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Sombras Do Anoitecer

CURTINDO TODAS

Bruno sempre agia como um completo idiota e mulherengo, mais isso não era novidade nenhuma.

-- Vamos logo! Disse Pedro. Um de seus melhores amigos. Enquanto ele bebia um último gole de uísque do escritório.

Todas as noites eles saíam para festejar, Pedro já estava acostumado com pegações de Bruno e se surpreendia com a quantidade de mulheres que ele alcançava.

Pedro e Bruno se conhecem desde a universidade, os dois são formados em Direito.

Bruno além de um completo idiota é muito mulherengo, Por este motivo nunca conseguiu uma namorada fixa.

No auge dos seus 30 anos, seu vigor parece estar mais vivido do que nunca, que nem mesmo seu amigo que é mais novo consegue entender de onde vem tanta energia.

-- Hoje quero conhecer a boate Nova que inaugurou esta semana, no centro! Respondeu Bruno. Colocando o copo em cima da escrivaninha, na entrada da porta e trancando-a, seguindo atrás de Pedro que já adentrava o carro.

-- Vai, me conta? Como foi o encontro com a garota da auto-escola que vc ia sair ontem? Perguntou Bruno, entrando no carro.

-- Sabia que não ia deixar passar essa neh! Respondeu com um meio sorriso.

-- Até parece! Vamos caro amigo, não me esconda nada. Todos os detalhes por favor!

-- Pra começo de conversa, não é garota da auto-escola, é Felipa. Respondeu Pedro. E... eu não fui ao encontro.

-- Então tah! Espera? Você não foi? Falou Bruno um pouco indignado.

-- Já te falei que não quero sair com ninguem, te acompanhar já é o suficiente. Respondeu Pedro, um pouco ríspido.

Mas Bruno já estava acostumado com esse jeito grosso dele.

-- Não? Sério? Qual o seu problema cara? Falou Bruno com deboche e sorrindo.

-- Sabe que não gosto do tipo de mulher que ela é!

-- Como assim? E que tipo de mulher ela é irmao? Perguntou eufórico Bruno.

-- Do tipo que dá mole pro escritório inteiro! Respondeu Pedro olhando seriamente para ele.

E antes que pudesse perguntar qualquer coisa. Pedro o avisou que chegaram ao local da boate nova.

-- Parece animada! Hoje vou me acabar nela, saio daqui com uma de cada lado. Essa frase fez os dois rirem.

-- Ah cara amigo, você sempre sai com uma de cada lado.

Diferente de Bruno, Pedro sempre foi mais reservado. Claro! Gostava de sair com Bruno e às vezes encontrava algumas mulheres interessantes, mas nada que ultrapassasse uma noite ou melhor um café da manhã. E nunca as levava em sua própria casa apenas em hotéis, e sempre os melhores.

Às poucas vezes que Bruno conhecia alguém com que ele passava a noite, elas nunca acordavam pra ver ele ainda deitado. Ele sempre saía muito cedo.

Pedro não era um homem de muitas mulheres. Desde que perdeu sua esposa, a alguns anos, nunca mais se interessou por alguém de verdade.

Para ele, ninguém era boa o suficiente para se comparar com sua amada.

Apenas algumas vezes por cochichos, Bruno escutava de algumas mulheres, com quem ele havia saído, que dariam tudo para ter outra chance e que tinha sido à noite mais incrível de suas vidas. Mas nunca se atreveu a perguntar á ele nada.

Sua esposa morrera há 5 anos de um acidente aéreo, desde então ele se tornou muito fechado e ríspido, ele mudou bastante, até pra vê-lo sorrindo era difícil. Poucas vezes saíra com alguma mulher. Porém sempre saía com as mais belas do lugar.

(PEDRO, 29 Anos)

-- Hoje está complicado achar uma vaga para estacionar, desça e me espera na entrada vou estacionar e já te encontro. Falou Pedro para Bruno.

-- Claro! Respondeu Bruno, olhando para algumas mulheres que passavam ao lado de seu carro e já saindo porta a fora.

-- Esse homem não tem jeito! Pensou Pedro sorrindo.

Alguns minutos depois se encontraram na entrada e como sempre Bruno já estava rodeado de mulheres, mas assim que Pedro chegou todas as atenções foram para ele.

