Assim que o dia amanheceu, saímos apressadamente pela porta, sem conseguir acreditar no que estávamos vendo.
Aquela sala, que antes era sinônimo de luxo e riqueza, estava agora com o chão coberto de sangue. Homens caídos por toda parte, baleados, esfaqueados, com membros quebrados. Era como se estivéssemos no meio de um filme de terror.
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Uma semana depois de fazer o book necessário para a divulgação das garotas, recebi uma ligação de Fabi.
Ela me disse que eu e algumas das outras garotas participaríamos de um evento, onde nosso papel seria apenas acompanhar alguns homens em uma reunião de negócios.
Por volta das 20h, eu e mais três garotas, incluindo Fabi, estávamos na recepção do hotel.
Sentei-me em uma poltrona, cruzei as pernas e observei o ambiente. Eu estava vestida com um vestido verde, na altura média das minhas coxas, batom vermelho, salto preto e, é claro, uma máscara. A máscara me dava um ar de mistério e confiança, mas eu ainda estava um pouco nervosa.
Após cerca de 20 minutos, um grupo de homens chegou. Eram homens atraentes. Fabi se aproximou de um deles e sussurrou algo em seu ouvido. Ele sorriu maliciosamente e veio até nós.
— Boa noite, senhoritas! Espero que a noite seja tão bela quanto vocês — disse ele, cumprimentando-nos uma a uma com um selinho.
— Boa noite! — respondemos todas em coro, fazendo-os sorrir.
— Bom, como já tenho minha preferida, escolham rapazes — disse o homem, oferecendo seu braço a Fabi. Ela aceitou automaticamente e eles se dirigiram ao elevador.
Não tinha notado que alguns dos homens já estavam acompanhados. Mas havia um em particular: alto, moreno, com um olhar penetrante e sedutor, e uma barba perfeitamente desenhada. O paletó que ele usava parecia custar mais do que meu aluguel, e não pude deixar de perceber os músculos que se destacavam sob o tecido do paletó, fazendo-o abrir um pouco.
Eu estava tão imersa em meus pensamentos sobre ele que nem percebi quando ele se aproximou.
— Senhorita! Está tudo bem? — perguntou ele, com um tom de preocupação genuína.
— D...desculpe! Sim, estou bem.
— Poderia me acompanhar? — ele perguntou,
estendendo o braço em minha direção.
— Seria um prazer! — respondi com um sorriso, tentando disfarçar meu nervosismo.
— Ótimo — ele disse, oferecendo um meio sorriso que parecia quase imperceptível.
Enquanto caminhávamos juntos com o grupo, o elevador logo se encheu.
— Acho que vou esperar o próximo — disse ele, olhando discretamente para o homem que acompanhava Fabi.
— Como quiser — respondeu o homem.
Enquanto esperávamos, o telefone dele tocou. Ele pediu licença e se afastou um pouco.
Assim que se afastou, Pedro a observava intensamente. Ele notava o nervosismo palpável em cada gesto de Kira, mas, paradoxalmente, esse nervosismo apenas acendia uma chama ainda mais forte dentro dele. Havia algo hipnotizante na forma como ela se movia, o leve tremor em suas mãos e a maneira como seus olhos brilhavam com uma mistura de ansiedade e charme. Cada movimento de Kira parecia projetar uma aura de desejo e sedução que há tempos Pedro não experimentava com tanta profundidade.
Enquanto ela tentava se recompor, Pedro sentia uma confusão avassaladora. Seus pensamentos eram uma montanha-russa de emoções, entre o desejo quase primordial e uma admiração silenciosa. A sensação de estar atraído por ela de uma maneira tão visceral fazia com que ele se questionasse sobre a intensidade de seus próprios sentimentos.
Ele estava cativado não apenas pela beleza de Kira, mas também pela aura de mistério e vulnerabilidade que ela emanava, um fascínio que o desarmava e o envolvia completamente.
Não consegui ouvir o que estava sendo dito, mas percebi que ele respirou aliviado antes de desligar e voltar. Logo, o elevador chegou.
Assim que entramos no elevador, ele retirou o paletó com um gesto suave e o apoiou com firmeza no braço esquerdo. A camisa social cor de vinho que ele usava moldava seu torso de maneira irresistível, revelando cada contorno dos músculos bem definidos e do peitoral marcante.
O tecido esticado sobre seu corpo acentuava a forma esculpida dos seus ombros e a linha elegante dos seus abdominais.
Enquanto o observava timidamente através do espelho do elevador, um calor intenso subiu pela minha espinha, uma sensação de prazer sutil que há tempos não experimentava.
Cada movimento dele parecia exalar uma aura de poder e sensualidade, e o contraste entre a suavidade da camisa e a firmeza de sua postura apenas acentuava o efeito hipnotizante que ele tinha sobre mim.
Quando ele percebeu meu olhar tímido pelo espelho, um sorriso leve e quase imperceptível surgiu em seus lábios, como se ele soubesse exatamente o efeito que estava causando. Esse sorriso, sutil e enigmático, fez meu coração acelerar e intensificou a sensação de calor que eu sentia, tornando ainda Assim que o dia amanheceu, saímos apressadamente pela porta, sem conseguir acreditar no que estávamos vendo.
Aquela sala, que antes era sinônimo de luxo e riqueza, estava agora com o chão coberto de sangue. Homens caídos por toda parte, baleados, esfaqueados, com membros quebrados. Era como se estivéssemos no meio de um filme de terror.
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Uma semana depois de fazer o book necessário para a divulgação das garotas, recebi uma ligação de Fabi.
Ela me disse que eu e algumas das outras garotas participaríamos de um evento, onde nosso papel seria apenas acompanhar alguns homens em uma reunião de negócios.
Por volta das 20h, eu e mais três garotas, incluindo Fabi, estávamos na recepção do hotel.
Sentei-me em uma poltrona, cruzei as pernas e observei o ambiente. Eu estava vestida com um vestido verde, na altura média das minhas coxas, batom vermelho, salto preto e, é claro, uma máscara. A máscara me dava um ar de mistério e confiança, mas eu ainda estava um pouco nervosa.
Após cerca de 20 minutos, um grupo de homens chegou. Eram homens atraentes. Fabi se aproximou de um deles e sussurrou algo em seu ouvido. Ele sorriu maliciosamente e veio até nós.
— Boa noite, senhoritas! Espero que a noite seja tão bela quanto vocês — disse ele, cumprimentando-nos uma a uma com um selinho.
— Boa noite! — respondemos todas em coro, fazendo-os sorrir.
— Bom, como já tenho minha preferida, escolham rapazes — disse o homem, oferecendo seu braço a Fabi. Ela aceitou automaticamente e eles se dirigiram ao elevador.
Não tinha notado que alguns dos homens já estavam acompanhados. Mas havia um em particular: alto, moreno, com um olhar penetrante e sedutor, e uma barba perfeitamente desenhada. O paletó que ele usava parecia custar mais do que meu aluguel, e não pude deixar de perceber os músculos que se destacavam sob o tecido do paletó, fazendo-o abrir um pouco.
Eu estava tão imersa em meus pensamentos sobre ele que nem percebi quando ele se aproximou.
— Senhorita! Está tudo bem? — perguntou ele, com um tom de preocupação genuína.
— D...desculpe! Sim, estou bem.
— Poderia me acompanhar? — ele perguntou, estendendo o braço em minha direção.
