Capítulo Dezessete

“Os erros não resolvidos são deixados para serem pagos pelos mais inocentes em uma história toda errada"

Anos atrás

Benicio se arrepende de muitas coisas que fez na vida, dia após dia. Mas dentre tudo que fez, de todas as maldades que provocou uma em especial o atormenta a mais de um ano.

Ter condenado a mulher que a ama a uma vida maldita, cheia de tudo, menos de sentimentos bons. No entanto, a pior coisa que fez ou deixou de fazer foi tê-la não protegido como deveria, não ter a libertado antes como devia ter feito, mas agora repararia seu erro antes que fosse tarde demais e ela morre-se.

— Aqui tem tudo que você precisa, dinheiro, documentos falsos, joias para vender se precisar, rotas de fugas e nomes que pode contatar se precisa de ajuda. — Benício fala rápido passando a bolsa grande que trouxe para suas mãos trêmulas. — Não pense em nada, só em sobreviver. Use em cada país uma identidade nova, não se demore mais que alguns meses em um, prefira cidades pequenas e no final de sua gravidez uma segura que possa ficar mais tempo. Vá para algum país asiático ou africano nesse período.

Carolina chora deixando a bolsa cair no chão para abraçar apertando Benício, escondendo o rosto na curvatura do seu pescoço, não querendo larga-lo porque sabe que quando o fizer nunca mais o terá nos braços de novo. Mesmo que ele afirme que logo vão se reencontrar novamente.

É uma mentira, e ambos sabem. Não há final felizes para eles, que começaram de forma torta uma história de amor proibida.

Há uma regra que Benício descumpriu e estreitamente proibida fazer, se envolver além do corpo com sua aprendiz. E logo após entrega-la a seu comprador continuar a vendo, a tendo e se apaixonando.

E o pior tudo, planejar sua libertação, tentando quebrar seu vínculo contratou e tira-la da vida de um lírio, de uma boneca de luxo. Sobre os protestos do seu chefe e amigo, por suas ações colocar em risco o plano de se vincular com máfia.

Benício assinou sua sentença de morte.

Errou com sua mulher, noivou com outra e a engravidou por vantagem e o pior de tudo, deixou a que ama ser estuprada para um punição mais a si que a ela mesma.

— Eu prometo que logo vamos ficar juntos. — Une suas testas compartilhando da mesma dor. — Vou da um jeito e lagar tudo e todos.

— Vou esperar você, sempre!

— Espere, com aquele vestido horrível florido que ama.

— E minha sapatilha de docinhos.

Se ele conseguisse Carolina morreria sentindo-se egoísta por faze-lo largar um filho que nasceria em poucos meses, e não tem culpa de nada que aconteceu, como o que cresce em seu ventre plano de dois meses.

Entretanto, o ama ao ponto de não se importar com as consequências, de o perdoar pelo que fez e não fez, pois o que a levou até ali foram escolhas suas.

Sua tolice em acreditar que Lírios Vermelho era a solução para seus problemas financeiros, que se vender como objetos para homem salvaria a vida da sua mãe.

— Só se cuida...

— Eu vou... — A beija com volúpia, com todos os sentimentos que tem. — Eu te amo nunca se esqueça disso, mesmo que eu não mereça o seu amor nem o seu perdão.

— Você não teve culpa de nada, foi ele, tudo foi culpa dele até a gravidez de Milena. — Acaricia seu rosto, contornando seus lábios com o dedão. — Ele queria acabar conosco, mas não vai. Eu te amo e sempre amarei.

— Não volte, nunca aqui.

Suas palavras foram as últimas antes que o curto tempo que tinham se acabar, e o motorista que contratou para levar Carolina avisar que chegou a hora de ir. O adeus que tentaram evitar finalmente chegou da pior forma possível.

Abraçou Carolina com força, a beijou uma última vez e a largou contra sua vontade a assistindo ir, adentrar o carro preto blindado e sumir pela estrada deserta, rumo a uma pista clandestina de voo onde um avião a aguarda para tira-la do país.

