Quem Matou O Henry?
— MEU DEUS HENRY, VOCÊ BEBEU MUITO — Henry escutou a voz de Bunny gritar, enquanto colocava tudo o que tinha comido e bebido para fora. Não conseguia entender bem o que estava acontecendo, foram muitos 'shots' de tequila e vodka misturadas aos sucos naturais.
— Nem foi tanto, foi só um pouquinho Bunny — Respondeu, sentindo a cabeça girar como se estivesse num daqueles brinquedos de parque de diversões
— Ok, chega, vamos todo mundo para suas casas, boa noite Henry — Yan falou alto, depositou um beijo na testa do rapaz e saiu empurrando os colegas para longe. Henry custou a se levantar, sentindo a cabeça dar pontadas e girar rápido. Reclamou consigo e suspirou, finalmente ficando de pé.
— Henry? Tudo bem? — Ouviu a voz da vizinha gritar e assentiu
— Está sim Heenim, obrigado — Respondeu sorrindo largo
— Se precisar de algo me chame — Ele assentiu e se arrastou para dentro de casa, subindo as escadinhas. Abriu a porta e logo tropeçou nos próprios pés, ignorando que podia a qualquer momento cair no chão. Fechou a porta e lembrou-se que naquela noite Ícaro não voltaria para casa. Foi para o andar de cima, caminhando até o banheiro, era a única luz acesa, ligou a água e entrou de roupa e tudo. Logo veio em sua cabeça, as cenas que vira no apartamento do ex namorado, as ameaças que havia recebido e todo amor que vinha de Yan nesses últimos dias. Tinha se lembrado de um anel e um colar que ganhara do outro, e sorriu despercebido com tal lembrança. Se virou rápido ao ver um vulto negro no fim do corredor e se arrepiou.
— EI? — Gritou. Ele caminhou lentamente com uma arma na mão, Henry sentiu o coração congelar e a respiração parar por um instante. — O que você quer aqui agora? — Ele sorriu largo — Como entrou? — Henry se ajeitou na banheira, tendo uma visão ampla do rosto alheio, encarou as roupas escuras, os olhos vermelhos e o tamanho alto, sentiu os olhos se enxerem e apertou os mesmos
— Se você não for meu, você não será de ninguém Henry! — Henry, por sua vez, gargalhou, ignorando as lagrimas insistentes
— Me erra, cara... Você me traiu, com aquele ninfetinho nojento — O homem se irritou chutando a lata de lixo que estava em sua frente.
— FOI UM DESLIZE! — Ele gritou, Henry logo decidiu responder, mesmo vendo aquela arma apontada para si, aquele cara havia acabado consigo, não podia depois de tudo, voltar para ele, como se nada tivesse acontecido.
— E EU NÃO VOU VOLTAR PARA O SEU DESLIZE! TENHO AMOR PRÓPRIO SEU IMBECIL! — Ele engatilhou a arma e Henry se permitiu chorar mais uma vez, vendo o outro chorar também — Você não sabe o quanto eu te amei... As coisas que fiz, tudo o que abandonei para estar do seu lado... Espero que ele te dê tudo o que eu não dei! — Henry falou e deitou a cabeça na banheira — Eu não vou voltar para você... Eu já tenho alguém! — Foi automático, dois tiros foram disparados contra o rapaz, que gritou de dor. Ele foi capaz de atirar, mas aquilo não doeu mais do que ver ele na cama com o outro. A visão fora se apagando, até que Henry não viu mais nada.
///
Sabrina se levantou assustada quando escutou o celular tocar alto, passou mão ao seu lado, procurando pelo mesmo, mas nada foi encontrado, se levantou ligando o abajur, vendo que o mesmo não estava na mesinha. Foi encontrar o aparelho atrás da cama, o pegou rápido e atendeu.