— Seria um prazer! — respondi com um sorriso, tentando disfarçar meu nervosismo.
— Ótimo — ele disse, oferecendo um meio sorriso que parecia quase imperceptível.
Enquanto caminhávamos juntos com o grupo, o elevador logo se encheu.
— Acho que vou esperar o próximo — disse ele, olhando discretamente para o homem que acompanhava Fabi.
— Como quiser — respondeu o homem.
Enquanto esperávamos, o telefone dele tocou. Ele pediu licença e se afastou um pouco.
Assim que se afastou, Pedro a observava intensamente. Ele notava o nervosismo palpável em cada gesto de Kira, mas, paradoxalmente, esse nervosismo apenas acendia uma chama ainda mais forte dentro dele. Havia algo hipnotizante na forma como ela se movia, o leve tremor em suas mãos e a maneira como seus olhos brilhavam com uma mistura de ansiedade e charme. Cada movimento de Kira parecia projetar uma aura de desejo e sedução que há tempos Pedro não experimentava com tanta profundidade.
Enquanto ela tentava se recompor, Pedro sentia uma confusão avassaladora. Seus pensamentos eram uma montanha-russa de emoções, entre o desejo quase primordial e uma admiração silenciosa. A sensação de estar atraído por ela de uma maneira tão visceral fazia com que ele se questionasse sobre a intensidade de seus próprios sentimentos. Ele estava cativado não apenas pela beleza de Kira, mas também pela aura de mistério e vulnerabilidade que ela emanava, um fascínio que o desarmava e o envolvia completamente.
Não consegui ouvir o que estava sendo dito, mas percebi que ele respirou aliviado antes de desligar e voltar. Logo, o elevador chegou.
Assim que entramos no elevador, ele retirou o paletó com um gesto suave e o apoiou com firmeza no braço esquerdo. A camisa social cor de vinho que ele usava moldava seu torso de maneira irresistível, revelando cada contorno dos músculos bem definidos e do peitoral marcante. O tecido esticado sobre seu corpo acentuava a forma esculpida dos seus ombros e a linha elegante dos seus abdominais.
Enquanto o observava timidamente através do espelho do elevador, um calor intenso subiu pela minha espinha, uma sensação de prazer sutil que há tempos não experimentava. Cada movimento dele parecia exalar uma aura de poder e sensualidade, e o contraste entre a suavidade da camisa e a firmeza de sua postura apenas acentuava o efeito hipnotizante que ele tinha sobre mim.
Quando ele percebeu meu olhar tímido pelo espelho, um sorriso leve e quase imperceptível surgiu em seus lábios, como se ele soubesse exatamente o efeito que estava causando. Esse sorriso, sutil e enigmático, fez meu coração acelerar e intensificou a sensação de calor que eu sentia, tornando ainda mais evidente a conexão silenciosa entre nós.
Enquanto observava, percebi que seus pensamentos estavam claramente focados em mim. Apesar de tentar manter uma expressão neutra, seus olhos não podiam esconder o fascínio que sentia. Cada movimento meu, cada gesto, parecia capturar sua atenção de maneira quase irresistível. Ele estava encantado, e seu olhar, que ele tentava disfarçar, revelava uma admiração silenciosa e profunda.
Tentando me distrair, lembrei da ligação que ele havia recebido.
— Espero que esteja tudo bem — comentei, quebrando o silêncio.
— Como? — ele perguntou, surpreso.
— Desculpe, mas parecia que você ficou aliviado com a ligação.
— Ah, sim! Está tudo bem, obrigado por perguntar — ele respondeu, fazendo uma breve pausa. Embora seu tom fosse neutro, uma surpresa sutil brilhou em seus olhos, como se não esperasse que alguém, especialmente uma desconhecida, notasse algo tão profundo.
Seus pensamentos estavam claramente voltados para mim, revelando um interesse que ele tentava disfarçar. A surpresa e o encantamento que ele tentava esconder eram evidentes, como se a percepção inesperada de sua vulnerabilidade tivesse tocado um ponto sensível. Seu olhar permanecia fixo em mim, transparecendo um fascínio que ele não conseguia esconder.
— Sem problema — eu disse, com um sorriso, enquanto notava o encantamento nos seus olhos, que parecia impossível de disfarçar.
Percebi que ele me observava com uma intensidade quase palpável. Seus olhos estavam fixos em mim, e, se eu pudesse afirmar com certeza, diria que ele sorriu discretamente por um breve momento.
Antes de sairmos do elevador, ele segurou meu braço com um toque firme, mas gentil.
— Qual é o seu nome? — perguntou ele.
Fabi sempre me aconselhara a escolher um nome para essas ocasiões, mas, na hora, minha mente ficou em branco.
— Você pode me chamar do que preferir — respondi.
— Então vou chamá-la de Rosa. Pode ser? — ele sugeriu com um sorriso que parecia genuíno.
— Perfeito — confirmei, sentindo uma pequena faísca de empatia.
Saímos do elevador e notei que o clima parecia ter mudado sutilmente. Entramos na sala onde a reunião aconteceria, e percebi que boa parte do grupo estava sentada, enquanto outros permaneciam em pé. Entre eles, a maioria eram seguranças, e havia seis homens acomodados ao redor de uma mesa.
Quando entramos na sala, todos os olhares se voltaram imediatamente para nós. Notei que algumas mulheres sussurravam entre si, lançando olhares curiosos.
À medida que nos aproximávamos, o homem que acompanhava Fabi fez um gesto para que o homem ao meu lado se sentasse na poltrona ao seu lado. Fabi, sentada sobre a perna direita dele, mantinha um sorriso constante, como se nada ali a perturbasse.
— Por favor, sente-se — ele disse, dirigindo-se a mim.
— Como? — perguntei, surpresa.
Todos na sala nos observaram, e pude ver a surpresa estampada em seus rostos. Ninguém esperava essa reação.
— Está tudo bem. Eu prefiro ficar em pé — respondi delicadamente.
— Prefiro que você se sente — ele insistiu, apontando para a poltrona com um tom que demonstrava firmeza. — Eu insisto.
Quando entramos na sala, todos os olhares se voltaram imediatamente para nós. Notei que algumas mulheres sussurravam entre si, lançando olhares curiosos.
À medida que nos aproximávamos, o homem que acompanhava Fabi fez um gesto para que o homem ao meu lado se sentasse na poltrona ao seu lado. Fabi, sentada sobre a perna direita dele, mantinha um sorriso constante, como se nada ali a perturbasse.
— Por favor, sente-se — ele disse, dirigindo-se a mim.
— Como? — perguntei, surpresa.
Todos na sala nos observaram, e pude ver a surpresa estampada em seus rostos. Ninguém esperava essa reação.
— Está tudo bem. Eu prefiro ficar em pé — respondi delicadamente.
— Prefiro que você se sente — ele insistiu, apontando para a poltrona com um tom que demonstrava firmeza. — Eu insisto.
Sob os olhares atentos de todos, sentei-me com uma graça discreta.
— Então, senhores... — começou o homem que acompanhava Fabi, cujo nome era Hassan.
A conversa se desenrolou por quase uma hora, e eu me sentia cada vez mais imersa no ambiente. De repente, senti um toque sutil em meu ombro direito. Era ele, o homem que até aquele momento eu ainda não conhecia pelo nome.