Sozinho não se importou de fraquejar e deixar suas pernas dobrarem, e seus joelhos tocarem o chão e as lágrimas molharem seu rosto como não se lembrava de um dia ter acontecido. Chorou por minutos, de forma copiosa e sofrida até que um carro parou ao lado do seu, e homens de pretos saíram de dentro e rumaram em sua direção com armas destravadas em mãos, atirando a queima roupa, mutilando seu corpo sem se importar com sua vulnerabilidade, apenas focados em cumprir sua missão.

Eliminar Benício, pelo roubo a seu chefe.

•◇•◇•◇◇•◇•◇•

A festa transcorria sem grandes emoções, como deveria ser. Com provocações dos agora casados, em um abraço mais apertado, uma mão maliciosa e troca de olhares com promessas veladas, com Eric quebrando o clima e Dante junto com o pai provocando a filha, e Erin sendo o pilar de calma.

Entretanto, na saída do casal o convidado indesejado ao menos por parte de Matthew os parou os impedindo de sair.

Eric que andava as suas frentes o olhou desgostoso, não escondendo sua fúria por vê-lo, e com isso seu padrasto sentiu-se eufórico por mais alguém sentir o mesmo tipo de desprezo pelo outro homem.

— Vim me despedir dos noivos.

— Podia ser para sempre. — Eric resmunga arrancando uma risada do Lanblac.

— Eric! — Milena repreende.

— A senhora falou que e feio mentir mãe.

Prevendo um desastre e vexatório, Matthew age pegando a mão de Eric o puxando para seu lado, sorrindo falso para Ângelo falando uma despedida rápida. Surpreendendo o menino ao chama-lo para arrumar suas malas, que ele também iria para Paris ao contrário do que sua mãe disse que ele ficaria como castigo por seus atos.

Feliz não protestou em ir com Matthew, até esqueceu Ângelo muito eufórico para arrumar suas malas antes que seu padrasto ou sua mãe o fizesse mudar de ideia.

— Vai levar seu filho para lua de mel? — Ângelo faz uma careta de desgosto.

Se fosse, nunca faria. Criança não deve ir em viagens de adultos e atrapalha-la.

— Disse bem, é meu filho. Sou um pacote completo afinal.

— Eu a queria mesmo assim.

— Você não mostrou e nem mostra isso na sua relação com ele, antes de me ganhar se deve ganhar Eric.

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Comments

Gleide Sousa

Gleide Sousa

isso mesmo quem quer mãe tem que querer os filhos,se não quer os filhos não serve para a mãe isso e guando se e mãe de verdade

