Quando tolice cabe em uma única pessoa? Mais do que no universo todo tenho certeza.
— Soube que você tem uma missão, uma que virou pessoal.
O tom calmo e neutro de Dante passaria despercebido por quem o desconhece, mas para Milena que cresceu do seu lado sabia que ele escondia seus verdadeiros interesses. Ele estava enrolando ao mesmo tempo que preparando para chegar onde realmente queria. Tão típico seu que se acostumou.
Os dois eram mais semelhantes do pareciam, não só fisicamente, com seus cabelos escuros e olhos verdes, mas nos jeitos de conduzirem a vida, nas personalidades, ideias e opiniões . São as cópias fies de seu pai.
— Por que acha que virou pessoal? — Desvia sua atenção dos papeis que lia para olhar o irmão que mexia nos portas retratos que ficam no móvel ao lado da porta de entrada para seu escritório. — A famiglia receberá pelo trabalho, um valor bem considerável pela complexidade do trabalho.
— Não, você receberá. Algo que o dinheiro não paga. — Larga a foto do seu sobrinho no seu lugar para encarar Milena. — Soube que teremos um jantar de noivado.
O som estridente da risada da morena preenche a sala, era divertido e irritante o jeito que Dante adiava para chegar no ponto. Lógico que sua repentina visita tinha um motivo, Dante não viria a toa em seu escritório para uma simples conversa e um café.
Suas ações lembravam seu pai, ele odiava ser pego de surpresa de alguma forma, se pudesse preferia antes de todos saber tudo que poderia. Como o quer sua irmã planejava com tudo aquilo, qual e o seu plano, pois ela tinha um e não lhe revelou.
— Teremos...
— Hum... — Enfia as mãos no bolso. — Certo... Pensei que seu tempo de namoro secreto tinha chegado ao fim querida irmã.
O sorriso prepotente em seu rosto irritava ao ponto de Milena desejar tira-lo a força, todavia manteve a calma para não cair em seu jogo. No entanto, seu rosto inexpressivo ampliou o repuxar em seus lábios e o fez arquear uma sobrancelha deixando evidente sua provocação.
Poderia parece estranho a relação entre os dois, desconhecidos diriam que se odeiam, contudo os que os conhecem há anos já se acostumaram com seus jeitos excêntricos e sabe o quanto se amam.
Ninguém poderia dizer que não, tantas se colocaram diante da linha de fogo para salvar um ao outro. Uma vez tão arriscada, que Dante quase perdeu a vida.
— Eu gosto de surpresas. — Junta as mãos, apoiando os cotovelos sobre a mesa. — Separe seu melhor terno Dante, não quero que nada saia do lugar justo hoje no meu jantar de noivado. — O cinismo dominou suas palavras.
Dante sorriu compartilhando do mesmo sarcasmo, ansiando que a noite logo chega-se para contemplar pessoalmente a ocasião. Quem diria que estaria vivo para ver a irmã forçando alguém a casar.
— Vou mandar separar até as melhores garrafas de vinho para brindamos em comemoração. — Seus olhos verdes faíscas de sacarmos. — Mamãe ficará tão feliz em planejar seu casamento que espero que ela marque para semana que vem, amanhã se fosse possível.
— Então separe dois ternos, não vai querer usar o mesmo do jantar na cerimônia.
●○●○
Não existia um plano, não definido, mas uma ideia que surgiu no acaso do momento. Milena não tinha certeza do que fazia com o noivado falso daria certo, porém a curto prazo foi a melhor solução que conseguiu. Ter um noivo não a livrava do seu problema, mas a fazia obter tempo e uma doce vingança.
Entretanto, o recente problema se consiste em fazer seu pai e irmão a deixarem continuar o que está a fazer sem saberem de tudo, confiado apenas em si. Contudo, existia outro problema difícil de ser domado, seu filho que não entenderia nada que esta acontecendo, mas fará de tudo para acabar com seu noivado, falso ou não.
— Mãe!
— Sim? — Da dois passos para trás se afastando do espelho, girando para encara-lo.
— A senhora não me disse o motivo do jantar. — Cruza os braços, mostrando sua insatisfação com a situação.
Enric tinha mais traços da mãe do que seu pai, que não fazia questão de ter conhecido, não depois do tanto que viu sua mãe sofrer por ele. Evidentemente, apenas seu cabelo claro lembram do seu progenitor, seu sorriso, cor dos olhos e formato do rosto são heranças de sua mãe.
— Você o odiaria e daria um jeito de sabota-lo. — Se inclina arrumando seus fios encaracolados rebeldes. — Esta proibido de fazer besteira Enric Savoia.
— Não farei nada mamãe. — Sorrir inocentemente. — Ao menos que não tenha um ele.
Os íris verdes analisaram o filho minuciosamente, cada traço em seu rosto e parte do seu corpo, retornando seu foco para seus olhos. Um sorriso calma nos lábios tentando amenizar a situação.
— Terá um ele. — Fala suavemente. — Meu querido noivo e quem sabe seu futuro padrasto.
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Atualizado até capítulo 102
Comments
Cacilda Muniz
eu tbm Ana Lucia
2025-01-09
0
Vera Lúcia
estou tentando entender
2024-04-16
4
Martha Scagliusi
Não estou entendendo a história nada faz sentido vou parar de ker
2024-02-25
0