Enquanto as outras meninas serviam bebidas, ele se destacava ao perguntar com frequência se eu precisava de algo. Suas mãos, ao contrário, eram sempre gentis e cuidadosas, como se ele quisesse se certificar de que eu estava confortável.
Ao me inclinar ligeiramente para a direita, ele pareceu perceber a pressão sutil em meu ombro. Num gesto quase imperceptível, ele se abaixou, aproximando-se o suficiente para que sua respiração quente e abafada acariciasse minha orelha com uma intimidade desconcertante.
— Me desculpe! — sussurrou ele, com um tom profundo e sedutor que parecia envolver cada sílaba. Senti um arrepio percorrer minha espinha, uma onda de sensações provocadas pelo calor da sua respiração e pela proximidade de seus lábios. Seu sussurro parecia se perder no meu pescoço, e por um breve momento, a sensação era quase como uma carícia. O aroma do meu perfume parecia envolvê-lo, e pude sentir que ele estava absorvendo cada nuance do meu cheiro com uma respiração lenta e profunda.
Era como se ele estivesse tentando capturar cada essência de mim, a sensação de sua presença tão próxima criando uma cumplicidade quase elétrica entre nós. O tempo parecia desacelerar, e aquele breve toque, com seu sussurro e o calor de seu corpo, transformava o ambiente em algo intensamente pessoal e sedutor.
— Sem problema — respondi, um pouco sem fôlego. Afastei meu cabelo para o lado esquerdo, enquanto ele permanecia firme e imponente ao meu lado.
A presença dele, tão próxima, aumentava a sensação de intimidade e tensão. Eu podia sentir o calor do seu corpo ao meu lado, e isso fazia meu coração bater mais rápido. O ambiente ao redor parecia se fechar, os olhares dos homens começando a se fixar em nós com um interesse inquietante. Mesmo com a máscara cobrindo parte do meu rosto, eu sentia aqueles olhares penetrantes me avaliando de cima a baixo, como se estivessem tentando descobrir cada detalhe escondido.
Um dos homens chamou Fabi, que se aproximou e começou a conversar com ele. O tom de voz deles era cada vez mais baixo e carregado de segundas intenções. Foi então que um dos homens começou a se gabar de um serviço que havia feito recentemente, mencionando uma informação valiosa que havia comprado e com a qual ganhou uma quantia considerável.
Pela primeira vez naquela noite, o homem ao meu lado se envolveu na conversa. Seu tom era calmo, mas eu percebi uma intensidade crescente em sua expressão.
— Entendo — disse ele, com um olhar que sugeria um interesse contido.
A conversa tomou um rumo mais sombrio quando o homem começou a descrever, com uma satisfação perturbadora, como havia roubado um documento e espancado o entregador apenas por diversão. Sua descrição detalhada de violência fez com que a expressão do homem ao meu lado mudasse instantaneamente. Seus punhos se cerraram com força, e um brilho de raiva fria surgiu em seus olhos.
Foi nesse momento que Hassan, interrompendo a conversa com uma autoridade quase palpável, pediu uma pausa. O ambiente ficou carregado de uma tensão palpável, a mudança súbita de foco criando um silêncio carregado de expectativas.
— Sem problema — respondi, um pouco sem fôlego. Afastei meu cabelo para o lado esquerdo, enquanto ele permanecia firme e imponente ao meu lado.
A presença dele, tão próxima, aumentava a sensação de intimidade e tensão. Eu podia sentir o calor do seu corpo ao meu lado, e isso fazia meu coração bater mais rápido. O ambiente ao redor parecia se fechar, os olhares dos homens começando a se fixar em nós com um interesse inquietante. Mesmo com a máscara cobrindo parte do meu rosto, eu sentia aqueles olhares penetrantes me avaliando de cima a baixo, como se estivessem tentando descobrir cada detalhe escondido.
Um dos homens chamou Fabi, que se aproximou e começou a conversar com ele. O tom de voz deles era cada vez mais baixo e carregado de segundas intenções. Foi então que um dos homens começou a se gabar de um serviço que havia feito recentemente, mencionando uma informação valiosa que havia comprado e com a qual ganhou uma quantia considerável.
Pela primeira vez naquela noite, o homem ao meu lado se envolveu na conversa. Seu tom era calmo, mas eu percebi uma intensidade crescente em sua expressão.
— Entendo — disse ele, com um olhar que sugeria um interesse contido.
A conversa tomou um rumo mais sombrio quando o homem começou a descrever, com uma satisfação perturbadora, como havia roubado um documento e espancado o entregador apenas por diversão. Sua descrição detalhada de violência fez com que a expressão do homem ao meu lado mudasse instantaneamente. Seus punhos se cerraram com força, e um brilho de raiva fria surgiu em seus olhos.
Foi nesse momento que Hassan, interrompendo a conversa com uma autoridade quase palpável, pediu uma pausa. O ambiente ficou carregado de uma tensão palpável, a mudança súbita de foco criando um silêncio carregado de expectativas.
Todos se levantaram e se dirigiram rapidamente ao bar na sala. O homem que estava ao meu lado, no entanto, saiu com uma urgência incomum, deixando um rastro de inquietação no ar.
Eu também me levantei, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, senti um aperto firme em meu braço. Era o homem que havia me observado de forma estranha minutos antes. Seu toque era excessivamente forte, quase doloroso.
— Você é muito linda, sabia? — Ele murmurou, sua voz carregada de uma mistura inquietante de desejo e possessividade.
— Sen... senhor, está me machucando — eu consegui dizer, lutando para me soltar. A dor era real e fazia com que minha respiração ficasse entrecortada.
— Por favor, solte-a — Fabi interveio, aproximando-se com uma expressão de preocupação. Ela tentou suavemente tirar a mão dele do meu braço, enquanto passava a mão pelo seu peito em um gesto que misturava autoridade e afeto. — Já falamos sobre isso, Alberto.
— Eu sei que já falamos — Alberto respondeu, seu tom implacável e a intensidade em seus olhos não deixavam margem para dúvidas. — Mas ela não pode fazer uma exceção para mim?
Sem esperar uma resposta, Alberto tentou puxar a máscara do meu rosto com um movimento brusco. A ação foi abrupta e invasiva, aumentando a tensão no ar.
— Deixe-me ver esse lindo rostinho — murmurou Alberto, tentando puxar a máscara do meu rosto com uma insistência inquietante.
Ao tentar desviar da mão dele, perdi o equilíbrio por um instante. Mas então, senti uma presença firme e reconfortante atrás de mim. Uma mão forte e protetora apertava minha cintura do lado esquerdo, enquanto a outra segurava minha mão, que lutava para manter a máscara no lugar.
O calor do corpo dele nas minhas costas fazia meu coração acelerar. O contato era intenso, uma mistura de segurança e desejo que me fazia sentir cada músculo e cada respiração. Consegui me equilibrar novamente, tentando amarrar a máscara com mãos trêmulas. No processo, meus cabelos caíram soltos ao redor do meu rosto.
— Se a moça não quer tirar a máscara, qual é o problema? — a voz daquele homem que me acompanhava soou novamente, com um tom desafiador. Ele havia reaparecido ao meu lado, posicionando-se em minha frente, enquanto Fabi tentava ajudar a ajustar a máscara.
— Quem você pensa que é para se meter onde não é chamado? — Alberto respondeu, quase gritando, e sua reação chamou a atenção de todos na sala.
