Lírios Vermelho, boate exclusiva em Milão. 22:00 hrs
anos atrás
O amplo salão em decorações modernas, com sofás azuis escuros distribuídos em posições estratégicas para todos verem a passarela, encontra-se parcialmente cheio de homens e mulheres em idades diversas, com dinheiro para muito, até comprar uma noite com os modelos que desfilam se exibindo em poucos trajes. Os olhares direcionados a eles, cobiçosos e maliciosos eram sujos, ao ponto de provocar arrepios desagradáveis nos mais tímidos que estavam ali forçadamente, porque foi a última saída para conseguirem dinheiro para suas emergências.
No cômodo ao lado, em uma sala mais requintada e privativa casais, trisais ou grupos confraternizavam em conversas intimistas, se conhecendo ou decidindo os próximos passos. Ou melhor, seu comprador decidindo como seguirão.
Suas mãos soavam de nervosismos, seu coração acelerava para então diminuir os batimentos e achar que vai parar, sua boca seca a fazia duvidar que conseguiria falar, por isso temia uma punição caso não conseguisse responder aos homens sentados em sua frente discutindo seu futuro, como se fosse um objeto a ser alugado. E era, pela circunstância não se diferenciava tanto de um.
Olhando as mesas ao redor, ocupadas pelos leiloados não sabia se agradecia ou não por ter sido negociada antes, treinada por alguém paciente que a ensinou tudo que precisaria.
— Ela é especial... — Seu treinador afirma. — Nem mesmo foi anunciada ainda.
Sentiu-se enojada de si mesma, com uma ânsia de vômito tendo que ser contrariada, principalmente sobre o olhar avaliador do homem de meia idade. Um traficante de drogas e armas.
Um homem respeitado pelo perigo que impõe a seus inimigos.
Fisicamente ele não desagrada aos olhos, mas em outros aspectos apavora.
— Eu a quero. — Estende a mão acariciando seu rosto, tomando um mecha do seu cabelo a enrolando no dedo. — Quanto?
— Um milhão de dólares, a exclusividade e reserva. A cada mês com ela mais cem mil.
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O céu se punha quando os Savoia se reuniram de costas para o por do sol, lado a lado com o recente casal um passo a frente com Eric sendo abraçados por ambos como se fossem uma linda e perfeita família. Na recente situação era a primeira foto oficial do Lanblac com sua nova família, em sua nova vida.
Sentimentos conflitantes o dominam de forma assustadora, ao mesmo tempo que outros o confortam calorosamente. Esta dividido, confuso, perdido.
Um sentimento de realização não deveria, mas o domina quase por completo. Foi difícil não relembra as divagações da mãe quando ela dizia que queria estar em seu casamento, o vendo começar uma nova vida e sendo feliz.
Seu coração se apertou de saudades, uma lágrima traiçoeira ameaçou descer, no entanto, foi mais rápido ao detê-la, não tanto para Erin não perceber sua expressão ao se afastar alguns passos para longe, deixando o grupo só recebendo os convidados.
— O que houve?
— Nada relevante. — Se obriga a sorrir para sua sogra. — Apenas lembrei de alguém que não vejo faz anos.
Erin preferiu não pensiona-lo por respostas, deixando o se acostumar com sua presença esperando o momento certo para se abrir. Não foi difícil para si deixar de reconhecer que o dominou sua face foi a dor da saudade de alguém importante, como uma mãe.
Um casamento provoca muitas emoções, e uma delas e o saudosismos de quem se foi e que se não tivessem ido precocemente estaria ali festejando junto.
— Ela estaria aqui comigo, me dizendo que queria que eu fosse feliz. — Fala com carinho. — Mamãe sempre amou casamentos, sempre dizia querer planejar o meu.
Rir, uma risada fraca e com pouca alegria.
Erin não fala nada pegando suas mãos, acariciando com o polegar suas palmas, prolongando seu tempo para iniciar o diálogo.
— Não tenho dúvidas que estaria. — Beija cada mão. — E não tenho dúvidas que pelo amor que ela possuía por você, desejaria as maiores felicidades do mundo. — Sorrir suavemente. — Não sou sua mãe Matthew, nem desejo tomar o lugar, nem ocupar um espaço que não deseja. Podemos ter nos conhecido há dias, mas saiba que pode ter em mim a presença materna que falta.
Um sorriso verdadeiro e bonito de se admirar enfeita os lábios rosados do moreno, que inclina seu corpo plantando um beijo nas bochechas da sua sogra, então a tomando em um abraço.
O mesmo que gostaria de da em sua mãe.
— Obrigado! — Sussurra em seu ouvido. A voz um tanto embargada.
Milena, seu pai e irmão veem a cena com curiosidade tentando descobrir o que se passa. Dante motivado por sua curiosidade faz menção de ir até eles perguntar ou tentar descobrir o que falam, porque do clima melancólico sobre eles, todavia seu pai o segura pelo braço não o deixando ir.
— Os deixe, depois sua mãe diz.
— Ou não. — Protesta. Conhecendo bem a mãe ele não diria.
— Então teremos que aceitar. — Milena conclui.
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Atualizado até capítulo 102
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