontade. Porém, o que viu, a dor misturada com fúria o convenceu. A aceitar o casamento, não fazer a vida de seu futuro padrasto mais fácil.
— Prometo que não farei nada hoje mãe. — Sorrir sincero. — Amanhã, é amanhã!
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Atualizado até capítulo 92
Comments
Roberta Santos
peste vio essa demônio 👿😡😡👿
2024-01-20
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Ama paula Jesus
que criança adorável /Curse//Curse//Curse/
2024-01-18
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