Hassan se moveu rapidamente, seu olhar era penetrante e carregado de uma intensidade que parecia repelir Alberto. Ele se colocou entre nós, tentando afastar o homem com uma postura ameaçadora.
— Por favor, me desculpe — eu disse, dirigindo-me ao homem que me acompanhava, enquanto tentava compensar o tumulto.
Quando Hassan conseguiu afastar Alberto, virei-me para ele. No instante em que nossos rostos se encontraram, havia uma eletricidade palpável no ar. Suas mãos, agora envoltas em um gesto de proteção, me puxaram para mais perto. Nossos olhares se cruzaram profundamente, e eu pude ver que seus olhos verdes brilhavam como esmeraldas, mas também carregavam uma escuridão sutil. Um arrepio percorreu minha espinha.
Ele parecia perceber o impacto que estava causando, e deu um passo para trás, os olhos fixos em Hassan com um tom autoritário. Em um movimento de proteção, procurou minha mão e a segurou com firmeza, transmitindo uma sensação de segurança e apoio que contrastava com a tensão do momento.
— Desculpe, senhor Fontenele. Alberto costuma se alterar um pouco quando bebe — Hassan se desculpou, seu tom nervoso evidente.
O nome dele era Fontenele, ou talvez fosse o sobrenome. A revelação fez meu coração acelerar e uma nova tensão pairou no ar.
— Segure seu homem, senhor Hassan. Não é assim que se trata uma dama — Fontenele disse com uma firmeza imponente, sua voz carregada de uma autoridade que fazia o ambiente estremecer.
Alberto, atônito e claramente abalado, vacilou diante da presença dominadora de Fontenele.
— Você disse Fontenele? Da família Bragante? — Alberto perguntou, seu tom agora uma mistura de surpresa e temor.
— Sim — confirmou Hassan, com um olhar que transbordava agressividade e ameaça.
Eu recuei um passo, sentindo a força protetora de Fontenele ao meu lado. Fabi, com uma expressão que misturava admiração e alívio, se aproximou ainda mais.
— Que sorte você tem. Encontrar um Bragante na sua primeira vez aqui — Fabi sussurrou, seu sorriso entre espanto e curiosidade.
— Como assim? — Perguntei, o medo crescendo enquanto tentava entender a situação.
— A família Bragante é uma das mais poderosas e influentes do país. Dizem que eles controlam a máfia local — Fabi explicou, o olhar dela carregado de preocupação.
— O que você está dizendo? Máfia? Onde você me meteu? — minha voz tremia de pânico, o coração batendo descontrolado com a revelação.
— Calma! Se eu soubesse que você ficaria tão nervosa, não teria dito nada — Fabi tentou me acalmar, a ansiedade evidente em seu olhar.
Enquanto tentava respirar fundo para acalmar o tumulto dentro de mim, senti a presença sólida e protetora de Fontenele ao meu lado. Ele ainda segurava minhas mãos com firmeza, sua postura de vigilância criando uma bolha de segurança ao meu redor. Seu olhar intenso e autoritário mantinha Alberto e qualquer ameaça à distância, oferecendo-me um senso de proteção que suavizava o medo crescente. A proximidade de seu corpo e a atenção constante dele eram como um escudo contra o caos que me cercava, e eu me agarrava à sensação de segurança que ele proporcionava.
— Mas quem você acha que acompanhamos? Políticos, na maioria das vezes, mas principalmente criminosos — Fabi falou com uma naturalidade inquietante, como se fosse uma conversa cotidiana.
— Você está bem? — o homem, que agora sei que se chama Bragante, perguntou com um olhar de genuína preocupação. Quando notou que meu braço estava marcado pelo aperto de Alberto, sua expressão se transformou, revelando um cuidado protetor.
— Não muito — respondi, abanando-me com as mãos e queixando-me levemente da dor no braço. Fabi, por sua vez, se afastou e se recolou a Hassan, que estava ao seu lado.
— Vamos tomar um ar então — Bragante sugeriu, indicando a direção de uma porta. Sua familiaridade com o local era evidente, como se ele já estivesse ali várias vezes.
Alguns minutos depois, nos encontrávamos na cobertura, com uma vista deslumbrante.
— Nossa, aqui é lindo — exclamei, abrindo os braços e respirando fundo o ar fresco, com um leve aroma de fumaça que, naquele momento, parecia o oxigênio mais puro que eu já havia sentido.
— Sim, é verdadeiramente encantador — Bragante murmurou, sua voz macia e envolvente como um sussurro noturno.
Virei-me lentamente para encará-lo e o encontrei com as duas mãos casualmente enfiadas nos bolsos da calça, uma de cada lado. Sua camisa cor de vinho estava arregaçada até o cotovelo, revelando músculos que pareciam se expandir e contrair com cada movimento sutil. Seus cabelos castanhos, desordenados pelo vento, esvoaçavam de maneira sedutora, dando-lhe uma aura quase primordial.
A visão dele era tão hipnotizante que eu poderia ter passado a noite inteira apenas contemplando sua presença. No entanto, minha atenção foi capturada pela cidade de Veneza à minha frente, um panorama que eu amava, mas que nunca tinha visto de um ângulo tão majestoso.
— É a primeira vez que você faz isso, não é? — ele perguntou, o tom da voz carregado com uma mistura de curiosidade e sedução. Seu olhar estava fixo em mim, seus olhos verdes brilhando com uma intensidade que misturava preocupação e um desejo sutilmente palpável. A forma como ele me observava parecia penetrar minha alma, como se ele tentasse desvelar cada segredo escondido atrás da minha máscara.
Eu senti o calor do seu olhar me envolver, como se suas palavras fossem carícias silenciosas que tocavam minha pele. Havia algo profundamente intimista e quase erótico na maneira como ele me avaliava, um desejo implícito de entender cada nuance do meu ser enquanto se mantinha perto o suficiente para oferecer proteção e conforto.
Esse homem parecia ser capaz de ler pensamentos, como se fosse um dom inato.
— Por que você acha isso? — Ele finalmente sorriu, um sorriso sutil e encantador que tinha a força de um magnetismo irresistível.
— Já vi essa expressão antes: arrependimento, medo, adrenalina. Adivinhei certo? — Ele perguntou, com um tom de voz que misturava curiosidade e sedução.
Era impossível negar. Sua percepção estava spot-on.
— Mais ou menos isso — respondi, um sorriso tímido surgindo em meus lábios.
— Posso lhe perguntar algo? — Seu olhar fixo em mim, quase como se estivesse tentando desbravar cada camada da minha identidade.
— Sim.
— Por que a máscara? Você parece uma mulher fascinante. Por que se esconder?
— Não se trata de esconder, mas de se proteger. Separar o que eu faço do que eu sou. O que precisei fazer hoje não define quem eu sou — expliquei, meu tom de voz carregado de uma vulnerabilidade que ele parecia captar sem esforço.
— Boa resposta! — Ele disse, movendo-se para a beira, seu corpo elegantemente projetado na direção oposta ao vento que balançava sua camisa cor de vinho.
Fabi apareceu rapidamente, interrompendo o momento íntimo com seu comentário.
— Tudo bem por aqui? — Ela perguntou, com uma leve preocupação em seu tom.
— Sim, tudo bem. Mas o que está acontecendo lá dentro? — Perguntei, ainda perturbada pela troca de olhares.