— Sabrina, alô? — Se assustou quando à voz fúnebre soou do outro lado da linha
— Morto, na banheira, dois tiros no peito e alguns socos na cara, rua Gyeonggi, número 876... Peek-A-Boo Sabrina! — Foi a última coisa dita no telefone, Sabrina arregalou os olhos, encarou o relógio, vendo o mesmo marcar quatro e sete.
— Peek-A-Boo? Será que eu não tenho paz nessa vida? — Trocou de roupa rapidamente, pegando as suas coisas, foi caminhando até a rua debaixo, onde sua parceira morava. — LOUISE? — Gritou batendo na porta várias vezes, Louise saiu despenteada encarando a garota que olhava assustada para ela
— O que? Quem? — Sabrina suspirou e logo explicou
— Recebi uma ligação hoje, falando de uma morte na rua Gyeonggi... Provavelmente o próprio assassino ligou — Ela coçou a cabeça e suspirou encarando a policial.
— Vou só trocar de roupa — Sabrina assentiu e se sentou na escada, logo recebendo várias chamadas de texto, do mesmo número que a ligou minutos atrás
Murilo — Amigo
Maira — Amiga
Caio - Amigo de Infância.
Ícaro — Amigos há dois meses.
Charlie — Amigo
Heenim — A vizinha
Ítalo — Um psicopata estranho
Yan — Provável namoradinho
Lu — Amigo
Kris — Amigo há um mês.
Bunny — Amigo de Faculdade.
HUANG — EX AMIGO
BOA SORTE POLICIAL SABRINA!
Sabrina arregalou os olhos encarando as mensagens enviadas, que logo foram atualizadas com duas fotos do rapaz morto. Fechou as mesmas rapidamente, sentindo agonia em ver aquilo tão explicitamente.
— Quem tem coragem de fazer uma coisa dessa? Esse rapaz parecia tão novo! — Falou enquanto a amiga descia as escadas meio desligada do que estava acontecendo.
— Já acionei o corpo de investigação, já está vindo... Vamos? — Sabrina assentiu e às duas foram até o local do crime. Sabrina nem precisou procurar pelo número, de longe viu a casa, com a porta arreganhada e as luzes apagadas.
Pararam na frente, adentrando lentamente, vendo o rastro de sangue seguir pelo chão e logo acabar antes de alcançar a estrada. Entraram na casa, vendo a mesma completamente destruída, as coisas estavam rasgadas, os moveis virados, as louças quebradas, estava tudo uma verdadeira bagunça. Sabrina subiu as escadas, enquanto Louise caminhava no andar de baixo. A única luz acesa era a do banheiro no fundo do corredor, Sabrina caminhou até lá, com a arma erguida. Abriu a cortina da banheira, vendo a mesma cheia de sangue em sua frente.
— Peek-A-Boo? — Leu a frase dita no telefone, escrita na parede, dando um nó irreversível no cérebro de Sabrina. O que era Peek-A-Boo? — Ele levou o corpo — Falou para si mesmo, procurando pelas digitais do assassino, mas não encontrou um fio de cabelo se quer!
— Sem corpo? — Sabrina assentiu se virando para Louise que suspirou — Essa mesma frase está na parede da sala... Este homem só pode ser doente. — Sabrina voltou a assentir
— Precisamos visitar os nomes mandados para a gente — A policial pegou o celular e procurou o suspeito mais próximo — Heenim, a vizinha — Louise assentiu e às duas desceram a escada vendo os policiais chegarem
— Muito feio Sabrina? — Ulices perguntou
— Seguinte, o assassino levou o corpo — Ele arregalou os olhos, chocado — Porém, a muito sangue, coisas escritas nas paredes e uma lista de suspeitos — Sabrina mostrou o celular para ele, vendo o mesmo encarar a si, indignado
— O famoso crime mais-que-perfeito? — Sabrina concordou guardando o aparelho
— Vamos falar com a vizinha — Ele assentiu e as garotas caminharam até lá. Apertaram a campainha logo sendo atendidas pela garota que estava enrolada num lençol azul-marinho!
