Capítulo Dois

Quando tolice cabe em uma única pessoa? Mais do que no universo todo tenho certeza.

— Soube que você tem uma missão, uma que virou pessoal.

O tom calmo e neutro de Dante passaria despercebido por quem o desconhece, mas para Milena que cresceu do seu lado sabia que ele escondia seus verdadeiros interesses. Ele estava enrolando ao mesmo tempo que preparando para chegar onde realmente queria. Tão típico seu que se acostumou.

Os dois eram mais semelhantes do pareciam, não só fisicamente, com seus cabelos escuros e olhos verdes, mas nos jeitos de conduzirem a vida, nas personalidades, ideias e opiniões . São as cópias fies de seu pai.

— Por que acha que virou pessoal? — Desvia sua atenção dos papeis que lia para olhar o irmão que mexia nos portas retratos que ficam no móvel ao lado da porta de entrada para seu escritório. — A famiglia receberá pelo trabalho, um valor bem considerável pela complexidade do trabalho.

— Não, você receberá. Algo que o dinheiro não paga. — Larga a foto do seu sobrinho no seu lugar para encarar Milena. — Soube que teremos um jantar de noivado.

O som estridente da risada da morena preenche a sala, era divertido e irritante o jeito que Dante adiava para chegar no ponto. Lógico que sua repentina visita tinha um motivo, Dante não viria a toa em seu escritório para uma simples conversa e um café.

Suas ações lembravam seu pai, ele odiava ser pego de surpresa de alguma forma, se pudesse preferia antes de todos saber tudo que poderia. Como o quer sua irmã planejava com tudo aquilo, qual e o seu plano, pois ela tinha um e não lhe revelou.

— Teremos...

— Hum... — Enfia as mãos no bolso. — Certo... Pensei que seu tempo de namoro secreto tinha chegado ao fim querida irmã.

O sorriso prepotente em seu rosto irritava ao ponto de Milena desejar tira-lo a força, todavia manteve a calma para não cair em seu jogo. No entanto, seu rosto inexpressivo ampliou o repuxar em seus lábios e o fez arquear uma sobrancelha deixando evidente sua provocação.

Poderia parece estranho a relação entre os dois, desconhecidos diriam que se odeiam, contudo os que os conhecem há anos já se acostumaram com seus jeitos excêntricos e sabe o quanto se amam.

Ninguém poderia dizer que não, tantas se colocaram diante da linha de fogo para salvar um ao outro. Uma vez tão arriscada, que Dante quase perdeu a vida.

— Eu gosto de surpresas. — Junta as mãos, apoiando os cotovelos sobre a mesa. — Separe seu melhor terno Dante, não quero que nada saia do lugar justo hoje no meu jantar de noivado. — O cinismo dominou suas palavras.

Dante sorriu compartilhando do mesmo sarcasmo, ansiando que a noite logo chega-se para contemplar pessoalmente a ocasião. Quem diria que estaria vivo para ver a irmã forçando alguém a casar.

— Vou mandar separar até as melhores garrafas de vinho para brindamos em comemoração. — Seus olhos verdes faíscas de sacarmos. — Mamãe ficará tão feliz em planejar seu casamento que espero que ela marque para semana que vem, amanhã se fosse possível.

— Então separe dois ternos, não vai querer usar o mesmo do jantar na cerimônia.

●○●○

Não existia um plano, não definido, mas uma ideia que surgiu no acaso do momento. Milena não tinha certeza do que fazia com o noivado falso daria certo, porém a curto prazo foi a melhor solução que conseguiu. Ter um noivo não a livrava do seu problema, mas a fazia obter tempo e uma doce vingança.

Entretanto, o recente problema se consiste em fazer seu pai e irmão a deixarem continuar o que está a fazer sem saberem de tudo, confiado apenas em si. Contudo, existia outro problema difícil de ser domado, seu filho que não entenderia nada que esta acontecendo, mas fará de tudo para acabar com seu noivado, falso ou não.

— Mãe!

— Sim? — Da dois passos para trás se afastando do espelho, girando para encara-lo.

— A senhora não me disse o motivo do jantar. — Cruza os braços, mostrando sua insatisfação com a situação.

Enric tinha mais traços da mãe do que seu pai, que não fazia questão de ter conhecido, não depois do tanto que viu sua mãe sofrer por ele. Evidentemente, apenas seu cabelo claro lembram do seu progenitor, seu sorriso, cor dos olhos e formato do rosto são heranças de sua mãe.

— Você o odiaria e daria um jeito de sabota-lo. — Se inclina arrumando seus fios encaracolados rebeldes. — Esta proibido de fazer besteira Enric Savoia.