— Parece que alguém fez uma cagada e agora estão preocupados que isso afete os negócios dele — Fabi explicou, a tensão em sua voz denunciava a gravidade da situação.
Bragante esboçou um sorriso irônico, como se conhecesse os meandros do caos que se desenrolava.
— Vamos voltar para dentro. Já que você está melhor — sugeriu, seu tom suave e protetor.
— Sim. Vamos — concordei, começando a seguir Fabi.
No entanto, ele me segurou pelo braço com uma delicadeza surpreendente. Seu toque era tão suave quanto a seda, contrastando fortemente com a brutalidade de Alberto. Havia uma aura protetora e um misto de desejo que emanava dele, envolvendo-me em um manto de segurança e sedução.
Ele se aproximou ainda mais, seu corpo quase colado ao meu. O calor de sua presença era palpável, e sua aura de autoridade se misturava com uma sedução irresistível. Seu olhar estava carregado de uma preocupação genuína, mas também de um desejo oculto, quase palpável.
— Senhorita, você não pertence a este mundo — ele sussurrou, a voz baixa e carregada de um tom quente e íntimo que me fez estremecer. — Ouça um conselho sincero: você é incrivelmente inteligente e sedutora. Compreendo os motivos que a levaram a estar aqui, mas recomendo que não retorne à sala.
Enquanto falava, sua mão deslizou suavemente ao longo de uma mecha solta do meu cabelo, envolvendo-a com um toque que era tanto carinhoso quanto possessivo. A sensação de seus dedos, tão próximos à minha pele, fez meu coração acelerar e minha respiração falhar por um momento.
Seu olhar se desviou para o meio das minhas costas, onde uma tatuagem discreta, uma pequena rosa, se escondia sob o vestido. Ele deslizou a mão ao longo da minha coluna, seus dedos acariciando a tatuagem com um toque lento e apreciativo. A sensação de sua pele contra a minha era eletricamente carregada, e eu senti um arrepio percorrer todo o meu corpo.
— Essa tatuagem — ele murmurou, sua voz quase um sussurro, carregada de uma curiosidade sedutora. — É uma obra de arte tão sutil e fascinante. Não pude deixar de notá-la. Como uma parte de você que se esconde, mas também é reveladora.
Aquelas palavras, acompanhadas pela intensidade de seu toque, despertaram uma reação visceral em mim. A proximidade dele, a maneira como sua respiração quente acariciava minha pele, era uma combinação irresistível de medo e desejo.
— Como assim? — Perguntei, minha voz tremendo com uma mistura de confusão e desejo, enquanto a sensação de seu toque deixava uma marca indelével em minha mente.
Ele se inclinou ainda mais perto, seus lábios roçando meu pescoço com um beijo lento e ardente. Cada toque era uma carícia que fazia meu corpo tremer, e seu hálito quente contra minha pele era um convite para explorar um desejo profundo e inexplorado.
— Apenas me obedeça — sussurrou, seus lábios ainda pressionados contra meu pescoço, sua respiração quente e íntima. — Eu gostaria muito de conhecê-la em circunstâncias mais... apropriadas. Aquelas palavras eram como um toque suave, um convite para um mundo que eu mal compreendia.
Enquanto seus lábios roçavam meu pescoço, senti uma chama ardente se acender dentro de mim. Pela primeira vez em anos, um desejo primitivo e intenso me dominou, fazendo meu coração bater descompassado.
Ele se afastou lentamente, seus olhos mergulhando nos meus em um olhar que parecia penetrar minha alma. O tempo parecia congelar enquanto ele me observava, seu olhar tão intenso e carregado de emoção que me deixou sem fôlego. Então, antes de voltar para a sala, ele parou e, com um último olhar profundo, retirou uma arma de sua cintura. A visão do metal frio e reluzente fez um calafrio percorrer minha espinha.
O som de gritos e tiros começou a ecoar, misturando-se com o caos que se desenrolava. O pânico me tomou de assalto, e eu corri para uma sala próxima, trancando-me rapidamente dentro. O barulho de homens gritando e o caos se intensificava do lado de fora.
Algumas mulheres começaram a bater desesperadamente na porta. Entre elas, reconheci a voz de Fabi. Ao abrir a porta, uma onda de mulheres entrou, algumas cobertas de sangue, outras apenas aterrorizadas. Ajudando-as a limpar o sangue, percebi que não parecia ser delas.
Perguntei o que havia acontecido, mas ninguém tinha respostas claras. Até mesmo Fabi estava em choque, seus olhos vazios refletindo a gravidade da situação.
— Só resta esperar que tudo acabe logo — uma das mulheres comentou com um tom resignado, como se a experiência de enfrentar tal caos fosse algo habitual para ela.
Enquanto esperávamos, a sensação de um mistério profundo e uma ameaça invisível pairava no ar, misturando-se com o desejo ardente e a preocupação que Bragante havia despertado em mim. O suspense da noite se entrelaçava com a intensidade dos sentimentos que ainda ferviam em meu peito, como uma chama que não se apaga.
mais evidente a conexão silenciosa entre nós.
Enquanto observava, percebi que seus pensamentos estavam claramente focados em mim. Apesar de tentar manter uma expressão neutra, seus olhos não podiam esconder o fascínio que sentia. Cada movimento meu, cada gesto, parecia capturar sua atenção de maneira quase irresistível. Ele estava encantado, e seu olhar, que ele tentava disfarçar, revelava uma admiração silenciosa e profunda.
Tentando me distrair, lembrei da ligação que ele havia recebido.
— Espero que esteja tudo bem — comentei, quebrando o silêncio.
— Como? — ele perguntou, surpreso.
— Desculpe, mas parecia que você ficou aliviado com a ligação.
— Ah, sim! Está tudo bem, obrigado por perguntar — ele respondeu, fazendo uma breve pausa. Embora seu tom fosse neutro, uma surpresa sutil brilhou em seus olhos, como se não esperasse que alguém, especialmente uma desconhecida, notasse algo tão profundo.
Seus pensamentos estavam claramente voltados para mim, revelando um interesse que ele tentava disfarçar. A surpresa e o encantamento que ele tentava esconder eram evidentes, como se a percepção inesperada de sua vulnerabilidade tivesse tocado um ponto sensível. Seu olhar permanecia fixo em mim, transparecendo um fascínio que ele não conseguia esconder.
— Sem problema — eu disse, com um sorriso, enquanto notava o encantamento nos seus olhos, que parecia impossível de disfarçar.
Percebi que ele me observava com uma intensidade quase palpável. Seus olhos estavam fixos em mim, e, se eu pudesse afirmar com certeza, diria que ele sorriu discretamente por um breve momento.
Antes de sairmos do elevador, ele segurou meu braço com um toque firme, mas gentil.
— Qual é o seu nome? — perguntou ele.
Fabi sempre me aconselhara a escolher um nome para essas ocasiões, mas, na hora, minha mente ficou em branco.
— Você pode me chamar do que preferir — respondi.
— Então vou chamá-la de Rosa. Pode ser? — ele sugeriu com um sorriso que parecia genuíno.
— Perfeito — confirmei, sentindo uma pequena faísca de empatia.
