Capítulo 11 – O Fogo e a Submissão
O silêncio do quarto era interrompido apenas pelo som das respirações aceleradas. A tensão entre eles era quase palpável, como uma corrente elétrica invisível, prestes a se transformar em uma tempestade devastadora.
Kael pairava sobre Sariah, cada fibra de seu corpo dominando o espaço ao redor, como se a própria existência dela estivesse agora sob seu controle. Seus olhos cinzentos, ardentes e tempestuosos, estavam fixos nela, absorvendo cada mínimo detalhe—desde a forma como seus seios subiam e desciam com a respiração entrecortada, até a forma como seus lábios entreabertos imploravam por algo que nem mesmo ela sabia nomear.
O príncipe era como um predador, observando sua presa.
Mas Sariah não era uma presa comum.
Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha, um misto de ansiedade e excitação, um fogo desconhecido e perigoso que ameaçava consumi-la. O corpo quente dele estava sobre o seu, os músculos rígidos e tensos, como se ele estivesse se contendo. As mãos firmes seguravam seus pulsos, imobilizando-a contra a seda negra da cama.
E, no entanto, ele não a tocava ainda.
Não a beijava.
Ele queria que ela sentisse a espera, queria que ela entendesse que, ali, ele ditava as regras.
— Você me desafiou, Sariah. — A voz dele saiu rouca, carregada de promessas sombrias e proibidas. — Agora, terá que lidar com as consequências.
A ameaça velada a fez engolir em seco, mas não desviou os olhos dos dele.
Kael inclinou-se devagar, permitindo que a respiração quente dele roçasse sua pele antes que seus lábios traçassem um caminho de fogo pelo seu pescoço. Ele não se apressou. Sua boca explorava cada centímetro com uma precisão cruel, como se soubesse exatamente onde tocar para fazê-la arfar, estremecer, ansiar por mais.
Sariah tentou mover os braços, mas ele apertou os pulsos dela contra a cama, negando-lhe essa liberdade.
— Ainda não. — A ordem veio baixa, firme.
Seu corpo reagiu imediatamente, como se aquele tom autoritário tivesse um efeito direto sobre ela.
Kael queria que ela cedesse.
Queria que ela aceitasse que, ali, naquela cama, ele era seu senhor.
Mas Sariah nunca fora mulher de se submeter tão facilmente.
Se ele era um príncipe, ela era uma princesa.
Se ele sabia comandar, ela sabia desafiar.
Um sorriso provocador curvou seus lábios enquanto ela arqueava o corpo, permitindo que seu seio roçasse contra o peito rígido dele.
Kael respirou fundo.
Ela sentiu quando seus dedos apertaram seus pulsos com mais força, como se estivesse se segurando.
— Está tentando me provocar, princesa?
O tom de advertência apenas incendiou algo dentro dela.
Sariah virou o rosto devagar, até que seus lábios estivessem perigosamente próximos aos dele, até que ela pudesse sentir o hálito quente do príncipe contra sua boca.
— E se eu estiver?
Kael não respondeu com palavras.
Ele respondeu com ação.
De repente, soltou seus pulsos e segurou sua cintura, puxando-a contra si, até que não houvesse espaço entre seus corpos.
A boca dele tomou a dela em um beijo feroz, devastador, como uma tempestade varrendo um deserto. Sua língua invadiu sua boca com fome, exigindo tudo, sem permitir hesitação ou recusa. Ele não era um amante gentil. Era um homem acostumado a reivindicar o que desejava, e agora, ele a desejava como nunca desejara nada antes.
Sariah gemeu contra seus lábios, sentindo o próprio corpo arder sob o toque dele.
Kael deslizou as mãos por seu corpo, arrancando o véu que cobria seu rosto, descendo até os laços do vestido.
A seda escorregou lentamente por sua pele, revelando sua nudez aos poucos.
Ele se afastou um pouco, apenas o suficiente para vê-la.
Seus olhos percorreram cada curva, cada centímetro exposto, como se estivesse memorizando sua imagem.
— Tão linda… tão minha. — A voz dele veio carregada de uma possessividade crua, primitiva.
As palavras foram seguidas por beijos quentes ao longo de seu pescoço, de seus ombros.
Cada toque, cada beijo, cada mordida suave era um lembrete de que Kael não era um homem que tomava sem dar.
Ele queria vê-la perder o controle primeiro.
E Sariah sentiu que perderia.
As mãos dele desceram lentamente, explorando-a com uma maestria que a fez arquejar. Seus lábios seguiram o mesmo caminho, provocando-a, deixando-a em um estado de puro frenesi.
Ela agarrou os cabelos dele, puxando-o para mais perto, como se quisesse fundi-los em um só.
E naquela noite, Kael a tomou.
Não como um príncipe toma uma concubina qualquer.
Mas como um homem que sabe que encontrou sua ruína.
E Sariah rendeu-se.
Não como uma mulher submissa.
Mas como uma rainha que sabia que, pouco a pouco, estava conquistando seu rei.
---
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 60
Comments