Bruno e Pedro tinha quase mesmo porte Atlético, mas Pedro aonde chegava aparentava uma dominância sensual em qualquer mulher.

As mais corajosas às vezes até tentavam seduzi-lo, mas em algumas causava um certo receio, por sua feição carrancudo, se bem que nem bravo aquele rosto ficava feio.

-- Vamos garotas? Perguntou Bruno. Já agarrando na cintura de duas morenas que estavam ao lado dele e entrando na boate, enquanto Pedro seguia atrás com duas mulheres o seguindo também.

Depois de algumas horas dentro do clube, finalmente Pedro conversou com algumas garotas e pelo jeito todos estavam bem interessadas nele.

Enquanto o Bruno já tinha beijado metade das mulheres daquele lugar.

-- Caro amigo, sinto lhe informar que terei que me ausentar deste lugar. Falou Bruno ao seu ouvido dando a entender que sairia com as garotas.

-- Logo também estarei indo! Respondeu. Mas pelo menos hoje terei uma diversão disse olhando para uma mulher que acabara de entrar e já lhe lançava olhares.

-- Tem certeza que não quer ajuda? Falou sorrindo Bruno.

-- Vai lá. Divirta-se . Amanhã nos encontramos no clube para a reunião das 9 horas não se atrase falou Pedro, dando um leve tapa no ombro do amigo. Enquanto a mulher se aproxima.

(BRUNO, 30 Anos)

Logo ao raiar do sol lá pelas 6 horas da manhã Bruno é acordado pela ligação de Pedro pedindo para quê antes de ir ao clube passasse no Hotel Central para irem juntos, teriam que revisar uma cláusula do contrato.

-- Cara Você não dorme não, é? OK logo estarei aí chefinho.

Assim que Bruno chegou no hotel foi direto para o quarto onde Pedro estava. Era um daqueles quartos chiques em que havia uma persiana branca com cortinas de renda, uma sala de estar com uma mesa de centro e umas poltronas ao redor dela e um quarto no mesmo ambiente, um mini apartamento.

-- Não entendo por que não vai a sua casa, sempre vem para esses hotéis. Disse Bruno.

-- Nem vou entrar no assunto já conhece a resposta, e fala baixo, a garota ainda está dormindo. Falou apontando em direção a cama.

-- Me deixa dar uma espiada. Falou Bruno. Tentando olhar a mulher que estava deitada seminua na sala ao lado.

-- Vamos ao restaurante do hotel. Já deixei reservado um café da manhã para ela e deixei um bilhete também. Lá veremos os papéis.

Assim que eles chegaram ao restaurante, foram servidos de uma xícara de café bem quente e chá, Pedro não era fã de café. E os funcionários do hotel já conheciam seus gostos.

-- Você vem tanto aqui que todos os funcionários já te conhecem, isso não é normal! Disse Bruno sorrindo e bebendo um gole de café.

-- Que mal há? pelo menos não tenho que ficar repetindo sempre a mesma coisa. Respondeu apreciando seu chá preto, um dos seus favoritos.

-- Agora me conta como foi a noite? perguntou Bruno curioso, como sempre.

-- O normal de sempre. O que você espera que eu diga? Respondeu.

-- Amigo você sabe que eu te conheço desde muito tempo né? E você não tem nada de normal, Ainda mais quando se trata de sexo. falou Bruno soltando uma risada irônica.

-- Outras épocas, amigo, outras épocas! Respondeu.

-- Vai me dizer que já esqueceu como era na faculdade? Lembro muito bem dos comentários dos corredores.

-- Boatos Bruno, boatos. Vamos logo com esse papel. Disse, apontando para a pasta que Bruno colocara em cima da mesa.

Assim que entregou os papéis a ele, Bruno comeca passa o dedo na borda da xícara lentamente, porém segurando firme, e parece um pouco pensativo, enquanto olha para Pedro que lia atentamente os papéis.

Se eu falar esse nome vai ser mesmo que jogar café quente em sua cara. Mas aí vai!

-- Seu Gustavo me ligou ontem! Falou Bruno. Bebendo um gole bem grande de café.

Como se ele tivesse jogado sal em seu chá, Pedro olha seriamente pra ele, e o encara.

-- Não quero saber o que ele disse, e nem preciso ser informado todas as vezes que ele entra em contato. Respondeu Pedro grosseiramente.