— Não farei nada mamãe. — Sorrir inocentemente. — Ao menos que não tenha um ele.

Os íris verdes analisaram o filho minuciosamente, cada traço em seu rosto e parte do seu corpo, retornando seu foco para seus olhos. Um sorriso calma nos lábios tentando amenizar a situação.

— Terá um ele. — Fala suavemente. — Meu querido noivo e quem sabe seu futuro padrasto.

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Comments

Vera Lúcia

Vera Lúcia

estou tentando entender

2024-04-16

1

Martha Scagliusi

Martha Scagliusi

Não estou entendendo a história nada faz sentido vou parar de ker

2024-02-25

0

Rose Araujo

Rose Araujo

está difícil de intender a estória

2024-01-18

3

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Capítulos
1 Prólogo
2 Capítulo Um
3 Capítulo Dois
4 Capítulo Três
5 Capítulo Quatro
6 Capítulo Cinco
7 Capítulo Seis
8 Capítulo Sete
9 Capítulo Oito
10 Capítulo Nove
11 Capítulo Dez
12 Capítulo Onze
13 Capítulo Doze
14 Capítulo Treze
15 Capítulo Quartoze
16 Capítulo Quinze
17 Capítulo Dezesseis
18 Capítulo Dezessete
19 Capítulo Dezoito
20 Capítulo Dezanove
21 Capítulo Vinte
22 Capítulo Vinte e Um
23 Capítulo Vinte e Dois
24 Capítulo Vinte e Três
25 Capítulo Vinte e Quatro
26 Capítulo Vinte e Cinco
27 Capítulo Vinte e Seis
28 Capitulo Vinte e Sete
29 Capítulo Vinte e Oito
30 Capítulo Vinte e Nove
31 Capítulo Trinta
32 Capítulo Trinta e Um
33 Capítulo Trinta e Dois
34 Capítulo Trinta e Três
35 Capítulo Trinta e Quatro
36 Capítulo Trinta e Cinco
37 Capítulo Trinta e Seis
38 Capítulo Trinta e Sete
39 Capítulo Trinta e Oito
40 Bônus de Natal
41 Capítulo Trinta e Nove
42 Capítulo Quarenta
43 Capítulo Quarenta e Um
44 Capítulo Quarenta e Dois
45 Capítulo Quarenta e Três
46 Capítulo Quarenta e Quatro
47 Capítulo Quarenta e Cinco
48 Capítulo Quarenta e Seis
49 Capítulo Quarenta e Sete
50 Capítulo Quarenta e oito
51 Capítulo Quarenta e Nove
52 Capítulo Quarenta e Nove
53 Capítulo Cinquenta e Um
54 Capítulo Cinquenta e Dois
55 Capítulo Cinquenta
56 Capítulo Cinquenta e Quatro
57 Aviso
58 Capítulo Cinquenta e Um
59 Capítulo Cinquenta e Dois
60 Capítulo Cinquenta e Três
61 Capítulo Cinquenta e Quatro
62 Capítulo Cinquenta e Cinco
63 Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew: Parte Um
64 Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew Parte Dois
65 Capítulo Cinquenta e Cinco: Niver do Matthew Parte Final
66 Explicações
67 Capítulo Cinquenta e Seis: Parte Um
68 Capítulo Cinquenta e Sete
69 Explicação
70 Capítulo Cinquenta e Oito
71 Capítulo Cinquenta e Nove: Parte Um
72 Capítulo Sessenta
73 Capítulo Sessenta: Parte Final
74 Capítulo Extra
75 Capítulo Sessenta e Um
76 Capítulo Sessenta e Dois
77 Capítulo Sessenta e Dois: Parte Final
78 Capítulo Sessenta e Três
79 Capítulo Sessenta e Quatro: Parte Um
80 Capítulo Sessenta e Quatro: Parte Final
81 Capítulo Sessenta e Cinco
82 Capítulo Sessenta e Seis: Parte Um
83 Capítulo Sessenta e Seis: Parte Final
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87 Capítulo Setenta
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89 Capítulo Sessenta e Dois
90 Capítulo Setenta e Três
91 Capítulo Setenta e Quatro: Parte Um
92 Capítulo Setenta e Cinco
93 Capítulo Setenta e Seis: Parte I
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Atualizado até capítulo 93

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Prólogo
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Capítulo Um
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Capítulo Dois
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Capítulo Três
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Capítulo Quatro
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Capítulo Cinco
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Capítulo Seis
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Capítulo Oito
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