Sombras Do Anoitecer

Sombras Do Anoitecer

CURTINDO TODAS

Bruno sempre agia como um completo idiota e mulherengo, mais isso não era novidade nenhuma.

-- Vamos logo! Disse Pedro. Um de seus melhores amigos. Enquanto ele bebia um último gole de uísque do escritório.

Todas as noites eles saíam para festejar, Pedro já estava acostumado com pegações de Bruno e se surpreendia com a quantidade de mulheres que ele alcançava.

Pedro e Bruno se conhecem desde a universidade, os dois são formados em Direito.

Bruno além de um completo idiota é muito mulherengo, Por este motivo nunca conseguiu uma namorada fixa.

No auge dos seus 30 anos, seu vigor parece estar mais vivido do que nunca, que nem mesmo seu amigo que é mais novo consegue entender de onde vem tanta energia.

-- Hoje quero conhecer a boate Nova que inaugurou esta semana, no centro! Respondeu Bruno. Colocando o copo em cima da escrivaninha, na entrada da porta e trancando-a, seguindo atrás de Pedro que já adentrava o carro.

-- Vai, me conta? Como foi o encontro com a garota da auto-escola que vc ia sair ontem? Perguntou Bruno, entrando no carro.

-- Sabia que não ia deixar passar essa neh! Respondeu com um meio sorriso.

-- Até parece! Vamos caro amigo, não me esconda nada. Todos os detalhes por favor!

-- Pra começo de conversa, não é garota da auto-escola, é Felipa. Respondeu Pedro. E... eu não fui ao encontro.

-- Então tah! Espera? Você não foi? Falou Bruno um pouco indignado.

-- Já te falei que não quero sair com ninguem, te acompanhar já é o suficiente. Respondeu Pedro, um pouco ríspido.

Mas Bruno já estava acostumado com esse jeito grosso dele.

-- Não? Sério? Qual o seu problema cara? Falou Bruno com deboche e sorrindo.

-- Sabe que não gosto do tipo de mulher que ela é!

-- Como assim? E que tipo de mulher ela é irmao? Perguntou eufórico Bruno.

-- Do tipo que dá mole pro escritório inteiro! Respondeu Pedro olhando seriamente para ele.

E antes que pudesse perguntar qualquer coisa. Pedro o avisou que chegaram ao local da boate nova.

-- Parece animada! Hoje vou me acabar nela, saio daqui com uma de cada lado. Essa frase fez os dois rirem.

-- Ah cara amigo, você sempre sai com uma de cada lado.

Diferente de Bruno, Pedro sempre foi mais reservado. Claro! Gostava de sair com Bruno e às vezes encontrava algumas mulheres interessantes, mas nada que ultrapassasse uma noite ou melhor um café da manhã. E nunca as levava em sua própria casa apenas em hotéis, e sempre os melhores.

Às poucas vezes que Bruno conhecia alguém com que ele passava a noite, elas nunca acordavam pra ver ele ainda deitado. Ele sempre saía muito cedo.

Pedro não era um homem de muitas mulheres. Desde que perdeu sua esposa, a alguns anos, nunca mais se interessou por alguém de verdade.

Para ele, ninguém era boa o suficiente para se comparar com sua amada.

Apenas algumas vezes por cochichos, Bruno escutava de algumas mulheres, com quem ele havia saído, que dariam tudo para ter outra chance e que tinha sido à noite mais incrível de suas vidas. Mas nunca se atreveu a perguntar á ele nada.

Sua esposa morrera há 5 anos de um acidente aéreo, desde então ele se tornou muito fechado e ríspido, ele mudou bastante, até pra vê-lo sorrindo era difícil. Poucas vezes saíra com alguma mulher. Porém sempre saía com as mais belas do lugar.

(PEDRO, 29 Anos)

-- Hoje está complicado achar uma vaga para estacionar, desça e me espera na entrada vou estacionar e já te encontro. Falou Pedro para Bruno.

-- Claro! Respondeu Bruno, olhando para algumas mulheres que passavam ao lado de seu carro e já saindo porta a fora.

-- Esse homem não tem jeito! Pensou Pedro sorrindo.

Alguns minutos depois se encontraram na entrada e como sempre Bruno já estava rodeado de mulheres, mas assim que Pedro chegou todas as atenções foram para ele.

Bruno e Pedro tinha quase mesmo porte Atlético, mas Pedro aonde chegava aparentava uma dominância sensual em qualquer mulher.

As mais corajosas às vezes até tentavam seduzi-lo, mas em algumas causava um certo receio, por sua feição carrancudo, se bem que nem bravo aquele rosto ficava feio.

-- Vamos garotas? Perguntou Bruno. Já agarrando na cintura de duas morenas que estavam ao lado dele e entrando na boate, enquanto Pedro seguia atrás com duas mulheres o seguindo também.

Depois de algumas horas dentro do clube, finalmente Pedro conversou com algumas garotas e pelo jeito todos estavam bem interessadas nele.