-- Parece que seu irmão se meteu em problemas de novo. E desta vez ele não consegue resolver.

-- Eles que se entendam. Não falaram comigo nós últimos 5 anos e agora do nada precisam de mim. Falou Pedro bruscamente.

-- Está bem! Não está mais aqui quem falou. Disse Bruno.

Assim que terminaram de tomar o café e revisar o contrato, enviaram para Carla, a assistente de Bruno fazer a impressão e levar com ela para o clube.

Assim que fizeram menção de levantar-se da mesa, um dos garçons veio na direção de Pedro e perguntou se Poderia chamar o táxi para a moça e Pedro o confirmou que sim e que garantisse que ela chegasse em segurança em casa.

-- Como sempre senhor, Com licença! Respondeu o garçom.

-- Como sempre é? Quer dizer que sempre as entrega em casa. Falou Bruno sorrindo, enquanto aguardavam seu carro na entrada.

-- Fazer o que! Minha mãe me ensinou a ser cavalheiro! Responder Pedro abrindo o paletó para entrar no carro.

-- Você e seu cavalheirismo como sempre!

-- Vamos logo, porque se pegarmos trânsito chegaremos atrasados. Disse Pedro.

Situação estranha!

Kira, apesar de estudar durante o dia e quase não ter tempo pra quase nada, trabalhava a noite em um barzinho no centro de Veneza. Era um lugar bem chique, e por isso era frequentado por pessoas bem ricas. E acredite! Já tinha escutado todos os tipos de cantadas.

-- Vamos amiga? Vai ser legal, você precisa se divertir, sair, beijar na boca e outras cozitas más. Falou sorrindo Gina, sua melhor amiga. Enquanto caminhavam pelo corredor da Universidade.

As duas estavam nos últimos anos, Gina cursava Programação Visual, e Kira enfermagem e ultimamente estava preocupada com as últimas mensalidades do curso. E apesar de ganhar até bem no bar, tinha muitas coisas a pagar até se formar.

Ainda faltava 4 meses, mas para ela sempre ficava apertado, pois ajuda em casa também. E apesar de morarem juntas ainda havia despesas. Fora que, não se recordava a última vez que comprara uma roupa nova.

-- Melhor não amiga. Responde. Hoje começa a apresentação ao vivo no bar, então, espero que ganhe umas gorjetas mais robustas. Falou sorrindo.

-- Você quem sabe. Se precisar de mim, me liga. Disse Gina. Dando um beijo em sua bochecha e saindo correndo para não perder o trem.

Ao chegar no pub, Kira observa um movimento estranho, além de vários homens empalitosados na entrada.

Assim que se aproxima é barrada.

-- Ei? Qual é a sua? Fala irritada. Eu trabalho aqui, ou pelo menos trabalhava até algumas horas atrás.

-- Deixem-na entrar, é uma das minhasbartender. Gritou Jáder, seu chefe.

Um homem já maduro, que aparentava ter seu 60 anos, e que aparecia pouco naquele lugar, mas sempre fora muito educado.

-- Entre minha querida! Ele a recebeu com um abraço.

Kira percebeu que algo estava errado de imediato, pois em seus três anos de emprego nunca agira assim.

-- Vá para o depósito, e só saia de lá quando eu ligar. Ele cochichou em seu ouvido. É pra sua segurança, por favor!

Kira não entendeu nada. Mas obedeceu.

Depois de quase duas horas ali sentava e sem entender nada, ela recebe uma mensagem de Lucas, seu colega.

...📲 Seu Jáder mandou chamá-la. Vai demorar?...

Assim que entra no salão não encontra mais ninguém.

-- Você já estava aqui? O que fazia no depósito? Perguntou Lucas.

-- Acredite! Eu também gostaria muito de saber. Respondeu, olhando em volta.

-- O que você está procurando? Fala ele, enquanto enche o balcão de copos.

-- A quanto tempo você chegou? Você não viu ninguém quando entrou? Perguntou.

-- Cheguei há pouco tempo e quando entrei só vi seu Jader conversando com um homem. Muito esquisito, por sinal. E ele me pediu para chamá-la.

-- Ok! Vou me trocar e já venho para começarmos, precisamos ver, se está tudo certo para hoje à noite. Fala Kira.

-- Será uma noite e tanto hoje. Responde Lucas.

-- Espero que seja sim! Ela sorri e sai em direção a sala de descanso.