Saímos do elevador e notei que o clima parecia ter mudado sutilmente. Entramos na sala onde a reunião aconteceria, e percebi que boa parte do grupo estava sentada, enquanto outros permaneciam em pé. Entre eles, a maioria eram seguranças, e havia seis homens acomodados ao redor de uma mesa.
Quando entramos na sala, todos os olhares se voltaram imediatamente para nós. Notei que algumas mulheres sussurravam entre si, lançando olhares curiosos.
À medida que nos aproximávamos, o homem que acompanhava Fabi fez um gesto para que o homem ao meu lado se sentasse na poltrona ao seu lado. Fabi, sentada sobre a perna direita dele, mantinha um sorriso constante, como se nada ali a perturbasse.
— Por favor, sente-se — ele disse, dirigindo-se a mim.
— Como? — perguntei, surpresa.
Todos na sala nos observaram, e pude ver a surpresa estampada em seus rostos. Ninguém esperava essa reação.
— Está tudo bem. Eu prefiro ficar em pé — respondi delicadamente.
— Prefiro que você se sente — ele insistiu, apontando para a poltrona com um tom que demonstrava firmeza. — Eu insisto.
Quando entramos na sala, todos os olhares se voltaram imediatamente para nós. Notei que algumas mulheres sussurravam entre si, lançando olhares curiosos.
À medida que nos aproximávamos, o homem que acompanhava Fabi fez um gesto para que o homem ao meu lado se sentasse na poltrona ao seu lado. Fabi, sentada sobre a perna direita dele, mantinha um sorriso constante, como se nada ali a perturbasse.
— Por favor, sente-se — ele disse, dirigindo-se a mim.
— Como? — perguntei, surpresa.
Todos na sala nos observaram, e pude ver a surpresa estampada em seus rostos. Ninguém esperava essa reação.
— Está tudo bem. Eu prefiro ficar em pé — respondi delicadamente.
— Prefiro que você se sente — ele insistiu, apontando para a poltrona com um tom que demonstrava firmeza. — Eu insisto.
Sob os olhares atentos de todos, sentei-me com uma graça discreta.
— Então, senhores... — começou o homem que acompanhava Fabi, cujo nome era Hassan.
A conversa se desenrolou por quase uma hora, e eu me sentia cada vez mais imersa no ambiente. De repente, senti um toque sutil em meu ombro direito. Era ele, o homem que até aquele momento eu ainda não conhecia pelo nome.
Enquanto as outras meninas serviam bebidas, ele se destacava ao perguntar com frequência se eu precisava de algo. Suas mãos, ao contrário, eram sempre gentis e cuidadosas, como se ele quisesse se certificar de que eu estava confortável.
Ao me inclinar ligeiramente para a direita, ele pareceu perceber a pressão sutil em meu ombro. Num gesto quase imperceptível, ele se abaixou, aproximando-se o suficiente para que sua respiração quente e abafada acariciasse minha orelha com uma intimidade desconcertante.
— Me desculpe! — sussurrou ele, com um tom profundo e sedutor que parecia envolver cada sílaba. Senti um arrepio percorrer minha espinha, uma onda de sensações provocadas pelo calor da sua respiração e pela proximidade de seus lábios. Seu sussurro parecia se perder no meu pescoço, e por um breve momento, a sensação era quase como uma carícia. O aroma do meu perfume parecia envolvê-lo, e pude sentir que ele estava absorvendo cada nuance do meu cheiro com uma respiração lenta e profunda.
Era como se ele estivesse tentando capturar cada essência de mim, a sensação de sua presença tão próxima criando uma cumplicidade quase elétrica entre nós. O tempo parecia desacelerar, e aquele breve toque, com seu sussurro e o calor de seu corpo, transformava o ambiente em algo intensamente pessoal e sedutor.
— Sem problema — respondi, um pouco sem fôlego. Afastei meu cabelo para o lado esquerdo, enquanto ele permanecia firme e imponente ao meu lado.
A presença dele, tão próxima, aumentava a sensação de intimidade e tensão. Eu podia sentir o calor do seu corpo ao meu lado, e isso fazia meu coração bater mais rápido. O ambiente ao redor parecia se fechar, os olhares dos homens começando a se fixar em nós com um interesse inquietante. Mesmo com a máscara cobrindo parte do meu rosto, eu sentia aqueles olhares penetrantes me avaliando de cima a baixo, como se estivessem tentando descobrir cada detalhe escondido.
Um dos homens chamou Fabi, que se aproximou e começou a conversar com ele. O tom de voz deles era cada vez mais baixo e carregado de segundas intenções. Foi então que um dos homens começou a se gabar de um serviço que havia feito recentemente, mencionando uma informação valiosa que havia comprado e com a qual ganhou uma quantia considerável.
Pela primeira vez naquela noite, o homem ao meu lado se envolveu na conversa. Seu tom era calmo, mas eu percebi uma intensidade crescente em sua expressão.
— Entendo — disse ele, com um olhar que sugeria um interesse contido.
A conversa tomou um rumo mais sombrio quando o homem começou a descrever, com uma satisfação perturbadora, como havia roubado um documento e espancado o entregador apenas por diversão. Sua descrição detalhada de violência fez com que a expressão do homem ao meu lado mudasse instantaneamente. Seus punhos se cerraram com força, e um brilho de raiva fria surgiu em seus olhos.
Foi nesse momento que Hassan, interrompendo a conversa com uma autoridade quase palpável, pediu uma pausa. O ambiente ficou carregado de uma tensão palpável, a mudança súbita de foco criando um silêncio carregado de expectativas.
— Sem problema — respondi, um pouco sem fôlego. Afastei meu cabelo para o lado esquerdo, enquanto ele permanecia firme e imponente ao meu lado.
A presença dele, tão próxima, aumentava a sensação de intimidade e tensão. Eu podia sentir o calor do seu corpo ao meu lado, e isso fazia meu coração bater mais rápido. O ambiente ao redor parecia se fechar, os olhares dos homens começando a se fixar em nós com um interesse inquietante. Mesmo com a máscara cobrindo parte do meu rosto, eu sentia aqueles olhares penetrantes me avaliando de cima a baixo, como se estivessem tentando descobrir cada detalhe escondido.
Um dos homens chamou Fabi, que se aproximou e começou a conversar com ele. O tom de voz deles era cada vez mais baixo e carregado de segundas intenções. Foi então que um dos homens começou a se gabar de um serviço que havia feito recentemente, mencionando uma informação valiosa que havia comprado e com a qual ganhou uma quantia considerável.
Pela primeira vez naquela noite, o homem ao meu lado se envolveu na conversa. Seu tom era calmo, mas eu percebi uma intensidade crescente em sua expressão.
— Entendo — disse ele, com um olhar que sugeria um interesse contido.
A conversa tomou um rumo mais sombrio quando o homem começou a descrever, com uma satisfação perturbadora, como havia roubado um documento e espancado o entregador apenas por diversão. Sua descrição detalhada de violência fez com que a expressão do homem ao meu lado mudasse instantaneamente. Seus punhos se cerraram com força, e um brilho de raiva fria surgiu em seus olhos.
Foi nesse momento que Hassan, interrompendo a conversa com uma autoridade quase palpável, pediu uma pausa. O ambiente ficou carregado de uma tensão palpável, a mudança súbita de foco criando um silêncio carregado de expectativas.
Todos se levantaram e se dirigiram rapidamente ao bar na sala. O homem que estava ao meu lado, no entanto, saiu com uma urgência incomum, deixando um rastro de inquietação no ar.
