A manhã parecia tranquila demais na mansão Bianchi. Valentina acordou sozinha na cama. O lado de Enzo estava vazio, mas ainda quente. O silêncio da casa era estranho… carregado.
Ao abrir a porta do quarto, encontrou sobre o tapete um buquê de rosas vermelhas. Eram belas… mas algo estava errado.
Ao se aproximar, sentiu o cheiro forte de ferro e podre. Ao tocar uma das flores, viu que as pétalas estavam manchadas… de sangue fresco.
No meio das rosas, um bilhete.
> “Toda rainha tem um preço. E o seu está perto de ser cobrado. — G.”
O coração de Valentina acelerou. Giulia tinha começado o jogo.
Ela pegou o bilhete, engoliu a raiva, e marchou até o escritório de Enzo.
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Enzo estava reunido com Lorenzo e dois capos russos. Quando viu Valentina entrar, pálida e furiosa, soube que algo havia acontecido.
— Preciso falar com você. Agora.
Enzo pediu licença e a seguiu até o corredor. Antes que ele dissesse qualquer coisa, ela mostrou o buquê ensanguentado e o bilhete.
— Foi ela. A vadia da Giulia.
Ele leu, cerrou os punhos e os olhos escureceram com fúria.
— Eu vou acabar com isso agora.
Mas Valentina o segurou pelo braço.
— Não. Se você for atrás dela, vai virar guerra com os Conti. Não podemos agir assim… ainda.
— Você quer que eu fique parado enquanto ameaçam a mulher que eu amo?
Aquelas palavras foram um choque. “Mulher que eu amo.”
Ela o olhou, surpresa.
— Você me ama?
Ele respirou fundo.
— Não tem outro nome pra isso, Valentina. Eu amo você. E ninguém vai tocar no que é meu.
Ela sorriu, apesar do caos. E o beijou com força, como se quisesse apagar todo o veneno deixado por Giulia.
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Naquela noite, Valentina foi pessoalmente até o salão do cassino onde sabia que Giulia estaria.
Entrou com um vestido preto colado ao corpo, salto alto e um olhar afiado como navalha. Todos os olhares se voltaram para ela — inclusive o de Giulia, que bebia vinho rodeada por aliados.
— Que honra — Giulia ironizou. — A rainha resolveu descer do trono.
Valentina caminhou até ela e se inclinou devagar, sussurrando ao seu ouvido:
— Se tocar em mim de novo, eu não envio bilhetes. Eu envio balas.
Giulia soltou uma risada fria, mas havia tensão em seus olhos.
— Você não é uma de nós, Valentina. Não nasceu nesse mundo. Vai acabar afundando nele… e arrastando o Enzo junto.
Valentina se endireitou, olhando firme para todos ali.
— Eu não sou uma de vocês. Sou melhor. Porque não preciso usar veneno quando tenho coragem de encarar de frente.
E saiu do salão com os olhos de todos em suas costas. Inclusive os de um dos capos, que murmurou para Giulia:
— Ela tem fogo. E isso assusta mais do que qualquer arma.
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Na mansão, mais tarde, Enzo esperava Valentina no quarto. Ao vê-la entrar, jogou o paletó sobre a cadeira e a puxou pela cintura.
— Você foi até ela?
— Sim — ela respondeu. — Deixei claro que não brinco com ameaça.
Ele a empurrou contra a parede e a beijou com intensidade. Aquilo o deixava louco: ver a mulher que amava enfrentando o mundo por ele.
Ela envolveu as pernas ao redor dele, e ele a segurou com firmeza. Sem tirar a roupa, a penetrou ali mesmo, com urgência e paixão.
— Minha mulher. Minha rainha. Você não tem noção do que faz comigo — ele murmurava entre beijos.
Ela arranhava as costas dele, gemendo de prazer, os corpos colidindo com força e desejo. Quando ambos gozaram, ofegantes, ele encostou a testa na dela e disse:
— Agora é guerra, Valentina. E nós vamos lutar juntos.
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Atualizado até capítulo 36
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