Mas antes de sair esbarra em um grupo de garotas que acabara de entrar.

Elas eram todas muito bonitas. E para o horário estavam muito arrumadas. Uma delas que aparentava ser a "líder" era a mais bela. Uma mulher de curvas bem acentuadas, aparentando seus 28 anos e era muito sedutora.

Vestia uma blusinha vermelha que deixava bem amostra seus seios e uma saia de couro preta que tinha uma leve rachadura na lateral esquerda, até um terço da sua coxa e um salto alto preto com alguns detalhes em stress ou brilhantes. Uma mulher muito elegante.

-- Desculpe-me querida! Ela fala para Kira.

-- Tudo bem, sem problemas. Responde e segue em frente.

Kira sente que a mulher a observa enquanto ela anda. E sente um pequeno incômodo. Mas logo entra e passa a sensação.

Quando começou a trabalhar no pub, Kira percebeu o entra-e-sai de empresários e outros do bar, mas alguns não ficavam por ali, e entravam para o acesso lateral que havia ali. Alguns dias mais tarde foi informada que era outra ala do Pub particular. Também pertencia ao Senhor Jáder mas era outro ramo, que era melhor ela não saber muita coisa.

Como sempre chegava após às 16 horas, nunca percebeu nada em comum, apenas a entrada e saída de homens poderosos, após às 3 horas da manhã. Um dia precisou substituir Lucas e chegar um pouco mais cedo, e descobriu que antes das 14h, uma quantidade de belas mulheres adentravam o pub.

E claro! Não precisou de muito para entender o que realmente acontecia ali. Então seguiu sua vida normalmente, até porque apesar de serem do mesmo dono, nunca houve problema entre os dois empreendimento.

Aquela noite foi bem movimentada. Mas ainda assim lá pelas 11 horas da noite já estava tranqüilo.

Não demorou muito e aquela moça com quem esbarrara mais cedo, apareceu no balcão, e desta vez ela está muito mais sedutora. Com um vestido preto, curtinho, brilhante, com alças muito finas, bem decotado que lhe caía muito bem. Assim como sua maquiagem. Ela estava perfeita.

-- Boa noite querida! Não tivemos tempo de nos apresentar, meu nome é Fabi. Disse ela. estendendo a mão.

-- Boa noite! Prazer Fabi. Meu nome é kira. Respondeu cumprimentado-a. Desculpe não poder te dar atenção agora mas é que está um pouco corrido.

-- Sem problema! Estarei aqui durante toda a noite, teremos oportunidade de conversarmos. Respondeu Fabi. Pegando sua bebida e indo em direção ao palco.

Lá pelas 3 horas da madrugada, quando já estava tudo calmo, seu Jader chega e despensa Kira.

-- Vá para casa querida! Hoje, a noite foi bem puxada. Vá descansar, deixa que os rapazes terminam de organizar aqui.

Kira realmente estava muito cansada. Apesar do horário ser o mesmo, a correria de hoje foi maior. sem contar que hoje também foi dia de prova. Então hoje, tanto seu corpo quanto a sua mente estavam exaustos.

Kira Resolveu tomar um banho ali mesmo, e chegar em casa e só descansar. Porém debaixo do chuveiro ela perdeu a noção do tempo.

Assim que terminou de se vestir, Kira pega o telefone e ver que já haviam se passado quase uma hora ali. Era bem capaz, de já terem saído.

Dito e feito. Quando Kira retorna para o salão, já estava tudo escuro. Imediatamente ela liga para Lucas.

-- Lucas querido! Me esqueceram no bar. Ela fala sorrindo.

-- Como assim te esquecemos no bar, você não já tinha saído algum tempo.

-- Eu estava no banho. E perdi a noção do tempo, e agora que sai aqui, está tudo escuro. Que legal né? Ela responde sorrindo.

-- Só você pra achar graça nessas horas. Lucas fala sorrindo. Só tem uma forma de você sair daí. E é passando pelo anexo.

-- Pelo anexo? Tem certeza? Ela falou.

Nesses três anos em que trabalha no pub, todas as vezes que era preciso resolver algo, era sempre o Lucas que fazia. Nunca houve necessidade de ela entrar no anexo.

Até porque Lucas, era o braço direito de seu Jáder. Então ela sempre ficava por ali e nunca adentrava lá. E aconselhada por ele, nunca perguntava e nem falava nada, do que via e ouvia naquele local. Até porque, não era de seu interesse, o que acontecia ali.