Eu também me levantei, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, senti um aperto firme em meu braço. Era o homem que havia me observado de forma estranha minutos antes. Seu toque era excessivamente forte, quase doloroso.
— Você é muito linda, sabia? — Ele murmurou, sua voz carregada de uma mistura inquietante de desejo e possessividade.
— Sen... senhor, está me machucando — eu consegui dizer, lutando para me soltar. A dor era real e fazia com que minha respiração ficasse entrecortada.
— Por favor, solte-a — Fabi interveio, aproximando-se com uma expressão de preocupação. Ela tentou suavemente tirar a mão dele do meu braço, enquanto passava a mão pelo seu peito em um gesto que misturava autoridade e afeto. — Já falamos sobre isso, Alberto.
— Eu sei que já falamos — Alberto respondeu, seu tom implacável e a intensidade em seus olhos não deixavam margem para dúvidas. — Mas ela não pode fazer uma exceção para mim?
Sem esperar uma resposta, Alberto tentou puxar a máscara do meu rosto com um movimento brusco. A ação foi abrupta e invasiva, aumentando a tensão no ar.
— Deixe-me ver esse lindo rostinho — murmurou Alberto, tentando puxar a máscara do meu rosto com uma insistência inquietante.
Ao tentar desviar da mão dele, perdi o equilíbrio por um instante. Mas então, senti uma presença firme e reconfortante atrás de mim. Uma mão forte e protetora apertava minha cintura do lado esquerdo, enquanto a outra segurava minha mão, que lutava para manter a máscara no lugar.
O calor do corpo dele nas minhas costas fazia meu coração acelerar. O contato era intenso, uma mistura de segurança e desejo que me fazia sentir cada músculo e cada respiração. Consegui me equilibrar novamente, tentando amarrar a máscara com mãos trêmulas. No processo, meus cabelos caíram soltos ao redor do meu rosto.
— Se a moça não quer tirar a máscara, qual é o problema? — a voz daquele homem que me acompanhava soou novamente, com um tom desafiador. Ele havia reaparecido ao meu lado, posicionando-se em minha frente, enquanto Fabi tentava ajudar a ajustar a máscara.
— Quem você pensa que é para se meter onde não é chamado? — Alberto respondeu, quase gritando, e sua reação chamou a atenção de todos na sala.
Hassan se moveu rapidamente, seu olhar era penetrante e carregado de uma intensidade que parecia repelir Alberto. Ele se colocou entre nós, tentando afastar o homem com uma postura ameaçadora.
— Por favor, me desculpe — eu disse, dirigindo-me ao homem que me acompanhava, enquanto tentava compensar o tumulto.
Quando Hassan conseguiu afastar Alberto, virei-me para ele. No instante em que nossos rostos se encontraram, havia uma eletricidade palpável no ar. Suas mãos, agora envoltas em um gesto de proteção, me puxaram para mais perto. Nossos olhares se cruzaram profundamente, e eu pude ver que seus olhos verdes brilhavam como esmeraldas, mas também carregavam uma escuridão sutil. Um arrepio percorreu minha espinha.
Ele parecia perceber o impacto que estava causando, e deu um passo para trás, os olhos fixos em Hassan com um tom autoritário. Em um movimento de proteção, procurou minha mão e a segurou com firmeza, transmitindo uma sensação de segurança e apoio que contrastava com a tensão do momento.
— Desculpe, senhor Fontenele. Alberto costuma se alterar um pouco quando bebe — Hassan se desculpou, seu tom nervoso evidente.
O nome dele era Fontenele, ou talvez fosse o sobrenome. A revelação fez meu coração acelerar e uma nova tensão pairou no ar.
— Segure seu homem, senhor Hassan. Não é assim que se trata uma dama — Fontenele disse com uma firmeza imponente, sua voz carregada de uma autoridade que fazia o ambiente estremecer.
Alberto, atônito e claramente abalado, vacilou diante da presença dominadora de Fontenele.
— Você disse Fontenele? Da família Bragante? — Alberto perguntou, seu tom agora uma mistura de surpresa e temor.
— Sim — confirmou Hassan, com um olhar que transbordava agressividade e ameaça.
Eu recuei um passo, sentindo a força protetora de Fontenele ao meu lado. Fabi, com uma expressão que misturava admiração e alívio, se aproximou ainda mais.
— Que sorte você tem. Encontrar um Bragante na sua primeira vez aqui — Fabi sussurrou, seu sorriso entre espanto e curiosidade.
— Como assim? — Perguntei, o medo crescendo enquanto tentava entender a situação.
— A família Bragante é uma das mais poderosas e influentes do país. Dizem que eles controlam a máfia local — Fabi explicou, o olhar dela carregado de preocupação.
— O que você está dizendo? Máfia? Onde você me meteu? — minha voz tremia de pânico, o coração batendo descontrolado com a revelação.
— Calma! Se eu soubesse que você ficaria tão nervosa, não teria dito nada — Fabi tentou me acalmar, a ansiedade evidente em seu olhar.
Enquanto tentava respirar fundo para acalmar o tumulto dentro de mim, senti a presença sólida e protetora de Fontenele ao meu lado. Ele ainda segurava minhas mãos com firmeza, sua postura de vigilância criando uma bolha de segurança ao meu redor. Seu olhar intenso e autoritário mantinha Alberto e qualquer ameaça à distância, oferecendo-me um senso de proteção que suavizava o medo crescente. A proximidade de seu corpo e a atenção constante dele eram como um escudo contra o caos que me cercava, e eu me agarrava à sensação de segurança que ele proporcionava.
— Mas quem você acha que acompanhamos? Políticos, na maioria das vezes, mas principalmente criminosos — Fabi falou com uma naturalidade inquietante, como se fosse uma conversa cotidiana.
— Você está bem? — o homem, que agora sei que se chama Bragante, perguntou com um olhar de genuína preocupação. Quando notou que meu braço estava marcado pelo aperto de Alberto, sua expressão se transformou, revelando um cuidado protetor.
— Não muito — respondi, abanando-me com as mãos e queixando-me levemente da dor no braço. Fabi, por sua vez, se afastou e se recolou a Hassan, que estava ao seu lado.
— Vamos tomar um ar então — Bragante sugeriu, indicando a direção de uma porta. Sua familiaridade com o local era evidente, como se ele já estivesse ali várias vezes.
Alguns minutos depois, nos encontrávamos na cobertura, com uma vista deslumbrante.
— Nossa, aqui é lindo — exclamei, abrindo os braços e respirando fundo o ar fresco, com um leve aroma de fumaça que, naquele momento, parecia o oxigênio mais puro que eu já havia sentido.
— Sim, é verdadeiramente encantador — Bragante murmurou, sua voz macia e envolvente como um sussurro noturno.
Virei-me lentamente para encará-lo e o encontrei com as duas mãos casualmente enfiadas nos bolsos da calça, uma de cada lado. Sua camisa cor de vinho estava arregaçada até o cotovelo, revelando músculos que pareciam se expandir e contrair com cada movimento sutil. Seus cabelos castanhos, desordenados pelo vento, esvoaçavam de maneira sedutora, dando-lhe uma aura quase primordial.
