A plateia estava em mutismo, totalmente atônitos. Ninguém esperava por isso, com certeza não haviam previsto que ela teria poder o suficiente fazer invocações na arena, embora não seja proibido, estava óbvio que não queriam que ela estivesse viva agora. Dentro de sua cabeça ela pôde ouvir a risada profunda do Dragão.
— Seu desejo é uma ordem — ele voo em direção a assassina que estava parada, não sabendo como reagir, quando se deu conta do que estava prestes a acontecer, já era tarde demais.
Ele a arremessou para cima, fazendo-a cair direto em sua boca, como se fosse um peixe que acabará de pescar. Todos soltaram um suspiro coletivo de horror, então um lobo correu em direção a Galatéia que estava debilitada, praticamente sem sangue, no chão. A fera pulou em cima dela, mordeu o seu antebraço arrancando sua pele com dentes afiados, fazendo-a urrar e chorar de dor.
O rei procurou novamente pelas arquibancadas pelo seu intruso quando finalmente notou o que estava errado; Os lobos. Em toda a luta eles não fizeram grandes movimentos e embora um tivesse a atacado agora o outro estava sentado, observando o outro degustar de sua pele.
O dragão voo ágil até sua rainha.
— Não o coma! — O rei ordenou.
Tarde demais.
O dragão já havia engolido os dois lobos de uma só vez.
Sua fonte de informações acabou de virar comida. Beron bateu com força na grade que o separava da arena, agora seria mais complicado descobrir o que se passava no Conselho da Elite. Galatéia caiu no chão, seus olhos se fechando lentamente, não os conseguindo manter abertos, estava fazendo um grande esforço para conseguir se manter acordada
— Me mande de volta, minha rainha. O meu trabalho está feito. — o dragão se curvou para a garota no chão.
— Você me... sugou... tudo — ela tentou sorrir, mas acabou se engasgando, então caiu na inconsciência.
...[...]...
O sol forte que entrava pelas janelas queimava seu rosto, apesar da dor de cabeça, a mesma forçou a se erguer de onde estava. Porém, deteu-se ao sentir um peso encima de si, levantou-se lentamente, indo para o lado, olhando para o homem que dormia profundamente com os braços envolto dela. Galatéia botou uma mecha de cabelo para trás, fixando seu olhar na expressão de Illis que parecia tão plácido. Aos poucos ele abria seus olhos, talvez adivinhando que estava sendo observado.
Illis se dando conta do que fazia, levantou-se da cama em um pulo, seu rosto corando de vergonha à medida que seu coração ameaçava saí pela boca, ele olhou para todos os lados, nervoso.
— D-desculpe! E-eu... não queria invadir sua privacidade — limpou a garganta. — Peço perdão pelo meu comportamento inapropriado — sua postura ficou rígida, formal até demais.
— Não se preocupe, eu gostei.
— Ahn? — se engasgou.
Ela olhou curiosa para onde estava deitada.
— Eu não sabia que este local servia para dormir, já havia vindo em terra antes, mas sempre dormir no chão das cavernas — sentada, ela deu uns pulinhos. — Gosto mais de dormir nisto aqui, é confortável.
Illis sentiu-se feliz por compartilhar esse momento com ela. Não é todo dia que alguém se agrada com coisas tão frívolas da vida após escapar da morte.
— Onde vocês dormem... na água? — hesitou, não sabendo se deveria perguntar sobre os costumes de outro povo.
Gall deu de ombros.
— Se você tiver uma casa, ok. Se não tiver, procure uma caverna senão irá acabar flutuando na água e consequentemente corre o risco de ser visto por humanos — ela se joga para trás, com os braços abertos no colchão macio e dos lenços de seda. — Geralmente não precisamos dormir, então não é uma preocupação diária.
Antes que pudesse fazer mais perguntas, Dáiríne entra na sala, esbaforida.
— Me desculpa, minha rainha! Juro que eu não sabia de nada! — lágrimas estava deixando sua visão embaçada, ela se aproximou de Galatéia segurando sua mão com as duas e pedindo perdão freneticamente. — Por favor, me perdoa me perdoa me perdoa!!
Gall estava estupefata, não tinha a mínima ideia do que a outra estava se referindo.
—Dáiríne, calma! — A garota parou de falar, respirando fundo e engolindo o choro. — Isso... agora me diga exatamente o porquê de você está pedindo desculpas — pediu, suavemente.
A garota de cabelos azuis inspirou antes de responder:
— Trocaram os seus remédios.
O queixo da outra caiu.
— O quê?!
— Mas eu juro que não tenho nada a ver com isso! — apressou-se.
— Então como você descobriu isso?
Dáiríne morde os lábios, incerta se deveria abrir a boca ou não, porém acaba suspirando, derrotada. Uma hora a outra iria saber, sendo por ela ou não.
— Tem alguém aqui dentro do Palácio que está envenenado as concorrentes, tentaram com você, mas o veneno em vez de matá-lá apenas anulou seus poderes por algumas horas.
Galatéia refletiu por um momento, lembrando que na arena não conseguiu usar mágica e que só havia conseguido usufruir um pouco porque guardava um bocado em seu sangue. Então seu rosto virou bruscamente, lembrando de algo que não havia percebido.
— Como assim sendo envenenadas? O número de criaturas estavam corretos na lista que eu havia visto — sua testa estava franzida.
— Sim, eles estão tentando não chamar muita atenção, por isso tiveram que achar substitutas — confessou, baixinho.
Repentinamente os eventos vieram em sua mente, lembrando-a do que ocorreu antes da luta, a raiva súbita se apossou de si de uma forma que nem ela pôde se controlar. Então também notou que não estava mais ferida... há não ser pela coxa que estava coberta, sabia que a cura para esta nem a água resolveria e que teria que dar um jeito logo porque amanhã ainda teria mais uma luta para vencer.
— Quem me levou para a água? — tirou o cobertor de suas pernas, botando seus pés no chão sentindo arrepios involuntários subir por sua espinha por conta do contato com o chão gélido.
— O rei.
— O Rei? — Gall abriu a boca, chocada.
Illis assentiu. Por mais que tenha achado essa atitude nobre, Gall ainda sentia frustação.
O desgraçado havia tentado matar ela!
Decidida a perguntar qual era a dele, ela calçou seus sapatos as pressas.
— Aonde eu posso encontrar ele? — sua fúria estava contida, se fosse pra despejar em alguém que seja em Beron.
— Ele disse que você saberia onde ele estava - Illis se encolheu, uma pitada de decepção passou por seus olhos, mas ele se recompôs. — Aproveite a noite, amanhã você ainda...
Mas ela já havia saído disparada para fora da tenda em busca do seu rei maldito.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 44
Comments
Angela Valentim Amv
Eu tenho certeza de que não é ele , mas outras forças ocultas .
2023-11-18
0
Carla Andrade
porque matar as oponentes?
2023-10-24
0
Valda Martins
O porque dos envenenamento
2022-05-25
1