Entre a Verdade e a Mentira

Helena sentia sua cabeça girar com as revelações de Lorenzo. Seu pai, um traidor? Tudo o que conhecia sobre sua família agora parecia um enorme quebra-cabeça sem solução.

Lorenzo caminhava pelo escritório, a expressão sombria.

— Eu preciso de provas concretas antes de tomar qualquer decisão — ele disse, cruzando os braços.

Helena o encarou, sentindo a tensão no ar.

— E se as provas mostrarem que meu pai realmente roubou de você? O que vai fazer?

Ele desviou o olhar por um instante antes de responder.

— Se ele estiver vivo, eu vou encontrá-lo. E ele vai pagar pelo que fez.

O coração de Helena disparou. Ela não podia permitir que Lorenzo o machucasse, mesmo que seu pai fosse culpado.

— Você não pode simplesmente decidir quem vive ou morre!

Lorenzo estreitou os olhos para ela.

— No meu mundo, Helena, é assim que funciona.

O silêncio entre eles foi interrompido por Marco, que entrou apressado na sala.

— Conseguimos uma pista sobre Roberto Salvatore. Ele foi visto em Palermo há dois dias.

Lorenzo assentiu, pegando seu casaco.

— Preparem tudo. Vamos para a Sicília.

Helena arregalou os olhos.

— Vamos? Você quer que eu vá junto?

Lorenzo parou diante dela, analisando sua reação.

— Se quer respostas sobre seu pai, precisa estar lá quando encontrarmos Salvatore.

Ela hesitou. Ir significava se aprofundar ainda mais naquele mundo perigoso. Mas ficar para trás a deixaria presa na incerteza.

— Eu vou — disse, determinada.

Lorenzo deu um sorriso satisfeito.

— Então prepare-se. Partimos ao amanhecer.

Naquela noite, Helena não conseguiu dormir. Sua mente estava cheia de dúvidas. Poderia confiar em Lorenzo? Ou ele só a estava usando para conseguir o que queria?

Ao amanhecer, o jato particular de Lorenzo estava pronto. Marco, Chiara e mais dois homens armados os acompanhavam.

Helena olhou para Lorenzo enquanto subia a bordo.

— Isso é real para você? Ou é apenas mais um jogo de poder?

Ele a encarou por um longo instante antes de responder.

— Você quer a verdade?

— Sempre.

Lorenzo se aproximou e segurou seu queixo com delicadeza, mas firmeza.

— Para mim, tudo isso é pessoal. Você, seu pai, Salvatore. Eu não deixo nada ao acaso.

Helena sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Sabia que, dali em diante, sua vida nunca mais seria a mesma.

A viagem foi silenciosa, com Helena sentada próxima à janela, observando as nuvens do lado de fora. Lorenzo, por outro lado, revisava documentos e mapas ao lado de Marco. A tensão no ar era palpável.

Chiara sentou-se ao lado de Helena e cruzou as pernas.

— Você deveria se preparar. Salvatore não é como Lorenzo — disse ela, com um tom frio.

— O que quer dizer com isso? — Helena franziu a testa.

— Lorenzo pode ser cruel, mas ele tem regras. Salvatore não tem limites.

Helena sentiu um nó se formar em seu estômago. Ela já estava envolvida demais para voltar atrás.

Poucas horas depois, o jato pousou em uma pista privada na Sicília. Uma frota de carros os esperava. Lorenzo assumiu a dianteira, guiando-os até uma propriedade isolada à beira de um penhasco.

— Ele está aqui? — Helena perguntou, sentindo a adrenalina correr em suas veias.

Lorenzo assentiu, sua expressão sombria.

— Está na hora de obtermos nossas respostas.

Helena respirou fundo. A verdade finalmente estava ao seu alcance — mas será que estava pronta para ela?

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