A visão dele era tão hipnotizante que eu poderia ter passado a noite inteira apenas contemplando sua presença. No entanto, minha atenção foi capturada pela cidade de Veneza à minha frente, um panorama que eu amava, mas que nunca tinha visto de um ângulo tão majestoso.
— É a primeira vez que você faz isso, não é? — ele perguntou, o tom da voz carregado com uma mistura de curiosidade e sedução. Seu olhar estava fixo em mim, seus olhos verdes brilhando com uma intensidade que misturava preocupação e um desejo sutilmente palpável. A forma como ele me observava parecia penetrar minha alma, como se ele tentasse desvelar cada segredo escondido atrás da minha máscara.
Eu senti o calor do seu olhar me envolver, como se suas palavras fossem carícias silenciosas que tocavam minha pele. Havia algo profundamente intimista e quase erótico na maneira como ele me avaliava, um desejo implícito de entender cada nuance do meu ser enquanto se mantinha perto o suficiente para oferecer proteção e conforto.
Esse homem parecia ser capaz de ler pensamentos, como se fosse um dom inato.
— Por que você acha isso? — Ele finalmente sorriu, um sorriso sutil e encantador que tinha a força de um magnetismo irresistível.
— Já vi essa expressão antes: arrependimento, medo, adrenalina. Adivinhei certo? — Ele perguntou, com um tom de voz que misturava curiosidade e sedução.
Era impossível negar. Sua percepção estava spot-on.
— Mais ou menos isso — respondi, um sorriso tímido surgindo em meus lábios.
— Posso lhe perguntar algo? — Seu olhar fixo em mim, quase como se estivesse tentando desbravar cada camada da minha identidade.
— Sim.
— Por que a máscara? Você parece uma mulher fascinante. Por que se esconder?
— Não se trata de esconder, mas de se proteger. Separar o que eu faço do que eu sou. O que precisei fazer hoje não define quem eu sou — expliquei, meu tom de voz carregado de uma vulnerabilidade que ele parecia captar sem esforço.
— Boa resposta! — Ele disse, movendo-se para a beira, seu corpo elegantemente projetado na direção oposta ao vento que balançava sua camisa cor de vinho.
Fabi apareceu rapidamente, interrompendo o momento íntimo com seu comentário.
— Tudo bem por aqui? — Ela perguntou, com uma leve preocupação em seu tom.
— Sim, tudo bem. Mas o que está acontecendo lá dentro? — Perguntei, ainda perturbada pela troca de olhares.
— Parece que alguém fez uma cagada e agora estão preocupados que isso afete os negócios dele — Fabi explicou, a tensão em sua voz denunciava a gravidade da situação.
Bragante esboçou um sorriso irônico, como se conhecesse os meandros do caos que se desenrolava.
— Vamos voltar para dentro. Já que você está melhor — sugeriu, seu tom suave e protetor.
— Sim. Vamos — concordei, começando a seguir Fabi.
No entanto, ele me segurou pelo braço com uma delicadeza surpreendente. Seu toque era tão suave quanto a seda, contrastando fortemente com a brutalidade de Alberto. Havia uma aura protetora e um misto de desejo que emanava dele, envolvendo-me em um manto de segurança e sedução.
Ele se aproximou ainda mais, seu corpo quase colado ao meu. O calor de sua presença era palpável, e sua aura de autoridade se misturava com uma sedução irresistível. Seu olhar estava carregado de uma preocupação genuína, mas também de um desejo oculto, quase palpável.
— Senhorita, você não pertence a este mundo — ele sussurrou, a voz baixa e carregada de um tom quente e íntimo que me fez estremecer. — Ouça um conselho sincero: você é incrivelmente inteligente e sedutora. Compreendo os motivos que a levaram a estar aqui, mas recomendo que não retorne à sala.
Enquanto falava, sua mão deslizou suavemente ao longo de uma mecha solta do meu cabelo, envolvendo-a com um toque que era tanto carinhoso quanto possessivo. A sensação de seus dedos, tão próximos à minha pele, fez meu coração acelerar e minha respiração falhar por um momento.
Seu olhar se desviou para o meio das minhas costas, onde uma tatuagem discreta, uma pequena rosa, se escondia sob o vestido. Ele deslizou a mão ao longo da minha coluna, seus dedos acariciando a tatuagem com um toque lento e apreciativo. A sensação de sua pele contra a minha era eletricamente carregada, e eu senti um arrepio percorrer todo o meu corpo.
— Essa tatuagem — ele murmurou, sua voz quase um sussurro, carregada de uma curiosidade sedutora. — É uma obra de arte tão sutil e fascinante. Não pude deixar de notá-la. Como uma parte de você que se esconde, mas também é reveladora.
Aquelas palavras, acompanhadas pela intensidade de seu toque, despertaram uma reação visceral em mim. A proximidade dele, a maneira como sua respiração quente acariciava minha pele, era uma combinação irresistível de medo e desejo.
— Como assim? — Perguntei, minha voz tremendo com uma mistura de confusão e desejo, enquanto a sensação de seu toque deixava uma marca indelével em minha mente.
Ele se inclinou ainda mais perto, seus lábios roçando meu pescoço com um beijo lento e ardente. Cada toque era uma carícia que fazia meu corpo tremer, e seu hálito quente contra minha pele era um convite para explorar um desejo profundo e inexplorado.
— Apenas me obedeça — sussurrou, seus lábios ainda pressionados contra meu pescoço, sua respiração quente e íntima. — Eu gostaria muito de conhecê-la em circunstâncias mais... apropriadas. Aquelas palavras eram como um toque suave, um convite para um mundo que eu mal compreendia.
Enquanto seus lábios roçavam meu pescoço, senti uma chama ardente se acender dentro de mim. Pela primeira vez em anos, um desejo primitivo e intenso me dominou, fazendo meu coração bater descompassado.
Ele se afastou lentamente, seus olhos mergulhando nos meus em um olhar que parecia penetrar minha alma. O tempo parecia congelar enquanto ele me observava, seu olhar tão intenso e carregado de emoção que me deixou sem fôlego. Então, antes de voltar para a sala, ele parou e, com um último olhar profundo, retirou uma arma de sua cintura. A visão do metal frio e reluzente fez um calafrio percorrer minha espinha.
O som de gritos e tiros começou a ecoar, misturando-se com o caos que se desenrolava. O pânico me tomou de assalto, e eu corri para uma sala próxima, trancando-me rapidamente dentro. O barulho de homens gritando e o caos se intensificava do lado de fora.
Algumas mulheres começaram a bater desesperadamente na porta. Entre elas, reconheci a voz de Fabi. Ao abrir a porta, uma onda de mulheres entrou, algumas cobertas de sangue, outras apenas aterrorizadas. Ajudando-as a limpar o sangue, percebi que não parecia ser delas.
Perguntei o que havia acontecido, mas ninguém tinha respostas claras. Até mesmo Fabi estava em choque, seus olhos vazios refletindo a gravidade da situação.
— Só resta esperar que tudo acabe logo — uma das mulheres comentou com um tom resignado, como se a experiência de enfrentar tal caos fosse algo habitual para ela.
Enquanto esperávamos, a sensação de um mistério profundo e uma ameaça invisível pairava no ar, misturando-se com o desejo ardente e a preocupação que Bragante havia despertado em mim. O suspense da noite se entrelaçava com a intensidade dos sentimentos que ainda ferviam em meu peito, como uma chama que não se apaga.
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Atualizado até capítulo 47
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