Tolos são quem esquece o passado se seu inimigo ainda vive.
Máfia Savoia
Quando se nasce na máfia suas escolhas tem que conciliar com seus dois mundos, o fora da famiglia e o dentro dela. Vale para o amor.
Amar alguém longe do seu mundo inicia uma guerra interna, adentra-lo para o inferno ou salva-lo. O amor por mais belo e forte que seja, as vezes não e capaz de suportar tanto, mortes, a obsessão por honra e a ganância por poder.
Entretanto, o desespero para amar criar um jogo perigoso que tem como menor consequência um coração partido, pois a queda de um império ou acessão com ele e onde todos que visam poder desejam alcançar. Foi por isso que ele a quis e não doía mais a verdade em Milena do que a dor traição.
Conhecer Benício foi como embarcar em um sonho, cheio de percalços não nega, todavia nada é perfeito. Houve barreiras, sua família a maior e mais forte delas, mas a crença que o amor tudo vence ajudou a contorna-las porque sabe que contra os Savoia ninguém pode. No entanto, belos sonhos muitas vezes na máfia transformam-se em pesadelos cedo demais, em horas inapropriadas quando a magia encontra-se na melhor fase.
Um filho, não planejado, mas ainda um filho a coroação de um amor, ou a chave para abrir as portas do coração para a verdade. Milena deveria saber, hoje ver como foi tola em não ter ouvido seu pai quando ele sempre a alertou, porém batalhar com a ilusão que um amor provoca quando não se deseja lutar, mas vive-lo não abre margem para avisos que se mostram sem sentidos, porque acreditamos fielmente em quem amamos. Contudo, contra fatos, verdades em provas claras por mais que doa não tem como renegar.
Doeu, e só Milena sabe o quanto ver as palavras do seu amor, seus juramentos se mostrarem mentiras. Foi como ver seu mundo ruir, levando sem dó seus sonhos juntos.
Condenou-se por meses ter necessitado ver áudios e fotos para crer que seu amado Benício só queria usa-la para entrar na máfia e chegar a seu pai, para ter poder, proteção contra uma traição que cometeu contra o cartel mexicano. Mas nada que vivenciou naquele noite que seria seu noivado, e o anúncio da sua gravidez que estava em um mês compara-se no que viveu meses atrás.
A ferida que Benício abriu seria ampliada anos mais tarde, e o que ampliou o corte doeu mais que todo o inferno que viveu anos atrás. A traição foi mais forte agora, ao menos o curativo foi tirado totalmente dessa vez, todas as máscaras caíram.
Milena sabia que os erros do passado não justificavam usar Matteo, mas o fato que ele precisava de ajuda e bálsamo em sua culpa. Não o deixaria no escuro, não sem uma luz. Se estivesse em seu lugar ia gostar de ter algo para não ficar perdido em um mundo de perigo.
Entendia porquê ele esperou com ansiedade seu retorno, tudo esta indo rápido demais pra ele, mais do que esperava.
— Precisamos conversar Milena. — Entra depois de dois toques na porta. — Gostaria de ser comunicado quando algo como o fato que morarei com você for acontecer, sei que sou uma marionete, mas tenha palavra sobre avisar cada passo que dará.
Deixa de encarar a paisagem pela janela do seu escritório para encara-lo, olhos fixos no seu.
— Eu o farei não se preocupe, sente-se se preferir. — Aponta para a cadeira em frente a mesa. — Temos certos... — Detém sua frase procurando as palavras certas para continuar; — Termos a conversar.
— Pensei que todos estivessem claros, casamento, ache meu filho, divórcio. — Cruza os braços. — O que me esconde mais senhorita Savoia.
As palavras somem da boca de Milena, não sabia como dizer. E loucura as tradições de sua famílias, os princípios seguidos diante de um casamento, repensa-los agora diante do olhar inquisidor de Matthew fazia com que torce-se para que ele desiste-se de toda loucura enquanto havia tempo.
— Sim, mas...
— Mas... — Repete como um incentivo para prosseguir.
— Você se casará com uma Savoia e os termos são diferentes, caso fosse com outra mulher dentro da máfia. Temos regras para assegurar em certas situações, caso elas aconteça e clara.
Mantém os olhos sobre um Matthew calado, analisando sua expressão procurando alguma coisa que não sabe, demostrando sua frustação quando não acha. Ela deveria dizer tudo de uma vez, no entanto, adiar o inevitável parecia tão tentador.
— Que termos Milena? Tinha mais além daqueles na prévia do contrato? — Dá dois passos para próximo de si, ficando a um palmo de distância. — Que regras? Pode falar tudo de uma vez, por favor.
— Qualquer outro casamento arranjando na máfia não tem limite para durar, mas temos uma cláusula que o estende em tempos diferentes que variam da situação. — Sua garganta seca, segura sua vontade de beber algo forte para da coragem. — Um filho estende o contrato por mais anos...
— Não teremos um filho Milena, não tem essa possibilidade e isso esta bem claro. — Matthew a interrompe abismando com o absurdo que deixa sua boca. — Não temos porque falamos sobre isso, no máximo ficaremos casados por três meses espero. Serei fiel, respeitoso, pois tenho carácter senhorita Savoia.
— Não interrompa-me, nunca! — Toca seu dedo no seu peito. — Claro que não teremos um filho seu idiota, mas você casara com uma Savoia, e sabe o melhor? Nosso casamento tem uma duração mínima de um ano, sabe o motivo? Porque meus antepassados alegaram que e um tempo suficiente para gerar uma criança e caso aconteça e até a morte os separe, no sentido literal. — Toca seu dedo em seu peito mais vezes, mas a mão de Matthew detém a sua a segurando com força. — Não preciso engravidar, Eric não tem pai se ele aceita-lo como um, o que é impossível a clausura vale porque pai e quem cria e ama.
Tenta soltar sua mão, todavia a ação faz com seus corpos aproximem-se e seus rostos fiquem a centímetros de distância.
— Posso voltar atrás ainda, não posso? — Sussurra.
— Pode. — Milena fala no mesmo tom. — Mas se for diga agora Lanblac.
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Atualizado até capítulo 102
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