Enquanto o Bruno já tinha beijado metade das mulheres daquele lugar.

-- Caro amigo, sinto lhe informar que terei que me ausentar deste lugar. Falou Bruno ao seu ouvido dando a entender que sairia com as garotas.

-- Logo também estarei indo! Respondeu. Mas pelo menos hoje terei uma diversão disse olhando para uma mulher que acabara de entrar e já lhe lançava olhares.

-- Tem certeza que não quer ajuda? Falou sorrindo Bruno.

-- Vai lá. Divirta-se . Amanhã nos encontramos no clube para a reunião das 9 horas não se atrase falou Pedro, dando um leve tapa no ombro do amigo. Enquanto a mulher se aproxima.

(BRUNO, 30 Anos)

Logo ao raiar do sol lá pelas 6 horas da manhã Bruno é acordado pela ligação de Pedro pedindo para quê antes de ir ao clube passasse no Hotel Central para irem juntos, teriam que revisar uma cláusula do contrato.

-- Cara Você não dorme não, é? OK logo estarei aí chefinho.

Assim que Bruno chegou no hotel foi direto para o quarto onde Pedro estava. Era um daqueles quartos chiques em que havia uma persiana branca com cortinas de renda, uma sala de estar com uma mesa de centro e umas poltronas ao redor dela e um quarto no mesmo ambiente, um mini apartamento.

-- Não entendo por que não vai a sua casa, sempre vem para esses hotéis. Disse Bruno.

-- Nem vou entrar no assunto já conhece a resposta, e fala baixo, a garota ainda está dormindo. Falou apontando em direção a cama.

-- Me deixa dar uma espiada. Falou Bruno. Tentando olhar a mulher que estava deitada seminua na sala ao lado.

-- Vamos ao restaurante do hotel. Já deixei reservado um café da manhã para ela e deixei um bilhete também. Lá veremos os papéis.

Assim que eles chegaram ao restaurante, foram servidos de uma xícara de café bem quente e chá, Pedro não era fã de café. E os funcionários do hotel já conheciam seus gostos.

-- Você vem tanto aqui que todos os funcionários já te conhecem, isso não é normal! Disse Bruno sorrindo e bebendo um gole de café.

-- Que mal há? pelo menos não tenho que ficar repetindo sempre a mesma coisa. Respondeu apreciando seu chá preto, um dos seus favoritos.

-- Agora me conta como foi a noite? perguntou Bruno curioso, como sempre.

-- O normal de sempre. O que você espera que eu diga? Respondeu.

-- Amigo você sabe que eu te conheço desde muito tempo né? E você não tem nada de normal, Ainda mais quando se trata de sexo. falou Bruno soltando uma risada irônica.

-- Outras épocas, amigo, outras épocas! Respondeu.

-- Vai me dizer que já esqueceu como era na faculdade? Lembro muito bem dos comentários dos corredores.

-- Boatos Bruno, boatos. Vamos logo com esse papel. Disse, apontando para a pasta que Bruno colocara em cima da mesa.

Assim que entregou os papéis a ele, Bruno comeca passa o dedo na borda da xícara lentamente, porém segurando firme, e parece um pouco pensativo, enquanto olha para Pedro que lia atentamente os papéis.

Se eu falar esse nome vai ser mesmo que jogar café quente em sua cara. Mas aí vai!

-- Seu Gustavo me ligou ontem! Falou Bruno. Bebendo um gole bem grande de café.

Como se ele tivesse jogado sal em seu chá, Pedro olha seriamente pra ele, e o encara.

-- Não quero saber o que ele disse, e nem preciso ser informado todas as vezes que ele entra em contato. Respondeu Pedro grosseiramente.

-- Parece que seu irmão se meteu em problemas de novo. E desta vez ele não consegue resolver.

-- Eles que se entendam. Não falaram comigo nós últimos 5 anos e agora do nada precisam de mim. Falou Pedro bruscamente.

-- Está bem! Não está mais aqui quem falou. Disse Bruno.

Assim que terminaram de tomar o café e revisar o contrato, enviaram para Carla, a assistente de Bruno fazer a impressão e levar com ela para o clube.

Assim que fizeram menção de levantar-se da mesa, um dos garçons veio na direção de Pedro e perguntou se Poderia chamar o táxi para a moça e Pedro o confirmou que sim e que garantisse que ela chegasse em segurança em casa.

-- Como sempre senhor, Com licença! Respondeu o garçom.

-- Como sempre é? Quer dizer que sempre as entrega em casa. Falou Bruno sorrindo, enquanto aguardavam seu carro na entrada.

-- Fazer o que! Minha mãe me ensinou a ser cavalheiro! Responder Pedro abrindo o paletó para entrar no carro.

-- Você e seu cavalheirismo como sempre!

-- Vamos logo, porque se pegarmos trânsito chegaremos atrasados. Disse Pedro.

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