Corte dos superiores

O suor escorria por seu rosto e corpo, enquanto ela fazia movimentos com a espada. Hoje era o último dia que Galatéia teria para treinar, por algum milagre ela realmente aproveitou essa chance para fazer isto. Depois da quase luta que teve com uma das mulheres do clã demoníaco, ela tinha certeza que precisava treinar mais do que estava acostumada se quisesse ao menos passar da primeira fase do torneio. Não que isso fosse algo realmente difícil, porém ela queria evitar surpresas já que as subestimava demais.

   A carnificina para entretenimento estava quase no seu ápice, todas pareciam super empolgadas para mostrar seu valor na arena, mesmo que isso envolvesse matar outras. No mundo humano a maioria das mulheres desprezam qualquer guerra entre elas, mas aqui era preciso se quiséssemos algum reconhecimento. Infelizmente isso as levava a agir de forma estulta, embora a briga agora envolva um homem, raramente as questão de luta era por esse foco. Como agora, casar com Azhill é apenas um bônus perante a glória que seria vencer.

   Galatéia enterrou sua espada no tronco de uma árvore, deixando-a alí. Tomou ar, amarrando seu cabelo em um coque frouxo. Ela olhou para o lago, refletindo se seria uma boa ideia apenas dá um mergulho em sua forma humana. Estava quase escurecendo, então provavelmente não havia perigos de ser vista por outros.

E se houvesse feras, ela saberia lutar.

    Lutar com animes sempre é mais fácil do que com pessoas que ainda se consideram humanas sendo que já são um monstro, não só por sua origem, mas por sua alma. Querendo ou não, se existia mesmo um inferno, estavam todos condenados à ele.

   As árvores tampava a maior parte de tudo, mas a pequena cachoeira de água cristalina estava bastante convidativa. Galatéia se virou, deixando que seu vestido caísse ao seus pés, então os deixou encima de uma rocha. Colocou apenas um pé, sentindo a temperatura, até que tomou coragem para colocar o outro, andou lentamente até que a água estivesse sob sua cintura, contudo ao se dá conta de que não estava sozinha, soltou um grito agudo.

— Mas que merda! Por que diabos não disse nada? — cobria seus seios com as mãos, embora não fosse realmente uma criatura tímida.

— E perder esse show? Não mesmo — ele sorriu ardilosamente, negando com a cabeça.

— Você é um estúpido! — resmungou, se afastando dele.

— Não vá, aproveite um pouco comigo... — sua voz alertava perigo. — Eu não mordo.

— E quem disse que estou me retirando? Estou apenas me afastando de você — disse, sentando-se em uma distância segura, dentro da água, na parte rasa.

— Ora ora — riu.

— Você tem algum tipo de problema mental? — Ela soltou seus cabelos brancos.

A risada do rei cessou, seus olhos escuros focado na garota branca de aparência frágil. Parecia uma pequena boneca de pano, até pela cor de pele. Chegava até sentir medo de toca-la, como se sua pele de leite fosse se desfazer por seus dedos, contudo seu sentido animal queria a maltratar, não por ser sereia, mas ele queria ver sua reação. Será se ela gostaria? Imaginou seu rosto se contorcendo de prazer, revirando os olhos...

— Para de me encarar assim, tô ficando com medo.

Beron limpou a garganta, pela primeira vez se sentindo constrangido na frente de uma mulher. Galatéia o ignorando, fechou seus olhos, aproveitando a água.

— Illis me informou que você é bastante madura, não entra em brigas sem necessidade, sabendo que pode ganhar  — O rei tentou mudar de assunto de forma descontraída.

— Se vocês consideram uma pessoa que se deixe apanhar de madura, então com certeza eu sou mesmo, bastante madura  — se mexeu na água, como se procurasse uma posição confortável.

—  Não foi exatamente isso que eu quis dizer, mas entendo o porquê de ter entendido dessa forma — O rei parecia processar uma ideia, até que se levantou.

Galatéia abriu os olhos automaticamente, se deleitando com a visão do seu traseiro perfeitamente esculpido. Sua boca se abriu em um "O" surpreendida.

— Está gostando da vista? — a voz dele saiu roca, enquanto ele se vestia, ainda de costas para ela.

Galatéia sentiu seu rosto ficar vermelho, portanto em vez de responder, fechou seus olhos novamente, como se ele não tivesse falado com ela.

— Me responda... — começou. Gall reabriu seus olhos, Beron a olhava com a testa franzida. — O que vai acontecer com você se demostrar ainda ser útil para a Elite?

Galatéia refletiu por um tempo. Ela havia se feito essa pergunta várias vezes, contudo não achou uma resposta. Ao mesmo tempo que tudo parecia tão simples, também parecia complicado. Por que a enviaram para morrer alí? E se não morresse o que aconteceria depois? As coisas ainda seriam a mesma ou teriam planos para ela? E se não for como ela pensa que é?

— Eu não faço ideia — respondeu, baixinho.

O rei concordou com a cabeça, retirando-se e adentrando a floresta de volta para seu trono.

   Amanhã seria sua primeira batalha depois de anos, passou muito anos aproveitando os benefícios e as desvantagens de ser uma guerreira de classe alta sem de fato provar que merecia esse título. Agora ela teria a chance de mostrar para todos que, se a quisessem morta, teriam que trabalhar duro, porque ela não lhes daria sua vida de mão beijada.

   Não importa o que acontecesse ou o que entraria no caminho, ela entrará nessa guerra para vencer.

   Ao longe, um dos noturnos da corte dos superiores estava sentado no galho de uma árvore alta. Seus lábios se ergueram em um sorriso sagaz, com a mão no rádio de comunicação, ele mandou sua mensagem:

— O rei está se aproximando dela.

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Comments

Angela Valentim Amv

Angela Valentim Amv

Hummmm estão sendo vigiados , mas tomara que a ajudem quando for nescessário .

2023-11-18

0

Valda Martins

Valda Martins

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2022-05-25

0

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