“Honre sua família que ela honrará sua vida”
Princípios Savoia
Tinha uma regra na família Savoia que se aplicava a todos sem exceção, criar homens e mulheres de princípios que saiba conviver em grupo e ser justo dentro e fora da máfia. No entanto, educar um filho se equilibrando em corda banda entre dois mundos distinto exige mais do que imaginado, e cria-lo só sendo seu único pilar de sustentação e exemplo dificulta uma tarefa que não já não é fácil.
Milena se desdobrava para ser mãe e capo do irmão, todavia, ser mãe valia por mil cargos que podia ter dentro da famiglia. Enric não era e quem sabe se um dia seria alguém fácil de lidar, com apenas cinco anos a criança bagunçava o psicológico da mãe como mais ninguém conseguia fazer.
Em momento como o de agora Milena se questionava se a personalidade do filho resultava da sua, ou da do seu pai que parecia ser orgulhar de tudo que o neto fazia, e não o culpava ou punia por seus atos. Nessas reflexões se pegava pensando se não seria melhor tira-lo do seu convívio familiar e cria-lo em outro país sem a máfia tão por perto.
Entretanto, sua coragem para prosseguir com suas vontades são nulas, nem ela e nem seu filho conseguiram ser feliz longe de sua família, o que restava era tentar controlar e ensinar Enric a não seguir seus instintos explosivos que consequentemente acabam ferindo alguém, mas controlar um Savoia e uma missão próxima do impossível. Como seu colega de sala que acabou machucando o braço quando o empurrou depois de uma discussão.
— Eu não tenho culpa mamma, foi ele que começou. — Enric podia repetir essa frase inúmeras vezes, mas a expressão séria da mãe não abrandava. — Mas não adianta eu falar mesmo.
O silêncio da mãe assustava mais Enric do que seus discursos duros, ou conversas sérias sobre suas atitudes, quando se mantinha calada por muito tempo tudo que diria seria seu castigo que ninguém reverteria. Porém, o que mais machucaria Enric seria o que seguiria a seguir, seu gelo o ignorando por algumas horas, o fazendo repensar suas atitudes.
Milena fechou os olhos, respirou fundo procurando calma, gestos que doeram em seu filho por fazer sua mãe passar por isso. O garoto tentava muda seu jeito, mas quando pensava duas vezes a besteira já tinha sido feita.
— Duas semanas sem qualquer objeto eletrônico, da escola para casa e uma semana sem suas aulas de luta. — O tom duro em sua voz não deixou margem para a criança contestar, apenas balançou a cabeça em afirmação aceitando seu castigo. — Pode ir pro quarto Enric.
Pensou em reconta a história para mãe, afirmar novamente que não tinha culpa, todavia, sabia que seriam palavras jogadas ao vento. Podia repetir infinitas vezes que só empurrou o outro garoto no chão porque ele empurrou sua colega primeiro e não pediu desculpas quando mandou, que não mudaria em nada sua punição.
Contudo, no fundo sua mãe se orgulhava de ter defendido sua amiga, apenas odiava a forma como o fez. Talvez se não tivesse brigado outras tantas vezes por besteiras, ter sido expulso de escola, sua mãe deixaria passar o que fez pela manhã, e diria em voz alta o quanto estava orgulhosa as sua atitude.
Cabisbaixo Enric entrega seu celular a sua mãe, e deixa sem falar nada seu escritório indo para seu quarto retirar o uniforme e procurar alguma coisa para fazer. Porém, seu percurso mudou quando avistou do alto da escada um homem parado no meio da sala de estar conversando com uma das empregadas que logo sair provavelmente indo avisar sua mãe da visita.
Sua curiosidade igualmente como sua raiva com a possibilidade de ser mais um dos namorados da sua mãe cresce, sente vontade de descer e ir lá interroga-lo, mas o risco do seu castigo aumentar o faz desistir, por agora ao menos, porém se volta a vê-lo em sua casa dará um jeito de manda-lo embora como fez com os outros, sua mãe é só sua e de mais ninguém.
Um sorriso arteiro se abre em seus lábios, ideias e mais ideias de como afasta-lo surgem em sua mente, uma melhor que a outra. Ficaria por mais tempo observando o outro, mas o barulho de passos o fazem sair rapidamente do topo da escada e sumir pelo corredor dos quartos.
○●○●
Impaciente, palavra perfeita para descrever Milena Savoia, Matthew não usaria outra. Sua expressão fechada o fez recuar instintivamente, dois passos para trás, e quase seriam mais para fora da sua casa. Quem julgaria seu medo? A mulher em sua frente se livraria de si em um piscar de olhos.
— Pensei que recuaria. — Sua voz suave destoava da sua expressão. — Homem de coragem Matthew Leblanc, ou idiota.
Ao ouvir ser chamado de corajoso Matthew por pouco não riu, idiota e muito era o que ele era. Tudo que estava fazendo era movido pelo desespero, pela falta de opções.
Milena diferente de outros gostava de dá a chance para recuar após esclarecer seu preço, suas exigências, tudo em um prazo de vinte e quatro horas. No entanto, se aceita-las voltar atrás custava um preço alto de se pagar.
— Quando desejo algo vou até o fim. — Sua reposta firme encobriria seu receio para qualquer um, menos para Milena. — Eu aceito seus termos Milena Savoia.
Uma risada alta ecoa pela sala, parecia piada que as exigências tão absurdas de Milena seriam aceitas com facilidade.
O quanto aquele homem em sua frente desamava a vida que tinha? Se perguntou enquanto o encarava com humor.
— Então, cadê meu anel de noivado Matthew?
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Atualizado até capítulo 102
Comments
Joalinda Guedes
no mínimo ela e a mãe do filho do Matthew
2024-02-01
8
Carla Santos
Eu digo o mesmo só quero ver o desenrolo dessa história
2024-01-18
0
Ama paula Jesus
eu também não tô entendendo ms tô desconfiando que o menino possa se o filho dele
2024-01-18
0