No entanto, depois que ela se foi, um turbilhão de emoções tomou conta de mim. A preocupação pela sua segurança me consumia, e não consegui evitar a decisão de segui-la de longe, como uma sombra zelosa, apenas para garantir que chegasse bem em casa. O coração batia acelerado em meu peito, enquanto me aproximava da entrada da sua casa.
Quando avistei o carro de Diogo estacionado, uma onda de apreensão me envolveu. Esperei um momento, temendo que ela precisasse de mim. Não devia ser fácil para ela encarar aquele homem novamente. Meu palpite se confirmou quando a vi sair correndo da casa, com os olhos marejados e o rosto marcado pela dor. Um impulso incontrolável me levou em sua direção, e ao esbarrar em mim, senti a fragilidade daquela cena.
— O que aconteceu? — perguntei, tentando conter a torrente de emoções que fervilhava dentro de mim. Ela lutava contra as lágrimas e, em meio à confusão, finalmente respondeu que aceitava a minha proposta. O desespero e a raiva pulsava nela; algo a tinha ferido profundamente, e eu estava decidido a ajudá-la a encontrar a vingança que tanto desejava.
Afinal, eu não estava apenas lutando por ela; estava lutando para vingar minha mãe.
Ao olhar mais atentamente para seu rosto, notei uma marca vermelha que se destacava na pele delicada dela. A raiva começou a consumir cada parte do meu ser ao pensar que alguém ousaria colocar as mãos nela.
— Quem fez isso com você? — minha voz saiu mais firme do que eu pretendia. Como alguém poderia ter coragem de agredir ela daquela forma — Vem comigo!
Ela hesitou, o olhar assombrado pela preocupação com seus pais e sua irmã. Era compreensível; mas eu não podia permitir que ninguém encostasse um fio de cabelo na mulher que eu já considerava minha.
— Eles precisam saber que não podem encostar em um fio de cabelo da minha mulher! — A palavra "minha" escapou dos meus lábios com um ardor inesperado. Ela me olhou como se eu tivesse cometido um crime ao usá-la dessa forma. Entendi os motivos dela; era preciso estabelecer limites antes que essa situação fugisse do meu controle.
— E quem de fato é você? — perguntou curiosa, seus olhos grandes e profundos parecendo penetrar na minha alma.
— Eu sou Eduardo Bennet — respondi com um tom sério. Esperei que o nome ecoasse na mente dela e trouxesse algum reconhecimento, mas ela continuou me encarando como se estivesse diante de um estranho qualquer. — Sou CEO das empresas Bennet: hotéis, cassinos e uma rede internacional de joalherias — continuei, tentando transmitir o peso do meu nome.
Finalmente, percebi uma mudança em seu olhar.
— Então você é o irmão do Sr. Cássio, pai do Diogo... Sua mãe é estilista e dona de uma rede famosa de lojas de roupas e acessórios pelo mundo?
— Exatamente! — confirmei enquanto observava seu semblante mudar rapidamente entre incredulidade e surpresa.
— Espera... está me dizendo que você é o CEO da maior empresa de joalheria? — Ela sorriu sem graça antes de perceber a seriedade da situação. A expressão dela era como se estivesse tentando juntar as peças de um quebra-cabeça complicado. — Isso é sério?
Assenti com firmeza.
— Mas então o que é que você quer com uma mulher como eu?
A pergunta pairou no ar como um desafio silencioso. Senti uma onda protetora crescer dentro de mim ao perceber quão pouco ela sabia sobre si mesma e o efeito que tinha sobre os outros.
— Eu sei que trabalho para seu irmão... Sou designer das joias dele! Ele está prestes a lançar sua primeira coleção no mercado; essa coleção é uma criação minha! Sou formada em design e produção de joias!
Era impossível não notar como sua autoestima parecia abalada. Aquela mulher era linda e talentosa; ela não tinha ideia do poder que emanava dela nem da forma como mexia comigo profundamente. Um instinto primitivo de proteção pulsava dentro de mim.
Não respondi à pergunta dela imediatamente; apenas estendi a mão para ela com confiança. Peguei sua mão delicada entre as minhas e começamos a caminhar juntos em direção à entrada da sua casa novamente. Senti seu corpo tremer levemente ao nosso contato, mas havia determinação no seu olhar; ela era forte mesmo nas adversidades.
Ela entrou primeiro na casa, erguendo a cabeça com dignidade renovada. Pela primeira vez desde nosso encontro, não vi aquela expressão cabisbaixa no seu rosto; havia algo diferente nela agora, uma centelha de bravura nascida do desejo por justiça ou talvez vingança.
Na sala estavam seus pais sentados; pude sentir o peso da tensão no ar assim que eles nos notaram. Seus olhares eram duros como aço quando se fixaram em nós dois.
— O que significa isso? Quem é este homem? E por que acha que pode trazê-lo para dentro da minha casa? — Seu pai bradou com raiva acumulada nos olhos. Era um homem comum, mas sua postura mostrava poder; ele estava furioso.
Ela encolheu-se levemente sob o olhar do pai; esse pequeno movimento não passou despercebido por mim. Em meio às minhas experiências com diferentes pessoas ao longo da vida, aprendi a observar cada detalhe sutil ao meu redor. A fúria começou a tomar conta novamente quando percebi como aquele homem tratava sua filha com desprezo absoluto.
— Pai! Este é...
— Não quero saber quem ele é! Quero ele fora de minha casa agora! Você nos faz passar uma enorme humilhação diante da família do Diogo e agora me traz um estranho qualquer para cá!
As palavras dele saíram de sua boca como um golpe direto no coração dela; pude ver as lágrimas voltando aos olhos dela enquanto lutava contra essa tempestade emocional dentro dela. Uma mistura intensa de raiva e compaixão invadiu meu ser ao perceber o quanto aquela situação era injusta para ela.
Eu precisava agir; precisava proteger aquela mulher forte diante dos olhares cruéis do pai; precisava garantir que ninguém mais jamais tocasse nela sem seu consentimento ou causasse dor àquela alma tão bela quanto delicada.
Com determinação renovada em meu peito e vontade inabalável em meus olhos, preparei-me para enfrentar aquele homem insensível...
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Atualizado até capítulo 130
Comments
Eliana Fazano
muito pensamentos ,poucas palavras trocadas pelos personagens nada de hot e romantismo se torna cansativa e chata a história autora aí é ir pra outra história!!!!;;;;
2025-03-02
1
Edna Leão
verdade nao tem conteúdo nem anima a leitura
2025-03-17
0
Débora Oliveira
velho nojento
2025-04-15
0