— Policial Sabrina e detetive Louise... — Ela balançou a mão das duas sorrindo sonolenta
— Entrem por favor — Adentraram o local e logo foram convidadas a se sentarem no sofá. A garota apareceu trazendo consigo duas xícaras de café.
— O que aconteceu? — Sabrina suspirou e se ajeitei no sofá
— Seu vizinho foi assassinado — Ela deu um pulo derrubando todo café no tapete. Louise se levantou rapidamente segurando a garota, antes que a mesma batesse no chão.
— Você está bem? — Ela negou colocando as mãos na cabeça
— Assassinado? — Sabrina confirmou — Quem faria isso? Ele sempre foi muito amado por todos aqui, era um ótimo garoto, não fazia mal a ninguém — Ela suspirou desacreditada.
— Você teve algum contato com ele, antes de ser morto? — Ela suspirou pensando
— Lembro que por volta das três e dez escutei uma gritaria... Ele estava sentado na frente de casa, vendo os amigos irem embora... Perguntei se ele estava bem, ele disse que sim — Sabrina anotou aquilo, mas sabia que aquela garota não havia sido!
— O que fazia acordada tão tarde? — Louise perguntou
— Estava estudando, éramos da mesma sala na faculdade — Sabrina voltou a escrever no caderninho
— Você tem o número dessas pessoas? — Louise mostrou a lista a ela e Heenim assentiu — Poderia convidá-los para vir aqui na sua casa? — Ela assentiu e ligou para eles. Em alguns minutos, esses garotos apareceram. Heenim recebeu todos, convidando os mesmos a se sentarem.
— Heenim, porque tem polícia na casa do Henry? — Sabrina suspirou e logo viu o rosto do rapaz loiro ficar totalmente carregado de preocupação.
— O que aconteceu com meu Irmão? — Ele falou alterado
— O Henry foi assassinado — O loiro arregalou os olhos e o outro deles se levantou desesperado, gritando pelo rapaz, Sabrina correu atrás dele, para contê-lo, porém, o mesmo corria rápido
— YAN, VEM AQUI — o loiro voltou a gritar chorando. Sabrina seguiu o rapaz que chorava descompensado em frente a casa, de joelhos, perto de uma blusa jeans, que às duas não haviam colocado reparo de estar ali.
— Quem fez isso com ele moça? — Sabrina negou
— Eu também estou procurando por essa resposta, você não pode ficar aqui, vamos! — Ele negou
— Eu não posso sair daqui! — Sabrina segurou a mão alheia e suspirou
— Você não pode ficar aqui, vamos conversar, mais aqui não podemos conversar — Ele assentiu e se levantou, levando consigo a camisa jeans. A noite ia ser longa para eles!
Todos choravam em silêncio, desacreditados do acontecido. Segundo Murilo, eles tinham voltado de uma festa, estavam bem, estavam todos bem!
— Tenho algo a dizer — A garota de fios longos falou — Henry estava reclamando que o ex dele estava o perseguindo, ele me contou que um dia acordou e o cara tinha aberto a porta com um grampo de cabelo — Sabrina estreitou os olhos em direção a Louise, que fez o mesmo.
Um crime passional! Faz sentido — Pensou.
— Vocês sabem o nome dele? — Sabrina perguntou
— Chamam ele de N, nunca soubemos o nome de verdade dele — Louise suspirou e se sentou
— Precisamos descobrir!
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Atualizado até capítulo 71
Comments
Jussana Soares
olá autora, boa noite, eu ia iniciar a leitura agora, mais como vi o espaço de tempo da atualização é muito grande, pra me não dá, sou muito ansiosa, boa sorte na leitura meninas /Kiss/
2024-01-28
1
Inacia Lima Santos Inacia
vou navegar em sua história😊
2022-06-15
2