2024-02-06

3

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Capítulos
1 Prólogo
2 Capítulo Um
3 Capítulo Dois
4 Capítulo Três
5 Capítulo Quatro
6 Capítulo Cinco
7 Capítulo Seis
8 Capítulo Sete
9 Capítulo Oito
10 Capítulo Nove
11 Capítulo Dez
12 Capítulo Onze
13 Capítulo Doze
14 Capítulo Treze
15 Capítulo Quartoze
16 Capítulo Quinze
17 Capítulo Dezesseis
18 Capítulo Dezessete
19 Capítulo Dezoito
20 Capítulo Dezanove
21 Capítulo Vinte
22 Capítulo Vinte e Um
23 Capítulo Vinte e Dois
24 Capítulo Vinte e Três
25 Capítulo Vinte e Quatro
26 Capítulo Vinte e Cinco
27 Capítulo Vinte e Seis
28 Capitulo Vinte e Sete
29 Capítulo Vinte e Oito
30 Capítulo Vinte e Nove
31 Capítulo Trinta
32 Capítulo Trinta e Um
33 Capítulo Trinta e Dois
34 Capítulo Trinta e Três
35 Capítulo Trinta e Quatro
36 Capítulo Trinta e Cinco
37 Capítulo Trinta e Seis
38 Capítulo Trinta e Sete
39 Capítulo Trinta e Oito
40 Bônus de Natal
41 Capítulo Trinta e Nove
42 Capítulo Quarenta
43 Capítulo Quarenta e Um
44 Capítulo Quarenta e Dois
45 Capítulo Quarenta e Três
46 Capítulo Quarenta e Quatro
47 Capítulo Quarenta e Cinco
48 Capítulo Quarenta e Seis
49 Capítulo Quarenta e Sete
50 Capítulo Quarenta e oito
51 Capítulo Quarenta e Nove
52 Capítulo Quarenta e Nove
53 Capítulo Cinquenta e Um
54 Capítulo Cinquenta e Dois
55 Capítulo Cinquenta
56 Capítulo Cinquenta e Quatro
57 Aviso
58 Capítulo Cinquenta e Um
59 Capítulo Cinquenta e Dois
60 Capítulo Cinquenta e Três
61 Capítulo Cinquenta e Quatro
62 Capítulo Cinquenta e Cinco
63 Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew: Parte Um
64 Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew Parte Dois
65 Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew Parte Final
66 Explicações
67 Capítulo Cinquenta e Seis: Parte Um
68 Capítulo Cinquenta e Sete
69 Explicação
70 Capítulo Cinquenta e Oito
71 Capítulo Cinquenta e Nove: Parte Um
72 Capítulo Sessenta
73 Capítulo Sessenta: Parte Final
74 Capítulo Extra
75 Capítulo Sessenta e Um
76 Capítulo Sessenta e Dois
77 Capítulo Sessenta e Dois: Parte Final
78 Capítulo Sessenta e Três
79 Capítulo Sessenta e Quatro: Parte Um
80 Capítulo Sessenta e Quatro: Parte Final
81 Capítulo Sessenta e Cinco
82 Capítulo Sessenta e Seis: Parte Um
83 Capítulo Sessenta e Seis: Parte Final
84 Capítulo Sessenta e Sete
85 Capítulo Sessenta e Oito
86 Capítulo Sessenta e Nove
87 Capítulo Setenta
88 Capítulo Setenta e Um
89 Capítulo Sessenta e Dois
90 Capítulo Setenta e Três
91 Capítulo Setenta e Quatro: Parte Um
92 Capítulo Setenta e Cinco
93 Capítulo Setenta e Seis: Parte I
Capítulos

Atualizado até capítulo 93

1
Prólogo
2
Capítulo Um
3
Capítulo Dois
4
Capítulo Três
5
Capítulo Quatro
6
Capítulo Cinco
7
Capítulo Seis
8
Capítulo Sete
9
Capítulo Oito
10
Capítulo Nove
11
Capítulo Dez
12
Capítulo Onze
13
Capítulo Doze
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Capítulo Treze
15
Capítulo Quartoze
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Capítulo Quinze
17
Capítulo Dezesseis
18
Capítulo Dezessete
19
Capítulo Dezoito
20
Capítulo Dezanove
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Capítulo Vinte
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Capítulo Vinte e Um
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Bônus de Natal
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Capítulo Trinta e Nove
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Capítulo Cinquenta e Quatro
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Capítulo Cinquenta e Cinco
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Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew Parte Dois
65
Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew Parte Final
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Explicações
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Capítulo Cinquenta e Seis: Parte Um
68
Capítulo Cinquenta e Sete
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Explicação
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Capítulo Cinquenta e Oito
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Capítulo Cinquenta e Nove: Parte Um
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Capítulo Sessenta
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Capítulo Sessenta: Parte Final
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Capítulo Extra
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Capítulo Sessenta e Um
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Capítulo Sessenta e Dois
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Capítulo Sessenta e Dois: Parte Final
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Capítulo Sessenta e Três
79
Capítulo Sessenta e Quatro: Parte Um
80
Capítulo Sessenta e Quatro: Parte Final
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Capítulo Sessenta e Cinco
82
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Capítulo Sessenta e Seis: Parte Final
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Capítulo Setenta e Seis: Parte I

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