-- Vá em silêncio! Entre e ande no corredor. Você verá algumas portas, mas continue andando. No final vire à direita e entre na segunda porta à sua esquerda e você verá a saída. Avisarei o segurança que você irá. E novamente! Vá em silêncio! Disse Lucas.

Assim como disse Lucas, ela pegou suas coisas, e observou que seu sapato fazia muito barulho, então tirou e o levou nas mãos.

Como nunca entrara naquele lugar, ela não sabia que havia uma escada que levava para o andar superior, e era lá, que as coisas aconteciam. E não ao lado como ela pensava. Ali era apenas alguns escritórios, salas confortáveis, e por incrível que pareça outro bar.

E diferente do bar do Pub. Ali ela viu bebidas que valiam mais que as mensalidades de sua faculdade.

Por mais que tentasse, não querer ver ou saber que acontecia ali. Seus olhos e ouvidos mostraram outra coisa.

Tudo ali era muito luxuoso. Luzes baixas, bebidas caras, parecia que até o ar, que era respirado ali, tinha cheiro de perfumes importados. Mas seus ouvidos se fixaram, em alguns sons e risadas que ecoavam da parte de cima.

Em um impulso. Se viu subindo as escadas e andando na pontinha dos pés para ver o que estava acontecendo ali.

E quanto mais se aproximava, mas o coração acelerava e os ruídos se revelavam. Que agora mais de perto, dava para entender perfeitamente que eram gemidos e uivos, entre risadas e tilintar de copos brindando.

Logo que subiu as escadas a primeira porta estava entre aberta. E num impulso de curiosidade, se achegou, já que não viu ninguém por ali. E o que viu a deixou pasma.

-- O que é isso? Ela perguntou a si mesma.

Na sala havia cerca de 7 homens uns mais jovens e ate bonitos, mas também havia uns homens mais velhos cerca de 50 anos. Todos riam, bebiam, e brindavam. E no centro da sala havia uma mesa redonda. Não dava pra dizer se era de vidro.

Mas nela havia duas mulheres nuas. Uma estava somente no salto, deitada de barriga pra cima, com os braços colados ao corpo. A outra estava deitada de bruços, com parte do quadril para fora da mesa, como se estivesse apenas esticando os braços. Ambas estavam de máscaras.

E por momentos alguns homens passavam por elas e lhe tocavam. Por vezes nos seios, outras vezes na parte interna onde estava localizado sua intimidade. Alguns até as beijavam na boca. Outros batiam. Alguns eram carinhosos. E outros chegavam a jogar bebidas nelas e beberem. As lambendo de ponta a ponta.

Até que em um momento um homem com cerca de trinta e cinco anos. Começou a acariciar a bunda da mulher que estava de bruços. E passava a mão por toda extensão de suas costas, e novamente acariciava seu bumbum, fazendo esse mesmo movimento varias vezes. Entre uma carícia e outra ele fazia aberturas e cuspia ali.

Foi quando ele a ajeitou e virou sua cabeça que pude ver.

-- Não pode ser! Pensei.

Pode sim!

Era ela. Fabi. Tenho certeza. Aqueles olhos e boca. Mesmo de máscara eu reconheceria. E tenho certeza que ela me viu. Pois um sorriso de canto surgiu em sua boca. E podia jurar que vi ela piscando pra mim.

Senti meu corpo tremer e meu coração acelerar. Não conseguia entender essas sensações que senti. Não poderia dizer se era bom ou ruim.

E no momento em que aquele homem abre o zíper, e juro que por um momento pude ver seu membro fora. Meu telefone toca.

📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲📲

Todos se assustaram e começaram a se agitar. Desci a escada correndo e quase não lembro o que Lucas disse. Só parei quando bati de frente com o segurança.

-- Creio que a senhorita seja Kira? Lucas me informou que estaria vindo. Falou ele dando-lhe o braço como apoio. Mas demorou um pouco.

-- Desculpe por esbarrar em você! E que não tenho costume de andar por aqui. Respondeu ela. Enquanto olhava que lucas havia mandado varias mensagens.

Realmente havia demorado.

-- É que, quando eu falei com o Lucas ainda estava me arrumando, por isso demorei um pouco. Disse ela.

