Nádia
Ontem eu mal consegui dormir a noite de tanto ódio. Cada detalhe da festa fazia o meu corpo queimar de tão zangada que eu estava.
Eu vi tudo que se passava no jardim, de longe no palácio. Tratei de ser bem discreta e ver a noiva me deixou enojada.
O quê que o Kalil, o grande e temido emir de Catar viu nessa mulher? Que não tem nada de especial. Eu sou muito mais linda e elegante do que ela.
Hoje eu acordei bem cedo e vesti-me bem linda e mesmo assim ele mal olhou para mim. Sei que ele não é de dar elogios, mais hoje eu estava bem esperançosa disso acontecer.
A sua atenção está toda para essa Merida. Ele nem foi atrás de mim a noite, como fez no primeiro dia de casado com a Delila.
Só de lembrar disso já me sinto excitada. Eu estava a dormir e ele entrou no meu quarto e ordenou que eu tire a roupa. Adoro quando ele é todo autoritário comigo na cama e a noite foi incrível. No dia seguinte tratei de contar cada detalhe a todas e a Delila passou a ser desprezada pela nossa sogra.
Achei bem feito e adoro humilhar ela, pois raramente o Kalil procura por ela.
Ontem eu fiquei a noite toda esperando e nada dele chegar. Eu queria tanto sair do quarto e procurar por ele, mais isso é contra as regras sair do quarto tão tarde, então me segurei. Porquê que desta vez ele não foi?
Eu vou arruinar a vida dessa garota e ela irá se arrepender por ter colocado os seus pés neste palácio.
Vou ajudar no plano da minha sogra e já tenho boas ideias para colocar em prática. Aquela garota nem sabe o que a espera.
— Serva. - Fala bem alto e a inútil da minha aia aparece a correr, anda atrás de mim enquanto eu sigo em direção ao meu quarto.
— Sim, minha soberana. - A Inas é a minha serva de longa data. Estive comigo desde o meu primeiro dia neste palácio e eu adoro humilhá-la e torturá-la.
Sempre que algo não corre como eu quero, eu simplesmente desconto nela. Quando eu soube que o Kalil iria se casar uma quarta vez, fiquei furiosa e peguei cinto e bate nela até a mesma não aguentar mais e desmaiar.
— Quero que faças algo por mim e tem que ser bem discreta.
— Claro, minha soberana. O que eu tenho que fazer? ‐ Chego no quarto, resolvo trocar de roupa
— Mande preparar o carro. Nós vamos as compras. - Falo e dou um grande sorriso só de pensar nas inúmeras forma de acabar com aquela garota.
Layla (Segunda esposa - 27anos)
A minha história é muito semelhante da Nádia e temos a mesma idade. Então isso acabou por nos unir e temos gostos parecidos.
Ambas somos filhas de grandes sócios do Kalil, de famílias com boas reputações e muito tradicionais.
Fomos criadas para ser as suas esposas, rodeadas de luxo e sempre tive tudo o que eu queria.
Cresce apaixonada pelo Kalil e o meu pai sempre falou que eu seria a sua esposa. E isso aconteceu.
Eu me casei com ele e me entreguei por completo a ele, mais ele não correspondeu na mesma intensidade e sempre se mostrou mais interessado no sexo. Mais não me importei muito, afinal era só uma questão de tempo, até ele perceber os seus sentimentos por mim.
Mais o seu casamento com a Merida me deixou irada e penso que não fui a única a perceber as diferenças.
No nosso casamento, assim como da Nádia e da Delila. Durou apenas poucas horas e teve uma celebração pequena. Ele nem teve a paciência de respeitar todo processo do casamento e quis logo assinar os papéis como se não tivesse grande importância.
No início eu não me importei, afinal o mais importante é estar casada com o amor da minha vida, mesmo que isto signifique dividir com outras, pois a nossa tradição é assim e sempre me foi ensinado isto. Mais tudo mudou com esse quarto casamento.
No nosso só houve um jantar com comida luxuoso, com apenas familiares. Mais com a Merida foram três dias de festa, rodeado de convidados especiais e tudo do bom e do melhor.
O Kalil não pode tratá-la melhor do que todas nós, até a levou para conhecer a cidade. E qual foi a última vez que saímos juntos?
— Com licença, sogra. Eu preciso voltar para o quarto. - Falo após a Nádia sair dali.
— Lembra de ser discreta com o nosso plano e nunca deixe pistas. Ou o meu filho irá descontar em vocês. - Me avisa e eu apenas aceno com a cabeça. É óbvio que eu irei tomar os devidos cuidados para não ser pega e, aliás eu nem vou sujar as minhas mãos. Quem fará tudo será a minha serva e se ela cometer algum erro, por menor que seja, eu mesma acabarei com ela.
Após um tempo no quarto, alguém bate na porta e levanto da cama entusiasmada por acreditar que é o meu marido. A minha serva ia abrir a porta, mais eu a paro.
— Eu mesma abro Gia. - Ela apenas abaixo a cabeça e se mantém quieta num canto do quarto assim como eu ordenei. Abro a porta e é apenas a Nádia. — Precisa de algo? - Falo tirando o sorriso que eu tinha no rosto.
— Vamos às compras. Já está tudo preparado.
— Eu não tenho muita vontade de fazer isso Nádia. - Falo sem ânimo algum.
— Nós não vamos ficar desse jeito só por causa daquela garota. Vamos às compras e aproveitamos o dia. - Ela tem razão. Onde eu estava com a cabeça de deixar o meu dia ser estragado por causa dela.
— Então vamos. Afinal ela não irá durar muito tempo aqui.
Escolho uma bolsa na minha coleção luxuosa e a acompanho.
— Gia, sua inútil anda logo. - Falo alto, após a mesma permanecer no mesmo lugar.
— Me desculpa, minha senhora.
— Pega a bolsa e toma muito cuidado, pois ela vale bem mais do que a sua vida.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 51
Comments
Dione Lopes
Bando de cobras, tomará que ele descubra que a cobra velha de sua mãe tbm está envolvida e tudo foi tramando por ela primeiro.
2025-04-03
2
Maria Jose Santos
Tomara que essas servas se volte contra essas cobras caninana
2025-03-27
2
Maria Helena Pereira
Coitada de Mérida com está cobras em volta dela tomara que o Kalil descubra tudo e castigue elas
2025-04-08
0