Kalil Hassan Muhammad
Termino de comer e vou ver a minha noiva. Tudo já está pronto para o nosso casamento de amanhã e só falta a noiva saber e vou fazer ela se comportar direitinho, pois eu não permito nenhuma brincadeira e muito menos que ele se recuse a casar comigo.
A vejo assustada no quarto assim que entro e nem sei dizer do porquê mais ela me fascina e muito.
Fico bravo ao ver que ela não comeu nada até agora e tento assustá-la, mais não funciona. Após um tempo de conversa, acho engraçado a situação e principalmente a sua cara. Ela é tão expressiva e fácil de ler.
— O que é tão engraçado? - Ela fala, após eu ficar a rir da sua cara de brava.
— Nada, minha noiva.
— Eu não sou a sua noiva. - Ela fala com um tom de zangada, fico sério e parece que ela se assusta com a minha simples ação e olha para baixo.
— Esta conversa não vai nos levar a lugar nenhum. - Paro para ver uma notificação que entrou no meu telemóvel, e depois continuo a falar. — Você não sabe mesmo quem eu sou?
— Não, eu não sei quem você é- Fala convicta e vejo que de fato não imagina quem eu sou.
— Que espécie de funcionária és tu que não sabe nem para quem trabalha? - A Merida faz uma cara de confusa e depois de espanto como se tivesse percebido algo.
— És o dono do hotel? O emir da festa? - Ela pergunta incrédula e agora sinto-me ofendido.
— Sim, porquê essa cara de espanto?
— Não pensei que um emir poderia ser um doido psicopata que sequestra moças por aí, que ainda por cima nem a conhece para a obrigar a casar consigo como se não fosse nada. - Ela fala dando de ombros, como se fosse normal insultar o grande emir de Catar e ela foi a primeira a ter essa ousadia.
— Se fosse outra pessoa a falar isso seria morto na hora, mais tens a sorte de ser a minha noiva e eu vou deixar passar desta vez.
— Que sorte a minha. - Ela fala a ser irónica e tento ignorar isto.
— Não testa a minha paciência.
— Eu vou parar, meu senhor. - Ela fala desta vez com um tom de respeito. Finalmente percebeu quem eu sou.
— Para ti, querida é meu noivo ou qualquer apelido carinhoso que decidir usar. - Ela me olhou sério sem falar nada. — Agora a sério, você vai se casar comigo querendo ou não. Se for por boa vontade, eu vou mudar a sua vida e da sua família e vais sair a ganhar com o casamento, mais se decidir difilcultar as coisas, ambos sofreram.
— Como assim a minha família vai pagar por isso? - Pergunta com os olhos atentos em mim e eu pego o meu telemóvel e lhe mostro a mensagem que recebi a pouco.
— Como pode ler, eu mandei alguns soldados para cercarem o hospital onde a sua família está. Eles não terão para onde espacar, nem mesmo se tivessem a noção do perigo que os cerca neste momento.
— Não faça nada a eles. - Ela grita aflita depois de ver pelas imagens, um soldado posicionado num prédio próximo preparado para atirar. Ele só aguarda as minhas ordens e logo em seguida aparece a mãe da Merida de costa para a janela enquanto conversa com alguém. — Não. - A Merida grita em desespero e com lágrimas nos olhos que ameaçam cair e ela ia tocar em mim, mais afastou a mão depressa.
— Já pensou no assunto? - Pergunto e cruzo os meus braços
— Sim, não machuca eles. - Fala em tom de desespero.
— Desde que se case comigo e me obedeça, eu não lhes farei nada. Só tens que ser a minha esposa e agir como tal. Simples assim.
— Você disse antes que nós íamos ganhar com este casamento. O que isso quer dizer?
— Isso não é óbvio? - Pergunto e ela faz aquela cara de quem não entendeu nada. Dou um suspiro e prossigo. — Eu sou o grande emir, e vocês fazem parte da classe baixa ou algo assim. Ainda não entendeu? - Burra ela não deve ser, já que conseguiu uma bolsa de estudos muito desputada e lembrando agora tenho que lhe dizer que eu pedi para a sua mãe enviar uma carta para a instituição que lhe atribuiu a bolsa, para ser transferido a outra pessoa. Assim será melhor.
— Acho que sim. O que vai fazer por eles?
— A sua irmã precisa de um coração, não é? - Ela acena com a cabeça. — Então, você não percebeu que na imagem, a sua mãe está num hospital diferente?
— Pensando bem sim, eu pensei que eles a mudaram de sala. - Diz pensativa
— A sua irmã está tendo agora o melhor tratamento que poderia ter e muito em breve terá o seu novo coração.
— Pelo menos isso irá fazer está situação valer a pena. - Fala com um olhar perdido e bem calma.
— A sua mãe já sabe do casamento e eu fiz a proposta a ela e a mesma aceitou.
— A minha mãe concordou com isso? - Fala bem surpresa.
— Sim, ela falou que desde que eu salve a sua irmã e cumpra com a minha palavra, não tem do porquê ser contra e a própria diz que você ia aceitar sem pensar duas vezes e esse casamento irá mudar a vossa vida.
— Ela tem razão, eu acho. - Fala desta vez triste e se encolhe na cama.
— Já a sua mãe eu lhe dei uma grande quantia em dinheiro, uma casa e alguns presentes. Ela disse que com o dinheiro irá investir numa loja maior.
— Então ela irá realizar o seu sonho. Que bom para todos. - Fala sem nenhum entusiasmo na voz e cabisbaixa.
— Amanhã bem cedo chegará algumas mulheres para te ajudar a preparar e orientar-te com as celebrações. Hoje irás dormir num quarto melhor.
Ela permanece em silêncio e decido deixá-la com a sua mente que deve estar a mil de tantas informações. Saio em silêncio e deixo as luzes acessas.
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Marinalva Benasio
Está de parabéns autora amando 🥰👏👏👏
2025-04-01
1
Dione Lopes
Cada capítulo é uma emoção 💓😍
2025-04-03
1
Daniela🇨🇻😍
Obg /Heart/
2025-04-03
0