-- Sem problema! Lucas pediu para chamar um táxi para você, ele já está lhe aguardando.

-- Nossa! Muito obrigado. Vocês salvaram o que ainda resta da minha noite. Falou Kira sorrindo.

-- Tenha um bom dia senhorita! Disse ele, enquanto fechava a porta do táxi.

-- Pro senhor também. Tenha uma boa noite ainda. E se despediu.

O homem apenas assentiu com a cabeça.

📲 Lucas-- E aí mulher? Tudo certo?

📲 Kira-- Sim. E muito obrigada pelo táxi. você é meu anjo 🤗🤗 Boa noite...

Consequência

Roberta era filha do inimigo de Gustavo. Então era de se esperar que quando Pedro anunciou o relacionamento houve uma confusão.

O relacionamento entre o pai de Pedro e o pai de Roberta sempre foi cheios de brigas e desentendimento. Mas eles nunca souberam o real motivo da raiva que um tinha pelo outro. E isso só piorou quando eles descobriram o namoro.

Entra muitas brigas e ameaças Pedro e Roberta se casaram. E acredite! Apenas a mãe de Pedro, dona Júlia. Compareceu ao casamento. Nenhum deles foi a cerimônia.

Nunca se viu Pedro tão feliz. Encontrar felicidade no meio de tanta guerra. Não é pra qualquer um não. Mas eles foram felizes. Por dois anos.

Quando o acidente aconteceu. Nunca tinha visto um homem chorar desesperado, Como o foi visto aquele dia. Ele se jogou de joelhos ao chão e gritava, entre choro e lágrimas.

Depois de passado alguns dias. Pedro estava na sala, tomando uma bebida. Quando seus pais e seu irmão mais velho chegaram.

-- Olá meu querido! Dona julia o cumprimenta com um beijo em sua testa. Como está?

-- Bem. E como foi a peça?

-- Excelente. Você iria adorar.

-- Vamos lá irmão! Me serve uma dose aí. Fala Marcos. Se jogando em uma das poltronas da sala.

Desde que se envolvera com Roberta. Foram poucas as vezes em que seu pai, lhe dirigia a palavra.

-- Porque você mesmo não se serve. Respondeu Pedro.

-- Qual é Pedro? Só uma dose. Faz aí. Sabe que não sei preparar uma boa bebida como você.

Você precisa se animar. Já vai fazer dois meses e você nessa melancolia aí cara. Falou Marcos, levantando-se e indo em direção as bebidas.

Pedro se levanta e também vai se servir de outra dose.

-- Foi bom que tenha acontecido isso. Não admitiria minha descendência vir daquele homem. Falou Sr. Gustavo.

Em um acesso de fúria, Pedro joga o copo que acabara de encher, aos seus pés de seu pai.

E logo vai em sua direção, mas é impedido por Marcos que o segura por trás. E sua mãe que já em prantos segura Roberto que levantara do susto e estava em pé.

-- O senhor não tem o direito de se quer ousar pensar nela. Muito menos menosprezar quem já não está mais aqui pra se defender. A sua moralidade não significa nada pra mim. Muito menos seu dinheiro.

-- Calma irmão! Marcos fala. Tentando afasta-lo. Mas com um supetão Pedro se solta, e arruma sua camisa.

-- Se é assim que o senhor deseja agir. Pois bem. A partir de hoje, não faço mais parte do seu quadro de funcionário. Partirei da sua vida, da mesma forma que ela foi da minha. Pois foi exatamente isso que aconteceu. Uma parte minha se foi.

-- Do que você está falando filho? Pergunta dona Julia. O encarando aos prantos. Você está indo embora? É isso?

-- Pois que vá! Porque se vc sair por essa porta. Eu te diserdo dessa família. Grita seu Gustavo. Mas Pedro já estava na porta.

-- Há anos que não uso seu dinheiro! Se tudo que vc tem a oferecer é isso. Faça bom proveito! Pedro o responde. E ainda de costas para ele. Joga chave do carro e da casa em cima da escrivaninha e sai, sem olhar pra trás.

Depois de tudo que aconteceu. Cinco anos se passou. E ninguém exceto mamãe me procurou. E agora do nada ele quer se encontrar comigo.

Nem pensar.

Espero que Bruno não comente mais no assunto.

E assim seguiu viagem rumo ao clube.

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